Buscar

TCC - o sentido do morar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 51 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 51 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 51 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

51
UNIVERSIDADE TIRADENTES
JULIANA SANTOS SANTANA
O SENTIDO DO MORAR:
ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE PSICOLOGIA AMBIENTAL
 E IDENTIDADE DAS CASAS
ARACAJU
2017.2
JULIANA SANTOS SANTANA
O SENTIDO DO MORAR:
ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE PSICOLOGIA AMBIENTAL
E IDENTIDADE DAS CASAS
Trabalho de conclusão de curso apresentado a Universidade Tiradentes como parte dos requisitos para a obtenção do grau de bacharel em Arquitetura e Urbanismo, sobre a orientação do professor: Gabriel Franco.
Aracaju
2017.2
JULIANA SANTOS SANTANA
O SENTIDO DO MORAR:
ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE PSICOLOGIA AMBIENTAL
 E IDENTIDADE DAS CASAS
Trabalho de conclusão de curso, apresentado a 
Universidade Tiradentes, como parte das exigências para obtenção do grau de bacharel em Arquitetura e Urbanismo.
Aracaju, ____ de _____________ de 2017.
BANCA EXAMINADORA
____________________________________
Prof. Esp. Gabriel Mendonça Franco
Orientador
____________________________________
Prof. Esp. Thiago Perez
Avaliador interno – UNIT
_____________________________________
XXXXXX
Avaliador externo – UNIT
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por sempre estar ao meu lado, dando força e coragem para seguir em frente e nunca desistir.
Aos meus pais por proporcionarem um estudo de qualidade mesmo com dificuldade, me apoiarem em tudo e acreditarem na minha capacidade.
Aos meus amigos e demais parentes por me incentivarem e torcerem pelo meu sucesso e felicidade.
Aos amigos da faculdade que estiveram ao meu lado quando mais precisei de um suporte e que sabem, como ninguém, o sofrimento e as alegrias que vivenciei durante o curso. Pretendo os levar para a vida... Muita sorte para nós!
A meu namorado, por estar sempre disponível me animando e encorajando nos estudos sempre que preciso.
A minha prima Tamires, por me ajudar a conseguir a autorização e fotos do condomínio.
Aos professores e ao orientador Gabriel Franco que dedicaram o seu tempo para ensinar e estimular a aprendizagem, tornando assim, exemplos profissional para mim. 
RESUMO
Este trabalho apresenta as sensações proporcionadas pela relação pessoa-ambiente. A partir da observação da padronização existente nos condomínios residenciais e na falta de identidade das casas contemporâneas, nota-se que decorre do estilo Internacional, como herança de uma época em que não havia tempo para se importar com a personalização. Verificou-se a necessidade de debater nesta monografia sobre o assunto, pois as pessoas são levadas a gostar do que é oferecido sem nem cogitar as opções. Para tanto, foi feito um questionário e estudo de caso no Condomínio Villas do Mar Azul, em que, como método de comprovar os argumentos presentes, foram confrontadas as respostas fornecidas pelos moradores com a teoria. Com isso, espera-se que a população esteja ciente da importância de refletir na casa a sua identidade e não se deixar levar pelo “status”, tornar a casa um lar verdadeiramente, com conforto e bem-estar personificados de acordo com as necessidades e estilo de cada um, sem que precisem voltar ao passado, mas sim, encontrar no moderno e contemporâneo uma arquitetura repleta de significados e interpretações.
Palavras-chave: Identidade. Condomínio. Estilo Internacional. Lar.
ABSTRACT
LISTA DE IMAGENS
Figura 1: Escola de Artes e Ofícios: Bauhaus	10
Figura 2: Bairro de Weissenhof	11
Figura 3: Villa Savoye	12
Figura 4: Biblioteca Foral de Viscaya-Caixa de Vidro	13
Figura 5: Conjunto Habitacional em São Paulo	14
Figura 6: Quartier Frugès	16
Figura 7: Círculo Cromático criado por Goeth	19
Figura 8: Cores complementares e análogas	19
Figura 9: Fachadas coloridas	20
Figura 10: Cores Quentes e Frias	21
Figura 11 Símbolo do Feng Shui	22
Figura 12: McDonalds com cores chamativas	22
Figura 13: McDonalds com cores neutras	23
Figura 14: Simbologia das Cores	23
Figura 15: Quarto de hotel	25
Figura 16: Arquitetura Pavilhonar	26
Figura 17: Arquitetura Radial	26
Figura 18: Edifícios Padronizados em Aracaju SE	27
Figura 19: Grupo organizado em fila onde possui faixa no piso e grupo onde não possui.	28
Figura 20: Feira no Condomínio Central Park Prime	29
Figura 21: Sala Minimalista	30
Figura 22: Cozinha americana	31
Figura 23: Varanda gourmet	32
Figura 24: Área de serviço integrada à cozinha	32
Figura 25: Salão de festas e piscina	35
Figura 26: Casa 23 do Villas do Mar azul	36
Figura 27: Casas do condomínio	37
Figura 28: Quarto	38
Figura 29: Sala de estar	38
Figura 30: Sala de TV	40
Figura 31: Casa redonda	41
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	9
2.	O MORAR	10
2.1 HERANÇAS DO ESTILO INTERNACIONAL NA ARQUITETURA	10
2.2 PADRONIZAÇÃO E IDENTIDADE	14
2.3 O MORAR	16
2.4 VISAGISMO E CORES	17
2.5 PSICOLOGIA DO ESPAÇO	24
3. O LAR	27
3.1 PSICOLOGIAS AMBIENTAL NAS RESIDÊNCIAS	28
3.2 O LAR	32
4.	ANÁLISE DE CASO	34
4.1 QUESTIONÁRIO	36
5.	CONSIDERAÇÕES FINAIS	42
REFERÊNCIAS	43
APÊNDICE - Questionário	47
ANEXO A – Convenção do condomínio	48
ANEXO B - Regimento interno	49
ANEXO C – Implantação técnica	50
ANEXO D – Planta baixa da casa	51
1. INTRODUÇÃO
A arquitetura como instrumento de planejamento para um bom projeto também compartilha de emoções e memórias que fazem parte da vida. Essas sensações que dão significado ao espaço são o que constituem a Psicologia Ambiental, especialmente tratando-se da casa de uma pessoa. Pois a residência deve imprimir a identidade do morador como forma de autenticar e tornar um ambiente acolhedor, seguro, confortável e belo. Mais do que estético, é o estudo que proporciona a relação pessoa-ambiente e a interferência que estabelecem entre si. 
O movimento internacionalista e a ascensão da terceira revolução industrial, no final da segunda guerra mundial (1945) foram componentes marcantes de uma época em que deixou herança nos dias de hoje. Influenciada por um mercado que visa o lucro e propõe modelos padrões, a arquitetura, atualmente, tem oferecido resquícios de padronização que levam a questionamentos como, por exemplo: As pessoas têm escolhido a suas casas ou a casa têm os escolhido? Os moradores residem ou moram em suas residências? A casa pode ser chamada de lar? E por fim, a casa tem representado o que o morador pretende transmitir?
O objetivo principal do estudo trata de identificar e informar à sociedade que inconscientemente toleram esse descuido, por essa razão, é preciso questionar a falta de identidade e padronização, ressaltar a ideia de lar, disseminar o estudo para que haja uma assimilação e mudança por parte da população, já que é pouco discutido. Para isso foi realizado um estudo de caso no condomínio residencial Villas do Mar Azul, exemplo nítido de casas padronizadas, localizado no bairro Farolândia em Aracaju SE.
Desbravando levantamento bibliográfico acerca do fator histórico que impulsionou a problemática, também foi apontada a psicologia ambiental e espacial, visagismo e cores. Foi realizado questionário, listagem de dados do condomínio fechado, além da exibição de plantas baixas e fotografias.
Os capítulos a seguir se baseiam na definição do morar, do lar e do viver. Visto que para “morar” é indispensável que a pessoa sinta-se pertencente ao espaço, logo, esse deve possuir identidade e transmitir aconchego permitindo ao morador a sensação de “lar”. Dessa forma, o “viver” surge com a vivência dos moradores, exemplificada nas informações adquiridas do condomínio residencial, por fim analisar e concluir.
1. O MORAR
A moradia é um direito estabelecido por lei a todos os brasileiros, porém nem sempre é atendido. Quando é concedido, corre-se o risco de se deixar levar pelo mercado padronizado e não respeitar a identidade de seus moradores, configurando uma arquitetura fria e impessoal. 
2.1. HERANÇAS DO ESTILO INTERNACIONAL NA ARQUITETURA
Em Bauhaus, na Alemanha, Walter Gropius fundou em 25 de abril de 1919, uma escola de Artes e Ofícios (Imagem1), que encontrou muita resistência em sua arquitetura marcada pelo “menos é mais”, já que o nazismo desenvolvia construções intituladas pelo mundo clássico,demonstrando força e poder. Com o fim da segunda guerra mundial (1945), o mundo encontrava-se em crise política, econômico e social. A destruição de moradias e propriedades foram uma consequência de lutas e bombardeios rotineiros nesse período. A Alemanha, como derrotada na guerra, foi totalmente arrasada, necessitando de uma reconstrução rápida e barata. Bauhaus, assim, ganhou seu espaço, além do movimento modernista, que pregava uma arquitetura racionalista-funcionalista, disseminando o novo estilo internacionalmente. 
Figura 1: Escola de Artes e Ofícios: Bauhaus
Fonte: http://lounge.obviousmag.org/ Acesso em: 26 de set. 2017 
Como expôs William Curtis (2008) o Estilo Internacional, semelhante ao modernismo, foi elaborada desde os anos 1930. Tem como objetivo lançar características como janelas em fita, coberturas em balanço, balaustradas metálicas e paredes internas curvas; ou qualidades abstratas com tendência ao uso de volumes retangulares simples articulados por aberturas bem definidas. Esse estilo se encaixou perfeitamente com as necessidades da época e os arquitetos que o usaram, disseminaram-no em vários países, inclusive o Brasil, com grande taxa de aceitação. O bairro Weissenhof, na Alemanha retrata corretamente o estilo Internacional. Projetado por Mies Van der Rohe tronou-se vitrine de uma arquitetura que serviria para todos. (Ver imagem 2)
Figura 2: Bairro de Weissenhof
Fonte: blogdaarquitetura.com/ Acesso em 08 de out. de 2017
Deve-se a Henry-Russell Hitchcock, um dos mais importantes historiadores da arquitetura americana de seu tempo, a nomenclatura desse movimento que tem como percussores: Le Corbusier, Jacobus Oud, André Lurçat, Gerrit Rietveld e Mies van der Rohe. O sucesso do estilo internacional se deve a emigração de muitos deles da Europa para o restante do mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, a nova arquitetura era destinada aos subúrbios e posteriormente em outros bairros.
Le Corbusier, famoso por acreditar nos princípios de funcionalidade, se contradisse ao falar que o modernismo era uma “máquina de morar” e ao mesmo tempo uma “arquitetura para emocionar”. Assim aconteceu na construção da Villa Savoye (Imagem 2), de acordo com Botton (2007, p. 65) “podia parecer uma máquina com intenções práticas, mas era na realidade uma extravagância com motivações artísticas”. Gera o questionamento quanto à intenção verdadeira dos arquitetos modernistas se com a função ou a beleza, o que faz presumir que o modernismo funciona quando há identificação com quem mora, e não quando é um mero modelo padrão.
Figura 3: Villa Savoye
Fonte: en.wikipedia.org/ Acesso em: 02 de set. de 2017
Depois de longos processos na tentativa de acompanhar as mudanças geradas na sociedade, a 3º Revolução Industrial (meados de 1940) serviu para atender a demanda gerada pela guerra. Com tecnologia de produção em massa (Toyotismo), em que as máquinas aceleravam a criação de produtos no tempo certo (Just in time), substituiu-se para isso a mão-de-obra humana. Na tentativa de servir os consumidores e moradores houve a urgência de gerar grandes quantidades de produtos, porém com qualidade baixa e aparência homogênea. A busca da padronização trouxe simplificação dos produtos acabados ou dos elementos utilizados para produzi-los já que não existia tempo para personalizar.
Para Schmid (2005), o estilo Internacional se deu, e continua se espalhando, em forma de caixas de vidro (Ver imagem 3). Passando a impressão de uma construção avançada, porém assim como o modernismo, indiferente ao clima, paisagens e culturas de cada país ao qual se instaurou. Levando o estilo a possuir várias críticas, especialmente no final dos anos 1970.
Figura 4: Biblioteca Foral de Viscaya-Caixa de Vidro
Fonte: http://www.plataformaarquitectura.cl/ acesso em 08 de out de 2017
As casas, por sua vez, foram construídas em massa, de maneira objetiva, não visando o perfil de seus moradores. Porém, ainda hoje, passados quase 100 anos, no Brasil, há resquícios desse movimento em condomínios fechados, conjuntos habitacionais (Imagem 5) e edifícios, embora com motivações construtivas diferentes. As imposições da vida moderna levaram a construções que visavam apenas à forma e função, instaurando a padronização. Como bem sintetiza Pallasmaa (2011, p.19). “a arquitetura modernista em geral tem abrigado o intelecto e os olhos, mas tem deixado desabrigados nossos corpos e demais sentidos, bem como nossa memória, imaginação e sonhos”.
Figura 5: Conjunto Habitacional em São Paulo
Fonte: http://www.saopaulo.sp.gov.br/ Acesso em: 03 de out de 2017
2. 2. PADRONIZAÇÃO E IDENTIDADE
O resultado de construções que visavam apenas à praticidade e função elaborou construções padronizadas, ou seja, que não refletem a identidade dos moradores. Mas afinal, o que é identidade e o que ela revela?
Identidade se refere ao reconhecimento de que o indivíduo é ele mesmo, ou seja, características particulares que tornam uma pessoa única. Pode advir de nomes, datas, impressão digital e até mesmo personalidade. A personalidade por outro lado, é o termo derivado do latim persona, que designava as máscaras usadas no teatro e também pode significar aparência, ou seja, um “eu sonhado” recorrente das experiências e influências que recebemos durante toda a nossa vida, refletidas através da identidade. Confirma-se então que há uma relação entre identidade e personalidade. Principalmente no mundo atual em que as pessoas têm valorizado muito mais a identificação com objetos, pessoas, atitudes, etc., do que a idealização do que poderiam ser ou possuir. 
A casa de uma pessoa é mais do que um espaço, é um lugar onde é admissível fazer o que ela desejar, ser quem verdadeiramente é, e onde supostamente deve se sentir seguro, aconchegante e diretamente interligado por meio de emoções e lembranças prazerosas. Portanto, é o ambiente teoricamente que mais tem a ver com o ser, sendo assim seu reflexo traduzido em gostos pessoais, personalidade, condições financeiras, atividades praticadas, entre outros.
Quando há uma padronização ou modulação, seja por influência do mercado ou falta de opção na venda de plantas arquitetônicas, essa pessoa passa a não se enxergar no lugar que reside. A casa se torna uma construção comum, não necessariamente uma casa, que poderia servir para qualquer morador que se ajustasse àquele “padrão” pré-estabelecido como correto.
Ao padronizar as casas, a sociedade imprime a ideia de que todos os moradores sejam semelhantes. Um equívoco, diga-se de passagem, pois as pessoas são diferentes fisicamente, culturalmente, em seus interesses também, e essa é a beleza por trás das personalidades alheias. Afetando prontamente a qualidade de vida dos indivíduos, elas virariam assim, uma espécie de robôs programados para gostar de algo específico.
A residência, de modo geral, deve atender as necessidades do morador, como se ela fosse parte dele. Porque ainda que possa não ser onde se costuma passar mais tempo, ela representa um refúgio. A sociedade, por sua vez, deve se atentar ao fato de que modelos de casa iguais não os representam ainda que algumas possam repercutir status social na infraestrutura, é importante ter um contexto por trás da escolha do morar. 
Segundo Hallaell (2010, p. 49)
“Mas a cultura não se compra, tampouco estilo. Se antigamente era preciso ter cultura para ter estilo, hoje é preciso ter atitude, valores próprios e saber expressar qualidades. Infelizmente, a maioria das pessoas não sabe disso e continua confundindo luxo com estilo (...). Possuir um artigo exclusivo não tem nenhuma relação com a criação de um estilo.”
Um exemplo claro de padronização frustrada foi quando Le Corbusier, em 1923, projetou casas para alguns operários da fábrica e suas famílias, conhecidas como Quartier Frugès ou Cité Frugès (Imagem 5). As construções eram formadas por uma série de caixas simples com longas janelas retangulares, tetos planos e paredes nuas. Porém, enquanto que para o arquiteto as casas eram motivo de orgulho, para os operários, era uma forma de lembraro dinamismo da indústria, logo, não teriam total tranquilidade. Por essa razão, os moradores logo trataram de adaptar as residências idênticas em espaços específicos, ou seja, transformaram as casas em lares (Botton, 2007).
Figura 6: Quartier Frugès
Fonte: http://astudejaoublie.blogspot.com.br/ Acesso em 22 de set. em 2017
2.3 O MORAR
No Brasil, em 2000, foi incorporada a lei nº26: “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados”. Percebe-se que o direito a moradia não foi implementado desde a criação da constituição em 1988, porém já em 1996 o Brasil assinou embaixo na declaração dos Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) em que dizia: “Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis”.
 Residir é um conceito que está associado ao habitar, sem que para isso esteja ligado sentimentalmente, já o morar é relacionado ao pertencimento a um lugar, é se sentir familiarizado e identificado, ou seja, é o que difere, por tanto, casa, de lar. Vale lembrar, que essa definição acompanha a população desde a 3º Revolução Industrial, em que o padrão estabelecido de residências foca no sentido de residir apenas. As moradias de hoje, abusam do uso de materialismo e egocentrismo imprimindo como diz o ativista Gordon Brace, um Design Anônimo, ou um modelo de computador.
As pessoas estão tão preocupadas com as aparências e comentários que vão gerar aos olhos dos outros que esquecem o valor simbólico e íntimo da casa. Seja na escolha de reformar uma fachada pouco frequentada, mas que está exposta ao público, como também um ambiente ou móvel que não teria utilidade, não fosse por uma questão de embelezar e repercutir “status”. Trata-se de uma carência e negação de quem verdadeiramente é para mostrar o que comumente é aceitável na sociedade. Constantemente materiais são trocados por qualquer irregularidade ou até mesmo lançamento de um produto diferenciado, sem nem cogitar o conserto. Isso se deve a aceleração que a tecnologia está proporcionando nas indústrias, sempre atualizando seus produtos em curtas faixas de tempo.
Como lembra o autor Philip Hallawell (2010, p. 46) sobre a padronização:
Não é de estranhar que, com o temor crescente de ser engolido pela massificação e se tornar descartável, aliado à pressão pela criatividade no trabalho, as pessoas procurem estabelecer sua individualidade e rechaçar a padronização. Infelizmente a maioria não sabe como agir, porque não foi devidamente preparada.
Ao escolher uma música ou roupa, busca-se inspirações que ajudam a interpretar o gosto pessoal e estilo, assim também acontece ao projetar uma casa. Porém, como explica Wilhem Worringer, certos tipos de pessoas gostam de certos tipos de arquitetura e se apaixonam por aquilo que falta neles mesmo. Isso esclarece o porquê decoram a casa com estilos de objetos e materiais que trariam um complemento de sua personalidade e de alguns residirem na cidade, repleta de tecnologia e buscar nas casas de campo ou praia um refúgio daquilo que não encontram.
2.4 VISAGISMO E CORES
De acordo com o Philip Hallawell, visagismo consiste na arte de criar uma imagem pessoal que revela a essência de uma pessoa de acordo com suas características físicas e os princípios da linguagem visual. Por essa razão, o visagismo pode colaborar na identificação de uma personalidade, especialmente quando uma pessoa tenta customizar sua casa de acordo com seu estilo, tornando, assim, uma experiência memorável. 
A customização é um exercício que parte da criatividade e noção definida de identidade para reconhecer o que deseja expressar. A casa deve ser autêntica assim como seu morador, pois como cita Botton (2007), uma obra de arquitetura não está tão longe do que procuramos em um amigo, isso porque ao construir uma casa ou decorar um cômodo, as pessoas querem mostrar quem são ou quem idealmente gostariam de ser. Quando isso não ocorre, a casa não proporciona uma sensação de bem-estar e de pertencimento, ao contrário, torna-se só um lugar banal. 
Por meio das cores, pode-se obter as impressões dos 5 sentidos como: Visão, tato, audição, olfato e paladar. Isso porque elas são assimiladas conforme a percepção que os seres têm dos objetos, relacionando aos sentidos e memórias. Sendo assim, o azul, considerado a cor preferida da maioria das pessoas, pode ser remetida ao céu e ser vista como um sentimento de tranquilidade e harmonia, enquanto o verde à natureza e por essa razão, ser interpretada como uma cor que traz vigor e saúde, e assim por diante. Assim também, ao questionar uma pessoa a provar a cor vermelha, por exemplo, ela pode identifica-la como sendo doce por associa-la a uma fruta, e dizer que tem cheiro perfumado e textura aveludada por lembrar-se de uma flor. 
 Como diz Eva Heller (2014), todos têm preferências quanto a cores, e elas dizem muito sobre quem a pessoa é e o que ela aprecia. Pode-se analisar com o seguinte teste: (LÜCHER, 1948 apud HELLER, 2012, p. 291)
Cada uma das 8 cores simboliza um domínio sentimental, e suas atribuições correspondem de maneira totalmente tradicional à simbologia cromática: 
O vermelho simboliza atividade, dinamismo, paixão.
O azul simboliza harmonia, satisfação.
O verde simboliza a capacidade de se impor e a perseverança.
O amarelo simboliza o otimismo e a ambição em progredir.
O violeta simboliza vaidade e o egocentrismo.
O marrom simboliza as necessidades físicas, a sensualidade e o comodismo.
O preto simboliza a negação e a agressividade
Dessa forma, a 1ª + 2: preferência simboliza os objetivos de vida; 3ª + 4ª: a situação atual de vida; 5ª +6ª: as tendências reprimidas e a 7ª + 8ª: os sentimentos que vêm sendo negados.
Para Goeth (1810) as cores e as sensações relacionadas a elas, surgiam de acordo com a percepção individual. Criou então, um círculo cromático (Imagem 7) composto por 3 cores primárias (azul, amarelo e vermelho) e 3 secundárias ( verde, violeta e laranja), que designava as principais cores como completares (utilizadas juntas, uma realça a cor da outra) e análogas (combinam entre si.)(Imagem 8)
Figura 7: Círculo Cromático criado por Goeth
Fonte: linydesigngrafico.blogspot.com.br/ Acesso em 02 de out de 2017
Figura 8: Cores complementares e análogas
Fonte: linydesigngrafico.blogspot.com.br/ Acesso em 02 de out de 2017
Antigamente era comum, que as cores das casas fossem relacionadas aos seus moradores ou com o tipo de construção. Como informa Rasmunssen (1898, p. 225), “Em Pequim, as cores brilhantes eram reservadas para palácios, templos e outros edifícios rituais”. Hoje, o que se verifica o uso de cores claras, e a palavra “clean” é comumente usada para designar ambientes e fachadas que transmitem a impressão de contemporaneidade. Antes era possível reconhecer a casa por seu morador e vice-versa, apenas pelas cores indicadas na fachada (Imagem 9). Nota-se que as pessoas têm medo de ousar nas cores, não porque desgostem delas, mas como defesa para se encaixar no senso comum e não ser excluído pela sociedade, demonstrando falta de personalidade ou desconhecimento da mesma, deixando as cores em segundo plano. No Brasil, se uma casa é pintada com a combinação vermelho e preto, há uma associação imediata com as cores do time do Flamengo, por exemplo.
Figura 9: Fachadas coloridas
Fonte: casadeirene.com/category/lifestyle/compras/ Acesso em 07 de out. de 2017
Combinações de cores é a razão pela qual um objeto parece leve, pesado, bonito, feio, frio, quente, etc. Porém, a combinação de duas cores pode ter um efeito diferente do que se deseja, como cita Rasmussen (1998, p. 229), “Um cinza contra uma superfície vermelha terá um matiz verde, enquanto que contra uma superfície verde parecerá decididamente avermelhado”. Bem como, a iluminação de um ambiente pode deixa-lo com aparênciaquente ou fria, desempenhando papeis distintos.
Além disso, o subtom da pele revela se são do tipo quente ou frio e são subdivididos em estações como: Primavera e Outono (quentes), Inverno e Verão (frias). Sevem para distinguir as cores que melhor funcionam para cada pessoa, geralmente são as cores que a destacam e por essa razão costumam utilizar não somente nelas, mas ao definir a cor de um objeto ou de algo relacionado à moradia. Influenciam ainda, na percepção de tempo, cores quentes frequentemente lembram calor e estimulam, enquanto as cores frias acalmam.
As cores são símbolos de vida. Há um perigo de a falta delas e a monocromia ocasionar um desconforto em longo prazo, pois essa escassez traz a sensação de inquietação e confinamento. Construções como: hospitais, asilos e hospícios, têm uma tendência a serem pintados em tonalidade neutra ou branca, na intenção de tranquilizar, muito embora o uso de outras cores possa levar a efeitos mais promissores, despertando alegria e bem-estar entre os pacientes. Já o preto, por outro lado, é banido uma vez que na maior parte da cultura ocidental, ele está relacionado ao luto que é contrário a saúde.
Em contrapartida, as casas orientais, como na Arábia Saudita e Índia, diferentemente das casas ocidentais, utilizam muitas cores não só nos objetos, mas nas paredes também, pois para eles, a exuberância e cores (mais especificamente quentes) são símbolos de prosperidade, alegria e beleza. As cores quentes são associadas ao fogo e definidas por: vermelho, laranja e amarelo. Enquanto as cores frias à água, sendo elas: azul, verde e violeta. (Imagem 8)
Figura 10: Cores Quentes e Frias
Fonte: www.chiefofdesign.com.br/ Acesso em 2 de out de 2017.
Segundo o Feng Shui, Vento – Água, (Ver imagem 8), filosofia chinesa que preza pela estética, psicologia e bom senso, os espaços podem ser organizados com a finalidade de atrair influência positiva da natureza e reduz as negativas. Esse método pode ser aplicado nos ambientes da casa, pois a cor, forma e energia dos objetos desempenha um papel importante sobre a maneira como sentimos e pensamos. Sabe-se, por exemplo, que utilizar o amarelo é uma boa alternativa na cozinha, pois abre o apetite; método empregado pelo Mc Donalds (Imagem 8) Embora, atualmente, as cores representadas pela rede de lanches são em tonalidades neutras e térreas mais acolhedoras, proporcionando interação entre os clientes ( Imagem 9).
Figura 11 Símbolo do Feng Shui
Fonte: /br.pinterest.com/ Acesso em 05 de out. de 2017
Figura 12: McDonalds com cores chamativas
Fonte: www.jovemaprendiz2018.com/ Acesso em 06 de out. de 2017
Figura 13: McDonalds com cores neutras
Fonte: www.agroempresario.com.ar/ Acesso em 06 de out. de 2017
De acordo com o site Vivant Arquitetura acesso (04/10/17), a consultora em feng shui: Mon Liu, de São Paulo, sugeriu as cores e as ilustrações mais adequadas à parede sejam as seguintes cores (Imagem 10):
Figura 14: Simbologia das Cores
Fonte: jogapramim.wordpress.com/ Acesso em: 06 de out. de 2017
· Trabalho: preto, azul, turquesa.
· Espiritualidade: lilás, azul, turquesa, tons terrosos. 
· Saúde/Família: diversos tons de verde. 
· Prosperidade: verde, amarelo, dourado, prateado. 
· Sucesso: vermelho, laranja e cores estimulantes.
· Relacionamentos: rosa, vermelho e branco.
· Criatividade: colorido, branco, cinza, tons metálicos.
· Amigos: colorido, branco, cinza, tons metálicos.
É comum incorporar a personalidade à uma cor, quanto mais irreverente uma pessoa é, mais cores fortes e exóticas ela irá possuir, enquanto uma pessoa discreta tenderá a escolher cores pastel que não chamem atenção. Porém, para isso é preciso discernir a identidade de cada individuo, pois a influência das cores pode alterar o equilíbrio mental do ser. Obviamente não é uma regra e é possível mudar alguma característica desejável, ainda que temporariamente, mas quando a mudança é exorbitante, a consequência é uma omissão de identidade e provável desordem emocional.
2.5 PSICOLOGIA DO ESPAÇO
A relação da Psicologia do Espaço se condiciona as definições de espaço e lugar. Este mostra sentimentos e emoções por ser ocupado pelo homem, apresentando identidade; enquanto que o espaço ou não-lugar não são habitados, sendo impessoais. Ambos estão diretamente relacionados à Psicologia do Espaço. São exemplos: Hotel, Aeroporto, Shopping, etc. Segundo Augé (1992), grande antropólogo, cada vez mais espaços e coisas vão perder significados, pois de acordo com sua perspectiva, os não-lugares se tornarão mais movimentados e públicos, consequentemente menos caracterizados. (Claudiampereira, acesso 07/10/17).
Com o pós-guerra (final da década de 1950) e a terceira revolução industrial, surgiu a necessidade de criar lugares comuns a todos. Os não-lugares estão relacionados a espaços transitórios e coletivos, ocasionando uma sensação de solidão e tristeza. Nos hotéis, por exemplo, por ser uma arquitetura fria, sem referências, que além de não ser representativa é efêmera, dificilmente alguém conseguiria morar por muito tempo, visto que ali nunca seria um lar verdadeiramente. (Imagem 13)
Figura 15: Quarto de hotel
Fonte: http://www.minorhotels.com/ Acesso 08 de out de 2017
Nos presídios o efeito de não-lugar acontece quando os detentos, além de perderem a liberdade vivem com a impressão constante de serem observados, impossibilitando a ideia de espaço particular e personificado. Devido ao sistema de construção presidiário que costuma agregar modelos como: retangular “isolados e paralelos entre si, a um corredor central”, pavilhonar (Imagem 14) “onde os presos ficam alojados, são isolados uns dos outros e organizados com as celas e espaços coletivos em torno de um pátio descoberto, ao meio” e radial (Imagem15) “central de controle, um grande posto de vigilância, todos os complexos deveriam ser construídos em torno dele”. (acesso arqblog, 07/10/17). A arquitetura Pavilhonar também é utilizada em hospitais e escolas, partindo do pressuposto de divisão em setores para um melhor controle das áreas supervisionadas.
Figura 16: Arquitetura Pavilhonar
Fonte: www.arqblog.com.br/ Acesso em 08 de out. de 2017
Figura 17: Arquitetura Radial
Fonte: www.arqblog.com.br/ Acesso em 08 de out. de 2017
Segundo Augé (1992, apud Teresa Sá, 2014, p.223) A construção de espaços desconectados das pessoas que os habitam, são fatores de risco para a uniformidade, presente em edifícios padronizados, que transmitem a sensação de dé-jà-vu pela semelhança entre eles. Há ainda uma generalização do espaço urbano, uma vez que o conceito de cidade urbana se alastra para zonas rurais havendo uma desqualificação do meio rural (Imagem 16)
Figura 18: Edifícios Padronizados em Aracaju SE
Fonte: se.olx.com.br/ Acesso em 07 de out de 2017
Para compreender melhor, imagina-se, por exemplo, visitar dois tipos de residências, sendo diferenciadas por classes econômicas. A casa “A” poderá até se destacar pela beleza e dimensão, mas não superará a casa “B” em sua essência, se ao contrário desta, não apresentar identidade e zelo. Nesse ponto, a casa “B” ainda que humilde transmitirá uma sensação de aconchego e lar, fazendo com que quem entre sinta-se muito a vontade.
3. O LAR
Nesse contexto, presume-se que o que se busca de fato é a felicidade, e ela pode ser encontrada em um lar, onde disponha de segurança, conforto, beleza e funcionalidade. Isso porque a definição de lar é muito abrangente e engloba o bem estar e a relação pessoa-ambiente derivada da Psicologia Ambiental.
3.1 PSICOLOGIAS AMBIENTAL NAS RESIDÊNCIAS
De acordo com (GIFFORD, 1997 apud AUBERT , 2007, p.11) A psicologia Ambiental é “o estudo da transação entre indivíduos e cenário físico, onde indivíduos modificam o ambiente, e seu comportamento e experiências, são modificados pelo ambiente”. Desse modo, tudo o que o indivíduo aprendeu durante a vida e a sua personalidade, serão relacionados e interferirá no ambiente que o envolve, do mesmo modo, este ambiente vai se adaptar às necessidades e gostos do indivíduo. Isso porquepessoas são condicionadas pelo subconsciente, como quando organizam-se em filas, ao ver faixas pintadas no chão, ignorar caminhos sinuosos, desviar de objetos que estejam no meio do caminho, ainda que sejam facilmente ultrapassados. Outro exemplo é quando as pessoas tentam não pisar, inconscientemente, em faixas indicadoras de extintores, por achar que não devem, ou quando em busca de sombra, mudam a dinâmica de um lugar para fugir do sol.
Figura 19: Grupo organizado em fila onde possui faixa no piso e grupo onde não possui.
Fonte: DUARTE, 2005
De acordo com o psiquiatra e psicanalista (Wilhelm Reich, 1953, apud Silvia Rocha, Administradores, acesso 05/10/17): 
O caráter é composto das atitudes habituais de uma pessoa e de seu padrão consistente de respostas para várias situações. Inclui atitudes e valores conscientes, estilo de comportamento (timidez, agressividade e assim por diante) e atitudes físicas (postura, hábitos de manutenção e movimentação do corpo). Sendo assim, determinada pessoa irá se relacionar com outras pessoas ou objetos de acordo com seus traços de caráter.
O que levaram as pessoas a escolher morar no condomínio são princípios que indicam o porquê de alguma forma aquele lugar os relacionam. Através do questionário, descobriu-se que o objetivo principal foi à segurança e atributos como piscina, quadra e salão de festas, mas com a comodidade que uma casa proporciona como mais espaço e privacidade. Muito provavelmente, são pessoas que cresceram em casa e não abrem mão da experiência. Os caráteres, por sua vez, influenciam na escolha dos ambientes que projetam para morar.
Os condomínios têm se fechado tanto que o que chamam de praticidade tem tomado conta, gerando isolamento. Como é o caso do Central Park Prime, localizado na Vila Carrão, zona leste de São Paulo que instaurou uma feira livre em seu interior (Imagem 12). É possível comprar pastel, hortifrútis, carnes e massa sem sair da propriedade. O que ocorre é que os moradores permanecem enclausurados, sem contato com o meio urbano, perdendo cada vez mais, o sentido de comunidade. Esse sentido é o que transforma um espaço em lugar.
Figura 20: Feira no Condomínio Central Park Prime
Fonte: http://sao-paulo.estadao.com.br/ Acesso em 07 de out. de 2017
Os estilos de arquitetura embarcam na psicologia ambiental no momento em que as pessoas utilizam-se deles para expressar o que desejam e quem são, na forma de pensar e agir. Como também, os estilos foram assim designados a partir do comportamento de pessoas submetidas a uma geração, condições climáticas, locais e culturais, tornando possível a identificação entre ambos. Alguns exemplos são: Arquitetura Escandinava, Oriental, Boho, Minimalista, Rústica e Industrial. No estilo Industrial, por sua vez, que surgiu por volta da década de 1960, é comum a associação com as antigas fábricas e por isso são utilizados vãos livres, tubulações aparentes, janelas amplas de vidro, acabamentos brutos, mobiliários metalizados, pé direito alto e ambientes integrados. 
Já o estilo Minimalismo, caracteriza-se pela expressão “menos é mais”, inspirada na Bauhaus, surgindo nos anos 1980 por influência japonesa. Confundido com o estilo Industrial, seu conceito é direcionado a simplicidade e ao indispensável, com o uso de poucos objetos, cores neutras e iluminação destacada, preza pela estética ao invés do conforto. O minimalismo ainda reforça que as pessoas não são o que possuem, mas partindo do pré suposto que são o que expressam, esse estilo não insere identidade aos ambientes, em vez disso, omitem objetos que fazem parte da lembrança das pessoas e que geram emoções, convertendo-se no estilo mais impessoal e frio. 
Figura 21: Sala Minimalista
Fonte: mude.nu/as-5-regras-para-manter-a-casa-sempre-minimalista/ Acesso em 08 de out. de 2017
Como esclarece Botton (2007) todas as pessoas buscam por felicidade, por essa razão, uma obra de arquitetura não está tão longe do que procura-se em um amigo. Isso porque ao construir uma casa ou decorar um cômodo, as pessoas querem mostrar quem são ou quem idealmente gostariam de ser. Desse modo, há uma necessidade de identificação, embora esse senso por vezes seja deturpado e sem personalidade, caso contrário manifestam-se modelos comuns e modulados.
Este último tem sido comumente usado para melhor aproveitamento do espaço, sendo uma predileção no futuro, pois como salientou Rybczynski (1996) acredita-se que por haver uma mudança nas necessidades de conforto e padrão de vida, com o avanço tecnológico, haverá também a incorporação de várias funções em somente um cômodo. Um exemplo disso, são as cozinhas atuais que se tornaram americanas e interagirem com a sala (Imagem 20). Visto por esse ângulo, ela admitiu funções que não cabiam à funcionalidade tradicional dela, passando a ser cozinha e sala ao mesmo tempo. Daqui a algumas décadas é de se imaginar que de tanto sobrepor funções, a cozinha deixará de existir, assim como outros cômodos, no modelo tradicional conhecido.
Figura 22: Cozinha americana
Fonte: blogdecorandocombrilho.com/cozinha-americana/ Acesso em 08 de out. de 2017
Houve ainda uma evolução das plantas das casas, pois se antes era normal encontrar uma copa ou bidê, hoje eles perderam sua utilidade e tornaram-se ultrapassados. A saleta, até os anos 2000 era uma pequena sala que possuía cadeiras e uma mesinha, normalmente de ferro, que servia para recepcionar as visitas, posteriormente, foi substituído por uma varanda que acompanha um vista e é ventilada. Atualmente, a varanda ganhou outra utilidade transformando-se em “gourmet” (Imagem 21), que ainda atrelada à sala de estar, quando não é integrada a mesma, proporciona refeições como churrascos e sociais. Outro caso, ainda, é o dos tanques de lavar roupa, pois em seu lugar tem ocupado as máquinas de lavar que fazem o mesmo serviço e ainda seca sem esforço humano (Imagem 22). Na Europa, por exemplo, esta peça já é inexistente.
Figura 23: Varanda gourmet
Fonte: publicidadeimobiliaria.com/o-que-varanda-gourmet-qual-o/ Acesso em 08 de out. de 2017
Figura 24: Área de serviço integrada à cozinha
Fonte: www.markesplanejados.com.br/services/area-de-servico-planejada/ Acesso em 08 de out de 2017
3.2. O LAR
A palavra “lar” no dicionário Michaelis, quer dizer: “Casa onde habita uma família; domicílio, habitação”. Mas o que torna uma casa habitável são os sentimentos e memórias que um lugar transmite ao morador, como consequência, deve ser o espaço onde o indivíduo se sente mais protegido e confortável. È onde quando uma pessoa chega cansada do trabalho ou de viagem encontra descanso e harmonia. É quando alguém se sente a vontade o bastante para ser o que deseja porque sabe que o espaço em questão o pertence, não necessariamente de maneira física, mas emocional.
A casa acolhe. Atende a um conjunto de necessidades básicas de segurança, envolvimento, orientação no tempo e, principalmente, no espaço. É como se oferecesse consolo interminável ao ser humano, lançado no mundo. E na casa, a qualidade mais importante parece ser o conforto (SCHIMID, 2005, p. 25).
O lar, portanto, pode ser a casa, como também pode ser uma biblioteca ou uma pessoa. Mas o que faz da casa, um lar? Segundo Botton (2007), as pessoas tendem a chamar de lar, lugares cuja perspectiva combina com elas e as legitimiza. Para ele, isso explica o porquê da identidade não ser autodeterminada e sim construída, por isso a sociedade precisa de um lugar onde mantenham vivos os aspectos importantes, mas efêmeros que permitem alinhar as versões desejáveis de cada indivíduo.
O sentimento de pertencimento, as fotos pessoais presentes nos ambientes, objetos que recordam, principalmente, a infância ou a família, são elementos que um ambiente pode dispor para transformar-se em lar. Porém, de todos os modos, o lar está muito relacionado à ideia de bem estar e conforto. Para Rybczynski (1996) a ideia de conforto aplicado à moradia se deu de acordo com a evolução das aspirações subjetivas de seus ocupantes: primeiro, a busca pela segurança contra estranhose intempéries; depois pela privacidade; seguida pela domesticidade, tornando este abrigo um lar; conforto ambiental e eficiência foram reconhecidos posteriormente; e por fim, foi valorizada a beleza, por meio do estilo e da austeridade.
Diferente do que pregava Le Corbusier “máquina de morar”, o psicólogo Francisco Duarte, fez severas críticas como esta: (DUARTE JR, 1997 apud SCHMID, 2005, p. 31).
Para ele, nossa casa veio deixando de ser um lar, no sentido de constituir uma extensão de nossas emoções e sentimentos, veio deixando de ser um lugar expressivo da vida de seus moradores e da cultura onde se localiza. Foi se transformando numa máquina de morar, fria e estritamente utilitária, sem o aconchego e o afeto de uma verdadeira morada. Nela viveriam pessoas desconfortavelmente instaladas no que toca à satisfação estética dos sentidos, dentro de um ambiente geometricamente asséptico.
Hoje, contudo, é possível usufruir de modernidade e conforto com o avanço da ergonomia, que trata de adaptar as proporções dos objetos em prol do bem estar humano, e da iluminação: natural com abertura de vãos e janelas e artificial com luzes indiretas que trazem aconchego. Na intenção de superar o desconforto ocasionado pelas intempéries e sentidos corporais surgiu o conforto ambiental e com o tempo vieram, também, os confortos psico-espiritual e sócio-cultural, relacionando-se à comodidade e apoio emocional. Para os dois últimos, os sentimentos são atribuídos e como são pessoais, depende da personalidade e cultura de cada um, agrega identidade. Ou seja, transformar a casa em lar, significa trazer personalidade e autenticidade.
Investir em personalização de objetos, fotografias e objetos decorativos que contem um pouco da história e gostos do morador, bem como, projetar a casa de acordo com o estilo de vida são elementos importantíssimos. Como diz o arquiteto Marcio Kogan (Delas.ig, acesso 04/10/17) “Quanto mais entendo o cliente, melhor fica o trabalho. O projeto precisa fazer com que o morador se sinta bem . Apenas crio espaços e móveis, mas é ele quem dá vida ao lugar”. 
Quando a conexão entre arquiteto e morador é inexistente, a obra obtem um ar de frieza e distanciamento, o que leva a frustração e infelicidade, por não haver ali um reconhecimento de lar. É completamente desnecessário, por exemplo, criar uma casa onde tenham muitos cômodos e só 1 ou 2 pessoas morando nela, isso gera um sentimento de vazio e desgaste, caso não tenha tempo nem empregada para manter tudo limpo sempre.
Vale ressaltar que conquistar o lar ideal não denota impreterivelmente esbanjar dinheiro. É concebível a economia tanto com materiais construtivos como: Dry wall, chapa OSB (Oriented Strand Board), telhado de zinco e blocos de betão, entre outros; como ao criar ambientes acolhedores com: tapetes, uma boa escolha de cores na pintura, quadros, prateleiras ou nichos e vegetação ou flores. Mesmo porque, é bastante viável, inclusive, reaproveitar móveis retrôs, com preços acessíveis.
O interessante da casa, é que ao mesmo tempo em que se tem a sensação de liberdade, juntamente, deseja-se a de proteção, subentendendo que serão observados. Nas residências do condomínio fechado é compreensível que as pessoas encontrem a segurança que deseja, porém com relação à liberdade, deixa-se a desejar, pois não há vínculo de comunidade. Várias pessoas mal conhecem seus próprios vizinhos ou mantém contato e quando isso ocorre, convivem com normas de um regimento interno que mais os proíbem que permitem, restringindo comportamentos e atividades que talvez os aproximassem, reafirmando o individualismo.
4. ANÁLISE DE CASO
No condomínio residencial Villas do Mar Azul, é uma edificação horizontal com casas nível classe médio alto, padronizadas. Construída pela Construtora Cunha em 2002, localiza-se na Rua Santo Agostinho, Farolândia, Aracaju SE. Seu arquiteto, Paulo Roberto Rehm Pereira, dispôs de 42 unidades autônomas, Quadra de esporte, Quiosque com Salão de festas e Academia conjugados, Parque infantil, Praça, Piscinas, Estacionamento para visitantes, Sala de administração e guarita em um terreno de 20.905,68m².(Anexo B)
Figura 25: Salão de festas e piscina
Fonte: SANTANA, 2017
As casas são semelhantes a “casas de boneca” que, na infância, são desenhadas facilmente, com telhado, varanda, árvore na frente e ao lado garagem. Já em seu interior, contam com pisos claros, paredes em tons aconchegantes, iluminação natural presente em todos os cômodos, teto forrado em gesso e eventuais mudanças que possam ser efetuadas internamente.(Anexo C)
Figura 26: Casa 23 do Villas do Mar azul
Fonte: SANTANA, 2017
Em seu regimento interno, o Villas do Mar Azul, reforça os direito e deveres de cada condômino, além de informar normas como Art. 8º, §3º em que diz: “Cada condômino dará à respectiva unidade autônoma a feição de acordo com seu gosto, exigência e suas condições econômicas, observando os seguintes aspectos:” Podem, entretanto, mudar a cor e o interior das residências.(Anexo A)
a) Manter o recuo frontal original do projeto, inclusive os beirais;
b) Os muros laterais limítrofes terão a altura máxima de 02 (dois) metros, tendo como exceção os vinculados às casas que fizerem perímetro com a área externa do Condomínio;
c) Manter o estilo arquitetônico da fachada: esquadria, formato do telhado, formato do jardim, rampa para o carro, acesso individual, jardineira frontal e caixa d’água;
d) Manter o recuo original da entrada da área de serviço;
e) Não será permitida a ocupação superior a 70% (setenta por cento) do solo;
f) Não será permitida a construção de um segundo pavimento sobre a unidade residencial.
4.1. QUESTIONÁRIO
Ao analisar as respostas de alguns moradores do Condomínio Villas do Mar Azul, em uma reunião de condôminos, vale ressaltar que o questionário foi aplicado para pessoas de faixa etárias variadas e contou com a opinião sincera dos moradores. Calculando um total de 10 casas, pois a assembleia não é muito frequentada e por se tratar seus lares, seria inconveniente bater na porta a procura de mais respostas. Porém, foi o suficiente para constatar as seguintes questões:
Figura 27: Casas do condomínio
Fonte: SANTANA, 2017
 
1. Ao analisar a sua residência, qual ambiente mais se assemelha com sua personalidade? Por quê? 
Tem como finalidade verificar qual ambiente o morador mais se identifica, e por tanto o seu lugar preferido da casa. Lembrando que foi inserida a planta da casa logo abaixo, para facilitar a decisão dos questionados.
 Houve uma predileção entre quarto (Imagem 25), principalmente entre os jovens, áreas verdes (varanda) e sala de estar (Imagem26), entre os demais. Deduz-se que uma pessoa que escolheu o quarto é alguém que preza por sua privacidade acima de tudo e encontra nele um espaço não apenas de descanso, mas de liberdade por ser o ambiente mais individual de uma casa. Já entre quem escolheu a sala, é uma pessoa coletivista, que provavelmente adora reunir família e amigos neste ambiente, por fim, as áreas verdes adicionam humanidade ao espaço e permitem uma sensação de conforto e talvez seja a área que mais assegure ao morador a alusão de uma vida tranquila e estável que eles buscam possuir, assim como era no passado. 
Figura 28: Quarto
Fonte: SANTANA, 2017
Figura 29: Sala de estar
Fonte: SANTANA, 2017
2. O que a casa representa para o senhor (a)? 
A intenção é compreender o porquê de morar nesta casa e sua relevância. Como era de esperar, por se tratar de um condomínio fechado que tem como foco a segurança e conforto, que a maioria privilegiasse essas qualidades. Embora houvesse pessoas que relacionaram a moradia com significados subjetivos, pois a trataram como um lar, relacionando à família e também a uma realização de um sonho. De modo geral, a casa tem como pretensão oferecer tudo isso além de abrigo e observou-se que ela tem cumprido com a proposta principal.
 
3. Como seria sua casa dos sonhos? 
Esta é referente à casa dos sonhos, com o objetivo de verificar se há uma combinação entre a expectativa e a realidade.Em termos gerais, a grande maioria está muito feliz com a moradia que possui, respondendo que já dispõe da casa dos sonhos, enquanto outros visam melhorias como: ambientes maiores e mais privados, cômodos integrados e áreas de lazer ampliadas. O que chamou atenção foi à resposta de uma moradora em especial que sonha com uma casa de campo, repleta de flores. Nota-se, portanto, que infelizmente o que ela almeja está distante da realidade que a cerca, porém talvez ela se contente com os espaços verdes no condomínio caso não desfrute de uma casa campestre esporadicamente. 
4. Qual cheiro, sabor e som lembram sua casa?
Nesta, observou-se as sensações que uma casa pode transmitir e as memórias que contagiam o ser, desde a infância até agora, e que remetem a simbologia do que é uma casa. Nesse teste, foi dividido entre cheiro, som e sabor e o resultado foi além de divergente, muito particular. A respeito dos cheiros, a imaginação os transportou para cheiros florais, de comida à mesa, ao mar e limpeza (produtos químicos). Esse último pode indicar uma associação com ordem e bem-estar, pois uma casa limpa proporciona a impressão de zelo e afeto.
O som ficou por conta do gosto musical de cada um, com estilos que iam desde o Rock and Roll à Valsa; sons da natureza (pássaros, grilos), bem como o silêncio que reflete a sensação de sossego.
O sabor foi o mais diversificado, exemplo: Churrasco, frutas e sucos, canela e água. Esses sabores não necessariamente são de suas comidas prediletas, mas os que mais o faz lembrar o lar.
5. O senhor (a) já realizou alguma reforma na sua casa? O que foi?
Atribui às reformas efetuadas na residência, caso já tenham feito alguma e o que modificaram. Apenas uma pessoa respondeu “não” enquanto todas as outras “sim” e as modificações que foram desde integração à implantação de ambiente, abertura de janelas e ampliações no fundo da casa, gerando outro uso. Todas as mudanças permitiram o melhor aproveitamento de espaço de acordo com os interesses e necessidades de cada família. Esses fatos, explicam ainda o porquê de alguns moradores já estarem satisfeitos com a residência que possuem. Veja na foto abaixo uma implantação de uma sala de TV nos fundos da casa.
Figura 30: Sala de TV
Fonte: SANTANA, 2017
6. Se pudesse modificar algo na sua casa, mudaria o que? Por quê?
Menciona a possibilidade de melhoria da casa e sua justificativa. Uma minoria respondeu que não mexeria em nada, enquanto o restante construiria um andar, uma área de lazer própria, inseriria uma claraboia e integraria espaços. Sobressaindo, de modo geral, a ampliação de ambientes de acordo com as conveniências individuais.
7. Desenhe uma casa.
A mais abstrata e pessoal, pois dedica-se a visão de casa que se obtém no decorrer da vida e que muitas vezes permanece na imagem infantil de casa com telhado, árvores, janelas e porta. Os desenhos seguiram essa linha de raciocínio com pequenas alterações, exceto a de uma senhora e seu ideal de casa sem cantos, ou seja, circular (Imagem 28). É impressionante como ela chegou a essa conclusão, visto que, não tem exemplos próximos que a faça desejar ou imaginar algo semelhante. Ela seguiu uma lógica de convívio que levou em consideração o que não a faz sentir-se bem, talvez até claustrofóbica, para assim chegar ao oposto. Ela esclareceu como seria cada cômodo e quais seriam eles, e enfatizou a importância da presença de natureza e luz natural tanto dentro como fora da casa.
Figura 31: Casa redonda
Fonte: SANTANA, 2017
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
As observações finais serão descritas de modo a confirmar ou rebater os argumentos acima mencionados, priorizando as informações mais relevantes do trabalho.
REFERÊNCIAS
4dprojetos - Arquitetura Sustentável. Disponível em:<https://4dprojetos.com/2014/11/22/projeto-de-casa-com-feng-shue/>. Acesso em: 05 de set. de 2017
ALBERT, Monica M. Psicologia Ambiental – Espaço construído e comportamento humano. 30. Monografia – Universidade Candido Mendes, Rio de Janeiro, 2007. 
ALVES, Luiz A. R. O conceito do lugar. Disponível em:< http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/08.087/225>. Acesso em: 14 de maio de 2017
Arquitetura Moderna. Disponível em:<http://arquitetofala.blogspot.com.br/2011/12/arquitetura-moderna.html>. Acesso em: 18 de maio de 2017
Arquitetura na Alemanha: Da Bauhaus à Alemanha pós-guerra. Disponível em:<http://www.dw.com/pt-br/arquitetura-na-alemanha-da-bauhaus-%C3%A0-alemanha-p%C3%B3s-guerra/a-2571968>. Acesso em: 27 de ago. de 2017
BOTTON, Alain. A Arquitetura da felicidade. Rio de Janeiro: Rocco, 2007.
BRASIL, Beatriz. Movimento modernos, origem, desenvolvimento e crise. Disponível em:<https://arquitetandoblog.wordpress.com/2009/04/17/movimento-moderno-origem-desenvolvimento-e-crise-beatriz-brasil/>. Acesso em: 03 de mar. de 2017
CANTERO, Natalia M. Jogar um objeto fora por dia vai fazer você se sentir melhor. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2014/12/11/estilo/1418300299_673990.html>. Acesso em: 05 de out. de 2017
CARDOSO, Sílvia A. Barato e moderno: 6 materiais para construir sua casa. Disponível em:<https://www.homify.pt/livros_de_ideias/510905/barato-e-moderno-6-materiais-para-construir-a-sua-casa>. Acesso em: 05 de out. de 2017
COLIN, Silvio. Racionalismo e arquitetura. Disponível em:<https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/06/09/racionalismo-e-arquitetura/>. Acesso em: 09 de abril de 2017
COSTA, Riceles A. Fengshui: Em busca do Genius Loci. Disponível em:<http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/08.093/170>. Acesso em: 28 de out de 2017
COSTA, Rodrigo F. O minimalismo e o design de identidade visual: Um estudo de caso da marca Starbucks. Disponível em: <http://www.academia.edu/9868948/O_MINIMALISMO_E_O_DESIGN_DE_IDENTIDADE_VISUAL_UM_ESTUDO_DE_CASO_DA_MARCA_STARBUCKS>. Acesso em: 05 de out de 2017
CURTIS, William J. R. Arquitetura moderna. 3 ed. Porto Alegre, Bookman, 2008.
DUARTE, Rovenir B. Psicologia e Arquitetura: Uma integração acadêmica pela construção perceptiva do ambiente. 14. Artigo – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2005.
ELALI, Gleice A. Psicologia e Arquitetura: em busca do locus interdisciplinar. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/epsic/v2n2/a09v02n2.pdf>. Acesso em: 16 de mar. De 2017
Estilo Internacional. Disponível em:<http://arkhe6.blogspot.com.br/2011/12/estilo-internacional.html>. Acesso em: 12 de ago. de 2017
GUERRA, Larissa. Minimalismo: O menos é mais. Disponível em: <https://superfluonecessario.com.br/minimalismo-o-menos-e-mais/>. Acesso em: 05 de out. de 2017
RIBEIRO, Clara. Minimalismo: Tendência em design, decoração e estilo de vida. Disponível em:< https://blogdaarquitetura.com/design-minimalista/>. Acesso em: 05 de out. de 2017
HALLAWELL, Philip. Visagismo Integrado - Identidade, estilo e beleza. 2. ed. São Paulo, Senac, 2010.
HELLER, Eva. Psicologia das cores. Barcelona, GG Brasil, 2012.
LEITE, Pedro P. Não-lugares de Marc Augé. Disponível em: <http://globalherit.hypotheses.org/3883>. Acesso em: 04 de out. de 2017
LEMOS, Carlos. Cozinhas, etc. 2 ed. São Paulo, Perspectiva, 1978.
MELO, Rosane G. C. Psicologia Ambiental: uma nova abordagem da psicologia. Disponível em:< http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-51771991000100008>. Acesso em: 22 de fev. de 2017
MERELES, Carla. Direito à moradia: Todos têm direito a um lar. Disponível em:<http://www.politize.com.br/direito-a-moradia/>. Acesso em: 26 de set. de 2017
MOSER, Gabriel. Examinando a congruência pessoa-ambiente: o principal desafio para a Psicologia Ambiental. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X2003000200016>. Acesso em: 22 de fev. de 2017
MOSER, Gabriel. Psicologia Ambiental. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X1998000100008>. Acesso em: 24 de fev. de 2017
NETO, Francisco M. A importância das cores. Disponível em:< http://www.precisaoconsultoria.com.br/fmnresp/cores.htm>. Acessoem: 01 de set. de 2017
O movimento moderno. Disponível em:<https://arquiteturadobrasil.wordpress.com/7-o-movimento-moderno-3/>. Acesso em: 29 de maio de 2017
OLAIA, Karen. Modernismo: Racionalismo e Funcionalismo Arquitetônico. Disponível em:<http://sobrearquitetur.blogspot.com.br/2012/12/modernismo-racionalismo-e-funcionalismo.html>. Acesso em: 29 de maio de 2017
PALLASMAA, Juhani. Os olhos da pele. Porto Alegre, Bookman, 2011.
PALLONE, Simone. Arquitetura da felicidade: beleza ou funcionalidade? Um passeio pela história e filosofia da arquitetura oferece algumas pistas. Disponível em:<http://comciencia.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-76542010000800012&lng=e&nrm=iso&tlng=e>. Acesso em: 22 de abril de 2017
PETRIN, Natália. Terceira Revolução Industrial. Disponível em:<https://www.estudopratico.com.br/terceira-revolucao-industrial/>. Acesso em: 26 de ago. de 2017
Poderia a arquitetura salvar a crise prisional brasileira? Disponível em:<https://www.arqblog.com.br/curiosidades-na-arquitetura/poderia-arquitetura-salvar-crise-prisional-brasileira/>. Acesso em: 06 de out. de 2017
RASMUSSEN, Steen Eiler. Arquitetura vivenciada. 2.ed. São Paulo, Martins Fontes, 1998.
RIVLIN, Leanne G. Olhando o passado e o futuro: revendo pressupostos sobre as inter-relações pessoa-ambiente. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X2003000200003>. Acesso em: 05 de ago. de 2017
RYBCZYNSKI, Witold. Casa, pequena história de uma ideia. Rio de Janeiro, Record, 1996.
SÁ, Teresa. Lugares e não lugares em Marc Augé. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/ts/v26n2/v26n2a12.pdf>. Acesso em: 07 de out. de 2017
SANT’ANA, Thaís. O que foi a Bauhaus? Disponível em:< https://mundoestranho.abril.com.br/cultura/o-que-foi-a-bauhaus/>. Acesso em:15 de set. de 2017
SANTOS, Eva F. S. HARVEY, David. Condição Pós-Moderna : uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural . 6 ed. São Paulo: Loyola, 1996. Disponível em:<http://www.revistas2.uepg.br/index.php/rhr/article/viewFile/2126/1607>. Acesso em: 28 de maio de 2017
SCHMID, Aloísio L. Ambientes que confortam: qual sua essência? Disponível em:<http://vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/05.058/3128>. Acesso em: 22 de maio de 2017
SCHMID, Aloísio. A ideia de conforto – Reflexões sobre o ambiente construído. Curitiba, Pacto Ambiental, 2005.
SILVA, Helga S; SANTOS, Mauro C. O. O significado do conforto no ambiente residencial. Disponível em:<http://www.proarq.fau.ufrj.br/revista/public/docs/Proarq18_OSignificadoConforto_SilvaSantos.pdf>. Acesso em: 11 de abril de 2017
TAGLIANE, Simone. Modernismo: 90 anos da urbanização de Weissenhof. Disponível em:<https://blogdaarquitetura.com/modernismo-90-anos-da-urbanizacao-de-weissenhof/>. Acesso em: 04 de out de 2017
Terceira Revolução Industrial. Disponível em:<https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/geografia/terceira-revolucao-industrial.htm>. Acesso em:
VEIGA, Edison. Feira livre dentro de condomínio vira moda. Disponível em:< http://sao-paulo.estadao.com.br/blogs/edison-veiga/feira-livre-condominio/>. Acesso em: 12 de set. de 2017
VITRUVIUS. Casa e lar: A essência da arquitetura. Disponível em:<http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/03.029/746>. Acesso em:
WIKIPÉDIA. International style. Disponível em:< https://pt.wikipedia.org/wiki/International_style>. Acesso em: 07 de mar. de 2017
WORDPRESS. Estilo Internacional-I. Disponível em:< https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2011/09/29/o-estilo-internacional/>. Acesso em: 14 de ago. de 2017
APÊNDICE - Questionário
ANEXO A – Convenção do condomínio
ANEXO B - Regimento interno
ANEXO C – Implantação técnica
ANEXO D – Planta baixa da casa

Continue navegando