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universidade do norte do parana
Sistema de Ensino A DISTÂNCIA
licenciatura plena em pedagogia
beatriz rodrigues soares
PROJETO DE ENSINO
EM leitura literária nos anos iniciais do ensino fundamental
Castanhal
2020
beatriz rodrigues soares
PROJETO DE ENSINO
EM leitura literária nos anos iniciais do ensino fundamental
Projeto de Ensino apresentado à Universidade do norte do Paraná, como requisito parcial à conclusão do Curso de Pedagogia.
Docente supervisor: Prof. Crisangela Biassi de Almeida
Castanhal
2020
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
1	TEMA	4
2	JUSTIFICATIVA	5
3	PARTICIPANTES	6
4	OBJETIVOS	7
5	PROBLEMATIZAÇÃO	8
6	REFERENCIAL TEÓRICO	10
7	METODOLOGIA	16
8	CRONOGRAMA	18
9	RECURSOS	19
10	AVALIAÇÃO	20
CONSIDERAÇÕES FINAIS	21
REFERÊNCIAS	22
ANEXOS.....................................................................................................................23
INTRODUÇÃO
Atualmente fala-se muito sobre a formação de alunos leitores e como introduzir a leitura literária na sala de aula, porem no âmbito escolar encontramos muitos alunos com dificuldades em leitura. Zilberman em seu livro “A Literatura Infantil na escola”, diz que: 
“...Preservar as relações entre a literatura e a escola, ou o uso do livro na sala de aula, decorre de ambas compartilharem um aspecto em comum: a natureza formativa. De fato, tanto a obra de ficção como a instituição de ensino estão voltadas à formação do indivíduo ao qual se dirigem...”
Desse modo, é possível perceber a importância da leitura literária em sala de aula e também o papel do professor como mediador nesse contexto que é de suma importância. Quando pensamos na leitura, sobretudo, no contexto literário, uma pluralidade se abre. Nos anos de alfabetização, além do letramento é importante que as práticas se voltem à apropriação da literatura enquanto linguagem, ou seja, é importante motivar no aluno o letramento literário.
Este projeto pretende enfatizar a importância da leitura literária no processo de formação do aluno leitor, especialmente nos anos iniciais do ensino fundamental. Ao mesmo tempo busca-se mostrar quanto o professor pode transformar a leitura em ferramenta de uso pedagógico no processo de desenvolvimento do aluno leitor.
7
TEMA 
O presente projeto de ensino tem como norte a importância da leitura literária nos anos iniciais do ensino fundamental. A linha de pesquisa veio de encontro a autores que defendem a perspectiva da influência da leitura literária na construção do conhecimento da criança e também em autores que amparam a mediação do professor no aprendizado do aluno, sua influência e colaboração na construção do aluno- leitor. 
 Esse tema foi escolhido pois está ligado diretamente com o processo educativo em geral, faz parte da vida do ser humano, a literatura está a cada dia ocupando mais espaço na vida das pessoas, pois, além de trazer um encantamento pelos textos lidos, ela também nos propicia prazer pela leitura. 
A literatura tem uma importância fundamental na vida do ser humano é ela quem nos propicia diversos conhecimentos, ela auxilia no processo de formação dos alunos, pois traz o desejo de ler por prazer. Ela desempenha um papel importante: o de introduzir as crianças não só no mundo literário, mas também no de auxiliar na aprendizagem para contribuir uma escrita sistematizada.
A literatura possibilita ainda que a criança consiga redigir melhor, desenvolvendo seu senso crítico e sua criatividade. A Literatura Infantil influi em todos os aspectos da educação da criança, atua nas áreas do conhecimento, cuja finalidade é educar instruir e distrair, através da afetividade, despertando a sensibilidade e amor à leitura.
A leitura literária nos anos iniciais de escola, chega para aprovisionar ao aluno uma base segura de informações, que facilita o aprendizado no proceder dos anos, esse primeiro contato com a leitura abre caminhos para que o professor possa avaliar as ações e reações que o alunado ira sentir ao refletir sobre o que está lendo.
A escolha do tema desse projeto tem um intuito de fazer com que a leitura nos anos iniciais do ensino fundamental forme leitores críticos, que saibam agir sempre utilizando a ética e a moral, que através do conhecimento adquirido possam crescer com uma visão de mundo onde tudo pode ser modificado.
O tema tratado neste projeto é relevante pois, as possibilidades que o ensino da leitura literária propicia ao aluno é fundamental para o desenvolvimento do seu conhecimento. 
JUSTIFICATIVA
Sabemos que na sociedade atual saber ler é essencial, a nova ordem econômica mundial é marcada pelo conhecimento. O conhecimento pode ser adquirido das mais variadas formas, mas é na leitura, enquanto instrumento de aprendizado, que ele encontra autonomia para ser construído de forma independente, bastando assim, apenas uma ponte entre o aluno- leitor e a fonte de informação.
A leitura a cada dia mais se torna um direito humano fundamental, justamente pela sua importância na construção do conhecimento do sujeito. No entanto, apesar de ser objeto de direito, o exercício da leitura, por questões de acesso aos seus devidos meios, se torna um pouco distante da realidade vivida pelo aluno.
A leitura oferece ao ser humano diversos benefícios, dentre eles o desenvolvimento da capacidade de argumentação e o aumento do vocabulário. Além disso, ela ainda possui valor terapêutico, instrutivo e de entretenimento.
Os textos literários tem o poder de nos levar a lugares jamais vistos sem sair de onde estamos, tem o poder de nos causar vários sentimentos diferentes. Os textos literários trazem consigo histórias fascinantes, enredos que encantam, basta a criança encontrar os textos no qual se identifica.
A leitura de textos literários é um modo de fazer com que o aluno passe a observar, participar e criticar aquilo que é imposto como necessário ou útil para si. É de suma importância que a criança tenha contato com os livros, seus mundos mágicos e imaginários desde sua infância. Quando a criança lê um livro que a cative, ela é capaz de projetar o seu próprio mundo, e, ao representa-lo encontra várias maneiras de expressar o que sente.
Formar alunos leitores é uma das maiores dificuldades encontrada pela escola e professores, pois a carência de livros de literatura na escola ainda é bastante comum. Devemos combater essa realidade em favor de uma educação de qualidade, educação essa que forme sujeitos críticos e pensantes e não só alunos que absorvem verdades dadas passiveis de contestações.
É importante que o professor haja como mediador no processo de formação do aluno leitor, ele precisa estimular a leitura em sala de aula, fazendo com que os alunos compreendam o que lhe é apresentado na escola, e também o que acontece no mundo, possibilitando ao aluno a descoberta de novos horizontes.
 
PARTICIPANTES
Este projeto é destinado, especialmente, à alunos do 3º, 4º e 5º ano do ensino fundamental menor, pois esses são os anos no qual os alunos já estão em um processo de alfabetização, então eles precisam desenvolver o habito pela leitura de forma prazerosa e esse público para qual se destina o projeto serão diretamente mobilizados pelo mesmo.
OBJETIVOS
O objetivo primordial desse projeto é verificar e analisar a influência do ensino da leitura literária, nos anos iniciais do ensino fundamental. Em decorrência disso, destacam-se três objetivos específicos:
a) promover uma reflexão do educador, discutindo seu papel de mediador do conhecimento literário em sala de aula;
b) analisar e refletir sobre a formação do aluno-leitor e sua relação com o mundo literário; 
c) promover a leitura de textos literários na sala de aula e também no convívio familiar, desenvolvendo e favorecendo o gosto pela leitura, por meio de atividades diversificadas.
PROBLEMATIZAÇÃO
	O projeto surgiu da percepção de que o maior problema enfrentado pelos alunos dos anos iniciais do ensino fundamental está centrado na dificuldade do processo dealfabetização em leitura e por conseguinte, em escrita. Ao observar a situação enfrentada pelas escolas públicas, é possível notar a carência no qual muitas passam, pela falta do habito da leitura no processo de ensino e aprendizagem.
Quando se fala em leitura literária é muito difícil encontrar alunos que são leitores assíduos no ambiente escolar. Atualmente, em muitos casos, percebemos que o aluno vê a leitura como algo tedioso, cansativo...por utilizarem métodos tradicionais para esse processo de aprendizado e isso faz com que os alunos não tenham prazer em ler.
Outro fator relevante observado na vivencia escolar, inclusive de grande preocupação, são os problemas de repetência dos alunos que agravam ainda mais a falta de interesse pela leitura. 
O contexto familiar tem forte influencia na formação de sujeitos leitores críticos e pensantes, é na família e na escola que a criança tem seu primeiro contato com as mais diversas possibilidades. Muitos pais e responsáveis deixam toda a responsabilidade de alfabetizar a criança para a escola, não contribuindo para o processo de desenvolvimento do conhecimento do aluno, prejudicando assim, o avanço dos mesmos. E esse processo de aprendizado precisa e deve ser levado adiante no ambiente familiar.
Muitos docentes se limitam ao uso da literatura em sala de aula, ou não dão tanta importância, por acharem que ela possui pouca influencia no processo de ensino e aprendizagem e por cogitar que “historinhas” não tem o poder de alfabetizar.
No entanto a literatura possui grande influencia para o aprendizado do aluno em relação ao método da pratica da leitura em sala de aula e fora dela também, ou seja, no âmbito familiar. 
O foco principal desse projeto é a aquisição da leitura e da escrita, pretende-se trabalhar com crianças do 3º,4º e 5º ano do ensino fundamental menor, pois sabemos que o início das dificuldades relativas a essa aquisição se estabelece nesses anos do Ensino Fundamental, em que a criança tem que ter um aprendizado voltado para o desenvolvimento da leitura. Portanto, justifica-se a escolha dos participantes da investigação em razão do nível de apropriação da leitura e da linguagem escrita que será avaliado.
REFERENCIAL TEÓRICO
LITERATURA: CONCEITO E FUNÇÃO
A literatura é um direito de todos, assim como a educação escolar, ela desempenha um papel essencial na vida do ser humano, tentar defini-la ainda é uma tarefa difícil. Antonio Candido em seu livro “O direito à literatura” de 1995, diz:
“Chamarei de literatura, da maneira mais ampla possível, todas as criações de toque poético, ficcional ou dramático em todos os níveis de uma sociedade, em todos os tipos de cultura, desde o que chamamos de folclore, lenda, chiste, até as formas mais complexas e difíceis da produção escrita das grandes civilizações.” (CANDIDO, 1995 A, p.174).
Em decorrência disso, ela é vista como uma manifestação artística e universal, portanto, ela está sempre em dialogo com uma certa subjetividade, ou seja, ela tem uma função humanizadora. Para Antonio Candido, 1995:
“A função da literatura está ligada à complexidade da sua natureza, que explica inclusive o papel contraditório, mas humanizador (talvez humanizador porque contraditório). Analisando-a, podemos distinguir pelo menos três faces: (1) ela é uma construção de objetos autônomos com estrutura e significados; (2) ela é uma forma de expressão, isto é, manifesta emoções e a visão de mundo dos indivíduos e dos grupos; (3) ela é uma forma de conhecimento, inclusive como incorporação difusa e inconsciente”. (CANDIDO, 1995 A, p. 176)
A literatura constitui-se como uma facilitadora do processo de ensino e aprendizagem, onde o professor passa a desempenhar o papel de medidor do conhecimento literario e passa a transmitir esse conhecimento para o aluno, o docente precisa se apoderar desse recurso e sentir-se estimulado a desenvolver uma pratica pedagogica direcionada ao aluno. 
Vale a pena mencionar que o repertotio literario brasileiro é abrangemte, ele engloba variadas formas e culturas nos seus contextos. Varios autores evidenciam o fato de que as obras da literatura infantil brasileira estão historicamente caracterizadas por fases, no qual auxiliam no processo de construção do propio sujeiro
CONTEXTUALIZANDO A LITERATURA INFANTIL
A literatura infantil surge no final do seculo XVII, em um momento historico no qual a sociedade passava por ideias renovadoras que causaram diversas transformações no contexto mundial. Nesse contexto é publicado o primeiro registro destinado ao publico infantil, ainda quando a criança era vista como um adulto em miniatura. O livro publicado foi Histories ou contes du temps passé, foi escrito pelo francês Perrault, o livro trata dos contos populares europeus. Embora as historias abordadas pelo autor no livro fossem encantadoras, sua “estetica” nao chamava a atenção do publico para ao qual o livro tinha sido destinado.
Charles Perrault, coletor de contos populares, realiza seu trabalho após a Fronde, movimento popular contra o governo absolutista no reinado de Luís XIV, cuja repressão deixou marcas de terror na França. Os contos chegam à família Perrault através de contadores que, na época, se integravam à vida doméstica como servos. Considere-se que se trata de um momento histórico de grande tensão entre as classes. O burguês Perrault despreza o povo e as superstições populares e, como homem culto, as ironiza. Seus contos, em alguns momentos, caracterizam-se por um certo sarcasmo em relação ao popular. Ao mesmo tempo, são marcados pela preocupação de fazer uma arte moralizante através de uma literatura pedagógica. (CADEMARTORI, 1987, p. 35 e 36).
Apesar de Perrault ter publicado o primeiro livro destinado ao publico infantil, foram os irmãos Grimm que impulsionaram esta modalidade. Tanto Perrault como os irmãos Grimm tratavam do folclore popular europeu em suas historias. Segundo Faria, 2008:
“Os livros infantis apresentam narrativas curtas que podem ser consideradas contos – designação de histórias e narrações tradicionais, que existem desde os tempos mais antigos, os quais, na sua origem, eram orais em sociedade ágrafas, transmitidas de geração em geração. Na Europa, Perrault, no fim do século XVII, e os irmãos Grimm, no início do século XIX, recolheram contos orais populares de seus respectivos países e os registraram por escrito, segundo suas concepções e estilos.” (FARIA, 2008, p. 23).
Outro autor que se destacou na literatura infantil foi Andersen, ele dedicou sua vida em escrever contos literarios, diferente dos outros autores, Andersen criou suas proprias narrativas, o que levou muitos estudiosos a considerarem ele como o verdadeiro criador da literatura infantil. Ao longo dos anos, a literatura estrangeira foi ganhando seu espaco no mundo, segundo Cadermatori: 
“No século XIX, outra coleta de contos populares é realizada, na Alemanha, pelos irmãos Grimm (João e Maria, Rapunzel), alargando a antologia dos contos de fadas. Através de soluções narrativas diversas, o dinamarquês Christian Andersen (O patinho feio, Os trajes do imperador), o italiano Collodi (Pinóquio), o inglês Lewis Carrol (Alice no país das maravilhas), o americano Frank Baum (O mágico de Oz), o escocês James Barrie (Peter Pan) constituem-se em padrões de literatura infantil.” (1987, p. 33 e 34).
Já a literatura infantil brasileira, se instalou no final do seculo XIX, com a ruptura do imperio e a instalação da republica, os primeiros autores a representa-la foram Zalina Rolim e Figueiredo Pimentel. Antes disso, os livros destinados para as crianças eram apenas as cartilhas para o treino da leitura e escrita, assim os livros infantis foram logo associados aos livros didaticos focando na formação moral. Zilberman diz que : 
Os primeiros livros brasileiros escritos para crianças apareceram ao final do século XIX, de modo que a literatura infantil nacional contabiliza mais de cem anos de história. Por isso, aparece nas recordações de escritores consagrados, como o Viriato Correia citado por Scliar. A experiência do novelistadifere, pois, do que se passou aos autores nascidos no começo do século XX, como Erico Veríssimo, que reteve na lembrança outros nomes, quase todos nascidos na Europa, como Júlio Verne, um dos prediletos de sua geração. Jorge Amado, da mesma época, relembra Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift, enquanto Carlos Drummond de Andrade tem nostalgia do Robinson Crusoé, de Daniel Defoe. Moacyr Scliar e contemporâneos seus como Affonso Romano de Sant’Anna, conforme esse declara no poema “O Burro, o Menino e o Estado Novo”, fizeram-se leitores a partir do acervo brasileiro, variado e disponível por ocasião das respectivas infâncias. (2005, p. 11).
Alguns anos depois, surge Monteiro Lobato defendendo outros objetivos para a modalidade literaria, sua obra foi um marco na historia da literatura infantil, pois ele buscava abordar o imaginario infantil visando não somente formar e moralizar a criança, visando tambem contribuir para o desenvolvimento da fantasia do aluno-leitor. 
Monteiro Lobato cria, entre nós, uma estética da literatura infantil, sua obra constituindo-se no grande padrão do texto literário destinado à criança. Sua obra estimula o leitor a ver a realidade através de conceitos próprios. Apresenta uma interpretação da realidade nacional nos seus aspectos social, político, econômico, cultural, mas deixa sempre espaço para a interlocução com o destinatário. (CADEMARTORI, 1987, p. 51).
Portanto, pode-se dizer que ao longo dos anos com a valorização da criança, surgiu a necessidade de se criar uma literatura própria para elas, desse modo, percebe-se que muito mudou na literatura tanto estrangeira como brasileira, revelando seu real poder sobre o processo de conhecimento da criança. 
FORMANDO ALUNOS LEITORES
Pode se dizer que, especialmente no caso das escolas brasileiras, o ensino da literatura se concretiza por meio da leitura dos textos literarios, no qual o objetivo principal é formar leitores da literatura. 
É de suma importancia reforçar que o professor deve agir como um mediador entre o aluno-leitor e o livro literario, o meio e a cultura em que o aluno esta inserido devem favorecer para a construção de um leitor critico e pensante. Segundo Coelho 2000:
[...] a escola é, hoje, o espaço privilegiado, em que deverão ser lançadas as bases para a formação do indivíduo. E, nesse espaço, privilegiamos os estudos literários, pois, de maneira mais abrangente do que quaisquer outros, eles estimulam o exercício da mente; a percepção do real em suas múltiplas significações; a consciência do eu em relação ao outro; a leitura do mundo em seus vários níveis e, principalmente, dinamizam o estudo e conhecimento da língua, da expressão verbal significativa e consciente - condição sine qua non para a plena realidade do ser. (Coelho, 2000, p.16):
 Faz-se necessario que o aluno tenha uma certa vivencias com livros literarios desde as etapas iniciais na escola, Contudo, é necessario haver um concentimento à cerca do “gosto” literario do aluno, pois nao é possivel discriminar valores e qualidades quando não se tem opção. A criança precisa encontrar obras literarias que respondam aos seus interresses, mas tambem ela precisa ser provocada, precisa interagir com obras que ropam e ampliam seu horizonte literario. 
A formação do aluno-leitor-critico ainda é um grande desafio enfrentado pelas escolas publicas brasileiras. Cada criança que chega à escola carrega consigo diferentes conhecientos referentes à interação com a lingua oral e escrita. Depois da familia, a escola é a maior responsavel por mediações da pratica de leitura. 
LEITURA LITERARIA E ALFABETIZAÇÃO
Se referindo à escola como um espaço de mediação literaria onde o aluno se apodera de um conhecimento que o torna um ser critico e pensante, podemos afimar que: 
“A leitura de textos literarios, na fase da alfabetização, oferece às crianças a oportunidade de se apoderarem da linguagem, uma vez que a expresão do imaginario as liberta das angustias proprias do cresciemento e lhes proporciona meios de compreender o real e atuar criativa e criticamente sobre ele. Consequentemente, os textos literarios transcedem estatuto de meio ou instrumento habil a facilitar o processo de alfabetização, para se afrimarem como elemento essencial, capaz de harmonizar a relação sujeito-mundo, oferecendo àquele outra via de reflexão. Entretanto, por serem linguagem, os textos literarios somam, à sua função primordial, uma outra: a de atribuir significados a sinais graficos, significaod que se enriquecem pelos sentidos que seu interprete atribui a eles” (SARAIVA; MELLO; VARELLA. Apud Saraiva, 2001, p. 83)
As estratégias de leitura aliadas às vivências do leitor oportunizam que ele relacione o texto com outras obras, com outros discursos, imagens e ao adicioná‐las às suas vivências nascem conexões, preenchendo, então, os vazios.
O PROFESSOR E SEU PAPEL NO ENSINO DA LEITURA LITERARIA
Para que o professor desempenha o papel de exemplo para seus alunos, ele precisa realizar o seu gosto pela literatura, demosntrar o prazer que tem em realizar leitura e se comunicar por meio de textos escritos, ou seja, ele precisa ser um exemplo de leitor assiduo e escritor competente. Sobre o papel do professor e sua relação com a leitura litearia, pode-se dizer: 
“Para que o ensino literario continue dando seus frutos, é necessario que o professor, antes do aluno, continue acreditando nas virtudes da literatura. Se o proprio professor nao confia mais no objeto de seu ensino, e não faz deste um projeto de vida, é melhor que escolha uma profissão mais atual, menos exigente e mais rentavel.” (PERRONE-MOISÉS, 2000, p. 351)
É dever da escola e do professor apresentar ao aluno os mais diversos tipos de textos literarios, para que os textos sejam bem recebidos pelo aluno dentro da sala de aula e propiciem frutos em seu convivio social. Kaufman e Rodríguez (1995) consideram que: 
[...] os professores devem propiciar um encontro adequado entre as crianças e os textos. Se alguns alunos chegassem a ser escritores graças à intervenção escolar, a missão do professor estaria cumprida com lucro. Caso isso não ocorra, é dever indubitável da escola que todos que egressem de suas aulas sejam “pessoas que escrevem”, isto é, sejam pessoas que, quando necessário, possam valer-se da escrita com adequação, tranquilidade e autonomia. (p.3)
Cada criança tem seu tempo de aprendizagem, cada aluno atribui significados diferents para textos e palavras, cada um desenvolve sua competencia leitora em tempos diferentes, a particularidade leitora do aluno é propria dele. Partindo disso, muitos podem pensar que a participação do professor é nula e inutil, mas poucos sabem que o professor é o grande abridor de caminhos, ele indica o caminho de como fazer e se torna o mediador e facilitador, promotor de situacoes de oportunidade de leitura efetivas e diversificadas. É responsabilidade do professor, criar no aluno o interesse pela leitura e o desejo de aprender. 
“[...] não devemos esquecer que o interesse também se cria, se suscita e se educa e que, em diversas ocasiões ele depende do entusiasmo e da apresentação que o professor faz de uma determinada leitura [...].” (SOLÉ, 1998, p.43)
Portanto, pode-se afirmar que o professor é sem duvidas o semeia, culriva e realmente trabalha para fazer nascer no aluno o gosto pela leitura, demonstrando, principalmente, sua função social (a leitura de mundo) e seu poder na transformação da realidade. 
METODOLOGIA
Projeto “Era uma vez um livro...”
Para tornar eficaz as competências da leitura literária, foi desenvolvido um projeto de intervenção para promover o ato de ler pelo prazer e também para auxiliar na formação de alunos leitores críticos, seguem algumas ações utilizadas para a total efetividade do projeto:
· Reunião com a equipe pedagógica da escola, para apresentar o projeto e também para os professores opinarem a respeito, é aberto o espaço para todos os professores envolvidos no projeto darem suas opiniões e novas ideias para implementação do projeto na escola, cada professor ficaráresponsável por sua turma;
· Visita à biblioteca da escola para escolha dos livros que serão trabalhados;
· Seleção dos livros de diversos gêneros literários: contos, fábulas, poemas, histórias em quadrinhos, crônicas...;
· Confecção das sacolas que serão utilizadas pelos alunos, para levarem os livros para sua casa;
· Confecção das fichas de leitura;
· Confecção de um mural da leitura, será colocado em uma parede selecionada pelo professor na sala de aula, servirá para o aluno colocar o nome dos livros lidos e um resumo do da história dele, para os alunos virem e lerem, o objetivo é fazer uma propaganda do livro para capturar o interesse de todos os alunos no ambiente escolar;;
· Apresentação do projeto aos alunos, ocorrerá em cada sala de aula no qual o projeto será implementado, será explicado o desenvolvimento do mesmo, para os alunos ficarem cientes do que ocorrerá;
· Distribuição das sacolas literárias para os alunos, que consiste em uma sacola contendo um livro da literatura infantil e uma ficha de leitura, onde o aluno levara a sacola para sua casa para realizar a leitura do livro juntamente com sua família, ao término da leitura o aluno com ajuda da família realizará o preenchimento da ficha, respondendo as perguntas. Cada aluno terá sua própria sacola e ficará três dias com o material;
· Entrega do livro e das fichas que os alunos levaram para suas casas;
· Roda de conversa: momento em que será feita a troca de experiência de leitura, será realizada apenas com os alunos interessados em discutir as obras lidas. Nesse momento, cada aluno falará sobre o seu livro, contará um resumo da vivência tida com a leitura. O professor será o mediador dessa conversa promovendo a participação de todos os alunos. Este é um momento de socialização e também de estímulo para que os alunos desenvolvam seu o interesse pela leitura;
· Mural da leitura: será a última atividade do projeto, neste mural os alunos terão a oportunidade de propagar suas leituras feitas, neste mural as leituras serão expostas em forma de notícias ou propagandas. Assim será possível tornar visível diversas obras e também é uma forma de inserir o ato de ler no cotidiano escolar dentro de uma diversidade textual.
CRONOGRAMA
A seguir será apresentado um cronograma das atividades que serão desenvolvidas no projeto. O projeto “Era uma vez um livro...” acorrerá no mês de novembro, será desenvolvido para auxiliar no processo de ensino e aprendizagem de leitura.
	AÇÕES
	DATAS
	Reunião com a equipe pedagógica da escola
	02/11
	Visita à biblioteca da escola
	04/11
	Seleção dos livros que serão utilizados no projeto 
	05/11
	Confecção das sacolas literárias
	6, 9, 10/11
	Confecção das fichas de acompanhamento
	11/11
	Confecção do mural literário 
	12/11
	Apresentação do projeto para os alunos 
	13/11
	Distribuição das sacolas literárias
	16/11
	Entrega dos livros e das fichas 
	20/11
	Roda de conversa
	20/11
	Mural literário 
	23/11
RECURSOS 
Recursos humanos:
Para a realização do projeto será necessária a participação ativa dos alunos, da equipe pedagógica e também da colaboração da direção da escola.
Recursos materiais: Para implementação do projeto na escola será necessário a utilização de alguns recursos materiais que são: livros, textos literários, EVA, tesoura, cola, caneta, lápis de cor, papelão, cartolina, papel A4, tinta guache, fita, pincel, entre outros.
AVALIAÇÃO
Com o desenvolvimento deste projeto é esperado resultados satisfatórios no sentido de contribuir e favorecer para o bom desempenho no ensino e aprendizagem do aluno e desenvolver o gosto pela leitura de forma mais prazerosa e facilitadora dos mesmos.
A avaliação será realizada de forma continua durante todo o desenvolvimento das atividades do projeto, através das quais será possível observar o nível de conhecimento em leitura literária do aluno, o seu desempenho diante das orientações apresentadas para o mesmo e também sua criatividade em apresentações e discursos em público.
As atividades realizadas serão observadas com o devido cuidado observando as maiores dificuldades e as facilidades encontradas pelos alunos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A carência ou mesmo a falta de metodologias alternativas de leitura de elementos textuais nas escolas constituem limitações para o processo de ensino e aprendizagem.
 Os conhecimentos literários são de suma importância para a aprendizagem, pois consiste no próprio saber cientifico, resultante de experiencias humanas ao longo dos anos e que são produzidas e transmitidas sistematicamente para a sociedade através das gerações, não se prendendo tanto aos livros didáticos. Constituindo assim, limitações no ato da leitura.
São vários os tipos de leitura. Cada uma com um atrativo diferenciado para conquistar o leitor e fazê-lo se apaixonar pelas histórias contidas nos livros, pois este suporte oportuniza esses momentos. Importante também é preparar um espaço para a leitura, onde o usuário sentirá que está sendo bem acolhido. 
Podemos dizer que, com essa experiencia foi possível ter um olhar mais atento para a leitura literária em sala de aula, sendo ela um meio de alfabetizar e letrar o aluno. Pois a leitura de textos literários traz uma série de possibilidades para o processo de ensino e aprendizagem, com seus mundos encantadores e linguagem atrativa.
REFERÊNCIAS
ZILBERMAN, Regina. Um Brasil para criança: para conhecer a literatura infantil brasileira. São Paulo, pág. 173.
CANDIDO, A. O direito à lliteratura. In_____. Vários escritos. 4. ed. reorg. São Paulo: Duas Cidades, 1995a. p. 169-192.
CADEMARTORI, Ligia. O que é literatura infantil. 3. ed. São Paulo, S.P.: Editora Brasiliense S.A., 1987.
COELHO, Nelly Novais; Literatura Infantil: Teoria Análise Didática. Edit. Moderna, 1º Ed. São Paulo 2000.
FARIA, Maria Alice. Como usar a literatura infantil na sala de aula. 4. ed. São Paulo, S.P.: Contexto, 2008.
ZILBERMAN, Regina. Como e por que ler a literatura infantil brasileira. Rio de Janeiro, R.S.: Objetiva, 2005.
PERRONE-MOISÉS, Leyla. Consideração intempestiva sobre o ensino da literatura: Inútil poesia e outros ensaios breves. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. p. 345-351.
KAUFMAN, Ana Maria; RODRÍGUEZ, María Elena. Escola, leitura e produção de textos. Trad. Inajara Rodrigues. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Trad. Cláudia Schilling. 6. ed. Porto Alegre: Art- Med, 1998.
ANEXOS

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