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Movimentos Sociais

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Movimentos SociaisPrimeira República
Movimentos Sociais
CANUDOS
Bahia (1893-1897)
Liderados por Antônio Conselheiro, sertanejos os quais fugiam da extrema miséria fundaram o Arraial de Canudos- onde aboliram a propriedade privada e não pagavam impostos. 
Para os padres que perdiam fiéis, e os proprietários de terra que perdiam seus trabalhadores, era um “reduto de fanáticos” que devia ser eliminado. Diante das contradições, o governador do estado foi pressionado por aqueles que não concordavam para agirem contra o Arraial.
Existiram duas expedições com as tropas do governo vencidas pelos sertanejos.
Terceira expedição: Em 1897, Prudente de Moraes ordenou marechal Bitencourt que embarcasse para a Bahia e assumisse o controle direto das operações. Foi então organizada nova expedição, com 6000 homens sob o comando do general Artur Oscar, com a ordem de destruir Canudos- Centenas de sertanejos foram mortos e mulheres e crianças foram feitos prisioneiros.
Cangaço
Sertão do nordeste do Brasil (XVIII-XX)
Movimento de revolta contra o descaso dos órgãos públicos em relação ao sertão nordestino- relacionado ao banditismo, crimes e violência. Os cangaceiros aterrorizavam as cidades. Um nome muito famoso nesse movimento é de Virgulino, o famoso “lampião” e sua atuação no cangaço foi motivada pela situação econômica, perda da propriedade da família, além do assassinato do pai. acabou sendo assassinado em 1938, após sua morte, o cangaço perdeu força. entrou para a história como um movimento de revolta contra o descaso dos órgãos públicos em relação ao sertão nordestino.
CONTESTADO
Paraná/Santa Catarina (1911-1915)
Liderados pelo monge José Maria, trabalhadores rurais expulsos das terras que habitavam para a construção de uma ferrovia e instalação de uma madeireira estabeleceram-se na fronteira dos estados do Paraná e Santa Catarina.
Esses nativos ficaram contra o governo, as multinacionais e as oligarquias. Fazendeiros próximos e os governos locais e estaduais não aceitavam a ocupação o que resultou a perseguição com os ocupantes- que sofreram ataques de milícias estaduais e de jagunços a serviço de coronéis locais. Em dezembro de 1912, José Maria foi morto durante o conflito o que gerou uma revolta em seus fiéis que continuaram seguindo suas ideias e lutando por seus direitos.
Em 1915 a Guerra do Contestado, acabou com a ocupação daquele povo e gerou muitas mortes dos revoltosos, pois os mesmos resistiram bravamente antes de se dar por vencidos.
REVOLTA DA VACINAMovimentos Sociais
Rio de Janeiro (1904)
A reurbanização e saneamento propostos por Rodrigues Alves (presidente eleito em 1902), acabaram gerando o desalojamento das camadas mais pobres da sociedade as quais foram viver em situações muito criticas e como uma ameaça a saúde pública. A proliferação de doenças como a varíola, febre amarela, disenteria, gripe e cólera cresceu rapidamente.
A Diretoria Geral de Saúde Pública administrada pelo médico Osvaldo Cruz decretou como obrigatória a vacinação contra a varíola- o que causou controversas na sociedade e a população considerou tal medida autoritária. Para demonstrarem revolta, entre 10 e 18 de novembro de 1904, as camadas populares do Rio de Janeiro saíram às ruas para enfrentar os agentes da Saúde Pública e a polícia.
A revolta teve o apoio de militares que tentaram derrubar o presidente Rodrigues Alves, mas, não obtiveram sucesso.
O movimento foi dominado pelo governo, que prendeu e enviou algumas pessoas para o Acre. Após todo o conflito, a Lei da Vacina Obrigatória foi modificada, tornando facultativo o seu uso.
REVOLTA DA CHIBATA
Rio de Janeiro (1910)
Motivada pela insatisfação dos marinheiros com os castigos físicos reestabelecidos pelo presidente Marechal Deodoro em 1890. 
O motim foi liderado por João Cândido e em 22 de novembro de 1910, os marinheiros assumiram os principais navios da marinha brasileira. Ameaçaram bombardear a cidade caso negassem o pedido dos mesmos.
O resultado de tudo isso foi a proibição dos castigos físicos, mas, os participantes da revolta foram presos e deportados para Amazônia- onde trabalhavam nos seringais ou encarcerados na Ilhas das Cobras.

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