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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO JEAN LUQUE T5C 1 Hipertensão Arterial 20/03/2021 • Na aula de hoje iremos estudar a Hipertensão arterial sistêmica. • Essa doença também é conhecida como HAS. • Capítulo 11 Robbins. Quais são os objetivos dessa aula? • Rever aspetos fisiológicos que determinam a manutenção da P.A • Aspectos epidemiológicos, graus. • Discutir sobre a etiologia do processo da hipertensão arterial/ • Discutir casos clínicos e alterações morfológicas. Pontos interessantes • É uma das doenças mais importantes no mundo todo, por sua alta prevalência e gravidade. • Assintomática, a doença evolui por muito tempo sem ser diagnosticada. • Sem controle ou tratamento, o estado hipertensivo evolui com sobrecarga ao coração e aos vasos sanguíneos de vários órgãos, uma doença de gravidade variada. • Pode chegar a ser letal. • Importante causa de morbidade e mortalidade. Qual o controle da pressão arterial: fisiologia • O sistema cardiovascular é dividido em um sistema de alta pressão e baixa pressão • Alta pressão: artérias como aorta e arteríola, sendo sua característica a túnica média com alta elasticidade pela presença de músculo liso. • Relaxamento do ventrículo possa ainda assim dar transmissão ao sangue. • Arteríolas: controle importante da pressão arterial, já que é nesse tipo de vaso que ocorre a vasoconstrição e vasodilatação. • Isso gera grande resistência, ou seja, vasoconstrição maior resistência. O sistema de baixa pressão com o retorno do sangue: • Diferenças morfológicas importantes • Presença de válvulas Conceitos fisiológicos: • Gráfico que mostra área transversal máxima com velocidade mínima do fluxo nos capilares UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO JEAN LUQUE T5C 2 • Regiao da aorta o sangue passa com alta velocidade, isso significa que sua área não é tão grande. • Ao longo que o sangue começa a ir se distribuindo, ocorre a diminuição da velocidade • Área transversal começa aumentar, acarretando a queda da pressão • Velocidade do sangue passa devagar nos capilares para que ocorra trocas. • Veia cava: velocidade do sangue é alta, mas baixíssima pressão. Fórmula sobre pressão arterial: • PA=DCXRP • O que influencia o débito cardíaco? Frequência cardíaca e volume sistólico. O débito pode ser influenciado pelo volume sanguíneo, que envolve sódio, mineralocorticoides. Fatores cardíacos, como a forca da contratilidade, ou seja, exercer mais forca que o normal. • A resistência vascular influenciar a partir da vasoconstrição ou vasodilatação, e estão sobre controle de fatores humorais • Constritores: angiotensina, catecolaminas, tromboxano, Leucotrienos e endotelia. • Dilatadores: óxido nítrico, prostaglandinas e cininas Fatores locais podem atuar também sobre a resistência, como pH, hipóxia e afetando a pressão automaticamente. • O controle a longo prazo é o que age a longo prazo, e o sistema RAA é o principal e normalizar a P.A Os barorreceptores: • Funcionam como mecanorreceptores. • Estão nas paredes dos vasos: carótidas e aorta. • Quando há aumento da P.A, ocorre o estímulo dos barorreceptores ali presentes, muda sequência de disparo, por neurônios sensoriais, mandando mensagem para o bulbo em núcleos. • Sai resposta onde os nervos eferentes vão diminuir a estimulação simpática, liberará menos noradrenalina, e com isso irá ocorrer maior vasodilatação. UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO JEAN LUQUE T5C 3 O sistema humoral de controle passa pela cascata do sistema RAA. • Diminuição da P.A, será sentida nos néfrons, nas arteríolas aferentes. • Baixa na filtração arteriolar. • Células da macula densa. O equilíbrio: Aumento da pressão arterial, sentida pelo átrio direito: Mediadores que atuam sobre o controle pressórico: • Mediadores hipotensores: • Mediadores Hipertensores • Balança: quando a balança se torna torta, instala-se a hipertensão. Hipertensão arterial sistêmica (HAS) Quando o estado de hipertensão não retorna mais ao ponto de hipotensão. • Fatores de risco? Não modificáveis: Idade, maior a prevalência, menor complacência dos vasos. Mais prevalência na etnia negra. Modificáveis: excesso de peso, alta ingestão de sal, o indicado é 2g de sal por dia, sendo que a população brasileira consome mais que o dobro, 4,7. Ingestão de álcool tem um risco maior de HAS. Sedentarismo, sendo que aproximadamente 46% da sociedade brasileira é sedentária. Tabagismo. Epidemiologia HAS: • IAM, AVE, IC são causadas por has na população, aumentando chance. UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO JEAN LUQUE T5C 4 • No brasil, HAS atinge 32,5% população de indivíduos adultos. • Mais de 60% dos casos são idosos. • Contribui indiretamente para 50% das mortes por doenças cardiovasculares. • Políticas para incentivas e ajudar quem sofre de hipertensão com os fatores modificáveis. P.A: valores de referência: • 130 e 80: normal • 130-139 85-89: pré hipertensão • 140-1550 90-99: HAS de grau 1 • >160 e >100: HAS de grau 2. Quando vamos aferir a pressão, devemos nos atentar a manguito, apoio, ansiedade, deseflusagem rápida dentre outras coisas. Tudo isso pode interferir na aferição. UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO JEAN LUQUE T5C 5 Análise de um exame para aferir a pressão arterial durante 24 horas: DOENÇA HIPERTENSIVA • Condição clínica multifatorial caracterizada por elevação sustentada dos níveis pressóricos, ou seja, maior ou igual 140 e 90. • Frequentemente se associa a distúrbios metabólicos, alterações funcionais e/ou estruturais de órgãos-alvo, sendo agravada prela presença de outros fatores de risco como: dislipidemia, obesidade abdominal e DM. Classificação: A) HAS PRIMÁRIA ou ESSENCIAL: representa a grande maioria dos casos, de 90 a 95% dos hipertensos. Na grande maioria, os valores da pressão não são tão altos, as complicações são tardias, e os pacientes sobrevivem vários anos ou décadas. B) HAS SECUNDÁRIA, sempre se relaciona a algo em decorrência de um evento. Existem doenças que geram uma hipertensão. Iremos ver na clínica que a primeira abordagem é ver se existe esse problema secundário. Caso não haja, seja descartada, ai então entende-se que a hipertensão é primaria. C) Hipertensão maligna; 5 a 10% da população, acima de 220 os parâmetros. Danos graves ao endotélio e várias complicações. A) MECANISMOS PATOGÊNICOS ENVOLVIDOS NA HAS PRIMÁRIA • Os mecanismos patogênicos envolvidos são muito claros, havendo aspectos não suficientemente esclarecidos • Associam-se aos fatores: • Genéticos, HÁ tem associação genética inquestionável. • Ainda não é muito claro exatamente qual é o fator, mas de fato, genética existe. • Fatores ambientai: • Ingestão elevada de sódio, que faz retenção hídrica e aumento de volemia. • Estresse: liberação elevada de catecolaminas. • Obesidade; adipocinas- mediadores inflamatórios, aumento de tônus. • Sedentarismo: prática de atividade física melhora o funcionamento do SCV. • Tabagismo; nicotina do tabaco aumenta o tônus simpático. UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO JEAN LUQUE T5C 6 Esses fatores irão atuar na fórmula de P.A, interferindo no débito e na resistência vascular. Outros fatores que atuam na HAS PRIMÁRIA: • Anormalidade nas arteríolas • DM mellitus e resistência a insulina • Aumento na atividade de fatores de crescimento vascular • Alteração dos receptores adrenérgicos, influenciando a FC. • Deficiência na produção de vasodilatadores. • Aumento ou secreção inapropriada de renina, com consequente aumento na produção de angiotensina II e aldosterona; aumenta P.A. Resumindoa patogênese : • Aumento da atividade do sistema simpático. • Aumento da produção de hormônios retentores de sódio e vasoconstritores • Aumento prolongado da ingestão de sódio durante a vida. • Aumento da secreção de renina, com aumento da angiotensina e aldosterona B) MECANISMOS DE PATÔGENESE DA HAS SECUNDÁRIA: • Hipertensão gerada em função de condição de outra doença • Doença dos rins, frequentemente há isquemia renal e aumento da produção de renina, hipertensão renovascular. • Doenças endócrinas, muitas vezes leva ao aumento da volemia por retenção de líquido. • Lesões encefálicas, o aumento da pressão arterial tem mecanismos variados. • Hipertensão da gravidez, a tensão arterial se acentua pelo aumento de substâncias vasoconstrictoras liberadas pela placenta. UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO JEAN LUQUE T5C 7 Hiperaldosteronismo: • Leva a has SECUNDÁRIA • Pessoa produz muita aldosterona • Hiperplasia adrenal leva ao Hiperaldosteronismo. • Aumenta número de células, aumenta maior produção de aldosterona. Consequências: O que faz P.A elevada; 1) Vasculares • Levam a lesões no endotélio, pois o vaso estará com uma pressão maior lá dentro, mais forca, causa mais lesões no endotélio. • Tenta fazer reparo, fazendo deposição de material e que favorece aterosclerose. • Hipertrofia de túnica média • Hialina: material hialino na íntima, com deposição de proteínas plasmáticas, sínteses aumentadas de MEC, arteríolas no rim, chega em insuficiência renal. • Hiperplásica: hipertensão grave, casca de cebola, hiperplasia de células musculares lisas. Lesões no endotélio levam a isso. • As paredes dos vasos ficam mais enfraquecidas, o que favorece doença cerebrovascular hipertensiva, aneurismas Encefalopatia hipertensiva; • Níveis pressóricos ultrapassam a capacidade de autorregularão da pressão de perfusão tecidual encefálica. • Disfunção cerebral difusa; cefaleia, confusão mental. Aneurismas, dilatações. UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO JEAN LUQUE T5C 8 Nefroesclerose hipertensiva: • Leva a isquemia do rim, diminui a hiperfusao, isquemia, série de eventos que levam a insuficiência renal. 2) Alterações clínicas: • Sobrecarga de funcho do svc • Cardiopatia hipertensiva. Sobrecarga ao miocárdio, que passa a trabalhar com maior forca para vencer a resistência vascular periférica aumentada. Aumento de pós carga. Hipertrofia concêntrica; inicialmente do ventrículo esquerdo, no qual as fibras cardíacas sofrem aumento da espessura devido a aumento em paralelo do número de sarcomeros. • De 20 a 70% dos hipertensos não controlados irão ter isso. Órgãos- alvo com efeito a HAS: Retinopatia Hipertensiva: • 15% dos hipertensos • Redução progressiva da luz de arteríolas secundarias • Tais alterações modificam o padrão da circulação sanguínea no exame de fundo de olho. • As arteríolas espessadas podem comprimir as veias. CASOS CLÍNICOS: UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO JEAN LUQUE T5C 9 1) O tipo de HAS apresentada pela paciente é a hipertensão primária. 2) Maior P.A, maior lesão ,material hialino na túnica íntima aumenta, com deposição de proteínas plasmáticas, sínteses aumentadas de MEC, arteríolas no rim afetada, chega em insuficiência renal. 1) HAS secundária. 2) A estenose esta causando diminuição no fluxo e na pressão sanguínea das artérias renais, com isso, vai ativar sistema renina angiotensina aldosterona.
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