Buscar

Apendicite Aguda

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

[Digite aqui] 
 
 Cirurgia Geral – Abdome Agudo Inflamatório 
EPIDEMIOLOGIA 
 Operação de urgência + comum em 
7% da população; 
 Nos extremos de faixa etária (<4 e 
>80), o dx tende a ser mais tardio, com 
maior incidência de perfuração, 
chegando até a 80%. 
 
FISIOPATOLOGIA 
1. Obstrução da luz do apêndice: 
o Fecálito, aderência, aumento do 
tecido linfático, corpo estranho, 
parasita ou tumor; 
2. Acúmulo de secreção  aumento 
da pressão intraluminal: estímulo 
visceral: 
o Nervos aferentes T8 e T10: dor 
epigástrica ou periumbilical; 
3. Pressão intraluminal  impede 
drenagem linfática e 
posteriormente 
venosa/translocação bacteriana: 
o Acometimento inflamatório da 
serosa  dor localizada; 
4. Progressão  necrose e 
perfuração, abscesso, peritonite. 
 
FASES EVOLUTIVAS: 
 Hiperêmica: intraluminal, mucosa; 
 Edematosa: edema de parede; 
 Fibrinosa: extensão até a serosa; 
 Flegmonosa: secreção purulenta no 
lúmen; 
 Gangrenosa: isquemia; 
 Perfurativa 
 
 
 
QUADRO CLÍNICO 
 HISTÓRIA CLÍNICA TÍPICA: 
Pcte apresentando dor em mesogástrio, 
em cólica, acompanhada de náuseas ou 
vômitos e anorexia, que posteriormente 
migra para FID, passando a caráter 
contínuo, acompanhada de sinais 
inflamatórios sistêmicos (como 
taquicardia, febre...). 
 SINTOMAS INICIAIS: 
 Atípicos/inespecíficos: 
- Dispepsia 
- Alt. do hábito intestinal (aumento 
frequência das evacuações) 
- Diarreia 
- Mal-estar generalizado 
 
 EXAME FÍSICO (apresentação 
clássica em 2/3 dos casos): 
 Temperatura normal ou febre 
baixa; 
 Dor e/ou plastrão palpável no 
ponto de McBurney com dor à 
descompressão brusca (DB+) é 
sinal independente preditivo de 
apendicite. 
Sinal propedêutico Correspondência 
Clínica 
Blumberg DB+ em FID no ponto 
de McBurney 
Rovsing Dor na FID à palpação 
ascendente de FIE 
Lennander T retal – T axilar > 1°C 
Summer Hiperestesia na FID 
Lapinski Dor à compressão de 
FID enquanto se 
solicita que pcte eleve 
MID 
Punho percussão Dor em FID à PP do 
calcâneo 
Dunphy Dor à percussão 
abdominal ou referida 
quando se solicita que 
pcte tussa 
Obturador (irritação 
RETROperitoneal) 
Dor durante rotação 
interna passiva da 
coxa D flexionada 
 
[Digite aqui] 
 
 Cirurgia Geral – Abdome Agudo Inflamatório 
Psoas (irritação 
RETROperitoneal) 
Dor na flexão ativa da 
coxa D contra uma 
resistência (ou dor na 
extensão passiva da 
coxa), com o pcte 
deitado em decúbito 
lateral E 
 
*Atentar para sinais específicos para DX 
diferencial: 
 Sinal de Murphy, Giordano. 
 
 VARIAÇÃO DO QUADRO: 
o Posição do apêndice 
- Dor flanco/dorsal, irradiação 
para a pélvis ou o testículo; 
- Disúria, urgência urinária, 
evacuação diarreica. 
 
 ANATOMIA: 
o Próximo à válvula ileocecal; 
o Convergência das tenias colônicas 
no ceco; 
o Em média, 5 a 12 cm de 
comprimento, com 0,5 a 1 cm de 
espessura; 
o Vascularização terminal pela 
artéria apendicular, que é ramo 
da artéria ileocólica. 
 
 PERFURAÇÃO: 
- Média de 48h para necrose e 70h para 
perfuração: 
 < 36h: < 2% de perfuração; 
 > 36h: aumento de 5% a cada 12h. 
 
 HISTÓRIA NATURAL: 
- Regressão espontânea possível (9% 
episódio anterior idêntico; e 4%, mais de 
uma crise prévia); 
- Peritonite; 
- Fístula; 
- Óbito. 
 
 APENDICITE PSEUDOTUMORAL: 
- Massa palpável no QID; 
- Mais de 1 semana de evolução; 
- TTO inicialmente clínico, com drenagem 
eventual; 
- Apendicectomia eletiva. 
 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
 LABORATORIAIS: 
o BetaHCG em mulheres na idade 
fértil; 
o Urinálise: 
- hematúria ou piúria podem estar 
presentes na apendicite (próximo à 
bexiga ou ureter); 
o Hemograma completo: 
- leucocitose > 10.000; 
o PCR: 
- sensibilidade e especificidade 
baixas. 
 
 IMAGEM: 
o Radiografia simples: 
- raramente faz dx; 
- auxílio em dx diferenciais: volvo, 
intussuscepção, nefrolitíase; 
 Achados: íleo paralítico na FID; 
fecálito no apêndice; borramento na 
região do psoas; pneumoperitônio 
(nenhum desses é sensível/específico 
para concluir o dx). 
 
o USG: 
- Compressão gradativa do 
transdutor; 
- Exame inicial preferido em crianças; 
- Apêndice normal: estrutura tubular 
compressível com diâmetro máximo 
de 5mm; 
- Apendicite: estrutura em fundo 
cego, imóvel, não compressível, com 
lúmen anecoico, mucosa ecogênica e 
parede muscular espessada e 
hipoecoica, com diâmetro > 6mm; 
- Coleções líquidas, fleimão e 
apendicólito; 
- Doppler colorido – aumento do fluxo 
sanguíneo no apêndice inflamado 
(‘’anel de fogo’’); 
- Critérios diagnósticos: diâmetro > 
6mm, dor à compressão, fecálito na 
luz, líquido peritoneal ao redor. 
- Dificuldade: não visualização do 
apêndice (25-30%) ou visualização 
parcial. 
 
o TC (maior especificidade): 
 
 ESCORE DE DIAGNÓSTICO: 
migração da dor; anorexia; 
 
[Digite aqui] 
 
 Cirurgia Geral – Abdome Agudo Inflamatório 
náusea ou vômito; defesa e 
sensibilidade em FID; DB+; 
elevação da temperatura; 
leucocitose; desvio à esquerda. 
 Pontuação < 3: risco muito baixo 
para apendicite; 
> ou = 7: apendicite em 93% em 
homens e 78% em mulheres. 
 
SINTOMAS migração da dor 1 
 anorexia 1 
 náuseas/vômitos 1 
SINAIS defesa de 
parede em QID 
2 
 dor à palpação 1 
 elevação °C 1 
LABORATÓRIO leucocitose 2 
 desvio à 
esquerda 
1 
TOTAL 10 
 
 
o RNM: 
- Na gravidez, após US equívoco ou 
inconclusivo: exame seguro para a 
gestante, mas o contraste gadolínio 
ultrapassa a membrana placentária 
e deve ser evitado no primeiro 
trimestre, especialmente. 
 
 LAPAROSCOPIA: 
- Diagnóstica e terapêutica, mas invasiva 
como dx; 
- Em casos de dúvida diagnóstica, princ. 
em mulheres em idade fértil e obesos. 
 
 
CONDUTA 
 Apendicectomia (tto padrão) – via 
laparoscópica é a preferida; 
 Antibioticoterapia? 
o Conduta não consensual; 
o Fase inicial e pcte hígido; 
o Risco de insucesso e necessidade de 
cirurgia. 
 Abordagem no pronto-socorro: 
o Hidratação 
o ATB 
- não-complicada: cefoxitina; 
- outras: ceftriaxona, ciproflox, 
associação com metronidazol, 
ampicilina... 
o Analgesia, antiemético.

Outros materiais