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Epidemiologia das doenças cardiovasculares: Cenário Epidemiológico: -Transição demográfica- envelhecimento -Transição epidemiológica – predomínio DCV CID-10: • Doenças do aparelho circulatório • I-01 a I-99 • Doenças Cardiovasculares (DCV) • A) HAS essencial ou primária: I-10 • B) outras doenças hipertensivas complicações da • hipertensão (ou secundária): I-11 a I-16 • C) doenças isquêmicas do coração, I-20 a I-25 Doença Arterial Coronariana (DAC) • D) doenças cerebrovasculares (DCbV), I-60 a I-69, acidentes vasculares encefálicos (AVE) ou acidente vascular cerebral (AVC) • E) doença vascular periférica (DVP), I-73.9, ou isquemia vascular periférica. - Doença Renal Crônica = Extensão das Doenças cardiovasculares - Fatores de risco são os mesmos - Desfecho da doença renal é de orde cardiovascular • As DCV cursam com longo período assintomático (latência) Silenciosa • Evolui lentamente sem a pessoa saber, podendo ser diagnosticada nessa fase • Podem ser agudas ou fatais já no primeiro episódio Investigação sobre DCV: I. Anos 1950 II. Avanço dos tipos de estudos epidemiológicos III. Estudos em busca de determinantes IV. Aumento de estudos de prevalência de hipertensão V. Estudos de incidência (Coorte de Framingham e NHANES) VI. Evolução das analises estatísticas para ajustes de variáveis (viés) Principais fatores de risco cardiovascular: - São classificados como mutáveis e imutáveis A) biológicos B) estilo de vida C) exposições ambientais D) fatores sociais Perspectivas: • Econômica: doença causando empobrecimento • Social: pobreza causando doença • Influenciam mortalidade precoce por doença cardiovascular – políticas públicas de saúde no mundo • DCV – morbidades mais importantes do mundo, primeira posição entre as DCNT Fatores de risco cardiometabólicos: - HDL – colesterol baixo - Hipertrigliceridemia - Hiperglicemia - Diabetes - Hipertensão arterial (controlada ou não) - Presença de obesidade central *arranjo combinado de quaisquer tres destes fatores, caracterizam síndrome metabólica, o mais poderoso fator de risco para DAC e DCbV. - Diabetes - Hipertensão arterial (controlada ou não) - Obesidade São fatores de risco para DAC e DCbV, porém isoladamente também são caracterizados como doença. • Dislipdemia • Tabagismo • Sedentarismo • São fatores de risco mutáveis na epidemiologia cardiovascular, porém não caracterizam doença. Microrganismos vivos: Embora na multicausalidade das DCV e DCNT excluem-se os microrganismos vivos, foram encontrados vestígios de agente bacteriano (Chlamydia pneumoniae) em placas de ateroma e em fragmentos de coronárias. Também foram especuladas e demonstradas a relação temporal entre exposição a epidemias virais, especificamente pelo vírus da influenza, e excesso de mortalidade pelo infarto agudo do miocárdio ocorrendo décadas depois. É comum a simultaneidade de fatores de risco cardiovascular em um mesmo indivíduo, até mesmo em jovens adultos, sendo baixa a prevalência de adultos sem qualquer fator de risco cardiovascular. Desigualdade: Os fatores de risco são similares em diversos países no mundo, porém a magnitude das prevalências difere bem com o grau de importância das desigualdades. - Neste contexto das desigualdades sociais e do acesso aos recursos para a manutenção da saúde que se diferenciam todas as exposições aos fatores de risco mutáveis para as DCV, época de início e duração das exposições ate que ocorra algum desfecho: incidência, complicação, incapacidade ou morte, uma vez que são incuráveis. - Iniquidades sociais: contribui substancialmente para a ocorrência de doenças, principalmente as DCV. Mortalidade no mundo: Nas últimas décadas, as estatísticas apontaram declínio na mortalidade por DCV e CCbV em países desenvolvidos, provavelmente pelas modernas técnicas diagnósticas, procedimentos terapêuticos na fase aguda e precocidade do início do tratamento, além da diminuição do tabagismo. Em todos os países a alta mortalidade pelas DCV estão associadas em maior magnitude aos estratos sociais mais baixos e baixa escolaridade. Tal desigualdade também ocorre nos países desenvolvidos. Morbidade no mundo: - A HAS é a doença mais prevalente no adulto e pode ser detectada quando assintomática. - Ocorre e vem aumentando em crianças e adolescentes em decorrência das mudanças maléficas dos seus estilos de vida e epidemia de obesidade. - 10% na terceira década de vida e acomete 2/3 da população acima de 65 anos - Risco de DAC (infarto) é elevado entre pessoas com infarto na família – pai <50 anos e mãe <65 anos Doencas cardiovasculares no Brasil: Mortalidade por DCV, incluindo as DCbV. Em países desenvolvidos e outros em desenvolvimento a mortalidade é por infarto agudo do miocárdio. Ampla desigualdade social do país 1-ações preventivas pouco enfatizadas 2- não se privilegia o diagnóstico precoce 3- tratamento e controle insatisfatórios 4- indisponibilidade de leitos 5- ausência de serviços de reabilitação Fatores de risco no Brasil; Os fatores de risco são os mesmos de outros países, independente do nível de desenvolvimento - Inquéritos populacionais: - Vigitel (Capitais) - Isa Capital (SP) – mais detalhado Prevalência HAS: • Adultos: entre 20 e 45% (baixa escolaridade) • Nível baixo de escolaridade: acima de 30% em16 capitais. • Maior escolaridade: 16,5 – 26,6% Obesidade: mais temido fator de risco – associação com baixa escolaridade (epidêmico) - Diabetes: fator de risco para HAS - DAC e DCbV: características clínicas diferentes da HAS – desfechos súbitos - Mortalidade: tendências por DCV (infarto) estão em declínio no Brasil, mas depende da região. Coeficiente mais ekevado região Sul e Sudeste. Tendências não são claras.
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