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Esqueleto Apendicular MEMBRO SUPERIOR Os cíngulos, tanto dos membros superiores como dos inferio- res, prendem os ossos dos membros ao esqueleto axial. No caso do membro superior, cada um dos dois cíngulos (direito e es- querdo) é formado por uma clavícula e uma escápula. A clavícula é um osso localizado anteriormente e que se arti- culará com o osso esterno e com a escápula. Mais especifica- mente, ela se articulará com o manúbrio do esterno (articula- ção esternoclavicular) e com o acromio da escápula (articula- ção acromioclavicular. OBS: Os cíngulos dos membros superiores não irão se articular com a coluna vertebral, já que são mantidos em posição e estabilidade por um grupo de grandes músculos que se esten- dem da coluna vertebral e das costelas até a escápula. A clavícula tem duas extremidades. A mais medial também é chamada de extremidade esternal, enquanto que a mais lateral também é chamada de extremidade acromial. Na região inferior da extremidade acromial está localizado o tubérculo conoide, local responsável por fixar o ligamento co- noide, que unirá a clavícula ao processo coracoide da escápula. Nessa região, também haverá o ligamento trapezoidal, também unindo a clavícula ao processo coracoide da escápula. Ambos os ligamentos serão denominados de coracoclavicular. Já na região da extremidade esternal, ainda na porção inferior, há a impressão do ligamento costoclavicular, que fixará esse ligamento, unindo a clavícula à primeira costela. A clavícula é um dos ossos mais frequentemente fraturados do corpo. Além disso, mesmo na ausência de fratura, a com- pressão da clavícula por um acidente automobilístico envol- vendo o uso de cinto de segurança de 3 pontos muitas vezes causa dano ao plexo braquial (rede de nervos que se dirige ao membro superior, estando localizada entre a clavícula e a se- gunda costela). A escápula é um osso grande, triangular e plano, situado na parte superior e posterior do tórax. Ela está entre os níveis da segunda e sétima costelas. Uma crista proeminente chamada de espinha passa diagonal- mente pela face posterior da escápula. A extremidade lateral dessa espinha dará origem ao acrômio, que é o ponto mais alto do ombro, facilmente palpado. Articulação Acromioclavicular Articulação Esternoclavicular Clavícula Ligamento trapezoidal Ligamento conoide Espinha da clavícula Fossa Supraespinal Ângulo Superior Fossa Infraespinal Acromio Ãngulo Inferior Processo Coracoide Acromio Cavidade Glenoidal Incisura da escápula Fossa Subescapular LEO DESCOMPLICA / @ERICKLSMD Inferiormente ao acromio, há uma depressão rasa chamada de cavidade glenoidal, que irá acolher a cabeça do úmero para formar a articulação do ombro. A incisura da escápula é um entalhe ao longo da margem superior através da qual o nervo supraescapular irá passar. Na extremidade lateral da margem superior da escápula há uma projeção da face anterior, chamada de processo coracoide. Esse local será onde se fixarão tendões e ligamentos. O úmero é o único osso do braço sendo o maior e mais longo osso do membro superior. Proximalmente, ele se articula com a cavidade glenoidal da escápula e distalmente ele irá se arti- cular com dois ossos: a ulna e o rádio, formando a articulação do cotovelo. O colo anatômico é distal à cabeça e é visível como um sulco oblíquo. O tubérculo maior é uma projeção lateral distal ao colo anatômico e é o acidente ósseo palpável mais lateral da região do ombro, estando imediatamente abaixo do acromio da escá- pula. O tubérculo menor estará projetado anteriormente. Entre esses tubérculos, haverá o sulco intertubercular. OBS: O colo cirúrgico é uma constrição no úmero imediata- mente distal aos tubérculos. Trata- se do local em que a cabeça se afila em uma constrição gradativa até a diáfise do osso. Esse colo é chamado assim porque muitas vezes ocorrem fra- turas nesse local OBS 2: Na parte média da diáfese do úmero existe uma tube- rosidade, local onde será fixado o músculo deltoide. O capítulo é uma protuberância arredondada na parte lateral do úmero e irá se articular com a cabeça do rádio. A fossa radial é uma depressão para acomodar a cabeça do rádio quando o braço é flexionado. Já a tróclea, localizada medial- mente ao capítulo, é uma superfície em forma de carretel que irá se articular com a cabeça da ulna. A fossa coronóidea é uma depressão anterior que irá receber o processo coronoide da ulna, enquanto que o a fossa do olécrano é uma depressão posterior que irá comportar o olécrano (também da ulna) enquanto o braço estiver esticado. Os epicôndilos medial e lateral são projeções rugosas nos dois lados da extremidade distal do úmero nas quais os tendões da maioria dos músculos do antebraço estão inseridos. A ulna é um dos ossos do antebraço, sendo mais longa que o rádio e mais medial. O olécrano e uma projeção anterior cha- mada de processo coronoide se articulam com a tróclea do úmero. Assim, a insicura troclear é uma grande área curva en- tre o olécrano e o processo coronoide, formando parte da ar- ticulação do cotovelo. Lateral e inferiormente à incisura tro- clear há uma depressão chamada de incisura radial, que irá se articular com a cabeça do rádio. Logo abaixo do processo co- ronoide está a tuberosidade da ulna, local onde o músculo bra- quial se insere.. OBS: A extremidade distal da ulna consiste em uma cabeça, separada do punho por um disco de fibrocartilagem. Um pro- cesso estiloide está localizado no lado posterior da extremidade distal da ulna, oferecendo inserção para o ligamento colateral ulnar. O rádio é o menor osso do antebraço e está localizado lateral- mente à ulna (do mesmo lado que o polegar). Enquanto a ulna é volumosa em sua porção proximal e fina na porção distal, com o rádio acontece o contrário: a porção proximal é pequena e, à medida em que se afasta, o rádio torna- se mais largo. Cabeça do úmero Tubérculo maior Sulco intertubercular Tubérculo menor Colo anatômico Colo cirúrgico Tróclea Capítulo Fossa Radial Olécrano no Olécranao Fossa do Olécrano Epicôndilo Medial Epicôndilo Lateral Úmero Fossa Coronóidea Olécrano Processo Coronoide Incisura troclear Processo estiloide Incisura Radial Face articular carpal no Olécranao Tuberosidade do rádio Colo do rádio no Olécranao Cabeça do rádio no Olécranao Processo Estiloide Incisura da Ulna A extremidade proximal do rádio apresenta uma cabeça em forma de disco que se articula com o capítulo do úmero e com a incisura radial da ulna. Inferiormente a essa cabeça está o colo, que é uma área de constrição. Inferiormente ao colo, no lado anteromedial, existe uma área rugosa chamada de tuberosidade do rádio, local onde haverá a inserção do tendão do músculo bíceps braquial. Já na porção mais distal do rádio existe uma incisura para a ulna, chamada de incisura ulnar, se articulando com a cabeça da ulna. A ulna e o rádio se articulam com o úmero na articulação do cotovelo. A articulação ocorre em dois luga- res: a cabeça do rádio associada ao capítulo da ulna e a incisura tro- clear na ulna associada à tróclea do úmero. Além disso, a ulna e o rádio se articulam em três locais: pri- meiro, um tecido conjuntivo fibroso largo e plano, a membrana interós- sea, unindo as diáfises dos dois os- sos. Segundo, esses dois ossos se articulam diretamente em suas ex- tremidades. Proximalmente, a cabeça do rádio se articula com a ulna através da incisura radial na ulna. Distalmente, a cabeça da ulna se articula com o rádio através da incisura ulnar no rádio. O carpo é a região proximal da mão que consiste em 8 ossos pequenos (ossos carpais) As articulações entre esses ossos são chamadas de intercarpais. Os ossos são o escafoide, o se- milunar, o piramidal, o pisiforme, o trapézio, o trapezoide, capi- tato e hamato. Eles estão dispostos em 2 fileiras transversas dequatro ossos cada uma. A primeira fileira é composta pelos ossos escafoide, semilunarpisiforme e piramidal: Já a segunda fileira de ossos é composta pelo Trapézio, trapezoide, capitato e hamato. O metacarpo é a palma da mão. Ela é uma região inter- mediária da mão que consiste em cinco ossos chamados metacarpais, sendo que cada osso conta com uma base proximal, uma diáfise inter- mediária e uma cabeça distal. Eles são numerados de 1 a 5, começando com o polegar, no sentido lateral para medial. As articulações que associam es- ses ossos aos ossos do carpo são chamadas de carpometa- carpais. As falanges são os ossos dos de- dos. Elas irão se articular com o metacarpo através das articula- ções metacarpofalângicas. Exis- tem 14 falanges em cada mão, isso porque cada dedo conta com 3 falanges, exceto o polegar, que tem apenas 2. Assim como os os- sos do metacarpo, cada falange será composta por uma base pro- ximal, uma diáfise intermediária e uma cabeça distal. MEMBRO INFERIOR Cada um dos dois ossos do quadril de um recém-nascido é formado por três ossos separados por cartilagem: o ílio (supe- rior), o púbis (anteroinferior) e o ísquio (posteroinferior). Por volta dos 23 anos de idade, os três ossos separados se fundem. Os ossos do quadril se unem na sínfise púbica anteriormente e com o sacro posteriormente para formar a pelve óssea. Do ponto de vista funcional, a pelve é um forte apoio para Escafoide Semilunar Piramidal Pisiforme Trapézio Capitato Trapezoide Hamato Ílio Púbis Sacro Sínfise Púbica Ísquio A coluna vertebral, para órgãos pélvicos e para órgãos abdominais inferiores. O cíngulo do membro inferior da pelve óssea também conecta os ossos dos membros inferiores ao esqueleto axial. O acetábulo é o encaixe para a cabeça do fêmur e é formado por uma convergência (união) dos três ossos do quadril. A imagem a seguir mostra a vista lateral (externa) do osso direito do quadril: Aqui é mostrado o lado de dentro (vista interna/medial) do osso direito do quadril: O ílio é o maior dos 3 componentes do osso do quadril, sendo composto por uma asa superior e um corpo inferior. O corpo do ílio é um dos integrantes do acetábulo, cavidade que recebe a cabeça do fêmur. A margem superior do ílio, a crista, termina anteriormente na espinha anterosuperior e posteriormente na espinha posterosuperior. Essas espinhas servem como locais de inserção de tendões dos músculos do tronco, quadril e coxa. A face medial (de dentro) do ílio contém a fossa ilíaca e, mais posteriormente, essa fossa encontra a tuberosidade ilíaca, um ponto de fixação para o ligamento sacroilíaco. Inferiormente à fossa ilíaca está a face auricular do osso iliaco, local onde haverá articulação com o sacro, chamada de articulação sacroilíaca. O ísquio é a parte posteroinferior do osso do quadril. Ele tem um corpo, mais superior, e um ramo, mais inferior, sendo que é o ramo do ísquio que se ligará com o osso púbis. Entre os acidentes ósseos do ísquio, pode- se chamar atenção para a espinha isquiática, localizada entre a incisura isuiática superior e inferior, e o tuber isquiático. O púbis é a parte anteroinferior do osso do quadril. Ele conta com um ramo superior, um ramo inferior e um corpo entre esses ramos. A sua margem anterosuperior é chamada de crista púbica e lateralmente a ela está uma projeção chamada de tubérculo púbico. A linha pectínea se estende superior e lateralmente ao longo do ramo superior do púbis para se fundir com a linha arqueada do ílio. Já a sínfise púbica é a articulação entre os dois púbis do quadril, consistindo em um disco de fibrocartilagem. Essa articulação é enfraquecida durante os estágios finais da gravidez, devido à atuação de hornônios como relaxina, produzido pela placenta e ovários. As linhas pectínea e arqueadas de ambos os lados do quadril servem como uma região de delimitação entre duas regiões: a pelve maior (falsa) e a pelve menor (verdadeira): Essa região delimitadora é chamada de linha terminal. A parte da pelve óssea superior à linha terminal é chamada de pelve maior (falsa), estando rodeada pelas vértebras lombares (posteriormente), pelas porções superiores dos ossos do quadril (lateralmente) e pela parede abdominal (anterioremente). Essa região contém a parte superior da bexiga urinária, quando cheia, e o intestino grosso. No sexo feminino, também haverá o útero, os ovários e as tubas uterinas. A parte da pelve óssea inferior à linha terminal é a pelve menor (verdadeira). Ela é limitada pelo sacro e coccix posteriormente e pelas porções inferiores do ílio e ísquio lateralmente. Os ossos púbicos irão delimitar essa região anteriormente. A pelve menor contém a bexiga, o reto, a vagina, o colo do útero e a próstata. *** Cada membro inferior conta com 30 ossos, sendo eles: Na coxa: O fêmur Na articulação do joelho e na perna: A patela, a tíbia e a fíbula No tornozelo: 7 ossos do tarso No corpo do pé: 5 ossos metatarsais Nos dedos: 14 falanges O fêmur é o mais longo, pesado e forte osso do corpo. Sua extremidade proximal se articula com o acetábulo do osso do quadril, enquanto que sua extremidade distal se articula com a tíbia e a patela. É importante dizer que ao longo de sua diáfise o fêmur “não seguirá reto” porque apresenta uma leve inclinação para dentro. Isso faz com que a articulação do joelho seja mais próxima da linha média do corpo do que a articulação do quadril. *Essa inclinação é maior no sexo feminino, já que ele lida com quadris mais largos. Anterior do fêmur direito Posterior do fêmur direito O trocânter maior e menor são projeções da junção do colo do fêmur com a diáfise, servindo de pontos de inserção para ten- dões de alguns músculos da coxa e nádegas. Entre as faces anteriores dos trocânteres existe a linha intertrocantérica e entre as faces posteriores está a crista intertrocantérica. A extremidade distal expandida do fêmur engloba o côndilo medial e lateral. Esses côndilos se articulam com os côndilos lateral e medial da tíbia. Os epi- côndilos medial e lateral se en- contram superiormente aos côn- dilos do fêmur e irão servir como pontos de fixação de ligamentos da articulação do joelho. A patela é um pequeno osso triangular, localizado anterior- mente na articulação do joelho. Sua porção posterior conta com duas faces articulares, uma para o cóndilo medial e a outra para o côndilo lateral do fêmur. Esse osso protege a articulação do joelho e aumenta o efeito de alavanca. A tíbia é o maior e mais medial osso da perna, além de ser o osso de sustentação do peso. Na sua extremidade proximal, ela irá se articular com os côndilos do fêmur e com a fíbula. Já em sua extremidade distal ela se articulará novamente com a fíbula e com o tálus (osso do tornozelo/tarso). Os côndilos da tíbia são o lateral e o medial. Eles são ligeira- mente côncavos e são separados por uma projeção superior chamada eminência intercondilar. A face medial da extremi- dade distal da tíbia forma o maléolo medial. Essa es- trutura irá se articular com o tálus do tornozelo, formando a proeminência que pode ser palpada.. A fíbula é paralela e lateral á tíbia, porém consideravelmente menor. Diferentemente da tíbia, a fíbula não se articula com o fêmur. A cabeça da fíbula (extremidade proximal) se articula com a face inferior do côndilo lateral da tíbia, abaixo do nível da articulação do joelho para formar a articulação tibiofibular. A extremidade distal tem forma mais triangular e apresenta uma projeção chamada maléolo lateral, que irá se articular com o tálus do tornozelo e formará uma proeminência na face lateral do tornozelo. Cabeça Colo Trocânter Maior Trocânter Menor Linha intertrocantérica Fóvea da cebeçado fêmur Fossa trocantérica Epicôndilo Medial Côndilo Medial Côndilo Lateral Fossa Intercondilar Côndilo lateral Ílio Côndilo medial Ílio Faces articulares Eminência intercondilar Ílio Faceta articular fibular O tarso é a região proximal do pé e contém 7 ossos tarsais. São eles o tálus, calcâneo, navicular, cuboide e cuneiformes lateral, medial e intermédio. As articulações entre esses ossos são chamadas de intertarsais. O tálus é o osso do pé mais superior e é o único que se articula com a tíbia ou fíbula. Essas articulações irão envolver tanto o maléolo medial quanto o la- teral. O metatarso, assim como o metacarpo, corresponde a uma região intermediária. Existem 5 ossos metarsais. As articulações deles com os ossos do tarso são chamadas de tarsometatar- sais, enquanto que as articulações dos metatarsos com as fa- langes recebem o nome de metatarsofalângicas. O hálux (dedo mais volumoso do pé) contém 2 falanges en- quanto que os outros 4 dedos possuem três. Tanto os ossos das falanges, quanto os do metatarso contam com uma base proximal, uma diáfise intermediária e uma cabeça distal. RESUMO FEITO POR ERICK LEONARDO, 2021 REFERÊNCIAS: Princípios de Anatomia e Fisiologia; Tortora & Derrickson, 14° edição Navicular Tálus Cuneiforme intermédio Cuneiforme Medial Calcâneo Cubóide Cuneiforme lateral
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