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Desenho Técnico Filipi Maciel de Melo Curso Técnico em Segurança do Trabalho Educação a Distância 2020 Desenho Técnico Filipi Maciel de Melo Curso Técnico em Segurança do Trabalho Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa Educação a Distância Recife 1.ed. | Fev. 2021 Catalogação e Normalização Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129) Diagramação Jailson Miranda Coordenação Executiva George Bento Catunda Renata Marques de Otero Manoel Vanderley dos Santos Neto Coordenação Geral Maria de Araújo Medeiros Souza Maria de Lourdes Cordeiro Marques Secretaria Executiva de Educação Integral e Profissional Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa Gerência de Educação a distância Professor(es) Autor(es) Filipi Maciel de Melo Revisão Emanuelly de Arruda Marques Coordenação de Curso Druzila Maria Lustosa da Cunha Coordenação Design Educacional Deisiane Gomes Bazante Design Educacional Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger Helisangela Maria Andrade Ferreira Izabela Pereira Cavalcanti Jailson Miranda Roberto de Freitas Morais Sobrinho Descrição de imagens Sunnye Rose Carlos Gomes Sumário Introdução .............................................................................................................................................. 4 1.Competência 01 | Conhecer a Função e a Importância do Desenho, Bem Como os Instrumentos, Materiais e Normas Técnicas Aplicadas ao Desenho. ............................................................................ 5 1.1 Função e Importância do Desenho Técnico................................................................................................ 5 1.2 Linhas Utilizadas no Desenho Técnico ........................................................................................................ 6 1.3 A Caligrafia no Desenho Técnico ................................................................................................................ 8 1.4 Materiais e Instrumentos Utilizados nos Desenhos Técnicos .................................................................... 9 1.5 Papel Utilizado no Desenho Técnico......................................................................................................... 12 1.6 Escalas no Desenho Técnico ..................................................................................................................... 13 1.6.1 Escala Natural ........................................................................................................................................ 14 1.6.2. Escala de Ampliação ............................................................................................................................. 14 1.6.3. Escala de Redução ................................................................................................................................ 15 1.7. Cotagem em desenho técnico ................................................................................................................. 15 1.8. Representação de Projetos de Arquitetura ............................................................................................. 17 1.9. Considerações Finais da Competência .................................................................................................... 17 2.Competência 02 | Identificar a Razão e a Proporção de Objetos com suas Principais Vistas Ortogonais e seus Projetos Arquitetônicos. ......................................................................................... 19 2.1 A Perspectiva no Desenho Técnico ........................................................................................................... 19 2.2 vistas ortogonais no desenho técnico ...................................................................................................... 21 2.3. O projeto e suas etapas ........................................................................................................................... 23 2.3.1. Esboço ................................................................................................................................................... 24 2.3.2. Anteprojeto ........................................................................................................................................... 24 2.3.3. Projeto Definitivo .................................................................................................................................. 25 2.4. Projeto Arquitetônico .............................................................................................................................. 26 2.4.1. Planta de situação ................................................................................................................................. 26 2.4.2. Planta de Locação ................................................................................................................................. 27 2.4.3. Planta de Coberta ................................................................................................................................. 28 2.4.4. Planta Baixa ........................................................................................................................................... 29 2.4.5. Fachada ................................................................................................................................................. 30 2.5 Considerações Finais da Competência ..................................................................................................... 30 3.Competência 03 | Identificar as Convenções Básicas e Interpretar Projetos de Segurança no Desenho de Arquitetura ....................................................................................................................... 32 3.1 Projetos Complementares ........................................................................................................................ 32 3.1.1 Projeto Complementar das Instalações Hidráulicas e Sanitárias .......................................................... 32 3.1.2 Projeto Complementar de Instalação Elétrica ....................................................................................... 33 3.1.3 Projeto Complementar das Instalações de Proteção e Combate a Incêndio ........................................ 34 3.2 Simbologia Utilizada nos Projetos ............................................................................................................ 36 3.2.1 A Simbologia Básica Utilizada em Planta Baixa ..................................................................................... 36 3.2.2 Simbologia Para Desenho Utilizado em Projeto de Segurança ............................................................. 38 3.3 Considerações Finais da Competência ..................................................................................................... 41 Conclusão ............................................................................................................................................. 42 Referências ........................................................................................................................................... 43 Minicurrículo do Professor ................................................................................................................... 44 Filipi Maciel de Melo ....................................................................................................................................... 44 4 IntroduçãoOlá estudante. Sejam bem vindos(as) à disciplina de Desenho Técnico. Essa disciplina apesar de não fazer parte da grade das disciplinas específicas da área de segurança do trabalho, ela é extremamente importante para os cursos técnicos que trabalham com a engenharia e com a arquitetura. Um Técnico de Segurança do Trabalho (TST) poderá trabalhar indiretamente com desenhos técnicos no seu dia a dia através de, por exemplo, interpretação de projetos arquitetônicos, interpretação de projetos de combate a incêndio, de projetos de manufatura de máquinas, etc. O TST também poderá trabalhar diretamente com Desenhos Técnicos quando, por exemplo, é solicitado para elaborar um mapa de risco de uma indústria ou propor melhorias de segurança através do layout da empresa. Essa disciplina será composta por três competências. A primeira delas tem por objetivo apresentar algumas normas que regem o desenho técnico, alguns instrumentos utilizados para confecção dos desenhos técnicos e para apresentar de forma geral a definição e importância do desenho técnico para o Técnico de Segurança do Trabalho. A segunda competência tem por objetivo apresentar as formas de projeções de objetos em vistas ortogonais e perspectivas, as etapas de projetos e os projetos arquitetônicos. A última competência tem por objetivo apresentar os projetos complementares e algumas simbologias utilizadas nos projetos complementares. Está preparado(a) para a nossa disciplina? Então vamos lá! Competência 01 5 1.Competência 01 | Conhecer a Função e a Importância do Desenho, Bem Como os Instrumentos, Materiais e Normas Técnicas Aplicadas ao Desenho. Seja bem-vindo(a) a Competência 01 da Disciplina de Desenho Técnico. Nessa competência vamos nos concentrar em estudar algumas das normas utilizadas para desenhar e os aspectos gerais que envolvem um Desenho Técnico. Desenho Técnico é uma forma de expressão gráfica de objetos na qual todas as pessoas previamente capacitadas, isto é, que estudaram o desenho técnico, são capazes de interpretar e confeccionar. Para isso, vamos começar a nossa competência estudando a definição e importância do desenho técnico para que depois, possamos estudar algumas normas específicas. Sendo assim, espero que você aproveite os conteúdos disponibilizados e faça um bom estudo. 1.1 Função e Importância do Desenho Técnico O Desenho Técnico pode ser entendido como uma linguagem universal, uma forma de expressão gráfica, utilizadas por diversos tipos de profissionais como engenheiros, técnicos e arquitetos, para representar objetos, máquinas, ruas, bairros, casas etc. Sendo assim, para você realizar desenhos técnicos, você não precisa de um talento ou um dom artístico. Todas as pessoas são capazes de desenhar e compreender o desenho técnico, desde que sejam treinadas para tal atividade. O desenho técnico representa e transmite com exatidão todas as características do objeto que está sendo representado. O desenho técnico é de suma importância em diversas áreas, ele é a primeira etapa durante a fabricação de qualquer objeto. Antes de construir um automóvel, todas as peças desse automóvel passaram por um processo de fabricação. Esse processo de fabricação se iniciou com o desenvolvimento de um projeto e da realização de um desenho técnico dessas peças. A mesma analogia podemos fazer sobre a construção de um edifício, onde todos os cômodos desse edifício foram desenhados para assim, então, poder construí-los. Competência 01 6 No dia a dia de um Técnico de Segurança do Trabalho, ele poderá ter contato com diversos tipos de desenhos técnicos, dependendo de qual setor ele estiver trabalhando. Na construção civil, por exemplo, ele terá que identificar plantas baixas, fachadas, cobertas, cortes, além de saber interpretar e elaborar projetos de combate a incêndio, mapas de riscos, melhorias de layout etc. 1.2 Linhas Utilizadas no Desenho Técnico A NBR 8403 especifica diversos tipos de linhas e suas respectivas aplicações. Nesse curso, serão estudadas apenas as linhas descritas a seguir: • Linha contínua larga; • Linha contínua estreita; • Linha tracejada larga; • Linha tracejada estreita; • Linha traço e ponto. Vamos saber onde cada uma dessas linhas são aplicadas? Anota ai! Percebeu a importância do Desenho Técnico para o TST? Competência 01 7 Vamos ver na prática a aplicação dessas linhas? Figura 1 – Linhas do Desenho Técnico Fonte: arquivo pessoal Descrição: fundo branco com descrições das linhas em preto. Linhas horizontais e inclinadas com linhas tracejadas e traço e ponto. • A linha contínua larga é utilizada para representar contornos visíveis que estão mais próximos do observador. • Linha contínua estreita é utilizada para representar contornos visíveis que estão mais distantes do observador, linhas de chamadas e linhas de cotas. • A linha tracejada larga é utilizada para representar contornos invisíveis mais próximos do observador. • A linha tracejada estreita é utilizada para representar contornos invisíveis que estão mais distantes do observador. • A linha traço e ponto é utilizada para representar planos de cortes, linhas de simetria e linhas de centro. Competência 01 8 1.3 A Caligrafia no Desenho Técnico A NBR 8402 fixa as condições exigíveis para a escrita usada em desenhos técnicos. As principais exigências na escrita em desenho técnico são: legibilidade e uniformidade. Os caracteres devem ser claramente distinguíveis entre si e a mesma largura de linha deve ser aplicada para letras maiúsculas e minúsculas. Outra recomendação importante: os caracteres devem ser escritos de forma que as linhas se cruzem ou se toquem, aproximadamente, em um ângulo reto (ângulo de 90°). A figura abaixo apresenta um quadro da NBR 8402, que especifica as dimensões e proporções dos caracteres. Figura 2 – Quadro de dimensões de caractere Fonte: NBR 8402 Descrição: fundo branco com descrições das dimensões e proporção dos caracteres que estão mostrando abaixo do quadro de dimensões. Consulte a NBR 8403 através do link: https://docente.ifrn.edu.br/albertojunior/disciplinas/nbr-8403-aplicacao-de- linhas-em-desenhos-tipos https://docente.ifrn.edu.br/albertojunior/disciplinas/nbr-8403-aplicacao-de-linhas-em-desenhos-tipos https://docente.ifrn.edu.br/albertojunior/disciplinas/nbr-8403-aplicacao-de-linhas-em-desenhos-tipos Competência 01 9 1.4 Materiais e Instrumentos Utilizados nos Desenhos Técnicos Os materiais básicos para se iniciar qualquer desenho técnico são: lápis ou lapiseiras, borracha, jogo de esquadros, escalímetro, compasso e transferidor. Você já deve ter se deparado com cada um desses materiais na sua vida escolar. O lápis comum apresentado na figura a seguir da linha HB, em que a letra B possui numeração de 1 a 8. A letra H possui numeração de 1 a 10. À medida que a numeração aumenta na escala B ou na escala H, o lápis se torna mais macio e mais duro, respectivamente. Figura 3 – Lápis Comum Fonte: https://www.desenhoepintura.com.br/lapis-grafite-graduado-koh-noor-1500/. Acesso em 13/12/2018 Descrição: desenho de um lápis em fundo branco com a escala de dureza do traçado do grafite. As lapiseiras são comercializadas nas mais variadas espessuras de pontas: 0,3; 0,5; 0,7 e 0,9 mm. As espessuras variadas auxiliam no traço largo ou estreito, indicando se a superfície representada está próxima ou distante do observador. Consulte a NBR 8402 através do link: http://www.daelt.ct.utfpr.edu.br/professores/cassilha/NBR%208402%20Escrita %20Desenho%20T%C3%A9cnico.pdf http://www.daelt.ct.utfpr.edu.br/professores/cassilha/NBR%208402%20Escrita%20Desenho%20T%C3%A9cnico.pdf http://www.daelt.ct.utfpr.edu.br/professores/cassilha/NBR%208402%20Escrita%20Desenho%20T%C3%A9cnico.pdfCompetência 01 10 Figura 4 - Lapiseiras Fonte: http://graphisestudio.blogspot.com.br/2013_03_01_ archive.html Descrição: lapiseiras grafite em fundo branco. O par de esquadros é primordial para a realização de traços paralelos e traços em ângulos específicos, como 30°, 45° ou 60°. Na figura a seguir, você pode visualizar um jogo de esquadro. Figura 5 – Par de esquadros Fonte: http://www.trident.com.br/index.php?r=produtos/categoria-79 Descrição: fundo azul com os esquadros de 45° e de 30°/60° Os escalímetros são instrumentos utilizados para medição. Possui um formato triangular com seis escalas graduadas para que o desenhista possa fazer a conversão da escala. Escala é uma http://graphisestudio.blogspot.com.br/2013_03_01_%20archive.html Competência 01 11 razão entre a dimensão que está sendo representada no desenho e a dimensão real daquilo que está sendo representado. Escala será estudada em outra seção adiante. Na figura a seguir pode-se observar o escalímetro. Figura 6 – Escalímetros Fonte: http://artcamargorevenda.com.br/catalogo/sinoart/escalimetros/ Descrição: fundo branco com imagem em três dimensões da régua de escalas. Já o compasso é um instrumento utilizado para realizar traços curvos como arcos e circunferências. Você pode visualizar o compasso na figura a seguir. Figura 7 – compasso Fonte: https://www.desenhoepintura.com.br/categoria/compasso-desenho-tecnico/compasso-trident-2/ Descrição: Fundo branco com a imagem de um compasso Por último é apresentado o transferidor. O transferidor é um instrumento em formato circular utilizado para medir ângulos. É marcado por uma escala circular ou semi-circular, em ângulos espaçados, similar a uma régua. Veja o transferidor na figura a seguir. http://artcamargorevenda.com.br/catalogo/sinoart/escalimetros/ https://www.desenhoepintura.com.br/categoria/compasso-desenho-tecnico/compasso-trident-2/ Competência 01 12 Figura 8- Transferidor Fonte: https://www.pontodasartes.com/pt/catalogo/desenho/reguas-e-compassos/ Descrição: Fundo branco com a imagem de dois transferidores, conhecidos como 180° e 360°. O uso de instrumentos no desenho técnico ainda é utilizado, sobretudo em nível acadêmico. Porém, com o avanço computacional, na prática, o uso de ferramentas CAD (sigla em inglês que significa Desenho Assistido por Computador) tornaram os processos de projeto mais rápidos e confiáveis. Hoje existem diversas ferramentas computacionais voltadas para o desenho técnico. Umas das ferramentas bastante utilizada é o Autocad. O Autocad é um software da Autodesk e é utilizado para o desenho em duas ou em três dimensões. Esse software é utilizado por profissionais de diversos ramos, como engenheiros, arquitetos e designers. 1.5 Papel Utilizado no Desenho Técnico O papel utilizado no desenho técnico é o da série A. O maior papel, o A0, possui dimensões de 1189 x 841 mm (1m²). Através das dobras, pode-se obter os formatos seguintes da série: A1, A2, A3, A4 etc. A figura a seguir apresenta as folhas da série A com seus respectivos tamanhos. https://www.pontodasartes.com/pt/catalogo/desenho/reguas-e-compassos/ Competência 01 13 Figura 9: Formato do Papel Fonte: https://www.printi.com.br/guia-de-impressao/formatos-de-papel Descrição: Fundo branco com imagem alusiva ao tamanho do papel em azul e na direita a relação com o tamanho do papel em milímetros. As letras seguidas de números mostram o tamanho referente para cada tipo de formato de papel. Ao lado temos as medidas correspondentes. 1.6 Escalas no Desenho Técnico Escala nada mais é do que uma razão ou uma divisão entre a dimensão da representação do objeto no papel pela dimensão real do objeto que se deseja representar, conforme equação a seguir: 𝐸 = 𝑑/𝐷 Onde E é a escala do desenho, d é a dimensão da representação do objeto no papel e D é a dimensão real desse objeto que está sendo representado. Há três escalas usuais no desenho técnico: a escala natural, a escala de ampliação e a escala de redução. https://www.printi.com.br/guia-de-impressao/formatos-de-papel Competência 01 14 1.6.1 Escala Natural A escala natural conserva as mesmas dimensões do objeto quando representado no papel. Isto é, a dimensão da representação do objeto (a dimensão do objeto no desenho) é igual a dimensão real. Essa escala é representada na forma: E = 1: 1 (leia-se um para um). Figura 10: Escala Natural Fonte: https://pt.slideshare.net/ordenaelbass/desenho-tecnico-32055349 Descrição: imagem com linhas pretas em fundo branco com as medidas na escala natural. 1.6.2. Escala de Ampliação Na escala de ampliação, o tamanho do objeto é aumentado quando se faz a representação dele no papel. É utilizada quando o objeto que se deseja desenhar possui dimensões bastante reduzidas, como por exemplo, um parafuso. Essa escala é representada da seguinte forma: E = X: 1 onde X > 1. Para uma escala, por exemplo, E = 2: 1, significa dizer que a dimensão no desenho aumentou em duas vezes a dimensão real do objeto. Figura 11: Escala de Ampliação Fonte: https://pt.slideshare.net/ordenaelbass/desenho-tecnico-32055349 https://pt.slideshare.net/ordenaelbass/desenho-tecnico-32055349 https://pt.slideshare.net/ordenaelbass/desenho-tecnico-32055349 Competência 01 15 Descrição: imagem com linhas pretas em fundo branco com as medidas correspondentes a escala em uso 1.6.3. Escala de Redução Na escala de redução o tamanho do objeto é reduzido quando se faz a representação dele no papel. É utilizada quando o objeto que se deseja desenhar possui dimensões grandes, como por exemplo, um navio ou uma casa. Essa escala é representada na forma: E = 1: X onde X > 1. Para uma escala, por exemplo, E = 1: 2, significa dizer que a dimensão no desenhou reduziu em duas vezes a dimensão real do objeto. Figura 12: Escala de Redução Fonte: https://pt.slideshare.net/ordenaelbass/desenho-tecnico-2055349 Descrição: imagem com linhas pretas em fundo branco com as medidas referentes a redução em 20 vezes do tamanho real. 1.7. Cotagem em desenho técnico A NBR 10126 de 1987 que posteriormente foi corrigida em 1998 fixa os princípios gerais de cotagem a serem aplicados em todos os desenhos técnicos. Cotagem é a representação gráfica no desenho da característica do elemento, através de linhas, símbolos, nota e valor numérico numa unidade de medida. A cotagem é representada pelos seguintes elementos: cota, linha auxiliar, limite da linha de cota e linha de cota. Você deve estar se perguntando o que é cada um desses elementos. Veja a figura a seguir e descubra: https://pt.slideshare.net/ordenaelbass/desenho-tecnico-2055349 Competência 01 16 e Figura 13: Elementos de Cotagem Fonte: NBR 10123 Descrição: Fundo branco com um desenho de um retângulo. Nesse desenho estão sendo representados os elementos: linha auxiliar, cota, linha de cota e limite da linha de cota. Algumas observações e recomendações podem ser levantadas sobre os elementos de cotagem, quais sejam: • A linha auxiliar deve ser prolongada ligeiramente além da respectiva linha de cota. • Um pequeno espaço deve ser deixado entre a linha de contorno e a linha auxiliar. • As linhas auxiliares e de cota, sempre que possível, não devem cruzar com outras linhas. • O cruzamento das linhas de cota e auxiliares deve ser evitado. • A cotagem deve estar localizada na vista ou corte que represente mais claramente o desenho. • Deve-se cotar somente o necessário para descrever o objeto ou produto acabado. Acesse o link e leia a NBR 10126. Link: https://docente.ifrn.edu.br/albertojunior/disciplinas/nbr-10126-cotagem- de-desenho-tecnico https://docente.ifrn.edu.br/albertojunior/disciplinas/nbr-10126-cotagem-de-desenho-tecnicohttps://docente.ifrn.edu.br/albertojunior/disciplinas/nbr-10126-cotagem-de-desenho-tecnico Competência 01 17 1.8. Representação de Projetos de Arquitetura Projetos arquitetônicos serão vistos com mais ênfase na competência 2. Para essa competência, a norma NBR 6492, que fixa as condições exigíveis para a representação de projetos de arquitetura será apresentada apenas para que você saiba de sua existência. Uma informação relevante é que as escalas utilizadas em desenho de arquitetura geralmente são as escalas de redução (E = 1: X, com X > 1), isto é, o objeto é representado em dimensão menor que a dimensão real. Isso parece óbvio já que os desenhos arquitetônicos representam casas, praças e edificações e claramente não cabem no papel em uma escala natural. Porém, em poucas situações, como na representação do detalhamento do encaixe de uma maçaneta, pode-se utilizar a escala natural (E = 1:1) ou uma escala de ampliação (E = X:1, com X > 1). A escolha da escala deve ter em vista o tamanho do objeto a ser representado, as dimensões do papel e a clareza do desenho. As escalas mais utilizadas em desenho de arquitetura são: 1:50, 1:75, 1:100, 1:200, 1:250 e 1:500, podendo também ser utilizadas as escalas: 1:5, 1:10, 1:20 e 1:25. 1.9. Considerações Finais da Competência Nessa competência foi estudado algumas normas importantes para elaboração e interpretação de desenhos técnicos. Foi estudado também alguns materiais utilizados na elaboração e interpretação dos desenhos e o conceito e aplicação de escala. A importância do desenho técnico para um Técnico de Segurança do Trabalho foi abordada nessa competência para que você compreenda e se interesse pelo conteúdo. Foi visto que o desenho é uma atividade normalizada, permitindo que qualquer pessoa previamente treinada seja capaz de elaborar e identificar os projetos. Acesse o link e leia a NBR 10126. https://docente.ifrn.edu.br/albertojunior/disciplinas/nbr-6492-representacao- de-projetos-de-arquitetura https://docente.ifrn.edu.br/albertojunior/disciplinas/nbr-6492-representacao-de-projetos-de-arquitetura https://docente.ifrn.edu.br/albertojunior/disciplinas/nbr-6492-representacao-de-projetos-de-arquitetura Competência 01 18 Essa competência termina por aqui. Não se esqueça de assistir a vídeo aula dessa semana no Ambiente Virtual de Aprendizagem e até a próxima competência, onde será abordado com mais profundidade as formas de representação de desenhos, os projetos arquitetônicos e os projetos complementares. Agora assista à videoaula desta competência Competência 02 19 2.Competência 02 | Identificar a Razão e a Proporção de Objetos com suas Principais Vistas Ortogonais e seus Projetos Arquitetônicos. Olá estudante, Seja bem-vindo(a) a mais uma competência de Desenho Técnico. Nessa competência, estudaremos as projeções em perspectivas e das vistas ortogonais de objetos que irão ser representados. Em seguida, estudaremos as fases de um projeto e, de forma superficial, o projeto arquitetônico. O projeto arquitetônico irá colaborar nos projetos complementares e nos projetos de segurança que iremos estudar na competência 03. Até agora estudamos as principais normas de desenho, os materiais utilizados para realizar os desenhos técnicos e o conceito de escala. Utilizaremos de todos esses assuntos para aplicarmos nas projeções perspectivas, vistas ortográficas e nos desenhos arquitetônicos. 2.1 A Perspectiva no Desenho Técnico No desenho técnico, quando se deseja representar um objeto em duas dimensões visualizando as três dimensões (altura, comprimento e profundidade), estamos diante de uma perspectiva. Assim, pode-se entender que uma perspectiva é uma representação de um objeto no plano, de maneira na qual há uma ilusão de profundidade. As projeções em perspectivas podem ser de diversas formas. Nesse curso será apresentada a perspectiva isométrica. Na figura a seguir é apresentado um cubo sendo representado por uma perspectiva cônica, uma perspectiva isométrica e uma perspectiva cavaleira. Observe que dentre as três, a perspectiva isométrica é a que fornece uma projeção menos distorcida do objeto. A perspectiva isométrica mantém as mesmas proporções do comprimento, da largura e da altura do objeto representado, dentro da escala desenhada. Competência 02 20 Figura 14 - Perspectivas Fonte: www.querisquinhos.blogspot.com Descrição: A imagem apresenta três cubos. Cada um desses três cubos está sendo representado por uma perspectiva diferente. O primeiro é uma perspectiva cônica, o segundo é uma perspectiva isométrica e o terceiro é uma perspectiva cavaleira. A perspectiva isométrica é caracterizada por manter fixos dois ângulos de 30° nas laterais da perspectiva, formando uma figura com várias linhas em paralelismo, denominadas de linhas isométricas. Veja a Figura que segue. Figura 15 - perspectiva isométrica Fonte: http://toninha-aulas.blogspot.com/2014/05/aula-3-perspectiva-isometrica.html Descrição: A figura apresenta um cubo em perspectiva isométrica, indicando as linhas isométricas e o ângulo que essas linhas formam com a horizontal. file:///D:/EAD%20Seg/Módulo%202/www.querisquinhos.blogspot.com http://toninha-aulas.blogspot.com/2014/05/aula-3-perspectiva-isometrica.html Competência 02 21 2.2 vistas ortogonais no desenho técnico Assim como as perspectivas, as vistas ortográficas são uma maneira de representação de objetos através do desenho técnico. As vistas no desenho técnico são as representações das faces dos objetos, como se apresentam aos olhos de quem observa. Ao todo, encontram-se seis vistas no objeto, são elas: lateral direita, lateral esquerda, superior, inferior, frontal e posterior. De acordo com a NBR 10067, há dois métodos de projeção ortográficas: 1° diedro e 3° diedro. No Brasil e na maioria dos países utiliza-se a projeção ortográfica no 1° diedro. Para entender melhor sobre a projeção no 1° diedro, considere a peça da figura a seguir inserida dentro de um cubo imaginário formado por planos de projeção, onde um observador é sempre colocado entre a peça e o plano. Fixando uma vista frontal (A), as posições relativas das outras vistas, quando o cubo é aberto são as seguintes: • Vista superior (B), posicionada abaixo. • Vista lateral esquerda (C), posicionada à direita. • Vista lateral direita (D), posicionada à esquerda. • Vista inferior (E), posicionada acima. • Vista posterior (F), posicionada à direita ou à esquerda, conforme a conveniência. Percebeu a diferença da perspectiva isométrica para as outras perspectivas? Observe que apesar de ser possível visualizar as três dimensões do cubo, ele está sendo desenhado em um plano, em duas dimensões. Competência 02 22 Figura 16 – Representação no 1° diedro Fonte: https://docente.ifrn.edu.br/albertojunior/disciplinas/nbr-10067-principios-gerais-de-representacao-em- desenho-tecnico Descrição: No lado esquerdo é apresentada uma peça dentro de um cubo imaginário, onde cada face do cubo representa a face da peça. No lado direito é apresentado as seis vistas dessa peça no 1° diedro. Para fixação, veja na figura a seguir a representação das seis vistas de uma outra peça. Competência 02 23 Figura 17 – Vistas Ortogonais Fonte: http://www.uel.br/cce/mat/geometrica/php/gd_t/gd_1t.php Descrição: figuras dispostas nas posições indicadas anteriormente. 2.3. O projeto e suas etapas Você lembra que na competência 1, foi estudado que o desenho técnico faz parte da primeira etapa no processo de fabricação de um objeto qualquer? Sendo assim, nessa seção iremos estudar as etapas de projeto da sua concepção até o desenho definitivo que seria utilizado para a fabricação. Essas etapas são: Esboço, anteprojeto e projeto definitivo.Acesse o link e leia a NBR 10067. https://docente.ifrn.edu.br/albertojunior/disciplinas/nbr-10067-principios- gerais-de-representacao-em-desenho-tecnico Competência 02 24 2.3.1. Esboço O esboço faz parte do estudo preliminar, de concepção de ideias inacabadas, sem muitas informações, sendo representada por traços iniciais, normalmente à mão livre, daquilo que se deseja projetar. A figura a seguir apresenta um exemplo de um esboço de um projeto arquitetônico. Figura 18 - Esboço Fonte: https://wjprojetos.blogspot.com/2013/12/etapas-de-um-projeto-arquitetonico.html Descrição: fundo branco com esboço em linhas pretas. 2.3.2. Anteprojeto O anteprojeto é a segunda etapa do processo. Nessa fase, a representação é constituída de mais informações, de mais estudos técnicos e de detalhamento. O anteprojeto é uma fase preparatória para o projeto, necessitando apenas de poucas informações, pequenas alterações e diretrizes do projeto definitivo. A figura a seguir apresenta um exemplo de um anteprojeto. https://wjprojetos.blogspot.com/2013/12/etapas-de-um-projeto-arquitetonico.html Competência 02 25 Figura 19 - Anteprojeto Fonte: http://www.probuild.com.br/projetos-arquitetonicos Descrição: imagem de plantas arquitetônicas em fundo branco com a perspectiva da mesma. 2.3.3. Projeto Definitivo O projeto definitivo é a última fase do processo. Nessa fase o projeto está pronto para ser executado. No caso de uma construção, o projeto definitivo é o projeto arquitetônico. Na figura a seguir, apresenta um exemplo de um projeto arquitetônico. Competência 02 26 Figura 20 – Projeto Arquitetônico Fonte: https://oniconstrutora.com.br/projetos/projeto-arquitetonico-em-maraba/ Descrição: imagem de todas as plantas arquitetônicas utilizadas numa leitura para interpretação do imóvel 2.4. Projeto Arquitetônico O projeto arquitetônico ou o projeto de arquitetura é estabelecido pela NBR 6492, uma norma já vista na Competência 01. Um projeto arquitetônico pode ser composto por: Planta de situação, planta de locação, planta de coberta, planta baixa, Fachadas e cortes. Com exceção dos cortes, todas as outras plantas serão estudadas a seguir: 2.4.1. Planta de situação A planta de situação define o lote em estudo e sua posição em relação à vizinhança. Nesse tipo de planta sua posição geográfica também é especificada através de um símbolo indicando o Norte. Outras informações úteis também podem ser especificadas como postes, árvores, calçadas etc. Veja a figura a seguir, um exemplo de uma planta de situação onde o lote foi especificado na Competência 02 27 quadra, indicando as ruas da vizinhança. Também foi identificada a posição geográfica que é muito importante para os projetos arquitetônicos e a escala. Figura 21 – Planta de Situação Fonte: civilduvidas.blogspot.com Descrição: desenho da planta de situação em linha preta sobre fundo branco. 2.4.2. Planta de Locação A planta de locação visa localizar a edificação dentro do terreno destinado a sua construção. Essa planta determina as posições da construção dentro do lote por meio de uma vista superior da edificação e do terreno. Em outras palavras, a planta de locação especifica os afastamentos frontais, laterais e de fundo da edificação em relação ao terreno, em conformidade file:///C:/Users/GSR%20Análise/Downloads/civilduvidas.blogspot.com Competência 02 28 com os códigos de urbanismo da cidade. A figura a seguir apresenta um exemplo de uma planta de locação. Figura 22 – Planta de Locação Fonte: http://aprumando.blogspot.com/2014/04/leitura-e-interpretacao-de-projetos_29.html Descrição: desenho da planta de locação em linha preta sobre fundo branco. 2.4.3. Planta de Coberta A planta de coberta é aquela que mostra a queda d’água, ou seja, a posição do telhado, a localização da cumeeira e do beiral existente na edificação representada. A figura a seguir apresenta um exemplo de uma planta de coberta. file:///C:/Users/GSR%20Análise/Downloads/:%20www.construindo.com.br Competência 02 29 Figura 23 – Planta de Coberta Fonte: http://kmarquitetos.blogspot.com/2007/08/ Descrição: desenho da planta de coberta em linha preta sobre fundo branco, com o telhado destacado em cor. 2.4.4. Planta Baixa A planta baixa pode ser definida como a projeção da seção inferior que se obtém ao passar um plano de corte através da edificação, a uma altura que corte as paredes, portas e janelas. A planta baixa visa determinar a forma, dimensões e distribuição dos compartimentos e cômodos da edificação. Veja a figura a seguir, um exemplo de planta baixa. Figura 24 – Planta Baixa Fonte: http://aptosnaplanta.info/planta-baixa-dwg/ Descrição: imagem de uma planta baixa com todas as informações de medidas suficientes para interpretação do responsável. Competência 02 30 2.4.5. Fachada As fachadas são as vistas ortogonais da edificação. Uma edificação qualquer permite a representação de quatro fachadas (a frontal, a lateral direita, a lateral esquerda e a posterior). Na prática, apenas é desenhada a fachada voltada para uma via pública. A principal planta de fachada é a fachada frontal. Nos desenhos de fachada não se pode inserir cotas, sendo eles puramente ilustrativos. Veja um exemplo de uma fachada frontal e lateral na figura a seguir. Figura 25 - Fachada Fonte: http://arquiteturais.blogspot.com/search?updated-max=2010-09-28T12:38:00-07:00&max-results=7 Descrição: imagem da fachada frontal e lateral, sendo o imóvel localizado na esquina da quadra. 2.5 Considerações Finais da Competência Nessa competência foram estudados as projeções em perspectivas em vistas ortogonais e os projetos arquitetônicos. Também foi visto as etapas de um projeto desde sua concepção até sua fabricação. A compreensão das projeções no desenho técnico é de suma importância para o Técnico de Segurança do Trabalho para que ele possa compreender os projetos do seu dia a dia. A Competência 02 31 compreensão dos projetos arquitetônicos também é importante, sobretudo para aqueles profissionais que trabalham diretamente com a indústria da construção civil. Essa competência se finaliza por aqui. Não se esqueça de assistir a vídeo aula dessa semana no Ambiente Virtual de Aprendizagem e até a próxima competência que serão abordados os projetos complementares e algumas simbologias dos projetos arquitetônicos. Agora assista à videoaula desta competência Competência 03 32 3.Competência 03 | Identificar as Convenções Básicas e Interpretar Projetos de Segurança no Desenho de Arquitetura Olá estudante. Nas últimas duas semanas o estudo foi concentrado em conhecer o desenho técnico, entender sua importância, aplicar as normas, estudar os materiais utilizados para desenhar, as formas de projeções, etapas de um projeto e o projeto arquitetônico. Agora, nosso estudo será concentrado em analisar projetos complementares e o projeto arquitetônico e interpretar os projetos, sobretudo os de segurança. Portanto, aproveite essa competência para aplicar os conhecimentos da competência 02 e conhecer os projetos complementares de uma edificação e conhecer as simbologias utilizadas para representar os elementos em projetos de segurança. 3.1 Projetos Complementares Um projeto de uma edificação é formado por um conjunto de projetos que vão além de um projeto arquitetônico. Os projetos complementares completam os projetos arquitetônicos para atender demandas específicas da edificação, como por exemplo, as instalações hidráulicas, as instalações elétricas, de ar condicionado e as instalações de proteção e combate a incêndio. Esses desenhos são muitas vezes feitos em ferramentasCAD (sigla em inglês que significa: Desenho Auxiliado por Computador) como o AUTOCAD. O estudo dessas ferramentas está fora do escopo dessa disciplina. Porém, saber usar essas ferramentas é um grande conhecimento para um Técnico de Segurança do Trabalho. Você pode e deve aprimorar seus conhecimentos em um curso de desenho assistido por computador. 3.1.1 Projeto Complementar das Instalações Hidráulicas e Sanitárias O Projeto Complementar das Instalações Hidráulicas e Sanitárias apresenta a disposição, o detalhamento e o dimensionamento das tubulações, acessórios, caixa d’água, válvulas etc., que são utilizados para o consumo de água e para o descarte da água já consumida na edificação. O objetivo aqui nesse texto é que você ao ver um projeto hidráulico e sanitário, saiba identifica-lo. Competência 03 33 Um bom projeto hidráulico sanitário tem os cômodos que consomem água próximos um dos outros, facilitando a instalação e reduzindo custos de materiais. A figura a seguir apresenta um recorte de um projeto sanitário, indicando o diâmetro das tubulações e os acessórios utilizados na instalação. Figura 26: Recorte de um projeto sanitário. Fonte: https://www.flickr.com/photos/deltafiprojetos/8069513245/ Descrição: Fundo Preto com linhas azul, verde e amarela, representando dois banheiros e as tubulações sanitárias que saem da pia e do vaso sanitário. 3.1.2 Projeto Complementar de Instalação Elétrica O projeto complementar das instalações elétricas específicas detalha as disposições dos pontos de iluminação, o dimensionamento da bitola do fio, a localização do quadro de energia, os pontos de tomadas etc. O objetivo aqui nesse texto é que você saiba identificar um projeto de instalação elétrica ao ver um. A figura a seguir apresenta um exemplo de um projeto de instalação elétrica. https://www.flickr.com/photos/deltafiprojetos/8069513245/ Competência 03 34 Figura 27 - Projeto Complementar da Instalação Elétrica Fonte: https://fotos.habitissimo.com.br/foto/projeto-de-instalacao-eletrica-residencial_945253 Descrição: imagem de uma planta baixa com indicações da instalação elétrica, na cor preta em fundo branco. 3.1.3 Projeto Complementar das Instalações de Proteção e Combate a Incêndio O Projeto Complementar das Instalações Especiais contra Incêndio vai apresentar a disposição e o detalhamento de todos os equipamentos destinados para proteção e combate a incêndio. Nessa seção, o objetivo é que você consiga identificar, comparando com os demais, esse tipo de projeto. Em uma próxima seção iremos estudar as simbologias desse projeto complementar. A figura a seguir apresenta um exemplo de um projeto de proteção e combate a incêndio. https://fotos.habitissimo.com.br/foto/projeto-de-instalacao-eletrica-residencial_945253 Competência 03 35 Figura 28 - Projeto Complementar das Instalações Especiais Fonte: https://www.solucoesindustriais.com.br/empresa/seguranca/-technical-fire/produtos/seguranca-e- protecao/projeto-de-combate-a-incendio Competência 03 36 Descrição: imagem de planta baixa com as indicações de pontos onde se pode observar uma instalação contra incêndio na cor vermelha. 3.2 Simbologia Utilizada nos Projetos Esta seção irá apresentar a simbologia geral utilizada nos projetos para representar elementos específicos, como por exemplo, a representação de janelas altas, extintores, campainha etc., visando à perfeita interpretação tanto dos projetos arquitetônicos, quanto de alguns projetos complementares. 3.2.1 A Simbologia Básica Utilizada em Planta Baixa Para que se tenha uma comunicação e interpretação entre o projeto de arquitetura e o intérprete, algumas convenções devem ser estabelecidas para padronizar elementos dentro de um desenho. Na figura a seguir é apresentada a representação de quatro elementos: uma porta simples de giro, uma porta de correr, uma janela baixa e uma janela alta. A janela baixa é aquela na qual o seu peitoril fica abaixo do plano de corte horizontal, presente na definição de planta baixa. Ou seja, essa janela está abaixo de 1,5 m do piso da edificação. A Janela alta é aquela na qual o seu peitoril fica acima do plano de corte horizontal, presente na definição de planta baixa. Ou seja, essa janela está acima de 1,5 m do piso da edificação. Veja nas figuras que segue a representação desses elementos e a aplicação em uma planta baixa. A definição de planta baixa foi estudada na Competência 02. Volte para a Competência 02 e relembre esses conceitos. Competência 03 37 Figura 29 – Simbologia para portas e janelas usadas em planta baixa Fonte: Arquivo Pessoal Descrição: Linhas pretas do tipo contínua larga, contínua estreita e tracejada. É representado no canto esquerdo a porta simples e a janela baixa e no canto direito, a porta de correr e a janela alta. Figura 30 – Simbologia em Planta Baixa Competência 03 38 Fonte: tecedific.blogspot.com Descrição: imagem em linhas pretas sobre fundo branco, representando uma planta baixa. 3.2.2 Simbologia Para Desenho Utilizado em Projeto de Segurança A NBR 14100 especifica a simbologia de algumas categorias de sistemas de proteção, sendo aplicadas em: extintores de incêndio portáteis, sistema de extinção fixa, sistemas de hidrantes, dispositivos de alarmes, dispositivos de ventilação etc. A simbologia define, por exemplo, se os sistemas ou dispositivos de extinção são do tipo pó químico, gás ou espuma. Os símbolos devem ser desenhados todos em uma mesma escala e devem ser proporcionais à escala do desenho. Os significados de todos os símbolos utilizados devem ser apresentados em uma legenda, de forma clara e de fácil interpretação. A figura abaixo apresenta a simbologia utilizada para representar extintores portáteis, extintores portáteis sobre rodas, proteção total de um ambiente por um sistema fixo de extinção e a proteção localizada por um sistema fixo de extinção. Figura 31 – Simbologia de sistema de extinção de incêndio Fonte: Adaptado de NBR 14100 - https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=5161 Descrição: imagem em linhas pretas sobre fundo branco, com representação dos sistemas de extinção. Observe que não há uma diferença entre extintores de diferentes agentes. Essa diferenciação é representada por símbolos, que são inseridos dentro dos símbolos básicos apresentados. A figura a seguir apresenta alguns símbolos do agente extintor. file:///C:/Users/GSR%20Análise/Downloads/tecedific.blogspot.com Competência 03 39 Figura 32 – Simbologia do agente extintor Fonte: Adaptado de NBR 14100 - https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=5161 Descrição: imagem em linhas pretas sobre fundo branco, com representação dos agentes utilizados nos sistemas de extinção. Outros elementos podem estar inseridos nos projetos de proteção e combate a incêndio, como os Hidrantes urbanos e de colunas, Rota de fuga – direção a seguir, Rota de fuga – saída final, Porta corta-fogo P-90, Campainha e Sirene. A figura a seguir apresenta a simbologia desses elementos. Competência 03 40 Figura 33 – Outras simbologias de projeto de proteção e combate a incêndio Fonte: Adaptado de NBR 14100 - https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=5161 Descrição: imagem em linhas pretas sobre fundo branco, com representação de elementos utilizados nos projetos de proteção e combate a incêndio. O Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado de Pernambuco estabelece condições e recomendações para segurança contra incêndio e pânico em edificações. Uma delas pode ser vista na figura a seguir, onde se recomenda que a instalação dos extintores não deve dificultar a evacuação em caso de um sinistro. Acesse o link e vejao COSCIP. https://www.intranet.bombeiros.pe.gov.br/storage/get/file/1684 https://www.intranet.bombeiros.pe.gov.br/storage/get/file/1684 Competência 03 41 Figura 34 – Recomendações do COSCIP Fonte: Adaptado de COSCIP - https://www.intranet.bombeiros.pe.gov.br/storage/get/file/1684 Descrição: imagem em linhas pretas sobre fundo branco, com representação de uma recomendação dada pelo COSCIP. 3.3 Considerações Finais da Competência Nessa competência foram estudados os projetos complementares e algumas simbologias utilizadas na planta baixa e em projetos de proteção e combate a incêndio, como por exemplo, as janelas e portas, extintores de incêndio portáteis e sobre rodas com diversos tipos de agentes de extinção. Antes de fazer as atividades, não esqueça de assistir a vídeo aula da semana no Ambiente Virtual de Aprendizagem e olhar os destaques da semana. Agora assista à videoaula desta competência 42 Conclusão Nossa disciplina se encerra por aqui. Espera-se que você tenha compreendido a importância do Desenho Técnico para o Técnico de Segurança do Trabalho, que você saiba interpretar um Desenho Técnico, tenha conhecimento das normas relacionadas com o Desenho Técnico e saiba identificar os elementos nos projetos complementares, sobretudo os de proteção e combate a incêndio. Caso alguma dessas habilidades introduzidas nessa disciplina não tenha ficado claro para você, procure o seu professor para dialogar sobre os conteúdos estudados. Você pode entrar em contato com o professor através do chat, dos fóruns criados ou por mensagem direta, em um ambiente privado, com todos os professores do curso. Até uma próxima disciplina. Bons estudos! 43 Referências ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8403 Aplicação de linhas em desenhos – Tipos de linhas - Larguras das linhas. 1984. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8402 Execução de caractere para escrita em desenho técnico – Procedimento. 2019. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10126 Cotagem em desenho técnico. 1987. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6492 Representação de projetos de arquitetura. 1994. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10067 Princípios gerais de representação em desenho técnico - Procedimento. 1995. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14100 Proteção contra incêndio - Símbolos gráficos para projeto. 1998. 44 Minicurrículo do Professor Filipi Maciel de Melo Doutorado em andamento pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Mestre em Engenharia de Mecânica pela Universidade Federal da Paraíba - UFPB. Engenheiro Mecânico pela Universidade Federal da Paraíba - UFPB e de Segurança do Trabalho pela Faculdade Integrada de Patos (FIP). Introdução 1.Competência 01 | Conhecer a Função e a Importância do Desenho, Bem Como os Instrumentos, Materiais e Normas Técnicas Aplicadas ao Desenho. 1.1 Função e Importância do Desenho Técnico 1.2 Linhas Utilizadas no Desenho Técnico 1.3 A Caligrafia no Desenho Técnico 1.4 Materiais e Instrumentos Utilizados nos Desenhos Técnicos 1.5 Papel Utilizado no Desenho Técnico 1.6 Escalas no Desenho Técnico 1.6.1 Escala Natural 1.6.2. Escala de Ampliação 1.6.3. Escala de Redução 1.7. Cotagem em desenho técnico 1.8. Representação de Projetos de Arquitetura 1.9. Considerações Finais da Competência 2.Competência 02 | Identificar a Razão e a Proporção de Objetos com suas Principais Vistas Ortogonais e seus Projetos Arquitetônicos. 2.1 A Perspectiva no Desenho Técnico 2.2 vistas ortogonais no desenho técnico 2.3. O projeto e suas etapas 2.3.1. Esboço 2.3.2. Anteprojeto 2.3.3. Projeto Definitivo 2.4. Projeto Arquitetônico 2.4.1. Planta de situação 2.4.2. Planta de Locação 2.4.3. Planta de Coberta 2.4.4. Planta Baixa 2.4.5. Fachada 2.5 Considerações Finais da Competência 3.Competência 03 | Identificar as Convenções Básicas e Interpretar Projetos de Segurança no Desenho de Arquitetura 3.1 Projetos Complementares 3.1.1 Projeto Complementar das Instalações Hidráulicas e Sanitárias 3.1.2 Projeto Complementar de Instalação Elétrica 3.1.3 Projeto Complementar das Instalações de Proteção e Combate a Incêndio 3.2 Simbologia Utilizada nos Projetos 3.2.1 A Simbologia Básica Utilizada em Planta Baixa 3.2.2 Simbologia Para Desenho Utilizado em Projeto de Segurança 3.3 Considerações Finais da Competência Conclusão Referências Minicurrículo do Professor Filipi Maciel de Melo