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Considerações gerais do pescoço, músculos e fáscia cervical - Anatomia de Cabeça e Pescoço

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Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 
1 
 
Considerações 
gerais do pescoço, 
músculos e fáscia 
cervical 
INTRODUÇÃO 
• A principal função do pescoço é sustentar a 
cabeça, unir a cabeça ao restante do tronco 
• Possui uma estrutura esquelética reduzida 
(coluna cervical vertebral com 7 vértebras + 
osso hióide) para permitir uma movimentação da 
cabeça, pois é nela que estão nossos órgãos de 
sentidos especiais 
• Como consequência disso, as estruturas do 
pescoço são mais expostas (com exceção da 
coluna espinhal que está dentro da coluna 
vertebral) 
• Hoje vamos estudar as regiões cervicais anterior 
e lateral, pois a região posterior já foi estudada 
com dorso na anato 1 
• Músculos da parte posterior do pescoço: 
relacionados a sustentação, ao equilíbrio e a 
postura 
• Músculos da parte anterior do pescoço: 
movimentação da cabeça 
• Quando a gente observa a região chamada de 
ântero-lateral do pescoço, regiões cervicais 
ântero-laterais, vamos tentar delimitá-la a partir 
de uma linha mediana, direita e esquerda, a 
parte mais posterior é a margem do músculo 
trapézio 
• REGIÃO CERVICAL ÂNTERO-LATERAL: se 
estende desde a LINHA MEDIANA até a MARGEM 
ANTERIOR DO TRAPÉZIO 
• E depois essa região vai ser dividida em DUAS 
ÁREAS TRIANGULARES pelo M. 
ESTERNOCLEIDOMASTÓIDEO (ECM): TRÍGONO 
CERVICAL ANTERIOR E UM TRÍGONO CERVICAL 
LATERAL 
LIMITE SUPERIOR DO PESCOÇO 
• ANTERIOR: M. MILO-HIÓIDEO (assoalho entre 
boca e pescoço) 
Na anatomia palpatória é até a base da 
mandíbula 
LIMITE INFERIOR: 
• ABERTURA SUPERIOR DO TÓRAX 
Na anatomia palpatória é a margem superior da 
clavícula e o esterno 
Vamos dividir sempre o pescoço em pequenos 
triângulos a partir desse quadrilátero maior com a 
finalidade de cirurgicamente acessarmos estruturas 
específicas do pescoço sem precisar abrir o pescoço 
inteiro 
O pescoço é subdivido em uma região anterior e 
lateral 
CONSIDERAÇÕES GERAIS (ANATOMIA DO 
PESCOÇO) 
• LINHAS DE CLIVAGEM (Linhas de tensão de 
Langer) 
➢ O músculo platisma também cria algumas pregas 
que na maioria delas, no pescoço, são no sentido 
horizontal 
➢ Essas linhas de clivagem, quando você vai fazer 
uma incisão no pescoço, são importantes para 
esconder essas incisões. Para isso deve-se 
obedecer essas linhas de clivagem, mesmo que, 
ao fazer essa incisão, você está cortando as 
fibras do músculo platisma, então durante a 
sutura ao final da cirurgia tem que envolver o 
músculo platisma se não ele vai contrair e abrir 
a ferida, ai forma uma deiscência de sutura que 
é quando ela se abre 
INCISÕES HORIZONTAIS > ACABA CORTANDO O 
PLATISMA > CORTOU O PLATISMA? TEM QUE 
SUTURAR ELE DE VOLTA > NÃO PODE SER UMA 
SUTURA SÓ NA PELE > TEM QUE ENVOLVER A 
TELA SUBCUTÂNEA E O MÚSCULO PLATISMA, se 
não a sutura pode abrir nesse local 
• ESQUELETO DO PESCOÇO 
➢ Coluna vertebral com 7 vértebras cervicais 
 
• OSSO HIÓIDE 
Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 
2 
 
➢ Fica suspenso no pescoço, anterior a coluna 
vertebral 
➢ A fixação dele é feita por ligamentos e músculos, 
ELE NÃO TEM UMA ARTICULAÇÃO DIRETA COM 
NENHUM OUTRO OSSO, ele fica suspenso no 
pescoço por músculos que se prendem na sua 
parte superior chamados de SUPRA-HIÓIDEOS 
(são 4 a cada lado) e na sua parte inferior 
chamados de INFRA-HIÓIDEOS (4 de cada lado) 
➢ LIGAMENTO ESTILOHIÓIDE (que sai do processo 
estiloide até o osso hióide) 
 
OBS.: não se preocupe com os acidentes ósseos do 
osso hióide 
OSSO HIÓIDE DE ADOLESCENTE E DE UM ADULTO 
• A imagem radiográfica do hióide do adolescente 
pode ser confundida com uma fratura, pois o 
osso hióide é formado por partes, com o tempo 
ele vai se ossificar completamente. Então, no 
jovem, o osso hióide é formado por 3 partes 
(dois cornos maiores e um corpo) 
HIÓIDE NA MEDICINA LEGAL 
• Importante na medicina legal nos casos de 
estrangulamento 
• O legista, quando está fazendo o exame de 
corpo delito no cadáver, se tem suspeita de 
estrangulamento do cadáver, ele tem que olhar 
a estrutura do hióide 
• Normalmente ele se fratura na compreensão 
juntamente com as cartilagens da laringe 
• Nos idosos, as cartilagens da laringe vão se 
ossificar e também sofrem fraturas em casos de 
estrangulamento 
 
 
 
 
FUNÇÕES DO OSSO HIÓIDE 
➢ Manutenção da patência da faringe: manter a 
faringe aberta 
➢ Fixação para a parte média da faringe: 
constrictor médio 
➢ Base para a movimentação da língua 
➢ Deglutição e respiração: a faringe tem que ser 
elevada 
FRATURA DO OSSO HIÓIDE 
Essas fraturas não são apenas por estrangulamento, 
mas de um trauma como uma cotovelada no pescoço 
que fraturou o osso hióide, essa pessoa vai ter como 
sintoma uma COMPREENSÃO DA FARINGE. Às vezes 
a fratura do osso hióide penetra dentro da faringe, 
pois perfura a musculatura, isso gera dificuldade na 
deglutição e ainda pode lesionar a artéria carótida 
externa (a relação da carótida com o osso hióide 
será na próxima aula que é a continuação dessa) 
➢ Compressão da faringe: a faringe diminui a sua 
luz 
➢ Penetração na faringe 
➢ Dificuldade na deglutição e respiração 
 
➢ SÍNDROME DE EAGLE 
O osso hióide está suspenso, o processo estiloide 
está aumentado 
Normalmente temos o processo estiloide e o hióide 
e um ligamento estilo-hióideo entre os dois. A 
calcificação desse ligamento causa um alongamento 
do processo estiloide que foi descrito pelo Eagle. As 
alterações relacionadas a ele recebem o nome de 
Síndrome de Eagle 
Dentre as questões que acometem: 
➢ Dor cervicofacial exacerbada pela rotação do 
pescoço: devido ao processo estiloide alongado. 
Tanto na região cervical e estendendo em 
direção a face 
➢ Disfagia: dificuldade na deglutição 
➢ Sensação de corpo estranho na garganta: o 
processo estiloide fica fazendo uma cosquinha
 
Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 
3 
 
➢ Acesso INTRAORAL para a FOSSA 
INFRATEMPORAL, entre o ligamento 
pterigomandibular (rafe pterigomandibular), o 
ramo da mandíbula, lá no final foi dissecando e 
chegou no processo estilóide 
 
 
➢ TELA SUBCUTÂNEA (FÁSCIA SUPERFICIAL) E 
PLATISMA 
➢ Pele delgada, bastante fina, com uma tela 
subcutânea logo abaixo a ela 
➢ A TELA SUBCUTÂNEA é preenchida por gordura 
que acaba se acumulando na região superior do 
pescoço que é papada 
➢ No interior da tela subcutânea tem o MÚSCULO 
PLATISMA, ele está na mesma camada da tela 
➢ O platisma tem origem do 2º arco faríngeo, 
inervado pela facial, ramo cervical do nervo facial 
➢ Ele está localizado por fora da fáscia profunda 
do pescoço, na fáscia superficial, que é a tela 
subcutânea, continuação do SMAS 
➢ FUNÇÃO DO PLATISMA: alargar o pescoço, para 
diminuir a pressão sobre as estruturas mais 
internas. Ajuda a alargar o colarinho da camisa 
por exemplo. 
➢ ORIGEM: base da mandíbula, mas com algumas 
fibras se misturando aos músculos das 
mímica\da face 
➢ INSERÇÃO: parte superior do tórax 
ESTRUTURAS MAIS SUPERFICIAIS DO PESCOÇO 
PELE > TELA SUBCUTÂNEA + M. PLATISMA 
 
 
 
Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 
4 
 
OBS.: a veia que se destaca no pescoço é a VEIA 
JUGULAR EXTERNA, pois ela é bem superficial. Ela é 
a nossa veia superficial no pescoço (assim como a 
cefálica e a basílica eram no antebraço) 
➢ FÁSCIA CERVICAL 
➢ É uma fáscia muscular de revestimento que no 
pescoço é dividida em três camadas: lâmina 
superficial, lâmina pré-traqueal (parte muscular e 
parte visceral) e lâmina pré-vertebral 
➢ FUNÇÃO: Sustentação das estruturas do 
pescoço 
➢ Planos de clivagem naturais: quando temos um 
músculo superficial e um profundo, entre eles 
tem a fáscia, se a gente pegar só o dedo ou o 
cabo do bisturi sem a lâmina e introduzir nessas 
estruturas, é possível soltar uma da outra 
➢ Barreira para a disseminação de infecções: pois 
a fáscia é fibrosa, se ela é fibrosapossui muito 
colágeno tipo 1 que forma a fibra, ele é denso e 
dificulta a passagem da infecção. É muito mais 
fácil uma infecção destruir gordura\células 
adiposas, ela caminha mais fácil em um tecido 
frouxo 
➢ Permite a Movimentação das estruturas 
➢ Permite a Deglutição: espaço retrofaríngeo 
permite a movimentação da faringe em relação 
a coluna vertebral, toda vez que a faringe eleva 
e abaixa 
➢ As fáscias são divididas em camadas, como se o 
nosso pescoço fosse uma cebola: 
1. LÂMINA SUPERFICIAL (vermelho) 
✓ ATENÇÃO!!! O platisma está na FÁSCIA 
SUPERFICIAL que NÃO é a mesma coisa que 
LÂMINA SUPERFICIAL DA FÁSCIA CERVICAL 
PELE > FÁSCIA SUPERFICIAL (PLATISMA) > 
LÂMINA SUPERFICIAL DA FÁSCIA CERVICAL 
✓ Delimita o que é superficial no pescoço do que 
é profundo 
✓ Então, quando a gente atravessa a lâmina 
superficial da fáscia cervical já estamos nas 
estruturas profundas do pescoço 
✓ Forma um anel de 360º 
✓ Contorna toda a musculatura do pescoço 
✓ Se abre e envolve dois músculos a cada lado: 
ESTERNOCLEIDOMASTÓIDEO (ECM) e o 
TRAPÉZIO, então a fáscia muscular do 
esternocleidomastóideo e do trapézio é uma 
delaminação da lâmina superficial 
✓ Reveste os mm. supra-hióideos 
INCISÃO NA LINHA MEDIANA 
PELE > TELA SUBCUTÂNEA (NÃO TEM PLATISMA) 
> LÂMINA SUPERFICIAL DA FÁSCIA CERVICAL 
2. LÂMINA PRÉ-TRAQUEAL 
PARTE MUSCULAR (roxo) 
➢ Envolve os músculos infra-hióideos, ou seja, ela 
começa no hióide, acima dele a gente só tem a 
lâmina superficial que reveste os músculos 
supra-hióideos 
➢ É contínua de um lado a outro 
 
PARTE VISCERAL (azul) 
➢ Está relacionada as vísceras do pescoço 
➢ Envolve a glândula tireoide, traqueia, esôfago, 
faringe e laringe 
➢ Envolvendo a faringe ela recebe um nome 
específico: FÁSCIA BUCOFARÍNGEA (que é a 
fáscia mais externa da faringe) está representada 
em verde claro, se estende da faringe ao 
bucinador 
A fáscia pré-traqueal também forma bainhas com 
feixe vásculo nervoso mais longitudinal do pescoço 
chamada de BAINHA CAROTÍDEA (verde escuro): 
Dentro da bainha encontramos três estruturas: 
➢ ARTÉRIA CARÓTIDA COMUM (+ profunda) 
➢ VEIA JUGULAR INTERNA (+ superficial) 
➢ NERVO VAGO (que caminha em um sulco entre 
essas duas estruturas) 
Essas três estruturas sempre caminham juntas 
dentro da bainha carotídea. 
Um cirurgião que acessa pescoço e quer fazer uma 
endarteriectomia para retirar uma placa de gordura 
de dentro da carótida ele vai procurar a bainha 
carotídea 
3. LÂMINA PRÉ-VERTEBRAL (laranja) 
➢ É bem circular envolvendo os músculos 
vertebrais que estão fixados à coluna vertebral 
➢ Então, os músculos mais profundos e 
posteriores do pescoço estão envolvidos pela 
lâmina pré-vertebral 
➢ Está fixada na parte anterior da coluna 
ESPAÇO RETROFARÍNGEO 
➢ Espaço que sobra entre a pré-vertebral e a pré-
traqueal (a bucofaríngea) 
➢ No espaço retrofaríngeo existe uma nova fáscia, 
que não vamos descrevê-la anatomicamente, 
pois não é possível separar as 3, que é a fáscia 
alar (não identificável na prática e não vai cair) 
 
Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 
5 
 
 
Na imagem abaixo: 
o O platisma foi removido 
o Ao remover o platisma enxergamos uma 
fáscia que envolve o 
esternocleidomastóideo, para vermos o 
músculo temos que remover a fáscia 
o Então, temos um compartimento da lâmina 
superficial que envolve o 
esternocleidomastóideo 
o Depois se continua e vai envolver o músculo 
trapézio 
o Vamos estudar uma série de estruturas que 
passam na região entre o 
esternocleidomastóideo e o trapézio 
o Ele vai nos explicar os trígono da região, 
vamos ter o trígono supraclavicular que um 
dos conteúdos dele é uma parte da artéria 
subclávia, o teto desse trígono é o platisma 
e a lâmina superficial da fáscia cervical, pois 
para acessarmos o trígono vamos ter que 
tirar o platisma e a lâmina superficial da 
fáscia cervical e aí entramos no conteúdo 
daquele trígono. Ao acessá-lo encontramos 
uma parte da artéria subclávia e uma parte 
do plexo braquial 
 
 
• MÚSCULO ESTERNOCLEIDOMASTÓIDEO 
➢ CLASSIFICAÇÃO: músculo longo, fibras paralelas 
e bíceps (duas cabeças) 
➢ CABEÇA ESTERNAL: que se fixa ao manúbrio do 
esterno, é mais tendinosa com um tendão mais 
bem definido 
➢ CABEÇA CLAVICULAR: que se insere no terço 
medial da clavícula, na margem superior da 
clavícula. É mais carnosa, não vemos tantas 
fibras tendinosas, vemos mais fibras musculares 
se inserindo no periósteo da clavícula 
➢ TRÍGONO SUPRA-CLAVICULAR MENOR: espaço 
triangular que é deixado entre essas duas 
cabeças (próxima aula) 
➢ As fibras partem superior e posteriormente e se 
inserem no PROCESSO MASTÓIDE 
OBS.: Mastóide é o nome do processo, as 
estruturas relacionadas ao processo mastóide 
recebem a vogal “O” para masculino e o “A” para 
feminino 
➢ AÇÃO: para entender a ação do músculo 
esternocleidomastóideo a gente tem que 
entender aonde está a articulação atlantoccipital 
(o eixo dela coincide com a região do meato 
acústico externo) 
➢ ARTICULAÇÃO ATLANTO OCCIPITAL: as fibras 
do esternocleidomastóideo estão localizadas 
posteriormente a essa articulação (que é uma 
articulação sinovial bicondilar). Ela faz flexão e 
extensão da cabeça e inclinação lateral para 
direita e esquerda 
Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 
6 
 
➢ Se eu pego os dois esternocleidomastóideo e 
contraio os dois ao mesmo tempo eu faço 
EXTENSÃO DA CABEÇA 
➢ Mas eu posso fazer também a contração 
unilateral do esternocleidomastóideo, com isso 
eu aproximo o processo mastóide do esterno, 
então a face gira para o lado oposto e o mento 
se eleva 
➢ Esse movimento não é só na atlanto occipital, 
envolve também as outras vértebras cervicais, 
então é o movimento nas vértebras cervicais, 
não só a inclinação lateral da cabeça
 
RESUMINDO AS AÇÕES DO ECM 
➢ UNILATERAL: rotação para o lado oposto 
(contração no cone lateral) [C] 
➢ BILATERAL: faz extensão na atlanto occipital [D] 
➢ FLEXÃO DO PESCOÇO: imagina que você está 
deitado, quando a gente levanta fazemos um 
movimento contra a gravidade, o músculo que 
faz esse movimento contra a gravidade é o 
esternocleidomastóideo, só que quando ele 
puxa a cabeça para flexão ele faz flexão no 
pescoço, não é na atlanto occipital, são as outras 
vértebras se articulando que fazem a flexão do 
pescoço [E] 
 
 
 
• MÚSCULO TRAPÉZIO 
➢ Já foi estudado no semestre passado (volta lá) 
➢ LOCALIZAÇÃO: dorso 
➢ TRÍGONO CERVICAL POSTERIOR: é a parte que 
ele ocupa no pescoço 
➢ FIXAÇÃO: protuberância occipital externa, linha 
nucal superior 
➢ INSERE: na clavícula e no acrômio na escápula. A 
inserção dele na clavícula é no terço lateral 
A clavícula é separada em 3 terços: o medial com 
o ECM, o lateral com o trapézio e o intermédio é 
livre e serve como referência para as estruturas 
do trígono lateral 
➢ Ele é relacionado com a movimentação 
➢ A perda da inervação do trapézio gera a 
escápula alada 
OBS.: o lateral é entre o esternocleidomastóideo e o 
trapézio 
 
 
Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 
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TORCICOLO MUSCULAR CONGÊNITO 
➢ Comum em partos mais difíceis durante a 
retirada da cabeça da criança pela passagem do 
canal do parto 
➢ Pode ocorrer uma tensão e o um rompimento de 
algumas fibras do músculo 
esternocleidomastóideo de um lado ou de outro 
➢ Com a lesão ocorre uma contratura do músculo 
e ele encurta fazendo um giro na face 
 
• TRÍGONOS 
➢ Vamos trabalhar com a área ântero-lateral 
O TRAPÉZIO, LINHA MEDIANA E O ECM são 
músculos chaves 
➢ Na parte anterior, outros músculos surgem 
relacionados ao osso hióide, os infra-hióideos e 
os supra-hióideos 
➢ Temos que estudar os músculos primeiro, pois 
eles serão apontados como referências 
anatômicas para encontrar as estruturas do 
pescoço 
 
• MÚSCULOS SUPRA-HIÓIDEOS 
➢ Mantém o hióide na sua posição mais superior➢ ELEVAM E AVANÇAM OU ELEVAM E RETRAEM 
O HIÓIDE 
 
1. MÚSCULO MILO-HIÓIDEO 
❖ Músculo par (um a cada lado) 
❖ As fibras dele se inserem na linha mediana 
formando uma rafe milo-hióidea 
❖ As fibras mais posteriores se prendem ao corpo 
do osso hióide 
❖ ELE COMUNICA O ASSOALHO DE BOCA E O 
PESCOÇO (PROVA!), uma INFECÇÃO pode 
passar para o pescoço através dessa 
comunicação 
❖ Essa comunicação está entre o hioglosso e o 
milo-hióideo 
❖ Nas infecções do pescoço não adianta só drenar 
a infecção sem tirar a causa que, normalmente é 
o dente 
❖ INERVAÇÃO: TRIGÊMIO (V) 
 
2. MÚSCULO DIGÁSTRICO 
❖ É um ventre anterior e um ventre posterior 
❖ VENTRE ANTERIOR: na fossa digástrica, na parte 
anterior da mandíbula, com tendão 
intermediário que fica preso ao osso hióide 
através de uma alça de espessamento da face 
(não se preocupe com isso não!), mas deixa ele 
se movimentar de certa forma na contração de 
seus dois ventres 
INERVAÇÃO: TRIGÊMEO (V) 
❖ VENTRE POSTERIOR 
INERVAÇÃO: NERVO FACIAL (VII) 
OBS.: a origem embriológica dos dois ventres é 
diferente e com isso a inervação deles também é 
diferente 
3. MÚSCULO ESTILO-HIÓIDEO 
❖ INERVAÇÃO: NERVO FACIAL (VII) 
❖ ORIGEM: processo estiloide 
❖ INSERÇÃO: osso hióide 
Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 
8 
 
❖ Nessa inserção, as suas fibras se separam e 
passam umas superficiais e profundas ao tendão 
para depois se prenderem no músculo 
(ACAVALGAMENTO DAS FIBRAS DO ESTILO-
HIÓIDEO EM RELAÇÃO AO TENDÃO 
INTERMEDIÁRIO DO DIGÁSTRICO) 
OBS.: entre o digástrico e o estilo-hióideo emerge o 
NERVO FACIAL (VII) 
4. MÚSCULO GENIO-HIÓIDEO 
❖ Está superior ao milo-hióideo 
 
• MÚSCULOS INFRA-HIÓIDEOS 
➢ São colocados em duas camadas, dois 
superficiais e dois profundos 
➢ ABAIXAM E RETRAEM O HIÓIDE 
SUPERFICIAIS 
1. MÚSCULO ESTERNO-HIÓIDEO 
❖ ORIGEM: manúbrio do esterno 
❖ INSERÇÃO: osso hióide 
❖ Músculo em fita bastante longo 
❖ AÇÃO: abaixar o hióide ou fixa o hióide para a 
ação dos músculos supra-hióideos 
 
2. MÚSCULO OMO-HIÓIDEO 
❖ ORIGEM: margem superior da escápula com um 
ventre inferior 
❖ Apresenta um TENDÃO INTERMEDIÁRIO e um 
VENTRE SUPERIOR 
❖ INSERÇÃO: o ventre superior se fixa ao osso 
hióide 
❖ AÇÃO: abaixar o hióide ou fixa o hióide para a 
ação dos músculos supra-hióideos 
PROFUNDOS (remoção do esterno-hióideo, mais 
medial, e o omo-hióideo também foi seccionado 
para vermos os infra-hióideos mais profundos) 
3. MÚSCULO ESTERNOTIREÓIDEO 
• Termina na cartilagem tireoide da laringe 
 
4. MÚSCULO TIREO-HIÓIDEO 
• Da tireoide até o hióide 
Se juntarmos o esternotireóideo e o tireo-hióideo, 
eles terão a mesma dimensão do ESTERNO-HIÓIDEO 
 
 
 
 
 
 
 
Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 
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• ABCESSO DENTÁRIO 
➢ Comum em crianças 
➢ No idoso já se estende e forma uma celulite 
chamada de ANGINA DE LUDWIG 
 
• ANGINA DE LUDWIG 
➢ Infecção que se origina na boca e que se estende 
para o pescoço 
➢ Fica limitada no pescoço, não desce para o tórax, 
devido aos músculos infra-hióideos que estão 
fixados ao esterno, então a fáscia pré-traqueal a 
parte muscular também se fixa ao esterno, a 
lâmina superficial da fáscia cervical também se 
estende até o esterno, então temos uma lâmina 
superficial e uma lâmina pré-traqueal fixadas ao 
manúbrio do esterno e a clavícula 
➢ Devido a essa característica, a infecção fica 
restrita a esse espaço, entre a parte muscular e 
a lâmina superficial, então a infecção fica retida 
no pescoço 
➢ Se essa infecção conseguir contornar e ficar 
entre a parte visceral e a pré-vertebral ela fica 
no espaço retrofaríngeo 
➢ Se a infecção chegar no espaço retrofaríngeo ela 
desce, podendo causar uma mediastinite que 
pode levar a morte, pois pode envolver pulmão, 
coração 
➢ Logo, uma infecção dentária pode desencadear 
a morte de um paciente 
➢ Essas infecções são comuns em pessoas com 
baixa imunidade, pois vai evoluir muito rápido, a 
bactéria muito purulenta, normalmente a 
estafilococos 
➢ A infecção, quando se tem acesso, devem ser 
lavadas com soro 
➢ PROBLEMA DO PUS|POR QUE SE TEM QUE 
DRENAR UMA INFECÇÃO? O pus forma uma 
bolha com pH altíssimo e impede que vasos 
sanguíneos entrem lá dentro, com isso o 
antibiótico não consegue entrar também 
➢ Então se tira a massa contaminada, limpa isso, 
quando é no osso vem com uma espátula e 
raspa o osso para favorecer o sangramento 
➢ Para matar bactéria tem que ter sangue para o 
antibiótico chegar 
 
 
• PIERCING NA CARTILAGEM SUPERIOR DA 
ORELHA 
➢ Como é cartilagem elástica, ela é pouco 
vascularizada 
➢ Se der uma infeção nessa cartilagem a orelha 
necrosa, pois o antibiótico não chega lá e se 
perder cartilagem ela não regenera