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FACULDADES INTEGRADAS DE CACOAL – UNESC FACULDADE DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE VILHENA – UNESC FACULDADE DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE PORTO VELHO – RO DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO COMPER, Ludimila Machado RODRIGUES, Marcelo Silva LOPES, Maxmiliano Soares CARVALHO, Rayane Elisa Calado CALACIO, Rodrigo Alesi Barros ABREU, Rosiane Pereira RODRIGUES, Sueli Ribeiro FONTOURA, Thaisy Lorrayne CLERES, William Luiz TRANSTORNO ALIMENTAR RESTRITIVO EVITATIVO CACOAL/RO 2021 FACULDADES INTEGRADAS DE CACOAL – UNESC FACULDADE DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE VILHENA – UNESC FACULDADE DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE PORTO VELHO – RO LUDIMILA MACHADO COMPER, MARCELO SILVA RODRIGUES, MAXMILIANO SOARES LOPES, RAYANE ELISA CALADO DE CARVALHO, RODRIGO ALESI BARROS CALACIO, ROSIANE PEREIRA ABREU, SUELI RIBEIRO RODRIGUES THAISY LORRAYNE FONTOURA, WILLIAM LUIZ CLERES . TRANSTORNOS ALIMENTARES RESTRITIVOS EVITATIVOS (TARE) Atividade Avaliativa apresentada à disciplina de Patologia, do curso de graduação em Nutrição da Faculdade Integradas de Cacoal UNESC como requisito parcial para obtenção de nota na Avaliação do 1º Bimestre da referida matéria, ministrada pelo Prof. Esp. Tieverton Guilherme de Oliveira Santos. CACOAL/RO 2021 01 INTRODUÇÃO O Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo (TARE) é um distúrbio com característica por persistentes perturbações alimentares que levam a um aporte nutricional e energético insuficiente. (1) Evitação ou restrição em alguns indivíduos podem se basear em características como a qualidade do alimento, sensibilidade extrema ou aparência de cor, odor, textura, temperatura ou paladar. Indivíduos com sensibilidade sensoriais mais parecidas com o autismo podem exibir comportamentos semelhantes, os indivíduos apresentam em sua vivência dificuldades clinicamente significativas com a alimentação e comida que geralmente aparece na infância ou adolescência. (1) Dificuldades de ingerir certos alimentos, evitar certas cores ou texturas, comer apenas porções muito pequenas, medo de comer depois de algum episódio extremo, falta de apetite, são sintomas que caracterizam a TARE. O mesmo traz consigo prejuízo emocional pois envolve perca de peso ou insucesso de ganho de peso esperado; interferência no funcionamento psicossocial, transtorno de ansiedade dentre tantos outros. Deve se considerar de forma integral os sintomas e a história familiar para o diagnóstico, que podem ser bem feitos no contexto de uma relação clínica ao longo do tempo. (1) 02 DESENVOLVIMENTO 2.1 Etiologia Transtornos Alimentares estão associados principalmente aos aspectos sociocultural, embora não se devam descartar os fatores biológicos, psicológicos e familiares. Segundo Rangé (2001), os transtornos alimentares caracterizam-se por sérios distúrbios no comportamento alimentar e se desenvolvem a partir de diversos fatores, sendo genéticos, biológicos, psicológicos e socioculturais. (2) A pressão cultural por manter-se magro, seja apenas para atender à um padrão estético, ou pela exigência de certas profissões (moda, esportes), é aliada à presença de uma baixa autoestima, tornam o indivíduo mais propenso à desenvolver um quadro de Anorexia ou Bulimia(Maria Alice Fontes, Psy. Ph.). Na compulsão alimentar, ansiedade, tensão, tédio, perdas, planos que não dão certo e excesso de obrigações são as causas psicológicas de compulsões mais frequentes. Algumas hipóteses podem ser sugeridas de como a sociedade intensificou a preocupação com o corpo, primeira sendo: pela facilidade de se alimentar mal juntamente com a pressão social e da mídia. Na segunda hipótese poderíamos dizer que a cultura dos países ocidentais tem forte influência nesse processo (preocupação com dieta e magreza). Segundo Nunes et al. (2002) “os transtornos alimentares são considerados doenças dos países ocidentais desenvolvidos, considerando-se raros em culturas orientais”. (2) A questão alimentar está certamente ligada ao tema da preocupação com a aparência física. A ansiedade é tema central da compulsão alimentar porque faz com que o comportamento desses indivíduos se torne circular (Kátia Malek; Ana Claudia C. de Ornelas Maia). O estresse muitas vezes é reduzido pela comida, e isso gera um círculo redundante, a dieta aumenta o estresse e o estresse faz com que acabe a dieta. 2.2 Patogênese Através do TARE pode se desenvolver problemas físicos e emocionais causada pela grande perda de peso ou a dificulta de ganho de acordo com a faixa etária. A necessidade de uma dependência de alimentação enteral ou de suplementos pela deficiência nutricional. Já no ambiente psicossocial gera alguns transtornos como ansiedade, transtorno obsessivo- compulsivo e transtornos do neurodesenvolvimento. (3) http://www.plenamente.com.br/profissional.php?FhIdProfissional=1 O transtorno alimentar restritivo evitativo tem sim cura e pode ser tratado e se faz de extrema necessidade que seja feito à risca pois pode trazer risco para a saúde do indivíduo e ainda pode ser o começo para outros distúrbios alimentares. Crianças cuja as mães apresentam transtorno alimentares tem mais chances de desenvolverem isso também. (4) 2.3 Lesões e alterações funcionais O Transtorno Alimentar Restritivo/Evitativo traz prejuízo físicos e emocionais pois pode envolver desnutrição, baixo peso, atraso no crescimento da criança ou insucesso em obter ganho de peso esperado, também causando deficiências nutricionais, acarretando em uma dependência de alimentação enteral ou suplementos orais, e associadas ao desenvolvimento incluem prejuízo do desenvolvimento físico e dificuldades sociais que podem ter um impacto negativo significativo no funcionamento familiar. (5,6) 2.4 Sinais e sintomas Os transtornos alimentares possuem uma etiologia multifatorial, ou seja, são determinados por uma grande diversidade de fatores que colaboram no avanço da doença, algumas pesquisas trazem informações que revelam fatores de risco para o transtorno alimentar e incluindo o risco para transtornos psiquiátricos em geral. Mais provável aparecer na adolescência ou no início da vida adulta são desenvolvidos a partir de fatores predisponentes (Genéticos, Biológicos, Psicológicos e socioculturais), dentre os transtornos alimentares estão a Anorexia alimentar, Bulimia nervosa e a compulsão alimentar trazendo vários tipos de danos ao indivíduo. (7) Os fatores como tendência a obesidade, a pressão social para emagrecer contando também que a obesidade pode causar efeitos na autoestima e na satisfação corporal, a Anorexia nervosa (AN) seus transtornos são obesidade, perfeccionismo e na Bulimia nervosa (BN) é a sociabilidade e impulsividade, baixa autoestima ou a alta-avaliação negativa esses são fatores de risco tanto para AN quanto para BN. (8) O fator sócio culturais também fazem parte do transtorno alimentar, a ideia de beleza feminina centrado na magreza é parte integrante da psicopatologia do transtorno alimentar, vindo a encontro desses fatores as dietas restritivas e cirurgia plástica e esses fatores aumenta de modo considerável o risco para TA, incluindo também o papel das alterações fisiológicas e psicológicas produzidas pela desnutrição e pela compulsão alimentar, causando alterações físicas e no organismo. (7) Os transtornos são um grande preocupação para sociedade , aumentando o número de pessoas portadoras do transtorno, quando antes acontecer o tratamento menos risco de acontecer da doença caminhe para algo mais grave e também com ajuda de psicólogo para focar também em questões emocionais que está vinculada a doença , como depressão , perda de peso repentina e mudança de comportamento social e alimentar entre muitos fatores que podemser visto antes da doença se agravar mais , transtorno alimentar é doença e tem tratamento. (8) 2.5 Diagnóstico e prognóstico “Avaliação de um médico, exames para verificar a presença de transtornos físicos e avaliação de outros transtornos mentais [...]” ( B. Timothy Walsh , MD, CollegeofPhysicians and Surgeons, 20209).(9) Após a avaliação, o médico pede exames clínicos para analisar a saúde geral e ver se há algum problema físico, como por exemplo alergias alimentares e transtornos do trato digestivo. Isso porque algumas doenças podem parecer com o TARE e afetar a absorção de nutrientes, e até mesmo provocar câncer. Além disso, o médico investiga se isso é ocasionado por transtornos mentais, como anorexia nervosa e bulimia. Por fim, se não é nenhum desses outros problemas, o médico pode dar o diagnóstico de TARE. Mas, é importante lembrar que o médico não dá o diagnóstico de TARE para pessoas que sofrem de carência alimentar, que fazem jejuns religiosos ou que estão em algum tratamento. Geralmente, o médico também não diagnostica a pessoa com transtorno alimentar restritivo evitativo se ele identificar outro distúrbio ou tratamento médico (por exemplo, radioterapia ou quimioterapia). (10) Aos primeiros sinais de que uma pessoa não quer comer algum tipo de alimento ou come muito pouco, surge a suspeita de TARE. Por isso, é importante que você que é pai ou mãe saiba como se manifesta o TARE para procurar ajuda de um médico no momento certo. (11). Em estudos com grupo de pessoas com diversos do ARFID, foram avaliados adultos e indivíduos com peso corporal normal e mais alto, os resultados não dependeram do peso corporal, idade ou sexo. Assim, esses achados sugerem que as diferenças no humor, ansiedade https://www.columbiapsychiatry.org/profile/b-t-walsh-md https://zenklub.com.br/blog/saude-bem-estar/anorexia-bulimia-diferencas/ e sintomas alimentares representam verdadeiras distinções entre esses transtornos e as medidas desses construtos podem auxiliar na diagnósticos diferenciais, os resultados não dependeram do peso corporal, idade ou sexo (BECKER, Kendra R et al. 2019). (12) Os transtornos de personalidade também são compartilhados com os transtornos alimentares. Muitas condições médicas podem imitar transtornos alimentares. Doenças infecciosas crônicas, distúrbios de má absorção, doenças malignas, deficiência imunológica, distúrbios endócrinos como diabetes mellitus, hipertireoidismo ou doença de Addison devem ser descartados antes de serem rotulados como distúrbios alimentares. O medo intenso de ganhar peso e distorcer o corpo serão os achados característicos dos transtornos alimentares, que ajudam a descartar as outras condições médicas mencionadas acima. (BALASUNDARAM P, et al 2021). (13) 2.6 Tratamento e prevenção Ainda há muito a se conhecer no universo do TARE (Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo). No entanto, a terapia cognitiva comportamental, utilizada em outros transtornos alimentares, não tem ainda embasamento suficiente para ser normalizada. Estratégias de exposição e dessensibilização também têm sido utilizadas em diversos centros. Ainda não há estudos randomizados em adultos ou adolescentes sobre o tratamento. Pacientes com TARE demonstram ter uma duração mais longa da doença, maior tempo de hospitalização e, quando desnutridos, necessitam mais frequentemente de alimentação por sonda nasoenteral em comparação. Ainda que não exista um protocolo para o tratamento é sugerido alguns aspectos de prevenção para essa doença: 1. Dar ênfase a questão do sofrimento emocional; 2. Comer em um local seguro e consumir alimentos saudáveis em vez de lanches; 3. Avaliação de fonoaudiólogo quando necessário; 4. Assegurar ausência de risco na exposição; 5. Suporte a família; 6. Vídeos da alimentação supervisionados/ver os vídeos feitos em casa; 7. Recompensar a criança; 8. Considerar tratar os sintomas de somatização; (14) 3 CONCLUSÃO Neste trabalho abordamos o tema Transtorno Alimentar restritivo evitativo, que traz prejuízos físicos, psíquicos sociais, mentais, desnutrição, compulsão alimentar, atraso no crescimento das crianças ou insucesso em obter ganho de peso. Na compulsão alimentar a ansiedade, tensão, frustração são causas psicológicas mais frequentes. O TARE (Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo) pode ser tratado, entretanto ainda não existe um protocolo de tratamento a ser seguido e é sugerido alguns aspectos de prevenção, que tem extrema necessidade e seja feito com total de atenção, para que não ocorra risco de desenvolver outros distúrbios alimentares. Ainda que haja estudos randomizados em adultos e adolescentes sobre o tratamento. Pacientes com esses transtornos demostram ter uma duração mais longa da doença, podendo ficar mais tempo hospitalizado e necessitam de ajuda da sonda nasogástrica para se alimentar. 4 REFERÊNCIAS 1) APA – AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Transtorno alimenta. In: APA. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM- 5. 5ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. 2) MELEK, K.; MAIA, A. C. C. O..Os transtornos alimentares: causas e tratamento numa visão multidisciplinar. Cadernos UniFOA, Volta Redonda, ano 3, Edição Especial, maio. 2008. Disponível em: http://www.unifoa.edu.br/pesquisa/caderno/especiais/pos- graduacao/01/21.pdf 3)KALIL Claudia Cozer, et al. Já ouviu falar em Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo (TARE)?. ABESO, 27 de Maio de 2016 4)RANGEL Aline. Transtorno alimentar restritivo evitativo: sintomas, causas e tratamentos. 15 de Outubro de 2019. 5) APA – AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Transtornos Alimentares In APA Manual Diagnóstico e estatístico de transtornos mentais DSM-5. 5ª ed Porto Alegre: Artmed, 2014. 6) KALIL Claudia Cozer, et al. Já ouviu falar em Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo (TARE)?. ABESO, 27 de Maio de 2016. 7) MORGAN C. M. et al. Etiologia dos transtornos alimentares: aspectos biológicos, psicólogicos e sócio-culturais. Revista Bras psiquiatria, 2002. 8) MELEK Kátia e MAIA Ana Cláudia C. De O. Os transtornos alimentares: causas é tratamentos numa visão multidisciplinar. Artigo original, 2008. 9)B. Timothy Walsh, MD, College of Physicians and Surgeons, Columbia University Última revisão/alteração completa jun 2020| Última modificação do conteúdo jun 2020. Pag. 01. 10)ATTIA.EVELYN. Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo. Disponível em: <https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-de-sa%C3%BAde- mental/transtornos-alimentares/transtorno-alimentar-restritivo-evitativo#v13391726_pt>. Acesso em: 9 abr. 2021. 11)Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo: o que é? | Zenklub. Disponível em: <https://zenklub.com.br/blog/saude-bem-estar/transtorno-alimentar-restritivo-evitativo/>. Acesso em: 9 abr. 2021. 12)Becker KR, Keshishian AC, Liebman RE, Coniglio KA, Wang SB, Franko DL, Eddy KT, Thomas JJ. Impacto dos critérios de diagnóstico expandidos para transtorno de ingestão alimentar evitativa / restritiva em comparações clínicas com anorexia nervosa. Int J http://www.unifoa.edu.br/pesquisa/caderno/especiais/pos-graduacao/01/21.pdf http://www.unifoa.edu.br/pesquisa/caderno/especiais/pos-graduacao/01/21.pdf https://www.columbiapsychiatry.org/profile/b-t-walsh-md EatDisord. Março de 2019; 52 (3): 230-238. doi: 10.1002 / eat.22988. Epub 2018, 22 de dezembro. PMID: 30578644; PMCID: PMC7191972. 13)Balasundaram P, Santhanam P. Eating Disorders. [Atualizado em 13 de fevereiro de 2021]. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2021 Jan- . Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK567717/ 14) MELLO, M.; SHAW DE ALMEIDA, M. Transtorno Alimentar restritivo evitativo/ARFIRD: O que é esse transtorno alimentar? Avoidant Restrictive Food Intake Disorder: What isthe eating disorder? Luiza Amélia Cabus Moreira. [s.l.], [s.d.]. Disponível em: <https://cdn.publisher.gn1.link/residenciapediatrica.com.br/pdf/pprint472.pdf>. Acessoem: 4 abr. 2021. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK567717/