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Daniel Dantas – Sinais Vitais
SINAIS VITAIS
1. INTRODUÇÃO
· A correta avaliação dos sinais vitais é um procedimento de extrema importância em qualquer serviço de triagem e avalição médica. Eles servem para indicar de uma maneira rápida e eficiente o estado geral de um paciente e já conseguir indicar problemas no seu estado de saúde. 
· A avaliação dos sinais vitais consiste em mensurar:
· Pressão arterial
· Frequência respiratória
· Frequência cardíaca
· Pulso arterial 
· Temperatura
2. FORMAS DE AVALIAÇÃO
· Podemos avaliar o paciente em posição ortostática ou decúbito dorsal.
· Não esquecer que existem alterações fisiológicas relacionadas com a mudança de decúbito e posição dos membros.
· Algumas vezes é necessário a avaliação em mais de uma posição para o fechar o correto diagnóstico, como na hipotensão ortostática, por exemplo.
3. SEMIOTÉCNICA
3.1 PRESSÃO ARTERIAL (PA)
· Para aferir a PA do paciente (de maneira indireta) na prática clínica, utiliza-se um esfigmomanômetro e um estetoscópio.
· É importante que algumas etapas sejam seguidas para chegarmos a um valor mais aproximado o possível do real. E a primeira etapa de todas, e muito esquecida no dia a dia, é o correto preparo do paciente.
· Preparo do paciente:
· Primeiramente, explique o procedimento ao paciente
· Instrua-o a não conversar durante o procedimento
· Deixe-o em um ambiente tranquilo e sem barulhos
· Coloque-o em repouso de 3 a 5 minutos antes da aferição
· É muito importante verificar que o paciente não:
· Está com vontade de urinar
· Praticou exercícios ou atividades físicas, por pelo menos 60 minutos antes
· Ingeriu álcool, café ou substâncias estimulantes
· Fumou há pelo menos 30 minutos
· Posicione o paciente de maneira correta:
· Sentado, com os pés apoiados no chão, pernas descruzadas e relaxado
· Braço na altura do coração, roupas leves que não garroteiem o membro a ser aferido e cotovelo levemente fletido
· Outro fator importante também é que você escolha um manguito com uma circunferência adequada ao membro do paciente, vide tabela abaixo da VII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial:
· Determinando a PA sistólica através do método palpatório:
· Palpe e localize as pulsações da artéria braquial
· Coloque o manguito no membro superior envolvendo todo o braço, sem folgas e com 2 a 3 cm acima da fossa cubital
· Centraliza a parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial
· Palpe e localiza as pulsações do pulso braquial
· Insuflar o manguito até que se tenha a oclusão da artéria, ou seja, quando ocorrer o interrompimento do fluxo sobre a artéria radial 
· Abra a válvula e desinsufle o manguito lentamente. O reaparecimento do pulso radial corresponde a PA sistólica
· Após a detecção do pulso, a válvula pode ser totalmente aberta e esvaziada
· Determinando a PA sistólica e diastólica através do método auscultatório:
· Depois de determinar a PA sistólica, feche a válvula, palpe a artéria braquial novamente e coloque o diafragma do estetoscópio sobre a mesma
· Infle o manguito até ultrapassar cerca de 20 a 30 mmHg o nível da pressão sistólica
· Abrir levemente a válvula e liberar lentamente o ar até o completo esvaziamento da bolsa
· Enquanto você desinfla a bolsa, irá começar a auscultar sons. O primeiro ruído ouvido refere-se novamente a pressão arterial sistólica. Será auscultado então um abafamento do ruído (IV som do Korotkoff), seguido do desaparecimento completo do ruído (V som de Korotkoff).
· O V som de Korotkoff é justamente a PA diastólica
· Auscute 20 a 30 mmHg depois do último som, apenas para confirmar o desaparecimento do mesmo e depois pode proceder com o esvaziamento completo da bolsa de ar
· Observações importantes:
· Anote os valores pressóricos sem arredondamento e o braço que foi aferido a pressão arterial
· Informe os valores ao paciente e interprete-os conforme a VII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial:
	VII DIRETRIZ BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL
	Classificação
	PA sistólica
	PA diastólica
	Normal
	≤ 120
	≤ 80
	Pré-hipertensão
	121 a 139
	81 a 89
	Hipertensão estágio 1
	140 a 159
	90 a 99
	Hipertensão estágio 2
	160 a 179
	100 a 109
	Hipertensão estágio 3
	≥ 180
	≥ 110
	Quando a PAS e a PAD situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para a classificação da PA
3.2 FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA
· A frequência respiratória (FR) é um dado importantíssimo e utilizado para uma imensa variedade de patologias.
· Obtém-se o seu valor contando as incursões respiratórias por minuto (i.p.m.)
· É importante que seja contado durante 60 segundos completos e realizar a contagem com discrição, para que o paciente não altere sua respiração ao perceber que estamos contando a mesma.
· Abaixo temos os valores de referência da FR para adultos:
	VALOR DA FR
	INTERPRETAÇÃO
	12-20 i.p.m
	Normal
	< 12 i.p.m
	Bradipneia
	> 20 i.p.m
	Taquipneia
	0 (zero) i.p.m
	Apneia
3.3 FREQUÊNCIA CARDÍACA
· A frequência cardíaca (FC) é obtida contando-se os batimentos cardíacos por minuto (b.p.m), com o uso de um estetoscópio com o diafragma repousando sobre o precórdio,
· Importante lembrar que a FC é diferente da frequência de pulso.
· Abaixo temos os valores de referência da FC para adultos:
	VALOR DA FC
	INTERPRETAÇÃO
	60-100 b.p.m
	Normal
	< 60 b.p.m
	Bradicardia
	> 100 b.p.m
	Taquicardia
3.3 PULSO ARTERIAL
· São as oscilações rítmicas de volume que ocorrem nas artérias.
· A partir da sístole do ventrículo esquerdo, cria-se uma onda de choque que se estende da raiz da aorta até os outros vasos do sistema arterial, tanto os centrais quanto os periféricos.
· Os pulsos centrais são o carotídeo e o femoral. Todos os demais pulsos palpáveis são periféricos.
· Algumas características são muito importantes na avaliação dos pulsos, são elas:
· Frequência: quantidade de ondas por minuto. Pacientes sem arritmias cardíacas ou doença arterial periférica, a frequência de pulso coincide com a cardíaca. Faixa de normalidade: 60-100 ondas por minuto. Menor que 60 temos bradisfigmia e acima de 100 temos taquisfigmia
· Ritmo: é a sequência de pulsações. Se os intervalos forem iguais, temos o ritmo regular. Se for variável, temos o ritmo irregular
· Amplitude ou magnitude: Sensação quanto a palpação a cada pulsação. Podemos classificar em amplo (magnus), mediano ou pequeno (parvus)
· Simetria: Se as mesmas artérias contralaterais tem amplitudes iguais, temos um pulso simétrica. Se forem diferentes, assimétricos
· Tensão ou dureza: Avaliado comprimindo progressivamente a artéria e está relacionado a pressão diastólica. Se para interromper as pulsações você fizer pouca força, o pulso é mole. Se você fizer muita força o pulso é duro. Este significa hipertensão arterial.
· Formato: Expressa a análise do contorno do pulso. É uma avaliação que exige muito prática. 
· Os pulsos normalmente palpados são: carotídeos, femorais, radiais, braquiais, dorsais do pé e tibiais posteriores. 
3.4 TEMPERATURA
· A temperatura é um parâmetro bastante conhecido e rotineiramente aferido. Para aferir a temperatura, usa-se um termômetro clínico que registra temperaturas geralmente entre 35◦C e 42 ◦C.
· Abaixo temos os valores normais de temperatura:
	Temperatura axilar
	35,8 a 37◦C
	Temperatura bucal
	35,8 a 37,4◦C
	Temperatura retal
	35,8 a 37,8◦C
REFERÊNCIAS
1. Manual de Semiologia Médica. Sinais Vitais. Editora Sanar.
2. VII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial
3. Vídeo “Como aferir corretamente a pressão arterial. Centro de Telessaúde HC-UFMG. https://www.youtube.com/watch?v=-m8QueLqxxk

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