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1 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO Considerações iniciais Diabetes mellitus: São condições que cursam com o aumento da glicemia sérica –a glicose –e muito tem relação com a ação da insulina. Fisiologia do pâncreas endócrino Porções do pâncreas: Pâncreas exócrino: Produz as enzimas digestivas; Pâncreas endócrino: Produz diversos hormônios. Pâncreas endócrino Ilhotas de Langerhans –1 milhão de células endócrinas (Ex: células beta e alfa); 5 tipos de células: Célula α (25%): Glucagon, pró-glucagon; Célula β (55%): Insulina, GABA; Célula δ (10%):Somatostatina; Célula ε (3%): Grelina; Célula PP (5%): Polipeptídeo pancreático. Síntese de insulina Célula beta pancreática: Síntese e armazenamento de pró- insulina; Pró-insulina é clivada nos grânulos de secreção em insulina e peptídeo C; Pró-insulina= Insulina + peptídeo C. Insulina: Duas cadeias conectadas por pontes dissulfídicas; Meia vida: 3-5 min; Degradada pelas insulinases no fígado, rim e placenta. Peptídeo C: 31 aa; Sem atividade biológica, ele só estabiliza a molécula de insulina (em pró-insulina) enquanto ela está armazenada no pâncreas; A sua dosagem serve para analisar a reserva pancreática de insulina; Quantidades equimolares à insulina; Degradada primordialmente pelo rim; Meia vida: 3-4x maior. 2 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO Células Beta: Secreção de insulina Secreção basal: Jejum: 10 uU/ml (quantidades memores de insulina é secretado); Ocorre na ausência de estímulos agudos exógenos no estado de jejum; Acontece a todo momento. Secreção estimulada: Resposta a estímulos exógenos: Refeições ingeridas (↑ glicose); Concentração periférica de insulina aumenta rapidamente em 8-10min, atinge pico em 30-45min, volta ao basal em 90-120min; Indivíduos normais a concentração de insulina raramente é maior que 100 uU/ml. Ocorre o aumento da glicemia pós refeição/brandial. Receptores de ação da insulina A insulina se liga ao seu receptor, ativa sua subunidade beta, a qual fosforila o substrato IRS em tirosina; Essa fosforilação ativa as quinases e fostatases, que iniciam as vias de ativação;. A insulina tem 2 grandes objetivos: 1. A ação metabólica (colocar a glicose dentro da célula)-Por meio da via metabólica; 2. A ação mitogênica ou efeito anabólico (ex: crescimento celular) –Por meio da via mitogênica. OBS: A fosforilização IRS em tirosina precisa ocorrer para a insulina exercer seu papel Diabetes mellitus Definição: Grupo de doenças metabólicas que se caracterizam por hiperglicemia resultante de defeitos na secreção ou ação da insulina. Epidemiologia: Grave problema de saúde pública mundial: Números cada vez maior de pessoas acometidas e elevada morbimortalidade (4,9 milhões de mortes em 2014); A cada 6 segundos, uma pessoa morre devido ao diabetes e suas complicações. Brasil: 6,2% da população adulta. Classificação da diabetes Diabetes Insipidus (relacionada ao metabolismo do sódio e do ADH. Não tem haver com a hiperglicemia.); Diabetes mellitus: 3 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO DM Tipo 1; DM Tipo 2; DM gestacional; DM secundário à medicações: Devido a corticoides e imunodepressores pós transplante; DM secundário à outras patologias; DM monogênico (MODY). DM Tipo 1/ insulino dependente Deficiência absoluta de insulina, consequentemente à destruição autoimune ou a destruição idiopática (raro) das células beta pancreáticas; Como as células beta pancreáticas são destruídas, não ocorre a produção de insulina; DM insulinodependente; 5% a 10% dos casos de DM; Apresentação mais comum em crianças e adolescentes; Se divide em 3 grupos: Tipo 1A (DM1A); Tipo 1B (DM1B); LADA. Tipo 1A (DM1A) 90% dos casos de origem autoimune; Presença de auto-anticorpos; Possui uma autoimunidade detectada através de dosagens de auto-anticorpos, e o anticorpo mais associado é o Anti-Gad +; Mais comum em crianças e adolescentes; Anti-Gad é positivo. Tipo 1B (DM1B) São os outros 10% dos casos que não tem a imunidade comprovada; É chamada de diabetes tipo 1 idiopática (ocorre sem motivos,espôntanea); Não é possível identificar qual o motivo da destruição da célula beta nesse caso; Evolução e quadro clínico iguais ao DM1A, porém o Anti-Gad nesse caso é negativo; Autoanticorpo negativo: Não identifica fator causador. LADA Diabates Autoimune Latente em Adultos; Acomete pacientes de 30-50 anos; Anti-GAD positivo e peptídeo C baixo; Se apresenta de forma lenta e tardia; Pacientes normalmente não tem o perfil de obesidade e nem resistência à insulina (que teria se fosse DM2); Anti-GAD+: Presença do autoanticorpo que destroi a célula beta Peptídeo C baixo: Pouca capacidade de produção de insulina (ultilizado na diferenciação de LADA e DM2). Patogênese DM1 4 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO Precisa ter uma pré dispossição genética, normalmente é devido a alteração no sistema HLA; Não precisa de história familiar forte; A predisposição genética precisa ser seguida de uma exposição ambiental, normalmente um vírus; O paciente se expõe a esse desencadeante ambiental e isso faz com que ative a imunidade a produzir anticorpos contra a célula beta; Antígeno viral desencadeia imunidade cruzada; Imunidade curzada: O corpo entende que a célula beta funciona como antigeno; Perda da primeira fase da resposta à insulina, causando pré diabetes (pré- clínica, com suscetibildade genêtica e autoimune contra a célula beta); Início clínico do diabetes; Às vezes ocorre um mimetismo de um antígeno desse desencadeante, a partir daí, começa-se a produzir os auto- anticorpos e gerar a inflamação na célula beta –insulite. 4 etapas do DM1: 1. Pré-clínica, com suscetibilidade genética e autoimune contra a célula betas; Predisposição, autoimunidade, insulite, ou seja, a doença não apareceu ainda e o paciente não apresenta sintomas. 2. Início do quadro clínico do diabetes; Acontece quando há destruição de mais de 90% da massa de células beta, podendo haver sintomas como a hiperglicemia etc. 3. Remissão transitória (período “lua de mel”); Ocorre quando o paciente está em tratamento; A glicose cai devido ao tratamento e a glicotoxidade diminui, permitindo alguma secreção de insulina pelas células beta ainda existente; Isso permite um melhor controle (período de “lua de mel”); Esse período cessa depois que o resto das células beta são totalmente destruídas. Glicotoxidade: -Glicose em excesso é toxico para o pâncreas, impedindo que a célula beta trabalhe e secrete insulina. -Tratamento corta o efeito da citotoxidade, assim volta a ter uma capacidade, mesmo que reduzida, de produzir insulina e controlando a hiperglicemia, tendo uma melhora clínica isso é a remissão transitória.. 5 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO 4. Diabetes estabelecido associado a complicações agudas e crônicas. DM2 Hiperglicemia decorrente da resistência periférica a ação da insulina e consequentemente diminuição da capacidade de secreção de insulina pelas células beta pancreáticas; 90 % a 95% dos casos de DM; Surge habitualmente após 40 anos de idade; 70% a 90% apresentam síndrome metabólica: Caracterizada por um aglomerado de fatores que implicas em risco cardiovascular elevado. Ácidos graxos livres e citocinas inflamatórias produzidos pela gordura visceral farão com que o receptor de insulina fosforile o IRS em serina (em ver de tirosina) Isso atrapalha a cascata de sinalização celular; Assim, o corpo passa a produzirmais insulina, até que essa sobregarga de trabalho deterioriza a célula beta, tendo uma produção deficitária de insulina. Fatores de risco História familiar de DM2; Idade > 45 anos; Obesidade; Sedentarismo; Pré-diabetes; História prévia de diabetes mellitus gestacional (DMG); Presença de síndrome metabólica. Fisiologia do DM2: Octeto Omnioso Existem oito mecanismos que causam a hiperglicemia: Diminuição da secreção de insulina; Diminuição do efeito incretina; Diminução da reabsorção de glicose; Disfunção de neurotransmissores; Aumento de secreção de glucagon; Aumento da produção hepática de glicose; Aumento da reabsorção de glicose; Aumento da lipólise. OBS: Somente a redução do efeito incretino e o aumento da reabsorção de glicose não estão relacionados com a resistência insulínica. Efeito incretino: Incretinas (GLP-1 e GIP); Estimulo é alimentação; Estimulam a secreção de insulina; Retardam o esvaziamento gástrico e diminui o apetite. Incretinas (GLP-1 e GIP): Estimulam a secreção de insulina (glicose dependente); GLP-1 diminui secreção de glucagon; Retardam o esvaziamento gástrico; Efeito anoréxigo. 6 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO Fisiologicamente 90% da glicose filtrada é absorvida nos túbulos renais pela ação do SGLT2; No DM2 essa absorção está aumentada por maior ação do SGLT2. OBS: Quando um indivíduo tem diabetes, ele tem diminuição da capacidade intestinal de produzir GLP1, perdendo esse outro fator controlador de glicose (ação do GLP1). Fisiopatia da resistência insulínica (RI) Ocorre uma dificuldade em colocar a glicose para dentro da célula; Para ter o processo de resistencia à insulina o potencial de fosforilação da insulina em tirosina, o sitio de ligação é mudado e a insulina fosforila em serina. Assim, produz muita insulina para compensar; Para vencer a resitência insulínica ocorre uma hipersecreção de insulina pelas células beta: Deteriorização das células beta pancreáticas; Diminuição da produção de insulina; Hiperglicemia sérica. Células do pâncreas: O estímulo para secreção do glucagon é uma queda de glicemia; A célula que tem RI entende que não há glicose disponível e ativa a secreção de glucagon. Músculos e tecido adiposo: Tecidos captadores de glicose; Quando tem RI a captação de glicose diminui; O tecido adiposo ao “sentir” que está faltando glicose no sangue irá quebrar a gordura para adquirir energia (lipólise aumentada), liberando ácidos graxos livres para o corpo realizar a gliconeogênese. Disfunção de neurotransmissor: No funcionamento normal: A insulina vai para o hipotálamo e diminui a fome; Quando tem RI: Ocorre uma disfunção no mecanismo de fome e saciedade, levando a hiperglicemia, uma vez que o indivíduo sente mais fome mesmo quando há glicose suficiente na corrente sanguínea. Quadro clínico do diabetes mellitus Sintomas dependem da fase da doença e do tipo da diabetes; Quando ocorre uma hiperglicemia inicial, não tão severa, sem insulinopenia, a maioria dos pacientes são assintomáticos, podendo ser detectável só laboratorialmente; 7 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO Hiperglicemia e insulinopenia: Poliúria: Decorrente do efeito glicosúrico. Paciente refere aumento da frequência e do volume urinário; Noctúria; Polidipsia: Tentativa de compensar a perda volêmica. Paciente com ingesta importante de líquidos; Turgência visual: Cristalino e a retina são expostas aos fluidos hiperosmolares; Parestesias: A hiperglicemia pode cursar com neuropatia aguda; Perda ponderal acentuada: Perda do efeito anábolico da insulina + desidratação + gliconeogenólise; Polifagia: Perda do efeito anorexígeno da insulina. Paciente com fome aumentada. Quadro clínico DM1 Acomete crianças, adolescentes e adultos jovens (20/30 anos); 25% dos casos se apresentam com cetoacidose diabética; Principais sinais e sintomas: Hiperglicemia; Insulinopenia; Poliúria (urinar muito); Polidipsia (sede excessiva); Polifagia (muita fome devido à insulinopenia); Perda ponderal; Turvação visual (visão embaçada); Neuropatia aguda (devido à hiperglicemia grave); Pode evoluir para uma emergência da cetoacidose diabética. Apresentação clínica DM2 Instalação insidiosa (mais lenta) da hiperglicemia: mais de 50% são assintomáticos no momento do diagnóstico; Diagnóstico em exames de rotina; Infecções cutâneas crônicas são comuns: Pruridos generalizados; Vaginite por cândida são, frequentemente, a queixa inicial de mulheres com diabetes tipo 2 (devido à glicose na urina). Alguns pacientes podem permanecer sem diagnóstico por muitos anos e a apresentação inicial pode ocorrer pelas complicações do DM; O clássico das polis (poliúria, polifagia, polidipsia, perda ponderal) ocorre em deficiência de insulina mais grave; Principais sinais e sintomas: Hiperglicemia mais grave (acima de 200mg/dl); Quadro de insulinopenia; Poliúria (urinar muito); Polidipsia (muita sede); 8 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO Polifagia (muita fome); Perda ponderal; Sabor adocicado na urina (podendo ter infecções genitais); Quadro mais grave: Dificuldade de acuidade visual, parestesias, dificuldade de cicatrização (úlcera aberta que demora a cicatrizar). OBS: As complicações dependem do nível de hiperglicemia, nível de insulinopenia e do estágio do diabetes. Diagnóstico de DM É atráves de exames laboratoriais; É necessário que no mínimo dois exames estejam alterados. Complicações crônicas do diabetes Complicações macrovasculares Decorrem da aterosclerose (DVC). São elas: Infarto Agudo do Miocárdio (IAM); Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP); Acidente Vascular Cerebral (AVC). Complicações microvasculares Retinopatia Diabética (RD): Decorrente da microangiopatia causada pela hiperglicemia crônica; RD não proliferatina ➔ proliferativa (mais grave); Microaneurismas ➔ hemorragias retinianas ➔ exudatos duros ➔ manchas algodonosas ➔ loops vasculares ➔ neovasos; Estágios iniciais: assintomáticos; Evolução: Escotomas, visão turva, perda da acuidade visual e cegueira. Imagem: Fundo de olho normal. 9 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO Imagem: Representa a retinopatia proliferativa. Apresenta muito mais isquemias, fundo de olho mais pálido, hemorragia em volta, exsudato duro, machas algodonosas e loop venoso. Nefropatia Diabética: Acomete 25-40% dos diabéticos; Principal causa de doença renal crônica (DRC) no mundo; DM1 surge após 5-10 anos do diagnóstico. DM2 precisa ser rastreado no momento; Manifestação inicial: Detecção laboratorial de microalbuminúria na urina; Evolução: Microalbuminúria ➔ macroalbuminúria ➔ queda da TFG ➔ elevação de creatina (quando TFG < 50); Sintomas clínicos surgem apenas quando há importante prejuízo da taxa de filtração glomerular. Neuropatia Diabética: Acomete 50% da população diabética; Consequência da hiperglicemia e estresse oxidativo; Grande prejuízo na qualidade de vida do paciente; Podem ser mononeuropatia (acomete um único nervo) ou polineuropatia (forma mais comum. Acomete mais de um nervo); Polineuropatia pode ser periférica ou autônoma; A ausência de sintomas não exclui o diagnóstico. Deve-se fazer rastreio anual; Pode acontecer os seguintes tipos: Sensoriomotora crônica: É a mais importante e mais comum Polineuropatia sensorio-motora crônica (polineuropatia diabética): A lesão começa na fibra fina e depois progride para fibra grossa; Apresentação da dor neuropática: Surgimento em repouso, exacerbação noturna, melhora com atividades diárias e ao caminhar, direção distal-proximal; Carcterísticas da dor neuropática: 10 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO Parestesias (formigamento, agulhada, dormência); Disestesias (dor em queimação, pontada, facada, choque, lancinante); Alodina (dor a estímulos não dolorosos); Hiperalgesia (resposta intensa a um estimulo doloroso leve); Cãibras e fraqueza muscular (comprometimento motor); Disautomia periférica (sensação de resfriamento e congelamento). Pé diabético: Deve-se fazer um exame anual do pé diabético, para identificar o pé de risco: Paciente em decúbito dorsal em uma ambiente calmo e iluminado e com os pés ou pernas despidas; Utiliza-se o esteoscópio, o monofilamento (instrumento mais específico, faz a avaliação da sensibilidade à presão) e esficnomanometro. Inspeção: Observar os pés Observa se tem alguma lesão no pé e observa-se também os calçados (se tem algo que possa machucar os pés do paciente e se tem alguma alteração nos pontos de pisada/ de pressão que desgasta alguns pontos da sola do calçado) e a meia (se tem macha ou fragmento de lesão); Pele; Edema; Calosidades; Deformidades estruturais; Aviliar a temperatura da pele com o dorso da mão. OBS: Deve olhar dedo por dedo “abrindo”/afastando eles, observando os espaços inter-digitais. Avalição dos pulsos: Avalia pulso tibial e o pulso pedioso; 11 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO Se tiver disponibilidade pode ultilizar um doopler. Avaliação das sensibilidades: Percepção da pressão (utiliza o monofilamento. Incialmente deve-se fazer na mão do paciente para ele sentir como é); OBS: O paciente não pode ver esse procedimento. Percepção da vibração (utiliza o diapasão); Discriminação; Sensação táctil; Reflexos. Pé neuropático: Quente, bem perfurado, pulsos amplos, vasos dorsais dilatados; Anidrose (incapacidade de transpirar), pele seca com tendência a rachaduras e fissuras; Arco médio elevado, metatarsos proiminentes, dedos em garra/ martelo; Áreas de pressão plantar anormal (hiperqueratose), calosidades; Edema, hiperemia, alterações articulates graves (pé de Charcot). Pé isquemico: Pé frio, má perfusão, pulsos diminuidos ou ausentes; Pele fina, brilhante; Cianose, rubor postural, palidez à elevação; Unhas atrofiadas, ausência/ rarefação de pelos. Pé neuroisquêmico: É o mais comum; Combinação dos achados neuropáticos e vasculares, com ou sem deformidades. 12 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO Complicações agudas em diabetes Complicações agudas decorrem ou da hiperglicemia severa ou da hipoglicemia decorrente do tratamento do diabetes; Hiperglicemia severas: Cetoacidose diabética (CAD) Mais comum em DM1, mas também pode ocorrer no DM2; Pode ser a manifestação inicial do DM1: Adultos em até 30%; Crianças de 15-67% dos casos. Geralmente é precipitada por um fator desencadeante; A diminução do nível de insulina, a hiperglicemia e a cetonemia cuminam na acidose diabética. Fatores desencadeantes da CAD e da Estado Hipoglicêmico Hiperosmolar (EHH): Infecções (30 a 50%): pneumonia, infecção do trato urinário, infecções de partes moles; Tratamento irregular (20 a 50%): omissio da insulina, mau funcionamento da bomba de insulina; Doenças agudas (10%): infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, pancreatite, tromboembolismo pulmonar, trombose mesentérica, diarreia e vômitos persistentes, colecistite, apendicite; Queimaduras, trauma e cirurgias; Gestação; Drogas: corticosteroides, diuréticos tiazidicos, betabloqueadores, fenitoina, drogas imunossupresssoras (tacrolimo), antipsicóticos (clorpromazina, clozapina, olanzapina, risperidona). Quadro clínico da CAD Ingestão de água: Poliúria (urina muito); Polidipsia (muita sede); Polifagia; Perda de peso; Desidratação intensa: Olhos fundos; Mucosas ressecadas; Turgor diminuído. Sinais e sintomas cardíacos: Taquicardia; Hipotensão; Choque. Mal-estar geral: Náuseas; Vômitos; Dor abdominal (pode simular a dor do abdome agudo). Sintomas e sinais respiratórios: Taquipnéia; Respiração de Kussmaul (respiração lenta e profunda); 13 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO Hálito cetônico. Sinais e sintomas neurológicos: Alteração de nível de consciência (torpor, coma) –mais comum em EHH. Quadro clíncio EHH Acomete mais idosos; Evolução mais lenta (maifesta-se em dias ou semanas); Pacientes não tem acidose, logo não apresentam taquipnéia e respiração de Kussmaul, nem hálito cetônico; A desidratação é mais intensa; Tem maior prejuízo sensorial e de consciência. Hipoglicemia Definida como qualquer valor de glicemia < 70mg/dL; Complicações mais comum do tratamento do diabetes; Classificação proposta pela ADA: Fatores de risco em adultos: Omissão ou atraso de refeição; Dose excessiva de insulina ou sulfonilureia; Controle glicêmico rígido; Ingestão excessiva de bebidas alcoólicas; Absorção variável ou retardada da insulina por vias subcutâneas; Exercícios prolongados ou extenuantes; Variável necessidade basal de insulina durante a noite; Contrarregulação defeituosa; Insuficiência renal ou adrenal. Sintomas: Sudorese; Palidez; Tontura; Tremores; Convulsões; Irritabilidade; Fome; Fraqueza e sonolência; Taquicardia; Síncope e coma. Cuidado em idoso: Sintomas atípicos; Metas mais permissivas, caso as drogas sejam de risco para hipoglicemia. Maior risco para pacientes com DCV: Hipoglicemia graves podem resultar em isquemia miocárdica recorrente e arritimias ventriculares; Inibição dos processos metabólicos miocárdicos e induz a aptoptose dos cardiomiócitos; Elevação da pressão arterial é uma complicação adicional. Efeito contra-regulador da hipoglicemia: Efeito Somogyl/Hiperglicemia de rebote: Ocorre quando a dose de insulina é 14 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO demasiada ou se as concentrações de glicose sanguínea cair muito rapidamente. Hipoglicemia noturna: Ocorre devido à doses excessivas de tratamento ou uso inadequado da insulina da noite (horário inadequado). Correção da hipoglicemia Pacientes consientes: Ingesta oral de 15g de carboidratos simples. Exemplos: 3 balas de caramelo; 300ml de refrigerante comum; 300ml de água com 1 colher de sopa de açucar. Pacientes comatosos: 2-5 ampolas de glicose 50%, IV (diluídas) Glucagon IM ou SC (1mg para adultos e 0,5 para crianças).
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