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RESUMO DE PROTOZOÁRIOS

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RESUMO SOBRE PROTOZOÁRIOS 
GIARDIA DUODENALIS
- A Giardia duodenale, é um protozoário que pode parasitar os intestinos dos seres humanos e causar diarreia e dor abdominal.
Nome do Parasita: 
Giardia Duodenalis
Ciclo Biológico: 
1. Ingestão de cistos: A infecção ocorre pela ingestão de cistos em água ou alimentos contaminados
2. Desencistamento: meio ácido do estômago
3. Trofozoitos: No intestino delgado, os trofozoítos sofrem divisão binária e chegam à luz do intestino, onde ficam livres ou aderidos à mucosa intestinal, por mecanismo de sucção
- . A formação do cisto ocorre quando o parasita transita o cólon, e neste estágio os cistos são encontrados nas fezes (forma infectante). 
- No ambiente podem sobreviver meses na água fria, através de sua espessa camada.
Modo de transmissão:
- A transmissão ocorre via fecal-oral através da ingestão de água ou alimento contaminado. 
- Após ingerir o protozoário encistado, ele segue pelo trato gastrointestinal onde sofrerá a ação de enzimas digestivas que provocarão o desencistamento e a liberação de trofozoítos no intestino. 
- Eles podem ficar livres ou fixarem-se na parede do duodeno, sendo que, nesse caso, podem comprometer a absorção de nutrientes.
Nome da doença que provoca no ser humano:
- Giardíase é a infecção causada pelo protozoário flagelado Giardia duodenalis.
- A infecção pode ser assintomática ou provocar sintomas que variam de flatulência intermitente a má absorção crônica
Sintomas da doença:
- Muitos casos de giardíase são assintomáticos. Contudo, pessoas assintomáticas podem eliminar cistos infecciosos.
- Os sintomas da giardíase aguda geralmente se manifestam 1 a 14 dias (média de 7 dias) depois da infecção.
 
- São normalmente leves e incluem diarreia aquosa fétida, cólicas e distensão abdominais, flatulência e eructação, náuseas intermitentes, desconforto epigástrico e, algumas vezes, leve grau de mal-estar e anorexia. 
- A giardíase aguda normalmente dura 1 a 3 semanas. 
- A má absorção de gordura e açúcar pode provocar perda ponderal significante em casos graves. 
- Não são encontrados sangue ou leucócitos nas fezes.
- Um subgrupo de pacientes infectados desenvolve diarreia crônica com fezes fétidas, distensão abdominal e eructação fétida. 
- Perda ponderal significativa pode ocorrer. 
- A giardíase crônica ocasionalmente provoca desenvolvimento precário em crianças.
Diagnóstico: 	
1. EIA para antígenos nas fezes.
- O EIA para detectar antígeno de parasita em fezes é mais sensível que o exame microscópico. 
- Trofozoítos característicos ou cistos em fezes confirmam o diagnóstico, mas a eliminação de parasita é intermitente e em baixos níveis nas infecções crônicas
2. Exame microscópico das fezes.
- O diagnóstico microscópico pode requerer exames de fezes repetidos.
Tratamento:
1. Tinidazol, metronidazol ou nitazoxanida
- Para giardíase sintomática, pode-se usar metronidazol, tinidazol ou nitazoxanida.
2. Metronidazol pode ser administrado como a seguir:
- Adultos: 250 mg VO tid por 5 a 7 dias
- Crianças: 5 mg/kg VO tid por 5 a 7 dias
1.1 Tinidazol é tão eficaz quanto o metronidazol e é administrado como a seguir:
- Adultos: 2 g, VO, 1 vez
-Crianças: 50 mg/kg (máximo de 2 g), VO, 1 vez.
- Efeitos adversos do metronidazol incluem náuseas e cefaleia. 
- Metronidazol e tinidazol não devem ser administrados para gestantes. 
- Deve-se evitar álcool porque esses fármacos têm efeito semelhante ao do dissulfiram.
- Em termos dos efeitos GI adversos, tinidazol geralmente é mais bem tolerado que metronidazol.
Prevenção: 
- Tratamento adequado de água pública
- Preparação higiênica de alimentos
- Higiene fecal-oral adequada.
MALÁRIA
- A malária é uma doença infecciosa transmitida através da picada da fêmea do mosquito Anopheles infectada pelo protozoário do gênero Plasmodium, sendo as espécies mais frequentes no Brasil o Plasmodium vivax e o Plasmodium malariae.
Nome do Parasita: 
Plasmodium
Ciclo Biológico: 
- Ciclo Biológico- no Mosquito
1. Ingerem sangue do homem contaminado pelo Plasmodium: Microgametócitos e Macrogametócitos;
2. Estômago do Mosquito – Zigoto (Oocineto);
3. Estômago do mosquito – amadurecimento Oocisto;
4. Estômago do Mosquito – rompimento do Oocisto liberando Esporozoítos (glândulas salivares).
- Ciclo Biológico- no Homem
1. Picada do Mosquito contaminado com Esporozoítos;
2. Contamina o sangue periférico;
3. Chegam no Parênquima Hepático (reprodução assexuada);
4. Os hepatócitos se rompem liberando Merozoítos no sangue;
5. Os Merozoítos atingem os Eritrócitos (ciclo eritrocítico – 6 fases).
- Ciclo Biológico- nas Hemácias 
1. Merozoítos penetram nas Hemácias e passam pelas 6° transformações morfológicas;
2. Pode acontecer:
2.1 . Rompimento dos Eritrócitos liberando o parasito no sangue;
2.2 Micro e Macrogametócitos (infectam o mosquito);
2.3 Destruição pelo Sistema Imunológico.
Modo de transmissão:
- A transmissão da malária acontece através da picada da fêmea do mosquito Anopheles infectado, que adquiriu o parasita ao picar uma pessoa infectada pela doença.
- A malária não é contagiosa, ou seja, não é transmitida de uma pessoa para outra, exceto em casos mais raros de compartilhamento de seringas e agulhas infectadas, transfusões mal controladas e/ ou parto.
- Geralmente, o mosquito pica as pessoas durante o entardecer ou anoitecer. Os locais de maior risco de contaminação são América do Sul, América Central, África e parte da Ásia, principalmente em locais com água limpa com pouca corrente, umidade e com temperatura entre 20º e 30ºC. 
- No Brasil os estados mais afetados pela malária são Amazonas, Roraima, Acre, Tocantins, Pará, Amapá, Mato Grosso, Maranhão e Rondônia.
Nome da doença que provoca no ser humano:
Malária
Sintomas da doença:
- Os primeiros sintomas da malária costumam surgir entre 8 a 14 dias após a transmissão, podendo levar até 30 dias ou mais;
- É importante deixa claro que, os aparecimentos desses sintomas dependem dos fatores relacionados ao Plasmodium, como taxa de multiplicação e espécie, fatores relacionados à pessoa, como o sistema imunológico, principalmente;
- Os sinais e sintomas mais comuns da malária são: febre, que pode surgir e desaparecer em ciclos; suores e calafrios; dor de cabeça forte; náuseas e vômitos; dor muscular em todo o corpo; fraqueza e cansaço constante; pele e olho amarelados;
- A forma mais grave da malária acontece quando a infecção compromete o cérebro, causando dor de cabeça, rigidez de nuca, convulsões, sonolência e coma. Outras complicações incluem anemia, redução das plaquetas, insuficiência renal e insuficiência respiratória.
- A maioria destes sinais e sintomas podem ser difíceis de serem identificados como malária e, dessa forma, caso surjam é importante ir ao médico para diagnosticar a doença e iniciar o tratamento adequado, especialmente se estiver num local em que a malária é frequente, como na região Amazônica e África.
Diagnóstico: 	
-  O médico poderá identificar a presença do parasita no organismo através de exames de sangue, como gosta espessa ou testes imunológicos, podendo iniciar o tratamento adequado, evitando que a infecção agrave e coloque a vida do paciente em risco.
Tratamento:
- O tratamento da malária é feito com medicamentos antimaláricos, como Cloroquina, Primaquina, Artemeter e Lumefantrina ou Artesunato e Mefloquina por exemplo, que atuam destruindo o Plasmodium e impedindo a sua transmissão;
- Crianças, bebês e grávidas precisam de um tratamento especial, com Quinina ou Clindamicina, sempre de acordo com as recomendações médicas e, geralmente, é indicado o internamento hospitalar;
- Também é recomendado: alimentar-se normalmente; não consumir bebidas alcoólicas; não parar o tratamento mesmo se os sintomas desaparecerem, devido ao risco de recidiva e complicações da doença; 
- O tratamento da malária deve ser iniciado o mais rápido possível, pois pode evoluir de forma grave e, sem o adequado tratamento, pode levar à morte.
Prevenção: 
- Uso de roupas de cor clara e de tecido fino, com mangas compridas e calças compridas;
- Evitar as áreasmais propensas à contaminação da doença, principalmente durante o entardecer ou amanhecer;
- Usar repelente à base de DEET (N-N-dietilmetatoluamida), respeitando as orientações do fabricante quanto à reposição do repelente;
- Colocar telas de proteção contra mosquitos em janelas e portas;
- Evitar lagos, lagoas e rios ao final da tarde e à noite;
- Quem vai viajar para um local onde há casos de malária pode receber um tratamento de prevenção, chamado de quimioprofilaxia, com os remédios anti-maláricos, como Doxiciclina, Mefloquina ou Cloroquina;
- Todavia estes remédios possuem fortes efeitos colaterais, por isso o médico costuma indicar este tipo de prevenção para pessoas que possuem maior risco de desenvolverem doença grave, como ir para locais com elevados índices de transmissão ou quando a pessoa possui alguma doença que pode ter maiores complicações com a infecção.
LEISHMANIA
- Doença infecciosa, porém, não contagiosa, causada por parasitas do gênero Leishmania.  Sendo uma doença de evolução longa, podendo durar alguns meses ou até ultrapassar o período de um ano.
Nome do Parasita:
 Leishmania
Apresentações clínicas da leishmaniose:
- Cutânea
- Mucocutânea
- Visceral
Ciclo Biológico:
- Ao fazer repasto sanguíneo em hospedeiro infectado, as fêmeas dos flebotomíneos ingerem sangue com macrófagos e monócitos parasitados;
- No intestino médio do inseto, as formas amastigotas são liberadas e após divisão se transformam nas formas promastigotas, infectantes para o homem;
- A transmissão ocorre quando as fêmeas infectadas se alimentam em invertebrados susceptíveis.
- A saliva do Lutzomyia é inoculada com as formas promastigotas do parasito, que caem na circulação e migram para os órgãos do sistema retículo endotelial, como fígado, baço, medula óssea e linfonodos, sendo fagocitados pelos macrófagos.
Modo de transmissão:
- A leishmaniose é transmitida por insetos hematófagos (que se alimentam de sangue) conhecidos como flebótomos ou flebotomíneos;
- Devido ao seu pequeno tamanho são capazes de atravessar as malhas dos mosquiteiros e telas;
- Os mais comuns são: mosquito palha, tatuquira, birigüi, cangalinha, asa branca, asa dura e palhinha. O mosquito palha ou asa branca é mais encontrado em lugares úmidos, escuros, onde existem muitas plantas;
- As fontes de infecção das leishmanioses são, principalmente, os animais silvestres e os insetos flebotomíneos que abrigam o parasita em seu tubo digestivo, porém, o hospedeiro também pode ser o cão doméstico;
- Na leishmaniose cutânea os animais silvestres que atuam como reservatórios são os roedores silvestres, tamanduás e preguiças;
- Na leishmaniose visceral a principal fonte de infecção é a raposa do campo.
Nome da doença que provoca no ser humano:
Leishmaniose é causada por espécies de Leishmania
Sintomas da doença:
- Leishmaniose visceral: febre irregular, prolongada; anemia; indisposição; palidez da pele e ou das mucosas; falta de apetite; perda de peso; inchaço do abdômen devido ao aumento do fígado e do baço;
- Leishmaniose cutânea: duas a três semanas após a picada pelo flebótomo aparece uma pequena pápula (elevação da pele) avermelhada que vai aumentando de tamanho até formar uma ferida recoberta por crosta ou secreção purulenta. A doença também pode se manifestar como lesões inflamatórias nas mucosas do nariz ou da boca.
Diagnóstico: 
- Microscopia óptica de amostras de tecidos, preparações, ou aspirados; quando disponíveis, ensaios baseados em PCR (polymerase chain reaction)
- Para leishmaniose visceral, títulos de anticorpos
- Para leishmaniose cutânea e da mucosa, testes cutâneos (não disponíveis nos EUA)
- Cultura (meios especiais necessários)
Fazer o diagnóstico definitivo da leishmaniose por meio de:
- Demonstração dos microrganismos em esfregaços corados por Giemsa
- Isolamento da Leishmania em culturas
- Exames de PCR (polymerase chain reaction) dos aspirados da medula óssea, baço ou linfonodos de pacientes com leishmaniose visceral, ou por biópsia, aspirados, ou imprint das bordas de uma lesão cutânea
Tratamento:
- Vários fármacos, dependendo da síndrome clínica e de outros fatores
- Para tratamento tópico, a injeção de estibogliconato de sódio ou paromomicina tópica fora dos EUA ou terapia térmica ou crioterapia
- Para o tratamento sistêmico, anfotericina IV lipossomal IV ou miltefosina por via oral
- Alternativamente, desoxicolato de anfotericina B, compostos antimônicos IV ou antimoniais pentavalentes (estibogliconato de sódio, antimoniato de meglumina) IV ou IM se é provável que espécies infectantes de Leishmania são suscetíveis
O tratamento da leishmaniose é complicado; os fármacos utilizados dependem de:
- Síndrome clínica
- Leishmania spp infectante
- Região geográfica da aquisição
- Probabilidade da sensibilidade do organismo ao tratamento
- Estado imunitário do hospedeiro
Prevenção: 
- Evitar construir casas e acampamentos em áreas muito próximas à mata;
- Fazer dedetização, quando indicada pelas autoridades de saúde;
- Evitar banhos de rio ou de igarapé, localizado perto da mata;
- Utilizar repelentes na pele, quando estiver em matas de áreas onde há a doença;
- Usar mosquiteiros para dormir;
- Usar telas protetoras em janelas e portas;
- Eliminar cães com diagnóstico positivo para leishmaniose visceral, para evitar o aparecimento de casos humanos.
TOXOPLAMOSE/ DOENÇA DO GATO
- Doença infecciosa causada por protozoário, encontrado nas fezes dos gatos e outros felinos.  
Nome do Parasita:
- Toxoplasma Gondii
Ciclo Biológico:
1. Os ovos de Toxoplasma são eliminados nas fezes de gato. Muitos ovos são eliminados, mas geralmente durante apenas uma a duas semanas. Depois de um a cinco dias no ambiente, os ovos conseguem causar infecção;
1.1 Os gatos podem ser reinfectados ao consumir alimentos ou outros materiais contaminados com os ovos;
2. Outros animais (como pássaros silvestres, roedores, veados, porcos e ovelhas) podem consumir os ovos em solo, água, material de plantas ou areia para gatos contaminada e contrair a infecção;
3. Pouco depois que os ovos forem consumidos, esses ovos liberam formas do parasita que podem se mover (chamados taquizoítos).
4. Os taquizoítos se disseminam pelo corpo do animal e formam cistos no tecido nervoso e muscular;
5. Os gatos são infectados depois de comer animais que contêm esses cistos;
6. As pessoas podem ser infectadas ao comer carne mal cozida contendo esses cistos;
6.1 As pessoas também podem infectar-se se ingerirem alimentos, água ou outros materiais (como solo) contaminados com fezes de gato ou tocar em areia para gatos domésticos e depois levar a mão à boca;
7. Em casos raros, as pessoas são infectadas ao fazerem uma transfusão de sangue ou transplante de órgão que contenha o parasita;
8. Em casos raros, a infecção é transmitida da mãe para o feto;
9. Nas pessoas, os parasitas formam cistos em tecidos, geralmente no músculo e no coração, cérebro e olhos. Os cistos podem permanecer na pessoa pelo resto da vida sem causar sintomas. Eles podem se tornar ativos e causar sintomas se o sistema imunológico da pessoa estiver enfraquecido por um distúrbio ou medicamento.
Modo de transmissão:
- Pode ser transmitida de forma adquirida ou congênita, sobressaindo 3 formas de contágio: pela ingestão de carne crua ou mal cozida de animais parasitados contendo cistos teciduais, especialmente do porco, do boi e do carneiro; 
- Pela ingestão de oocistos contaminantes na água e alimentos, provenientes do solo, lixo e de qualquer local onde os felinos, principalmente gatos defecam;
- Por transmissão direta, afetando sobretudo as crianças pelo manuseio da terra e areia, em suas brincadeiras;
- Como também pela transplacentária do protozoário, acontecendo quando as mulheres se infectam entre a concepção e o sexto mês de gestação.
Nome da doença que provoca no ser humano:
- Toxoplamose.
Tipos da Doença:
- Toxoplasmose febril aguda: Apresenta-se na forma de febre, exantema generalizado, acometimento pulmonar, miocárdico, hepático, miosite, artralgia, alteração da função hepática, aparecimento de adenopatiacervical e, às vezes, diarreia;
- Toxoplasmose linfática: Caracteriza-se por linfadenopatia (condição em que os nódulos linfáticos ficam com tamanho, consistência ou número anormais) localizada geralmente na cervical e, raras vezes, generalizada;
- Toxoplasmose ocular: Ocorre na forma de coriorretinite (um processo inflamatório que envolve o trato uveal do olho), aguda ou crônica;
- Toxoplasmose neonatal: Acontece quando a infecção é intrauterina, variando de assintomática à letal, dependente da idade fetal;
- Toxoplasmose disseminada: Conhecida também como toxoplasmose no paciente imunodeprimido, ocorre do recrudescimento da toxoplasmose por imunossupressão associada à Aids, doença linfoproliferativa, uso de imunossupressor;
- Toxoplasmose generalizada: É o tipo de toxoplasmose mais grave, podendo levar à morte ao se espalhar pelo organismo. É uma condição bastante rara e que também pode ser resultado de um quadro intenso de toxoplasmose linfática.
Sintomas da doença:
- Em pessoas consideradas saudáveis, podem aparecer sintomas parecidos com os da gripe, como: dor de cabeça; coriza; dor no corpo; febre; fadiga; dor de garganta;
- Se o paciente possuir Aids/HIV, está recebendo quimioterapia ou teve recentemente um transplante de órgão, pode desenvolver sinais e sintomas mais graves de infecção;
- Sintomas em pessoas com sistema imunológico debilitado: dor de cabeça; confusão; coordenação deficiente; convulsões; problemas pulmonares que podem se assemelhar à tuberculose ou pneumonia por Pneumocystis jiroveci, infecção oportunista comum que ocorre em pessoas com Aids; visão turva causada por inflamação grave retina (toxoplasmose ocular);
- Se a mulher for infectada antes ou durante a gravidez, pode transmitir a infecção para o seu bebê (toxoplasmose congênita), mesmo que não tenha sinais e sintomas. Ocorrendo maior risco de contrair para o bebê se a mulher for infectada no terceiro trimestre e menos em risco se for infectada durante o primeiro trimestre;
- Entretanto, quanto mais cedo na gravidez a infecção ocorrer, mais sério será o resultado para o bebê. Muitas infecções precoces terminam em natimortos ou abortos espontâneos. Os bebês que sobrevivem podem nascer com problemas sérios, como: convulsões; fígado e baço aumentados; amarelecimento da pele e do branco dos olhos (icterícia); infecções oculares graves;
- Somente uma pequena parte dos bebês que nascem com toxoplasmose demonstram sinais da doença nos primeiros dias de vida. Geralmente os sintomas só aparecem na adolescência.
Diagnóstico:
- Exames de sangue – IgG: Onde será possível verificar se há os anticorpos, como o IgG, presentes na corrente sanguínea, pois eles são combatentes típicos da toxoplasmose;
Diagnóstico da toxoplasmose em bebês: 
- Amniocentese: Neste procedimento, que pode ser feito com segurança após 15 semanas de gravidez, o médico usa uma agulha fina para remover uma pequena quantidade de líquido do saco cheio de líquido que envolve o feto (saco amniótico). Testes são então realizados no fluido para verificar se há evidência de toxoplasmose. A amniocentese acarreta um pequeno risco de aborto espontâneo e complicações menores, como cólicas, vazamento de líquidos ou irritação onde a agulha foi inserida;
- Ecografia: Este teste usa ondas sonoras para produzir imagens do seu bebê no útero. Um ultrassom detalhado não pode diagnosticar a toxoplasmose. Pode, no entanto, mostrar se o seu bebê tem certos sinais, como o acúmulo de líquido no cérebro (hidrocefalia). No entanto, um ultrassom negativo não exclui a possibilidade de infecção. Por essa razão, seu recém-nascido precisará de um exame e exames de sangue durante o primeiro ano de vida;
Teste em casos graves:
- Ressonância magnética: Este teste usa um campo magnético e ondas de rádio (eletromagnéticas) para criar imagens transversais de sua cabeça e cérebro. Durante o procedimento, você se deita dentro de uma máquina grande, em forma de anel, que contém um imã cercado por bobinas que enviam e recebem ondas de rádio. Em resposta às ondas de rádio, seu corpo produz sinais fracos que são captados pelas bobinas e processados em imagens por um computador. A ressonância magnética não é invasiva e apresenta riscos mínimos para a sua saúde;
- Biópsia cerebral: Em casos raros, especialmente se você não responder ao tratamento, um neurocirurgião pode levar uma pequena amostra de tecido cerebral. A amostra é então analisada em um laboratório para verificar se há cistos de toxoplasmose.
Tratamento:
- Pirimetamina;
- Sulfadiazina;
- Clindamicina;
- Ácido folínico;
- Espiramicina.
Prevenção: 
- Usar luvas quando for lidar com o jardim ou com o solo e lavar bem as mãos com sabão e água;
- Não comer carne crua ou mal passada. A carne, especialmente o cordeiro, a carne de porco e a carne de vaca, podem abrigar organismos do toxoplasma. Não prove carne antes de estar totalmente cozido;
- Lave bem os utensílios de cozinha. Depois de preparar a carne crua, lave tábuas de corte, facas e outros utensílios em água quente e sabão para evitar a contaminação cruzada de outros alimentos;
- Lavar todas as frutas e legumes. Esfregue frutas e vegetais frescos, especialmente se planeja comê-los crus. Remova as cascas quando possível, mas somente após a lavagem;
- Não beber leite não-pasteurizado. Leite não-pasteurizado e outros produtos lácteos podem conter parasitas do toxoplasma.
AMEBA:
- Protozoário causador de uma doença chamada de amebíase.
Nome do Parasita:
- Entamoeba Histolytica.
Ciclo Biológico:
Modo de transmissão:
Nome da doença que provoca no ser humano:
- Amebíase
Sintomas da doença:
- A maioria das pessoas infectadas apresenta poucos ou nenhum sintoma. No entanto, elas excretam os cistos nas fezes e, dessa forma, podem disseminar a infecção;
- Os sintomas de amebíase normalmente se desenvolvem ao longo de uma a três semanas e podem incluir: diarreia, às vezes com sangue visível nas fezes, dor abdominal acompanhada de cólicas, perda de peso e febre;
- Em casos graves, o abdômen fica dolorido ao toque, e as pessoas podem desenvolver diarreia grave com fezes que contêm muco e sangue (chamado disenteria). Algumas pessoas sofrem cólicas abdominais intensas acompanhadas de febre alta;
- A diarreia pode levar à desidratação. Pode haver debilitação progressiva do organismo (emaciação) e anemia em pessoas com infecção crônica.
- Às vezes, grandes protuberâncias (amebomas) podem se formar no interior do intestino grosso (cólon);
- Em algumas pessoas, as amebas são transmitidas para o fígado, onde podem causar um abscesso. Os sintomas incluem febre, suores, calafrios, fraqueza, enjoo, vômito, perda de peso e dor ou desconforto na região superior direita do abdômen sobre o fígado;
- A pele pode ficar igualmente infectada, especialmente ao redor das nádegas (infecção que se disseminou de fezes contaminadas), genitais (por exemplo, úlceras no pênis decorrentes de relação sexual anal com uma pessoa infectada) ou feridas causadas por lesão ou cirurgia abdominal.
Diagnóstico: 
Tratamento:
Prevenção:
- A prevenção da amebíase começa com melhores condições de higiene e saneamento básico (tratamento de água e esgoto);
- Assim como, é recomendado lavar bem as mãos antes das refeições e após usar o banheiro;
- Também deve-se higienizar bem os alimentos (frutas, verduras, legumes) antes de consumi-los. Além disso, especialistas recomendam a ingestão de água potável;
- O uso de proteção (preservativos) nas relações sexuais oral-anal também é uma forma de se prevenir da amebíase.
DOENÇA DE CHAGAS:
- É uma importante doença parasitária que tem os insetos triatomíneos como vetores.
Nome do Parasita:
- Trypanosoma Cruzi.
Ciclo Biológico:
- O ciclo de vida do T. cruzi inicia quando o barbeiro, ao se alimentar do hospedeiro vertebrado, elimina suas fezes e urina, onde podem estar presentes as formas tripomastigotas;
- Os parasitas tripomastigotas penetram na pele e infectam as células do hospedeiro, onde transformam-se para a forma amastigota;
- Quando as células estão repletas de parasitos, eles novamente mudam paraa forma tripomastigotas. Por estarem com grande quantidade de parasitos, as células se rompem e os protozoários atingem a corrente sanguínea, atingindo outros órgãos;
- Nessa fase, se o hospedeiro vertebrado for picado pelo barbeiro, os protozoários serão transmitidos ao inseto;
- No intestino do barbeiro, mudam sua forma para epimastigotas, onde multiplicam-se e tornam-se novamente tripomastigotas, as formas infectantes aos vertebrados.
Modo de transmissão:
-  A transmissão se dá pelas fezes que o "barbeiro" deposita sobre a pele da pessoa, enquanto suga o sangue. Geralmente, a picada provoca coceira e o ato de coçar facilita a penetração do tripanossomo pelo local da picada;
- O T.cruzi contido nas fezes do "barbeiro" pode penetrar no organismo humano, também pela mucosa dos olhos, nariz e boca ou através de feridas ou cortes recentes existentes na pele;
-  Como também através de: transfusão de sangue, caso o doador seja portador da doença; transmissão congênita da mãe chagásica, para o filho via placenta; manipulação de caça (ingestão de carne contaminada) e acidentalmente em laboratórios.
Nome da doença que provoca no ser humano:
- Doença de Chagas.
Sintomas da doença:
- Fase aguda: febre, mal estar, falta de apetite, edemas (inchaço) localizados na pálpebra ou em outras partes do corpo, aumento do baço e do fígado e distúrbios cardíacos. Em crianças, o quadro pode se agravar e levar à morte. Frequentemente, nesta fase, não há qualquer manifestação da doença, podendo passar desapercebida; 
- Fase crônica: nessa fase muitos pacientes podem passar um longo período, ou mesmo toda a sua vida, sem apresentar nenhuma manifestação da doença, embora sejam portadores do T.cruzi. Em outros casos, a doença prossegue ativamente, passada a fase inicial, podendo comprometer muitos setores do organismo, salientando-se o coração e o aparelho digestivo.
Diagnóstico:
- Fase aguda: Na fase aguda da doença de Chagas o diagnóstico laboratorial é baseado na observação do parasito presente no sangue dos indivíduos infectados, através de testes s parasitológicos diretos como exame de sangue a fresco, esfregaço e gota espessa; 
- O teste direto a fresco é mais sensível que o esfregaço corado e deve ser o método de escolha para a fase aguda. Caso estes testes sejam negativos, devem ser usados métodos de parasitológicos indiretos;
- Os testes de concentração (micro-hematócrito ou Strout) apresentam 80 a 90% de positividade e são recomendados no caso de forte suspeita de doença de Chagas aguda e negatividade do teste direto a fresco;
- Em casos sintomáticos por mais de 30 dias, devem ser os testes de escolha, uma vez que a parasitemia começa a declinar.
- Fase crônica: Na fase crônica da doença o diagnóstico parasitológico direto torna-se comprometido em virtude da ausência de parasitemia. Os métodos parasitológicos indiretos (xenodiagnóstico ou hemocultivo) que podem ser utilizados, apresentam baixa sensibilidade (20-50%);
- Sendo assim, a doença é geralmente diagnosticada por detectar IgG que se liga especificamente ao T. cruzi. Portanto, na fase crônica o diagnóstico é essencialmente sorológico e deve ser realizado utilizando-se dois testes de princípios metodológicos diferentes: um teste de elevada sensibilidade (ELISA com antígeno total ou frações semi-purificadas do parasito ou a IFI) e outro de alta especificidade (ELISA, utilizando antígenos recombinantes específicos do T. cruzi) ou dois testes sorológicos com diferentes preparações antigênicas.
- É importante deixar claro que somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar a doença e indicar tratamentos.
Tratamento:
- O benznidazol e o nifurtimox são atualmente recomendados tanto na fase crônica quanto aguda da doença, com taxas de cura menores durante a fase crônica, agindo sobre o parasita sem reverter danos cardíacos já estabelecidos.
Prevenção:
-  Melhorar a habitação, através de reboco e tamponamento de rachaduras e frestas;
- Usar telas em portas e janelas;
- Impedir a permanência de animais como cão, gato, macaco e outros no interior da casa;
- Evitar montes de lenhas, telhas ou outros entulhos no interior e arredores da casa;
- Construir galinheiros, paiol, tulha, chiqueiro, depósitos, afastados das casas e mantê-los limpos;
- Retirar ninhos de pássaros dos beirais das casas;
- Fazer limpeza periódica nas casas e em seus arredores;
- Difundir junto aos amigos, parentes, vizinhos, os conhecimentos básicos sobre a doença, transmissor e sobre as medidas preventivas;
- Encaminhar os insetos suspeitos de serem "barbeiros" para o serviço de saúde mais próximo.
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Ministério da Saúde. Biblioteca Virtual em Saúde. Doenças de Chagas. Brasília, 09 Set. 2015. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/dicas-em-saude/2057-doenca-de-chagas. Acesso em: 09 Dez. 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Doenças Infecciosas e Parasitárias. Guia de Bolso. 8ª edição. Brasília/DF, 2010. Disponivel em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_guia_bolso.pdf. Acesso em: 09 Dez. 2020. 
NEVES, David Pereira. Parasitologia Humana. 13ª edição. Editora Atheneu, São Paulo, 2016.

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