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Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto Esqueleto Apendicular Parte superior Este esqueleto é constituído por uma parte fixa ao esqueleto axial, na altura da cintura escapular (ou cíngulo) e uma parte livre. Está dividida em: cintura escapular e parte livre do membro superior. A cintura escapular é formada por dois tipos de ossos: CLAVÍCULA Osso par (2), longo em formato de “S”; estão localizadas na parte anterior e superior do tórax, na base do pescoço e se articulam anteriormente com o osso esterno e posteriormente com as escápulas. É o único meio de ligação direta entre o esqueleto apendicular superior e o esqueleto axial. ESCÁPULA OU OMOPLATA Osso par (2), é um osso achatado e triangular, localizado na parte superior das costas, que tem a função de estabilizar e auxiliar a movimentação dos ombros. Estes ossos se articulam diretamente com as clavículas e com os úmeros. A cavidade que se articula com a cabeça de cada úmero é denominada “cavidade glenoide”. ÚMERO Osso par (2), sendo o mais longo e maior osso do membro superior. Apresenta na sua extremidade proximal a epífise proximal que é dilatada e arredondada, conhecida como cabeça do úmero, articula-se com a cavidade glenoide da escápula. Possui um colo anatômico que se refere a uma depressão, logo abaixo da cabeça. O corpo do úmero (diáfise) contém uma área rugosa denominada tuberosidade para o musculo deltoide. Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto Na extremidade distal encontramos a epífise distal que forma o cotovelo, nesta epífise distal encontramos o côndilo umeral, formado pela tróclea medial que se articula com a ulna e o capítulo lateral, articulado com a cabeça do rádio. A fossa radial é uma depressão que recebe a cabeça do rádio quando o antebraço é fletido. A fossa coronoidea é uma depressão que recebe parte da ulna quando o antebraço está fletido. A fossa do olecrano é uma depressão na parte posterior do osso que recebe o olecrano da ulna quando o antebraço está estendido. rádio Osso par (2), longo, localizado lateralmente no antebraço e paralelo a ulna. Articula-se com o capítulo do úmero e a incisura radial da ulna (articulação do cotovelo) e com os ossos carpo (articulação do punho) na parte distal, mais precisamente com o escafoide e o semilunar. Ele apresenta uma área rugosa e elevada denominada tuberosidade do rádio, que fornece o ponto de fixação do bíceps braquial. Na extremidade distal está o processo estiloide. É importante ressaltar que SÓ o rádio se articula com carpo. ULNA Osso par (2), longo, localizado medialmente no antebraço, articula-se com o úmero e o rádio onde forma a articulação do cotovelo. Na extremidade proximal da ulna tem uma saliência chamada olecrano, que forma o cotovelo. O processo coronoide em conjunto com o olecrano, recebe a tróclea do úmero. A incisura troclear é uma área curva entre o olecrano e o processo coronoide, onde a tróclea irá se encaixar. A incisura radial é uma depressão para a cabeça do rádio. E, na extremidade distal e medial do antebraço destaca-se o processo estiloide da ulna. Resumo: Na parte superior, o úmero se liga à escápula e forma a articulação do ombro. Na extremidade inferior, ele se liga aos ossos do antebraço, ulna e rádio. Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto OSSOS DA MÃO O esqueleto da mão constitui-se de ossos curtos articulados entre si chamados carpais, por ossos longos que são os metacarpais e falanges, também classificadas como ossos longos, apesar de seu tamanho reduzido. • Ossos Carpais: formado por oito ossos curtos, encontramos dispostos em duas fileiras em cada mão. Na fileira proximal (de lateral para medial) temos o escafoide, o semilunar, o piramidal e o pisiforme, já na fileira distal (de lateral para medial) fazem parte o trapézio, o trapezoide, o capitato e o hamato. • Ossos Metacarpais: classificados como ossos longos e convencionalmente numerados de I, II, III, IV e V de lateral para medial, articulam-se com os ossos carpais e distalmente com as falanges. Observamos ainda que os quatro metacarpais se articulam entre si por meio de suas bases. • Falanges: também classificadas como ossos longos, cada dedo é composto por três falanges. Estão divididas em falanges proximais, falanges médias e falanges distais. Existe uma particularidade entre as falanges, o primeiro dedo (polegar) da mão não possui falange média, possui somente a proximal e a distal e o quinto dedo é denominado dedo mínimo. Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto Parte inferior É constituído por uma parte fixa ao esqueleto axial, na altura da cintura pélvica e uma parte livre. Estão divididos em: cintura pélvica e parte livre do membro inferior. A cintura pélvica forma a raiz de implantação dos membros inferiores. Esta estrutura está formada pelos ossos do quadril (esquerdo e direito), que se unem no esqueleto axial devido às articulações sacro ilíacas (osso sacro). Os ossos do quadril estão articulados anteriormente entre si e cada osso recebe o fêmur, formando dessa forma a articulação do quadril. Osso do quadril: também denominado de ilíaco, é um osso par, laminar, chato e irregular. Na infância e adolescência este osso é visivelmente dividido em três ossos: ílio, ísquio e púbis. Quando o indivíduo chega ao início da vida adulta estes ossos sofrem fusão (sinostose). A parte livre dos membros inferiores está formada pelo fêmur, patela, tíbia, fíbula, ossos do tarso, ossos do metatarso e falanges. Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto Fêmur: Osso par (2), longo, o maior e mais forte osso do corpo humano, localiza-se na coxa e seu tamanho é referente a um terço do tamanho do indivíduo adulto. Na epífise proximal encontramos a cabeça do fêmur, onde se une a diáfise por meio do colo do fêmur, na epífise distal encontramos os côndilos femorais, arredondados e que formam parte da articulação do joelho. Sua extremidade proximal articula-se com o osso do quadril, no acetábulo e sua extremidade distal articula- se com a tíbia. O corpo do fêmur possui uma crista rugosa vertical denominada linha áspera, onde se fixam os músculos femorais. Obs. O trocanter é o local de inserção de vários músculos; Patela: Osso par, curto, triangular, com aproximadamente 5 cm de diâmetro no indivíduo adulto, é o maior dos ossos sesamoides. Encontra-se articulado com a extremidade distal e anterior do fêmur, protege a parte anterior da articulação do joelho. Tíbia osso par (2), longo, localizado na região medial da perna. Superiormente encontra-se articulada com os côndilos femorais, formando a articulação do joelho e articula-se inferiormente com o tálus (ossos do tarso), formando dessa maneira a articulação do tornozelo (articulação talocrural). A face antero-medial da tíbia não é revestida por músculos, podendo ser percebida superficialmente abaixo da pele. Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto FÍBULA Osso par (2), longo, localizado na parte lateral da perna. Não faz parte da articulação proximal do joelho, mas está diretamente ligado na formação da articulação do tornozelo (articulação talocrural). OSSOS DO PÉ: O esqueleto do pé, constitui-se de ossos curtos articulados entre si chamados tarsais, ossos longos que são os metatarsaise falanges, são classificados como ossos longos, apesar de seu tamanho reduzido. As articulações do pé são quase todas do tipo sinovial, conferindo dessa forma mobilidade suficiente para se adaptar a forças longitudinais aplicadas sobre o pé. O pé é constituído pelas seguintes regiões: • Tarso: constituído por sete ossos: tálus, calcâneo, cuboide, navicular e três cuneiformes. Só um osso, o tálus, articula-se com os ossos da perna. • Metatarso: consiste em cinco ossos metatarsais, numerados a partir da face medial do pé. • Ossos Tarsais: ossos curtos, pares. Nos tarsais encontramos sete ossos em cada pé e estão divididos em duas fileiras, uma proximal e outra distal. Na fileira proximal temos o calcâneo e o tálus (este osso articula-se com os ossos da perna superiormente e inferiormente com o calcâneo e anteriormente com o navicular). Na fileira distal temos o navicular, cuboide (este osso se articula posteriormente com o calcâneo, medialmente com o navicular onde recebe as bases do quarto e quinto metatarsais), cuneiforme medial (médio) e o cuneiforme lateral. Os ossos cuneiformes articulam-se com as bases do primeiro, segundo e terceiro metatarsais. • Ossos Metatarsais: ossos longos e convencionalmente numerados no sentido medial para lateral do primeiro ao quinto, são Obs. Na região da extremidade distal, a tíbia e a fíbula formam a pinça maleolar que “mordem” o osso do tarso (tálus) e estabilizam a articulação, que tem como mecânica primária a flexão e extensão. Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto no total de cinco ossos. Estes ossos apresentam uma epífise proximal denominada base e uma epífise distal denominada cabeça. • Falanges: ossos longos, cada dedo é composto por três falanges. Estão divididas em falanges proximais, falanges médias e falanges distais. Existe uma particularidade entre as falanges, o primeiro dedo (hálux) do pé não possui falange média, possui somente a proximal e a distal, o quinto dedo é denominado dedo mínimo.