Buscar

Altas Habilidades e superdotação_Estudo de Caso

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Altas Habilidades 
e Superdotação
Estudo de 
Caso
Professora: Esp. Ruth Cássia Schreiner
2
Unicesumar
estudo de 
caso
Neste estudo de caso veremos a desmistificação do saber total e da genialidade plena atribuí-
da, muitas vezes, de maneira errônea e como um mito das altas habilidades/superdotação. 
Além disso, serão analisadas a situação de uma criança e sua família e de adolescentes com 
AH/SD, e as dificuldades e desafios enfrentados.
Só é portador de AH/SD quem sabe tudo e é bom em tudo? Como famílias e escolas en-
frentam o desafio de promover o desenvolvimento adequado dessas crianças?
No atendimento especializado a crianças e adolescentes, não é incomum receber pedidos 
de ajuda dos pais. Em certa ocasião, a mãe de uma menina de 3 anos relatou suas dificulda-
des: a filha recusa ir à escola de educação infantil porque o que a professora ensinava, ela já 
havia aprendido e estava desmotivada com a repetição. A especialista na área marcou um 
encontro presencial e a mãe explicou que a filha já estava alfabetizada, lia com compreen-
são e escrevia palavras simples. 
Filha de pais com formação superior e pós-graduação, a menina sempre conviveu com 
estímulos linguísticos variados e interessantes. Sua atenção e ocupação dirigiu-se aos livros 
e materiais letrados dispostos pelos pais que investiram na curiosidade da filha em querer 
aprender e conhecer as letras. Eis que a garotinha começa a ler, e a surpresa dos pais é seguida 
de dúvidas, preocupações e culpa. 
Na conversa, a profissional procurou acalmar a mãe ao explicar que não havia necessi-
dade de sentir-se culpada. A menina apresentava possibilidades e sinais indicadores de altas 
habilidades em atividades que envolviam a linguagem, e aprendeu com facilidade. Os pais 
não compreendiam a situação, pois, embora, ela se saísse muito bem na leitura, ela quase 
não acompanhava a turma em outras atividades que exigiam aspectos não relacionados à 
leitura. Para eles, ela não podia ter altas habilidades/superdotação sobressaindo-se somente 
na leitura.
Então a especialista explicou que ninguém é bom em tudo. Ao falarmos em superdo-
tação, é comum pensarmos nos grandes gênios da humanidade. Em princípio, não há uma 
diferenciação absoluta entre tais pessoas e nós, os seres humanos “comuns”. Como não é 
em todas as áreas que o aluno se destaca, cabe aos educadores identificar e reconhecer os 
pontos fortes, aptidões e interesses, bem como necessidades de aquisição de conhecimen-
tos, com o objetivo de oportunizar o atendimento educacional especializado apropriado, 
com respeito e tranquilidade.
Unicesumar
3
estudo de 
caso
E a inquietação permanecia diante da resistência da menina em frequentar as aulas. 
Assim, foi realizada uma reunião com a equipe de educadores da escola e nela planejou-se 
algumas estratégias metodológicas a serem desenvolvidas pela professora em sala de aula 
com a criança.
Parte-se da ideia de que o processo de aprendizagem deve promover interesse e prazer 
na criança, para que ela busque o conhecimento, como consequência de situações desa-
fiadoras propostas pelos docentes, com o cuidado de que nesse processo não se use muito 
da repetição, nem de tarefas demasiadamente difíceis, pois é importante que se analise o 
desenvolvimento mental da criança. 
Assim, a professora passou a oferecer possibilidades de realização de atividades diferen-
ciadas em alguns momentos das aulas, nos quais a menina poderia realizar ações específicas 
e produzir trabalhos que exigiam desafios. Por exemplo, durante o momento que a profes-
sora lia histórias para o grupo, quando o livro era familiar para a menina, por já ter lido, a 
professora oferecia material para que ela pudesse desenhar e escrever palavras ou frases re-
lacionadas ao desenho, com destaque para um personagem da história, até mesmo criando 
outras histórias.
Dentre os resultados alcançados no relato anterior, foi possível observar a motivação da 
aluna durante as aulas, a valorização de suas produções diferenciadas, a tranquilidade da pro-
fessora em não dar ênfase exagerada ao desempenho superior da menina e a confecção de 
um produto significativo, um livro a respeito de um personagem de um dos livros, elabora-
do a partir das habilidades criativas e imaginativas da autora.
Muitas vezes, por desatenção ou mesmo falta de conhecimento e despreparo, tanto da 
família como de professores, não se percebe na infância que a criança possui habilidades 
diferenciadas, sobretudo quando ocorre de a criança ser muito boa em um único fator e in-
clusive ter dificuldades nos demais. Assim, chegam na adolescência e por falta de atividades 
desafiadoras, também há dificuldades na identificação, uma vez que a ênfase pode ser a re-
petição ao exemplo, com a orientação de seguir o modelo e a rotina. 
A inibição própria do adolescente se constitui em outro fator importante. A fim de perten-
cerem ao grupo (maioria) e serem aceitos, alguns alunos com altas habilidades/superdotação 
passam a reduzir as notas das avaliações e expressar problemas de comportamento e rebeldia 
para não se diferenciarem dos demais, não sofrerem com apelidos e não serem rechaçados.
4
Unicesumar
estudo de 
caso
Os referidos alunos passam sem serem notados na escola devido ao desconhecimento 
dos educadores, daí a importância da capacitação e atualização dos profissionais da edu-
cação a respeito do tema. A formação apropriada reduz os mitos e preconceitos e evita os 
estereótipos que rotulam e discriminam. 
O educador pode considerar diferentes aspectos manifestos pelos alunos, bem como os 
estilos e perfis expressos e várias situações educacionais. Alguns questionamentos surgem 
quanto a:
• Expectativas com relação ao trabalho a desenvolver.
• Maneira de organização do pensamento (lógica).
• Aspecto em destaque que envolvem a verbalização ou a execução.
• Preferências quanto a forma de aprender.
• Se há dificuldade para demonstrar o que sabe ou o que aprende.
• Como registra suas descobertas.
A partir da observação, entrevistas, interação e verificação das características pessoais, sociais 
e afetivas predominantes, é possível estabelecer o plano de ação docente, com algumas 
atividades que abordem as diversas áreas de aptidões e interesses dos alunos com altas 
habilidades/superdotação.
O professor deve levar em consideração as várias habilidades em diferentes níveis e as-
pectos dos alunos: por exemplo, para alunos que apresentam maior facilidade em algumas 
disciplinas específicas, ou seja, possuem facilidade na execução de atividades que envolvam 
as áreas ou disciplinas escolares que requerem conhecimento específico, interesses, infor-
mações e realização de atividades variadas para registrar o conhecimento, em especial, por 
meio da escrita ou da arte.
Para alunos com perfil criativo e produtivo, em virtude da facilidade para criar, imaginar, 
ter pensamentos inusitados, recomenda-se, por exemplo, exercícios de criatividade e imagi-
nação para resolução de problemas com elaboração de estratégias em situações incomuns.
Percebe-se que, tanto no caso da criança como dos adolescentes, é essencial a atenção 
da família de dos professores na identificação dessas características particulares, a fim de que 
possam efetivamente elaborar estratégias que ofereçam os estímulos adequados, sem trau-
matizar esses indivíduos e muito menos tratá-los como gênios ou como pessoas diferentes.
Unicesumar
5
estudo de 
caso
Suas habilidades precisam ser desenvolvidas assim como precisam ser estimulados e tra-
balhados também os outros aspectos dos quais não se sobressaem, pois é necessário pensar 
no processo de ensino e aprendizagem de maneira holística, a fim de que todas as áreas do 
saber possam ser trabalhadas e desenvolvidas. Assim, aquela que se tem maior habilidade 
deve ser trabalhada em conjunto com as demais, levando esse aluno a melhorar seus conhe-
cimentos adquiridos e sistematizados, sobretudo, podendorelacioná-los com sua realidade 
e com a vida cotidiana.
Dessa forma, com os estímulos adequados e com a oferta de um ensino desafiador, os 
alunos com altas habilidades/superdotação se sentirão mais motivados e envolvidos como 
agentes participativos da própria formação.

Continue navegando