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See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.net/publication/283307697 Conselho Escolar: Gestão e Formação Book · January 2014 CITATIONS 0 READS 1,547 4 authors, including: Some of the authors of this publication are also working on these related projects: Educação Ambiental View project Avaliação Institucional: Relatos de um Recorte Longitudinal em Cursos Semipresenciais na UFC View project Francisco José Mendes Vasconcelos UNICATÒLICA DO QUIXADA 40 PUBLICATIONS 90 CITATIONS SEE PROFILE Thomaz Edson Veloso da Silva Universidade Federal do Ceará 44 PUBLICATIONS 117 CITATIONS SEE PROFILE All content following this page was uploaded by Thomaz Edson Veloso da Silva on 29 October 2015. The user has requested enhancement of the downloaded file. https://www.researchgate.net/publication/283307697_Conselho_Escolar_Gestao_e_Formacao?enrichId=rgreq-91572a99fe176d6953a6e508a00dc537-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI4MzMwNzY5NztBUzoyODk4OTQyNzU1MzQ4NTFAMTQ0NjEyNzU5MDUwMQ%3D%3D&el=1_x_2&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/publication/283307697_Conselho_Escolar_Gestao_e_Formacao?enrichId=rgreq-91572a99fe176d6953a6e508a00dc537-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI4MzMwNzY5NztBUzoyODk4OTQyNzU1MzQ4NTFAMTQ0NjEyNzU5MDUwMQ%3D%3D&el=1_x_3&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/project/Educacao-Ambiental-10?enrichId=rgreq-91572a99fe176d6953a6e508a00dc537-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI4MzMwNzY5NztBUzoyODk4OTQyNzU1MzQ4NTFAMTQ0NjEyNzU5MDUwMQ%3D%3D&el=1_x_9&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/project/Avaliacao-Institucional-Relatos-de-um-Recorte-Longitudinal-em-Cursos-Semipresenciais-na-UFC?enrichId=rgreq-91572a99fe176d6953a6e508a00dc537-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI4MzMwNzY5NztBUzoyODk4OTQyNzU1MzQ4NTFAMTQ0NjEyNzU5MDUwMQ%3D%3D&el=1_x_9&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/?enrichId=rgreq-91572a99fe176d6953a6e508a00dc537-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI4MzMwNzY5NztBUzoyODk4OTQyNzU1MzQ4NTFAMTQ0NjEyNzU5MDUwMQ%3D%3D&el=1_x_1&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Francisco-Vasconcelos?enrichId=rgreq-91572a99fe176d6953a6e508a00dc537-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI4MzMwNzY5NztBUzoyODk4OTQyNzU1MzQ4NTFAMTQ0NjEyNzU5MDUwMQ%3D%3D&el=1_x_4&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Francisco-Vasconcelos?enrichId=rgreq-91572a99fe176d6953a6e508a00dc537-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI4MzMwNzY5NztBUzoyODk4OTQyNzU1MzQ4NTFAMTQ0NjEyNzU5MDUwMQ%3D%3D&el=1_x_5&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Francisco-Vasconcelos?enrichId=rgreq-91572a99fe176d6953a6e508a00dc537-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI4MzMwNzY5NztBUzoyODk4OTQyNzU1MzQ4NTFAMTQ0NjEyNzU5MDUwMQ%3D%3D&el=1_x_7&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Thomaz-Silva-3?enrichId=rgreq-91572a99fe176d6953a6e508a00dc537-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI4MzMwNzY5NztBUzoyODk4OTQyNzU1MzQ4NTFAMTQ0NjEyNzU5MDUwMQ%3D%3D&el=1_x_4&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Thomaz-Silva-3?enrichId=rgreq-91572a99fe176d6953a6e508a00dc537-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI4MzMwNzY5NztBUzoyODk4OTQyNzU1MzQ4NTFAMTQ0NjEyNzU5MDUwMQ%3D%3D&el=1_x_5&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/institution/Universidade-Federal-do-Ceara?enrichId=rgreq-91572a99fe176d6953a6e508a00dc537-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI4MzMwNzY5NztBUzoyODk4OTQyNzU1MzQ4NTFAMTQ0NjEyNzU5MDUwMQ%3D%3D&el=1_x_6&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Thomaz-Silva-3?enrichId=rgreq-91572a99fe176d6953a6e508a00dc537-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI4MzMwNzY5NztBUzoyODk4OTQyNzU1MzQ4NTFAMTQ0NjEyNzU5MDUwMQ%3D%3D&el=1_x_7&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Thomaz-Silva-3?enrichId=rgreq-91572a99fe176d6953a6e508a00dc537-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzI4MzMwNzY5NztBUzoyODk4OTQyNzU1MzQ4NTFAMTQ0NjEyNzU5MDUwMQ%3D%3D&el=1_x_10&_esc=publicationCoverPdf Conselho Escolar: Gestão e Formação Presidente da República Dilma Vana Rousseff Ministro da Educação José Henrique Paim Fernandes Universidade Federal do Ceará – UFC ReitoR Prof. Jesualdo Pereira Farias Vice-ReitoR Prof. Henry de Holanda Campos Conselho Editorial PResidente Prof. Antônio Cláudio Lima Guimarães conselheiRos Profa. Adelaide Maria Gonçalves Pereira Profa. Angela Maria R. Mota de Gutiérrez Prof. Gil de Aquino Farias Prof. Italo Gurgel Prof. José Edmar da Silva Ribeiro Diretor da Faculdade de Educação Maria Isabel Filgueiras Lima Ciasca Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira Enéas Arrais Neto Chefe do Departamento de Fundamentos da Educação Adriana Eufrásio Braga Sobral Série Diálogos Intempestivos cooRdenação editoRial José Gerardo Vasconcelos (Editor-ChEfE) Kelma Socorro Alves Lopes de Matos Wagner Bandeira Andriola conselho editoRial DRA ANA MARIA IÓRIO DIAS (UFC) DRA ÂNGELA ARRUDA (UFRJ) DRA ÂNGELA T. SOUSA (UFC) DR. ANTONIO GERMANO M. JÚNIOR (UBCE) DRA ANTÔNIA DILAMAR ARAÚJO (UECE) DR. ANTONIO PAULINO DE SOUSA (UFMA) DRA CARLA VIANA COSCARELU (UFMG) DRA CELJJNA RODRIGUES MUNIZ (UFRN) DRA DORA LEAL ROSA (UFBA) DRAEUANE DOS S. CAVALLEIRO (UNB) DR. ELIZEU CLEMENTINO DE SOUZA (UNEB) DR. EMANUEL LUÍS ROQUE SOARES (UFRB) DR. ENÉAS ARRAIS NETO (UFC) DRA FRANCIMAR DUARTE ARRUDA (UFF) DR. HERMÍNIO BORGES NETO (UFC) DRA ILMA VIEIRA DO NASCIMENTO (UFMA) DRA JAILEILA MENEZES (UFPE) DR. JORGE CARVALHO (UFS) DR. JOSÉ AIRES DE CASTRO FILHO (UFC) DR. JOSÉ GERARDO VASCONCELOS (UFC) DR. JOSÉ LEVI FURTADO SAMPAIO (UFC) DR. JUAREZ DAYRELL (UFMG) DR. JÚLIO CÉSAR R. DE ARAÚJO (UFC) DR. JUSTINO DE SOUSA JÚNIOR (UFC) DRA KELMA SOCORRO ALVES LOPES DE MATOS (UFC) DRA LUCIANA LOBO (UFC) DRA MARIA DE FÁTIMA V. DA COSTA (UFC) DRA MARIA DO CARMO ALVES DO BOMFIM (UFPI) DRA MARIA IZABEL PEDROSA (UFPE) DRA MARIA JURACI MAIA CAVALCANTE (UFC) DRA MARIA NOBRE DAMASCENO (UFC) DRA MARLY AMARI LHA (UFRN) DRA MARTA ARAÚJO (UFRN) DR. MESSIAS HOLANDA DEEB (UERN) DR. NELSON BARROS DA COSTA (UFC) DR. OZIR TESSER (UFC) DR. PAULO SÉRGIO TUMOLO (UFSC) DRA RAQUEL S. GONÇALVES (UFMT) DR. RAIMUNDO ELMODE PAULA V. JÚNIOR (UECE) DRA SANDRA H. PETIT (UFC) Conselho Escolar: Gestão e Formação AnA CristinA BArBosA frAnCisCo hErBErt LimA VAsConCELos swAmy dE PAuLA LimA soArEs thomAz Edson VELoso dA siLVA (ORGANIZADORES) Fortaleza 2014 Ivan Vale de Sousa Jean Carlo de Carvalho Costa Jeferson Mello Souza João Marciano de Sousa Neto Joyce Mary Adam de Paula e Silva Kátia Maria Ferreira Barreto Larisse Barreira de Macêdo Santiago Marcelino Luis da Silva Márcia Cunha Silva Costa Maria Cleide da Silva Ribeiro Leite Maria das Graças Araújo Maria do Socorro Ferreira de Brito Maria Marina Dias Cavalcante Marli de Oliveira Rodrigues Naíola Paiva de Miranda Pedro Pio Fontineles Filho Raphael Bruno Alves De Sá Regina Célia Ribeiro Loffit Silvia Maria dos Santos Stering Swamy de Paula Lima Soares Alcilane Mota Saavedra Pinto Aleksandra Prvitalli Furquim Pereira Andréa Liger da Silva Celeste Deográcias de Souza Bitencourt Cibele Amorim Martins Cláudia Cristina da Silva Fontineles Daniel Lima Costa Elcimar Simão Martins Eliana Alves Moreira Leite Emanuelle Oliveira da Fonseca Erickson Tavares de Sousa Eveline Porto Sales Aguiar Fabiana Vilas Boas Borges Francisca Aparecida Prado Pinto Francisco Jose dos Santos Francisco Herbert Lima Vasconcelos Gilvandenys Leite Sales Giovanni Cordeiro Barroso Helena De Lima Marinho Rodrigues Araújo Henrique Sérgio Lima Pequeno Conselho Escolar: gestão e formação © 2014 Copyright by Ana Cristina Barbosa, Francisco Herbert Lima Vasconcelos, Swamy de Paula Lima Soares, Thomaz Edson Veloso da Silva (Organizadores) Impresso no Brasil / Printed In Brazil TODOS OS DIREITOS RESERVADOS Editora da Universidade Federal do Ceará – UFC Av. da Universidade, 2932 – Benfica – Fortaleza – Ceará CEP: 60020-181 – Tel./Fax: (85) 3366.7766 (Diretoria) 3366.7499 (Distribuição) 3366.7439 (Livraria) Internet: www.editora.ufc.br – E-mail: editora@ufc.br Faculdadede Educação Rua Waldery Uchoa, n. 1, Benfica – CEP: 60020-110 Telefones: (85) 3366.7663/3366.7665/3366.7667 – Fax: (85) 3366.7666 Distribuição: Fone (85) 3214.5129/ – E-mail: aurelio-fernandes@ig.com.br cooRdenação editoRial Moacir Ribeiro da SIlva ReVisão de texto José Edvar Machado / Leonora Vale de Albuquerque noRmalização BiBliogRáfica - noRmas aBnt Perpétua Socorro Tavares Guimarães PRogRamação Visual e diagRamação Adilton Lima Ribeiro caPa Valdianio Araújo Macedo Catalogação na Fonte Bibliotecária: Perpétua Socorro T. Guimarães CRB 3 801–98 Conselho escolar: gestão e formação / Ana Cristina Barbosa, Francisco Herbert Lima Vasconcelos, Swamy de Paula Lima Soares e Thomaz Edson Veloso da Silva [organizadores]. – Fortaleza: Edições UFC, 2014. 383 p.: il. Isbn: 978-85-7282-626-6 1. Conselhos de Educação 2. Diversidade na Escola I. Barbosa, Ana Cristina II. Vasconcelos, Francisco Herbert Lima III. Soares, Swamy de Paula Lima IV. Silva, Thomaz Edson Veloso da V. Título CDD: 379.1531 SOBRE OS AUTORES Ana Cristina Barbosa Membro dos Projetos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabe- tização, Diversidade e Inclusão – SECADI/IUV/UFC. Licenciada em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará (UECE) e licenciada em História pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). E-mail: ccristinabbarbosa@gmail.com Alcilane Mota Saavedra Pinto Mestranda em Educação pela Universidade Estadual do Ceará - UECE. Especialista em Gestão Educacional pelo Serviço Nacional de Apren- dizagem Comercial – SENAC - CE, e em Gestão do Potencial Humano nas Organizações pela Universidade de Fortaleza - UNIFOR. Graduada em Pedagogia Empresarial e Administração Escolar pela Universidade Estácio de Sá - UNESA. Tutora de cursos de extensão da Universidade Federal do Ceará pelo Instituto UFC Virtual. E-mail: alcilanemota@gmail.com Aleksandra Previtalli Furquim Pereira Graduada em Ciências Sociais (UECE), Especialista em Arte-Educação (IFET-CE), Mestrado em Educação Brasileira (FACED-UFC), graduan- da do curso de Licenciatura de Arte-Educação na Faculdade Integrada da Grande Fortaleza (FGF). Professora/tutora da Faculdade Integrada da Grande Fortaleza (FGF) na modalidade a distância do curso de Artes (FGF) e professora/tutora de orientação de monografias; bolsista do Instituto UFC Virtual na função de professora pesquisadora, professora da Educação Cidadã do PROJOVEM Urbano do município de Caucaia. E-mail: aleksandra_previtalli@hotmail.com Andréa Liger da Silva Mestra em Políticas Públicas, Gestão do Conhecimento e Desenvolvi- mento Regional pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb). Espe- cialista em Liderança Organizacional e em Formação do Professor Al- fabetizador: Leitura e Linguagem pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS); Pedagoga pela Universidade Católica de Salvador (UCSAL); atualmente ocupa o cargo de Coordenadora de Ações Partici- pativas da Superintendência de Acompanhamento e Avaliação do Siste- ma Educacional, Secretaria da Educação do Estado da Bahia. Desenvol- ve projetos e ações na área educacional e de tecnologias voltados para a implementação, formação continuada e monitoramento de conselhos escolares e grêmios estudantis. E-mail: andrealiger@gmail.com Celeste Deográcias de Souza Bitencourt Graduada em Geografia pelo Instituto de Geociências da UFMG (1996). Mestra em Políticas Públicas e Formação Humana pela UERJ (2009). Professora de Geografia da Educação Básica da Rede Municipal de Edu- cação de Betim/MG, exercendo a docência no ensino fundamental e principalmente na Educação de Jovens e Adultos. Professora Assistente do curso de Especialização em Gestão Escolar do Programa Nacional Es- cola de Gestores da Educação Básica – MEC/FAE/UFMG (2008-2010). Assessora pedagógica e coordenadora do Programa Municipal de De- mocratização da Gestão Escolar da Secretaria Municipal de Educação de Betim/MG(2010-2011); Pesquisadora colaboradora do Núcleo de Estu- dos do Trabalho e Educação – NETE/FAE/UFMG; Parecerista ad hoc e membro do comitê operacional do periódico Revista Trabalho & Edu- cação – NETE/FAE/UFMG. Desde 2012 compõe a equipe técnica do Conselho Municipal de Educação de Betim. Doutoranda do Programa de Pós-|Graduação em Educação, na Linha de Pesquisa: Política, Trabalho e Formação Humana, da Faculdade de Educação - FAE/UFMG. E-mail: celdeminasfae@yahoo.com.br Cibelle Amorim Martins Integrante do Grupo de Pesquisa e Ensino em Formação Tecnológica Educacional (GPEGE). Mestra em Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Doutoranda em Educação pela UFC, com eixo de pes- quisa em Educação, Memória e Cultura Digital. E-mail: cibelle.amorim@virtual.ufc.br Cláudia Cristina da Silva Fontineles Professora Adjunta da Universidade Federal do Piauí (Programa de Pós-Graduação em História do Brasil e do Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino – Centro de Ciências da Educação – CCE/UFPI). Co- ordenadora do curso de Extensão “Formação Continuada em Conselhos Escolares”, oferecido pela UFPI. Doutora em História do Brasil pela Uni- versidade Federal de Pernambuco - UFPE. Mestra em Educação pela Uni- versidade Federal do Piauí - UFPI. Especialista em História Sociocultural pela Universidade Federal do Piauí - UFPI. Especialista em História Po- lítica Contemporânea pela Universidade Estadual do Piauí - UESPI. Gra- duada em História pela Universidade Estadual do Piauí – UESPI. Gradu- ada em Direito pela Universidade Estadual do Piauí – UESPI. Membro do Núcleo de Pesquisa em História e Educação – NUPEHED. E-mail: cfontinelles@yahoo.com.br Daniel Lima Costa Graduado em Educação Física pela Universidade Estadual Vale do Aca- raú. Professor de Educação Física. Tutor de cursos de extensão da Uni- versidade Federal do Ceará pelo Instituto UFC Virtual. E-mail: daniellcosta1@gmail.com Elcimar Simão Martins Doutorando e Mestre em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará. Especialista em Ensino de Literatura Brasileira pela Univer- sidade Estadual do Ceará. Cursando Especialização em Gestão Escolar pelo Instituto UFC Virtual. Graduado em Letras com Habilitação nas Línguas Portuguesa e Espanhola e suas respectivas Literaturas pela Universidade Federal do Ceará. Pedagogo pela Universidade Metodista de São Paulo. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Forma- ção do Educador (GEPEFE - UECE). Bolsista da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FUNCAP. Profes- sor da Rede Estadual de Ensino e da Rede Municipal de Ensino de Ara- coiaba/CE. E-mail: professorelcimar@yahoo.com.br Eliana Alves Moreira Leite Mestra em computação aplicada pela Universidade Estadual do Cea- rá (UECE/2007), Especialista em planejamento educacional (Univer- sidade Salgado de Oliveira), graduação em Licenciatura em Química (UECE/2000) e graduação em Licenciatura em Ciências (UECE/1986). Professora de Matemática (Secretária Municipal de Educação-Fortale- za), Coordenadora adjunta dos projetos SECADI/Universidade Federal do Ceará. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Edu- cação a Distância (EaD), atuando principalmente nos seguintes temas: informática educativa, ambientes virtuais de aprendizagem, educação a distância, objeto de aprendizagem e ensino-aprendizagem. E-mail: elimoreiraead@gmail.com Emanuelle Oliveira da Fonseca Graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará (2011), Mestranda em Educação pela Universidade Estadual do Ceará (2013). E-mail: emanuelle272@hotmail.com Erickson Tavares de Sousa Graduado em Análise de Sistemas Web pela Faculdade de Tecnologia do Nordeste - (FATENE). Realiza trabalhos em Análise e Desenvolvimento de Sistemas na área de Educação a Distância. E-mail: erickson.web@gmail.com Eveline Porto Sales Aguiar Especialista em Gestão da Qualidade em Serviços de Alimentação pela Universidade Estadual do Ceará (UECE) e Tecnóloga em Gestão de Tu- rismo pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE).Tutora do sistema Universidade Aberta do Brasil / IFCE. Pro- fessora efetiva do Instituto Federal do Ceará - Campus Aracati, atuando nos cursos Técnico em Eventos e Tecnólogo em Hotelaria. E-mail: evelineps@gmail.com Fabiana Vilas Boas Borges Graduada em Pedagogia com Licenciatura em Educação Religiosa – PUC/MG. Especialização em Supervisão Escolar. Professora e pedagoga na Rede Municipal de Educação de Betim (1996–2013) exercendo a do- cência no Ensino Fundamental e Alfabetização na EJA; Assessora téc- nico-pedagógica na Secretaria Municipal de Educação de Betim (2009- 2012); Elaboração, implementação e coordenação do Programa de Incentivo à Leitura da Secretaria Municipal de Educação de Betim/MG (2009-2012); Assessora do Projeto Literário “Encontro Marcado com Fernando Sabino” (2011) e 1ª Literata (2012) Betim/MG; Conselheira Presidente do Conselho Municipal de Educação (2009-2012); Avaliado- ra do Prêmio Itaú-Unicef promovido pelas instituições CENPEC, UNI- CEF e Itaú Social, dos projetos socioeducacionais de organizações não governamentais de Minas Gerais e do Brasil (2011-2013); Coordenadora pedagógica do Projeto Encontro Marcado com Fernando Sabino por Mi- nas Gerais (2013). E-mail: bianavilasboas@yahoo.com.br Francisca Aparecida Prado Pinto Graduada em Matemática pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), especialista em Informática pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e mestranda em Engenharia Teleinformática pela UFC. Atualmente, dou- toranda em Engenharia Teleinformática, na área de sinais e sistemas, da UFC e professora efetiva da Secretaria de Educação do Ceará (SEDUC). Realiza trabalhos de pesquisa em: Informática EaD, Matemática aplica- da, Sistemas distribuídos, Escalonadores para aplicações paralelas, Mo- delagem em sistemas híbridos - Redes de Petri e Web semântica, tópicos nos quais tem escrito e revisado artigos. E-mail: aparecida.prado@virtual.ufc.br Francisco Herbert Lima Vasconcelos Professor efetivo da Universidade Federal do Ceará (Instituto UFC Vir- tual), com formação em Telecomunicações (CEFET-CE), Graduação em Licenciatura em Física pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Mestrado em Ciência da Computação pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e doutorando em Engenharia de Teleinformática. Realiza trabalhos de pesquisa na área de Avaliação Educacional com Modela- gem Matemática Computacional Multilinear, Educação a Distância e Informática Educativa. É coordenador do curso de Extensão Formação Continuada em Conselho Escolar da UFC. Consultor do Programa Na- cional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares da SEB/MEC. E-mail: herbert@virtual.ufc.br Francisco Jose dos Santos Licenciado em Física pela UFC e Especialista em Gestão Escolar pela mesma Universidade. Supervisor do Curso a Distância de Formação Continuada em Conselhos Escolares. E-mail: franze@virtual.ufc.br Gilvandenys Leite Sales Doutor em Engenharia de Teleinformática pela Universidade Fede- ral do Ceará (UFC / 2010), Mestre em Informática Educativa (UECE/ CEFET-CE / 2005), Especialista em Metodologia do Ensino Superior (UNICAP-PE / 1989) e graduado em Licenciatura em Física pela Uni- versidade Católica de Pernambuco (1987); atualmente é professor efeti- vo do Instituto Federal do Ceará, colaborador no Instituto Universidade Virtual da UFC e professor do Mestrado em Computação Aplicada da Universidade Estadual do Ceará. E-mail: denyssales@ifce.edu.br Giovanni Cordeiro Barroso Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Ceará (1982), mestrado em Engenharia Elétrica pela Pontifícia Univer- sidade Católica do Rio de Janeiro (1986), doutorado em Engenharia Elé- trica pela Universidade Federal da Paraíba (1996) e pós-doutorado em Teleinformática pelo Institut National des Télécommunications - INT, Evry-França (2003). Atualmente é Professor Associado da Universidade Federal do Ceará. Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Controle Supervisório, atuando principalmente nos seguintes temas: redes de Petri, modelagem e análise, redes de Petri coloridas, sistemas distribuídos e sistemas a eventos discretos. E-mail: gcb@fisica.ufc.br Helena de Lima Marinho Rodrigues Araújo Vice-Coordenadora do curso de Especialização em Gestão Escolar. Dou- toranda em Educação Brasileira (UFC). Mestre em Filosofia; Especia- lista em Gestão Escolar e Educação a Distância. Graduada em Filosofia Licenciatura e Pedagogia. Experiência no Ensino Superior e Educação Básica no curso de Ensino Normal do Instituto de Educação do Cea- rá. Pesquisadora dos Grupos de Estudo e Pesquisa no CNPq: Grupo de Estudo e Pesquisa em História da Educação do Ceará (GEPHEC/UFC); Núcleo de História e Memória (NHIME/UFC) Membro da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED). E-mail: helenamarinho@virtual.ufc.br Henrique Sérgio Lima Pequeno Doutorando em Ciências da Computação, mestre em Engenharia de Te- leinformática com objeto de estudo na área de TV Digital. Atualmente é professor assistente da UFC e coordena o Setor de Tecnologias Digitais do Instituto UFC Virtual - IUVI. Atua como Coordenador Adjunto dos cursos semipresenciais da Universidade Federal do Ceará. Coordena o Laboratório de Mídias Eletrônicas vinculado ao IUVI. Atua principal- mente nos seguintes temas: Mídias Digitais, Tecnologias Educacionais, Mineração de Dados Educacionais, Jogos Digitais e Ambientes Virtuais Colaborativos. E-mail: henrique@virtual.ufc.br Ivan Vale de Sousa Especialista em Docência da Língua Inglesa pela AVM Faculdades Inte- gradas. Cursa Especialização em Arte, Educação e Tecnologias Contem- porâneas pela Universidade de Brasília – UnB. Licenciado em Letras: Português/ Espanhol e Respectivas Literaturas pela Fundação Univer- sidade do Tocantins. Licenciatura em Teatro pela Universidade Federal do Maranhão – UFMA. É professor e arte-educador do Atendimento Educacional Especializado – AEE na Unidade Educacional Especializa- da em Deficiência Visual Jonas Pereira de Melo/ Núcleo de Apoio Psico- pedagógico e Psicossocial – NAPP, em Parauapebas – Pará. E-mail: ivan.valle.de.sousa@gmail.com Jean Carlo de Carvalho Costa Doutor em Sociologia pela Universidade Federal de Pernambuco (2003). Professor Associado I, na área de Sociologia, no Departamento de Fundamentação da Educação (Centro de Educação), sendo, atual- mente, o Coordenador de sua área. É professor pesquisador, habilitado a orientar nos cursos de Mestrado e Doutorado, dos Programas de Pós- -Graduação em Educação (Centro de Educação) e Sociologia (Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes), ambos na Universidade Federal da Paraíba. Desenvolve pesquisas sobre História Intelectual e dos Intelec- tuais, o processo de escolarização no Brasil (séculos XIX e XX), História da Educação e das ideias educacionais e as suas interfaces com Pensa- mento social no Brasil. Lidera o Diretório do CNPq HISTED-BR (Grupo de Estudos e Pesquisas História, Sociedade e Educação no Brasil) e in- tegra também o GHENO (Grupo de Pesquisa História da Educação no Nordeste Oitocentista). Membro da Sociedade Brasileira de História da Educação (SBHE) e da Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS). E-mail: jeanccosta@yahoo.com.br Jeferson Mello Souza Mestrando em Educação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho- UNESP de Rio Claro-SP. Especialista em Alfabetização pela UNESP de Rio Claro (2000). Graduado em Pedagogia pela Uni- versidade Metodista de Piracicaba-SP- UNIMEP (1990). Supervisor de Ensino da Rede Municipal de Rio Claro. Membro do Grupo Articulador de Fortalecimento do Conselho Escolar-GAFCE. Presidente do Conselho Municipal de Assistência Social de Rio Claro-SP. E-mail: jefersonmello@ig.com.br João Marciano de Sousa Neto Mestre em Educação e Contemporaneidade (Uneb) 2010, possui espe- cialização em Administração Pública com aprofundamento em Recur- sos Humanos, pela Universidade Estadual de Feira de Santana - UEFS (1996), Licenciatura Plena em História pela UniversidadeCatólica do Salvador - UCSAL (1988). Professor da rede estadual e municipal. Atual- mente integra a equipe técnica da Coordenação de Ações Participativas da Superintendência de Avaliação do Sistema Educacional, da Secreta- ria da Educação, Governo da Bahia. Tem experiência em docência na educação básica, Gestão Educacional e Escolar, Educação de Jovens e Adultos, Tutoria em EAD e utilização de multimeios. Atualmente cursa Doutorado em Difusão do Conhecimento (DMMDC, UFBA). E-mail: jmarcianeto@gmail.com Joyce Mary Adam de Paula e Silva Professora Livre-Docente da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Possui doutorado em Educação pela Universidade Esta- dual de Campinas (1996). Realizou estágios de pós-doutorado na Fran- ça, Universidade de Paris X e na Universidade Complutense de Madrid, Espanha. Foi professora visitante da Université Picardie Jules Verne- -Amiens-França. Pertence à linha de pesquisa Educação: políticas, ges- tão e o sujeito contemporâneo, atuando principalmente nos seguintes temas: gestão e política educacional, teoria organizacional, políticas para a juventude, política educacional e relações de poder e violência escolar. E-mail: joyce@rc.unesp.br Kátia Maria Ferreira Barreto Graduada em Pedagogia (2003) e Especialista em Gestão Escolar (2005) pela Universidade Estadual do Ceará - UECE. Mestre em Edu- cação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará-UFC (2008). Pro- fessora colaboradora da Faculdade da Aldeia de Carapicuiba-FALC na pós-graduação. Tutora a distância em curso de extensão pelo Instituto UFC Virtual. E-mail: kmfbarreto@terra.com.br Larisse Barreira de Macêdo Santiago Mestranda em Educação Brasileira pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira da Universidade Federal do Ceará (FACED/ UFC). Especialista em Gestão Escolar pelo Instituto UFC Virtual (2012). Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal do Ceará (2010). Tu- tora do curso de Formação Continuada em Conselhos Escolares (MEC/ UFC). Professora Efetiva da Prefeitura Municipal de Fortaleza. E-mail: larissesantiago@yahoo.com.br Marcelino Luis da Silva Especialista em Gestão Escolar (Instituto UFC Virtual). Graduado em Pedagogia e Habilitação em Linguagens e Códigos. Técnico da Secreta- ria de Educação do município de Beberibe-Ceará, trabalha na orienta- ção e acompanhamento dos Conselhos Escolares. E-mail: marcelinoluis07@hotmail.com Márcia Cunha Silva Costa Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal do Ceará. Mestra em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará. Professora pes- quisadora da Universidade Federal do Ceará pelo Instituto UFC Virtual. E-mail: marciacosta@virtual.ufc.br Maria Cleide da Silva Ribeiro Leite Especialista em Gestão Escolar pela Universidade Estadual do Ceará. Pedagoga pela Universidade Estadual do Ceará. Graduada em Letras (Português e Espanhol) pela Universidade Metodista de São Paulo. Atuou como Secretária de Educação nos municípios de Itapiúna e Ara- coiaba/CE. Professora da Rede Municipal de Ensino de Itapiúna/CE e de cursos de nível superior. E-mail: arapiuna@yahoo.com.br Maria das Graças de Araújo Mestra em Educação - Universidade Federal do Ceará – UFC, Espe- cialista em Gestão Escolar - Universidade Estadual do Ceará – UECE, Licenciatura em História - Universidade Estadual do Ceará – UECE, Assessora de Planejamento Educacional - Secretaria Municipal de Ita- piúna, Tutora da UFC Virtual - Curso de graduação, Professora cola- boradora da Faculdade da Aldeia de Carapicuiba - FALC - Cursos de Pós-Graduação, Oficinista da Editora Moderna. Pesquisa sobre história e memória de formação e profissionalização de docentes. E-mail: gracaita@hotmail.com Maria do Socorro Ferreira de Brito Especialista em Gestão Escolar, Gestão Pública e Ensino de Língua Por- tuguesa - UECE. Graduada em Economia Doméstica - UFC. Habilitação em Língua Portuguesa e Inglês – UVA-CE. Professora da Rede Públi- ca Estadual e Municipal de Fortaleza. Tutora em cursos de extensão da Universidade Federal do Ceará pelo Instituto UFC Virtual. E-mail: sfbrito@yahoo.com.br Maria Marina Dias Cavalcante Graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará (1978). Mestra em Educação pela Universidade Federal do Ceará (1988) e dou- tora em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará (2005). Atualmente é professora adjunta da Universidade Estadual do Ceará. E-mail: maria.marina@uece.br Marli de Oliveira Rodrigues Mestra em Educação (Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE, 2007), Especialização em Gestão Educacional (Universidade Estadual Paulista – UNESP, 2000), Graduação em Pedagogia (Faculdade de Pre- sidente Venceslau, 1998). graduação e bacharelado em Geografia (Uni- versidade Estadual Paulista - UNESP, 1989).Coordenadora Pedagógica da Secretaria Municipal de Educação de Presidente Prudente. Docente do curso de Pedagogia da Faculdade de Ciências, Letras e Educação de Presidente Prudente (FACLEPP/UNOESTE), docente do curso de pós graduação em EaD - Gestão Educacional (UNOESTE). Coordenadora do polo de Presidente Prudente em EaD da Formação Escola de Gestores da Universidade Federal de São Carlos – UFScar. Membro participante da comunidade virtual do GAFCE Nacional. E-mail: marli_seduc@presidenteprudente.sp.gov.br Naíola Paiva de Miranda Doutoranda em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará – UFC (2012), Mestre em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará (2012). Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional pela Universidade Estadual do Ceará (2010). Graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), 2007. Tutora de cursos a distância na Universidade Federal do Ceará pelo Instituto UFC Virtual. E-mail: naiolamiranda@gmail.com Pedro Pio Fontineles Filho Professor Assistente do curso de História da Universidade Estadual do Piauí – UESPI. Doutorando em História Social pela Universidade Fe- deral do Ceará – UFC. Mestre e Especialista em História do Brasil pela Universidade Federal do Piauí – UFPI. Graduado em História pela Uni- versidade Estadual do Piauí – UESPI. Graduado em Letras-Inglês pela Universidade Federal do Piauí – UFPI. Tutor do curso de Extensão “For- mação Continuada em Conselhos Escolares”, em convênio com a UFPI. Membro do Núcleo de Pesquisa em História e Educação – NUPEHED. E-mail: ppio26@hotmail.com Raphael Bruno Alves de Sá Graduado em Análise de Sistemas Web pela Faculdade de Tecnologia do Nordeste - (FATENE). Realiza trabalhos em análise e desenvolvimento de sistemas na área de Educação a Distância. E-mail: raphaelbruno2.0@gmail.com Regina Célia Ribeiro Lotffi Graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará (1980). Especialista em Educação de Adultos em Educação pela Universidade Federal do Ceará (1990) e em Metodologia da Pesquisa em Educação pela Universidade Federal do Ceará (1994). Mestranda em Educação pela Universidade Estadual do Ceará (2013). Trabalha na Secretária da Educação Básica-SEDUC. E-mail: reginarlotffi@hotmail.com Silvia Maria dos Santos Stering Doutoranda do curso de Pós-Graduação em Educação na Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho - UNESP de Rio Claro- SP. Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal do Mato Grosso (1996), Mestra em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso (2008), Professora da Secretaria Municipal de Cuiabá -MT, e servidora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, onde exerce a função de Pedagoga Técnica. E-mail: silvia.stering@ifmt.edu.br Swamy de Paula Lima Soares Professor de Sociologia da Educação da Universidade Federal da Paraíba, Departamento de Fundamentação da Educação – DFE. Doutorando em Educação pela Universidade de São Paulo (USP). Consultor do Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares da SEB/MEC. E-mail: swamysoares@yahoo.com.br Thomaz Edson Veloso da Silva Graduado em Licenciatura em Física e mestrado em Engenharia de Te- leinformática pela UniversidadeFederal do Ceará (UFC). Tem experiên- cia na área de matemática computacional aplicada à problemas de enge- nharia, Educação a Distância, Avaliação Educacional e Ensino de Física. Atualmente é doutorando em Engenharia de Teleinformática também pela Universidade Federal do Ceará, estudando aplicações da álgebra linear e multilinear. Atua principalmente nos seguintes temas: ensino de física e ciências, EAD, avaliação educacional estatística multivaria- da, álgebra linear e multilinear e suas aplicações. Membro Estudante do IEEE. E-mail: thomazveloso@virtual.ufc.br SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ..................................................................... 21 PARTE 1 CONSELHO ESCOLAR, DESAFIOS E INTERCESSÕES COM A SOCIEDADE FAMÍLIA, RECONHECIMENTO E O CONSELHO ESCOLAR Jean Carlo de Carvalho Costa .......................................................33 ESCOLA, FAMÍLIA, COMUNIDADE E CONSELHO ESCOLAR - REFLEXÕES NECESSÁRIAS PARA UMA GESTÃO DEMOCRÁTICA Ivan Vale de Sousa .........................................................................63 CONSELHO ESCOLAR: UM MECANISMO DE DEMOCRACIA DA GESTÃO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA Emanuelle Oliveira da Fonseca Regina Célia Ribeiro Loffit Maria Marina Dias Cavalcante ....................................................89 O CONSELHO ESCOLAR COMO ESPAÇO DEMOCRÁTICO DE PARTICIPAÇÃO: DESAFIOS E PESPECTIVAS Jeferson Mello Souza Silvia Maria dos Santos Stering Joyce Mary Adam de Paula e Silva ..............................................113 CONSELHO ESCOLAR E A VALORIZAÇÃO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇAO: APRO- XIMAÇÕES COM A HISTÓRIA DA FORMAÇÃO DOCENTE NO BRASIL Alcilane Mota Saavedra Pinto Francisco Jose dos Santos ........................................................... 133 PARTE 2 CONSELHO ESCOLAR: GESTÃO E RELATOS E EXPERIÊCIAS OS CONSELHOS ESCOLARES COMO INSTRUMENTOS DE GESTÃO DAS INSTITUIÇÕES EDUCACIONAIS: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES Elcimar Simão Martins Maria Cleide da Silva Ribeiro Leite Maria das Graças de Araújo ....................................................... 149 MECANISMO DINAMIZADORES DA PARTICIPAÇÃO DEMOCRÁTICA DOS CONSELHOS ES- COLARES VIA ATUAÇÃO ARTICULADA DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO PRO- PICIADA PELA FORMAÇÃO DO MEC Celeste Deográcias de Souza Bitencourt Fabiana Vilas Boas Borges ............................................................173 REFLEXÕES ACERCA DA EXPERIÊNCIA DE INSERÇÃO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMA- ÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC) NOS PROCESSOS DOS COLEGIADOS NAS ESCOLAS DA REDE ESTADUAL Andréa Liger da Silva João Marciano de Sousa Neto ...................................................... 199 CONSELHO DE ESCOLA: FORMANDO E FORTALECENDO A CIDADANIA Marli de Oliveira Rodrigues .........................................................223 ATUAÇÃO DE PAIS COMO CONSELHEIROS ESCOLARES NO MUNICÍPIO DE BEBERIBE- -CEARÁ Helena de Lima Marinho Rodrigues Araújo Marcelino Luis da Silva ................................................................237 PARTE 3 CONSELHO ESCOLAR E FORMAÇÃO: AVALIANDO O QUE TEMOS E OLHANDO PARA FRENTE ENCURTANDO DISTÂNCIAS NA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO: EXPERIÊNCIAS E DESAFIOS COM A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NA FORMAÇÃO DE CONSELHEIROS ESCOLARES NO PIAUÍ Cláudia Cristina da Silva Fontineles Pedro Pio Fontineles Filho ............................................................269 AFETIVIDADE EM TUTORIA: ESTRATÉGIA PARA MINIMIZAR A EVASÃO EM CURSO A DIS- TÂNCIA NO INSTITUTO UFC VIRTUAL Kátia Maria Ferreira Barreto Larisse Barreira de Macêdo Santiago Maria do Socorro Ferreira de Brito Naiola Paiva de Miranda .............................................................293 REESTRUTURAÇÃO DO CURSO DE FORMAÇÃO EM CONSELHOS ESCOLARES NO AVA MOODLE POR MEIO DO DESIGN INSTRUCIONAL Gilvandenys Leite Sales Eliana Alves Moreira Leite Francisco Herbert Lima Vasconcelos Eveline Porto Sales Aguiar Kátia Maria Ferreira Barreto .......................................................317 UMA MODELAGEM DE UM AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM EM REDES DE PE- TRI COLORIDA: ANÁLISE FORMAL DAS PROPRIEDADES DA APLICAÇÃO CONSELHEIRO ESCOLAR Raphael Bruno Alves de Sá Erickson Tavares de Sousa Francisca Aparecida Prado Pinto Cibelle Amorim Martins Francisco Herbert Lima Vasconcelos Henrique Sérgio Lima Pequeno Giovanni Cordeiro Barroso ..........................................................333 FORMAÇÃO PARA CONSELHEIROS ESCOLARES: AVALIAÇÃO DO CURSO PILOTO Aleksandra Previtalli Furquim Pereira Cibelle Amorim Martins Daniel Lima Costa Francisco Herbert Lima Vasconcelo Márcia Cunha Silva Costa ............................................................ 351 21 APRESENTAÇÃO A filósofa alemã, Hannah Arendt, escreveu um livro inti- tulado Sobre a revolução, com a preocupação de compreender os elementos políticos que estavam por trás dos fatos históri- cos das grandes revoluções modernas. Mas o interesse em es- crever o livro veio de uma notícia que Arendt recebeu nos anos 1960. Eram tempos difíceis, em que a utopia de quem pensa- va um mundo para além do capitalismo tinha que se deparar com os acontecimentos da cortina de ferro. Viver em um mun- do polarizado entre duas grandes potências (Estados Unidos e União Soviética) faz parte de um passado recente, mas que para as novas gerações parece algo distante, como se o século XX já tivesse passado há pelo menos 100 anos. Quando falo que eram tempos difíceis significa que pensar uma estratégia de esquerda para além dos muros da União Soviética era um risco. Talvez, por isso, a própria Hannah Arendt tenha sido cri- ticada pelos intelectuais de esquerda da época, uma vez que via o regime vermelho (guiado sob a mão pesada de Stálin) como um regime igualmente totalitário (tal qual a Alemanha nazis- ta), que mantinha seu “poder” pelo terror e pela força. Entretanto, a notícia a que me refiro e que encheu o cora- ção de Arendt de esperança foi a revolução húngara de 1959. Sim, uma das repúblicas ligadas à URSS estava questionan- do a mão de ferro do regime, com anseios por liberdade. O interessante, para a autora alemã, é que essa revolução (pos- teriormente massacrada pelo exército soviético) foi iniciada com a discussão política em pequenos Conselhos, em peque- nas instâncias onde seres humanos dialogavam com outros seres humanos em busca de solucionar seus problemas, em busca de concretizar seus desejos de liberdade e paz. Sim, 22 exércitos destroem levantes populares, mas não derrubam a beleza política que advém de homens e mulheres que querem mudar a sua realidade. Essa beleza de certa forma sobrevive no mar indócil da história. No caso brasileiro, desde levantes contra o poder colonizador – na Inconfidência Mineira ou na Revolução de 1817 – até a experiência de Canudos, em pleno sertão baiano, diversos foram os exemplos que entraram na história e que começaram com pequenos grupos, pequenas reuniões em torno de objetivos em comum. De fato, tanto sob o olhar de Arendt, quanto sob os nossos próprios olhares brasileiros, a experiência da prática política, em forma de Conselhos, ainda tem muito a nos dizer. Este livro, portanto, é um aglomerado de reflexões em torno dessa potencialidade. De fato, não vivemos hoje em um mundo de guerra fria, tampouco estamos sob o jugo de co- lonizadores ou de exércitos que nos lembram o que ocorreu no país em 1964. Entretanto, continuamos imersos em um grande desafio: radicalizar nossas experiências democráticas, de modo a fazer com que o Estado e as instituições estatais (como a escola) sejam, de fato, instâncias públicas, abraçadas e geridas em prol do povo deste país. Talvez seja uma guerra cultural, contra coisas demasiadamente arraigadas em nossa história. Muitos nos chamam de um povo do “jeitinho”, ou- tros ressaltam nossa preguiça histórica para respeitar as leis, tantos outros nos lembram de nosso passado autoritário. Mas um olhar rápido sobre o nosso mesmo passado nos faz perce- ber a potencialidade que temos como povo que se reúne,se rebela, quer o melhor, não se sujeita às práticas centraliza- das, anseia por paz para si e para os seus filhos. Talvez esse deva ser um norte inicial do Conselho Escolar: resgatar esse lado da história esquecido por vezes dos livros e inundado 23 pelas barragens (como no caso da cidade de Canudos, imer- gida para a construção de uma barragem ainda nos tempos da ditadura militar). Portanto, o Conselho Escolar tem uma honrosa missão de nos reconciliar com esse passado, pela via de uma instituição que ainda carrega uma utopia, ainda não plenamente desenvolvida no Brasil: a escola moderna nas- ceu com o sonho de igualdade, de proporcionar às pessoas as mesmas condições básicas para que possam desenvolver suas vidas sem o mergulho no profundo fosso das desigualdades entre seres humanos. Quando sabemos que a escola pública concentra cerca de 80% das matrículas do país, percebemos que não construiremos uma nação justa sem passar por essa instituição. Evidentemente, esse sonho que formou a escola moderna precisa ser atualizado, revisto, revisitado. O mundo de hoje talvez seja mais complexo do que a realidade de nos- sos educadores – os chamados Pioneiros da Educação – que nos ensinaram a encampar esse sonho da escola pública. En- tretanto, de uma forma ou de outra, algo parece certo: para que essa escola consiga cumprir seus objetivos, precisa cada vez mais ser um espaço público, tanto na gestão quanto na re- flexão diária daqueles que a fazem em seu cotidiano. Eis aí um outro potencial, talvez revolucionário: fazer política no senti- do de buscarmos conjuntamente soluções para nossos proble- mas. Não vejo nenhuma instância mais apropriada para esse panorama que o Conselho Escolar. Guiada pelo mesmo espírito público a que me referi em parágrafos anteriores, a Universidade Federal do Ceará – Ins- tituto UFC Virtual – em parceria com o Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares lança o livro Conse- lho Escolar, gestão e formação. Mais uma vez, a UFC desen- volve uma ação até então inédita, abrindo um edital público 24 para a submissão de textos que comporiam o livro. Portanto, as reflexões encontradas nas próximas páginas foram fruto de uma seleção nacional, em que pessoas de todo o Brasil ins- creveram seus textos para publicação. Infelizmente, as deli- mitações de espaço e recursos não permitiram que todos os excelentes artigos fossem publicados. Entretanto, essa ação é apenas a primeira de outras tantas que virão no esforço de disseminar os conhecimentos produzidos em torno da temá- tica do Conselho Escolar. O livro está organizado em três partes. A primeira, inti- tulada “Conselho escolar, desafios e intercessões com a socie- dade”, traz elementos conceituais sobre o conselho e indaga ao leitor acerca dos desafios contemporâneos que são coloca- dos para a escola, especialmente na articulação com a família, comunidade local e sociedade. A segunda parte é destinada a uma reflexão sobre o Conselho Escolar e os mecanismo de gestão da escola, trazendo relatos de experiências ricos e di- versificados. A terceira e última parte do livro destina-se a uma reflexão sobre a formação. Com o título de “Conselho Escolar e formação: avaliando o que temos e olhando para frente”, os textos finais procuram trazer elementos reflexivos especialmente em relação ao curso de formação para técnicos de secretarias de educação. O último texto trata da avaliação da oferta piloto do curso para conselheiro escolar, uma das grandes ações do PNFCE no campo da formação. O texto que inicia esse livro é de autoria de Jean Carlo de Carvalho Costa, professor do Departamento de Fundamenta- ção da Educação e dos programas de pós-graduação em edu- cação e sociologia da Universidade Federal de Paraíba. Através de uma interessante análise sociológica, Jean Carlo problema- tiza a relação da escola e Conselho Escolar com a sociedade e, 25 em especial, a família. Seria importante o esforço de compreen- der as mudanças sociais contemporâneas que fazem dessa re- lação (escola e família) uma teia complexa, com possibilidades de complementaridade sem estar isenta de tensões e conflitos. O autor chama atenção da potencialidade do Conselho Escolar como instância de problematização, através do alargamento dos canais de participação. O diálogo entre escola, família e co- munidade também é o tema do texto de Ivan Vale Sousa. Atra- vés de um mergulho mais profundo no que seria a própria insti- tuição escolar, o autor problematiza o Conselho Escolar imerso nessa institucionalidade, em franco diálogo de construção dos nortes da escola, expressos em seu projeto político-pedagógico. Ainda na primeira parte do livro, Emanuelle Fonseca, Regina Célia Loffit e Maria Marina Cavalcante fazem uma interessante revisão de literatura sobre o Conselho Escolar, com ênfase no que se tem discutido em termos de produção acadêmica no Brasil. Ainda no campo das definições conceitu- ais, encontra-se o texto de Jeferson Mello Souza, Silvia Maria Stering e Joyce de Paula e Silva, intitulado “O conselho es- colar como espaço de participação: desafios e perspectivas”. Por fim, Alcilane Pinto e Francisco José dos Santos discutem o Conselho Escolar e a valorização dos trabalhadores em edu- cação. O texto aborda a temática do Conselho Escolar voltada para a reflexão sobre a valorização dos trabalhadores em edu- cação e sua aproximação com a história da formação docente no Brasil. Resgata o Caderno do Curso de Formação em Con- selhos Escolares intitulado Conselho Escolar e a valorização dos trabalhadores em educação e busca compreender o papel e relevância dos Conselhos Escolares no reconhecimento e no trabalho educativo dentro da escola. Trata-se, portanto, de um estudo que procura contribuir para a reflexão crítica sobre 26 o papel do Conselho Escolar e sua interface com os profissio- nais da educação. A segunda parte deste livro conta com textos que focam sua discussão para a gestão educacional e relatos de experiência, com foco no Conselho Escolar como um impor- tante mecanismo de participação nas escolas públicas do país. O foco na gestão educacional nos é dado por Elcimar Simão Martins, Maria Cleide Ribeiro Leite e Maria das Graças de Araújo com o texto intitulado “Os conselhos escolares como instrumentos de gestão das instituições educacionais: algu- mas considerações”. No segundo texto, através de uma dis- cussão sobre a experiência de Betim – MG, Celeste Bitencourt e Fabiana Borges discutem algumas repercussões das ações locais em relação aos Conselhos, em processo de diálogo com o Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Es- colares. Deste modo, focam desde o atendimento aos alunos na escola básica às conferências de educação como instâncias importantes no processo de democratização da gestão muni- cipal. O terceiro texto desta segunda parte do livro, intitulado Reflexões acerca da experiência de inserção das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) nos processos dos Co- legiados nas Escolas da Rede Estadual apresenta reflexões acerca da experiência de inserção das Tecnologias da Infor- mação e Comunicação (TIC) por meio do Módulo Colegiado, integrante do Sistema Escolar, da Secretaria da Educação do Estado da Bahia-SEC, como parte das iniciativas de enfrenta- mento aos desafios de implementação e consolidação da ge- stão escolar participativa. Ainda nessa linha, são apresentados alguns estudos de caso, como no texto intitulado Conselho de Escola: formando e fortalecendo a cidadania, de autoria de Marli Rodrigues. No texto, a autora traz uma experiência de formação na cidade 27 de Presidente Prudente, estado de São Paulo, com foco nos Conselhos Escolares e nos gestores das escolas municipais. De fato, parece ser uma tendência aproximar o gestor de práticas formativas que, não só os sensibilizem, mas chamem atenção para a potencialidade de atuação do Conselho Escolar, no sen- tido de fazer da escola um espaço de mais democraciae de maior qualidade no aprendizado de seus alunos. Por fim, te- mos o texto de Helena Araújo e Marcelino Silva que procura- ram compreender a atuação dos pais conselheiros em 3 (três) escolas do município de Beberibe – Ceará. Evidentemente, os estudos de caso não devem ser vistos como ensaios de gene- ralização dos resultados, mas como elementos que, acrescidos de outros estudos e pesquisas, podem apontar potencialida- des e entraves na participação dos segmentos que compõem o conselho e de todos os atores sociais presentes nas escolas. A terceira e última parte do livro tem o foco direcionado aos cursos de formação para Conselhos Escolares e para con- selheiros escolares, especialmente ofertados na modalidade a distância. Cláudia Cristina Fontineles e Pedro Pio Fontineles Filho trazem a experiência na formação de conselheiros es- colares no Piauí. Sob o título de Afetividade em tutoria: es- tratégia para minimizar a evasão em curso a distância no instituto UFC Virtual, Kátia Barreto, Larisse Santiago, Maria do Socorro Brito e Naiola Miranda fazem uma interessante discussão sobre o papel da afetividade nos cursos de formação a distância, com foco no Conselho Escolar. As autoras proble- matizam o fenômeno da evasão como um dos maiores compli- cadores dos cursos a distância, e como um papel diferenciado do tutor pode contribuir para superar esse problema. Tal pa- pel requer o conhecimento das ferramentas de um ambiente virtual, a exemplo do fórum – elemento central colocado no 28 texto – mas também uma postura que responda ao angustian- te “isolamento” que pode ocorrer em quem estuda “sozinho”. Talvez mais do que respostas, esse texto nos faz pensar sobre a natureza de nossa prática em cursos de formação a distância. Seguindo a linha da última parte do livro, um grupo de pesquisadores da área de tecnologia educacional sistematizou a reestruturação do Curso de Formação em Conselhos Esco- lares, ofertado pela UFC. Essa história, de alto interesse para quem faz ou analisa a natureza desses cursos, acabou sendo registrada por Gilvandenys Leite Sales, Eliana Alves Morei- ra Leite, Francisco Herbert Lima Vasconcelos, Eveline Porto Sales Aguiar e Katia Maria Ferreira Barreto. O texto Uma Mo- delagem de um Ambiente Virtual de Aprendizagem em Re- des de Petri Colorida: análise Formal das Propriedades da Aplicação Conselheiro Escolar mostra na prática a análise formal em Redes de Petri Coloridas (RPCs), objetiva utilizar o gráfico da rede e propriedades estruturais e comportamen- tais do modelo como documentação para o desenvolvimento do curso Conselheiro Escolar, baseado em um Ambiente Vir- tual de Aprendizagem (AVA). Neste artigo, há não só infor- mações sobre o sistema em desenvolvimento, como também um experimento em que foi realizada a modelagem com as principais características e telas de um AVA. É, portanto, um assunto imprescindível para aqueles envolvidos com cursos de formação em um ambiente virtual de aprendizagem. Por fim, fechando o livro, temos o texto de Aleksandra Previtalli, Cibelle Amorim, Daniel Costa, Herbert Lima e Márcia Costa que avaliaram o curso piloto do curso para Conselheiros, ofer- tado pelo Ministério da Educação. De fato, o livro fecha de certa forma olhando para frente, à medida que essa ação – o curso para conselheiros escolares – tenha se constituído como uma 29 grande aposta do Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares no campo da formação. Por fim, cabe o registro do duplo movimento encontra- do neste livro, que, de certo modo, justifica o título de uma de suas partes: olhar o passado como um elemento impor- tante para avaliarmos os passos dados no campo da gestão democrática e dos Conselhos Escolares. De fato, muito foi construído, a partir de mulheres e homens que, juntos, con- seguiram avançar institucionalmente e em práticas concretas no sentido de tornar ainda mais pública a instituição esco- lar. Entretanto, o segundo movimento precisa ser destacado: olhar o futuro a partir de nossas práticas e ações presentes. Neste sentido, o futuro apresenta-se como uma utopia, não no sentido de alienação da realidade, mas como meta, como objetivo que guia nossas ações em prol da democracia na es- cola. Em tempos em que vemos o (re)surgimento do discurso das gestões escolares voltadas à lógica do mercado, reafirmar a gestão democrática como um princípio teórico e prático de organização das escolas é, sobretudo, um ato político, em de- fesa de uma escola onde quem participa é tido como ator cen- tral das ações sociais, e não um mero legitimador de ordens já instituídas. Eis os desafios! Esperamos que a leitura deste livro nos inspire a pensar e repensar nossas utopias. Swamy de Paula Lima Soares (Professor da Universidade Federal da Paraíba e consultor do Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares) Parte 1 Conselho esColar, Desafios e interCessões Com a soCieDaDe 33 FAMÍLIA, RECONHECIMENTO E O CONSELHO ESCOLAR Jean Carlo de Carvalho Costa1 Do ponto de vista do homem, que sempre esteve no inter- valo entre o passado e o futuro, o tempo não é um contí- nuo, um fluxo de ininterrupta sucessão; é partido ao meio no ponto em que ‘ele’ está; e a posição ‘dele’ não é o pre- sente, na sua acepção usual, mas antes a brecha no tempo cuja existência é conservada graças à ‘sua’ luta constante, à ‘sua’ tomada de posição contra o passado e o futuro. Apenas porque o homem se insere no tempo e apenas na medida em que defende seu território, parte-se o fluxo in- diferente do tempo em passado, presente e futuro; é essa inserção – o princípio de um princípio, para colocá-lo em termos agostinianos – que cinde o contínuo temporal em forças que, então, focalizando-se sobre a partícula ou cor- po que lhes dá direção, começam a lutar entre si e a agir sobre o homem. (HANNAH ARENDT, 2009, p. 37). Famíla, Destradicionalização e o Brasil Contemporâneo Ao longo de certos escritos de Hannah Arendt, em alguns momentos, é inevitável, como no trecho acima, identificar alusões a Walter Benjamin (1892-1940), intelectual do início do Século XX, que muito nos auxiliou a compreender esse breve Século XX. Entre tantos de seus escritos que perpassaram o Século XX, aden- traram o Século XXI e invadiram a nossa segunda modernidade, encontram-se as suas Teses sobre a História, em que ele analisa o sentido da ideia de história e as relações entre passado, pre- sente e futuro, que foram publicadas pouco antes de sua morte. Uma delas, provavelmente, um dos textos literários mais cita- dos ao longo das últimas décadas produzidos pelo homem é a 34 jean carlo de carvalho costa Tese VIII, derivada de um quadro do pintor Paul Klee, denomi- nado Angelus Novus. Sobre a ideia de história, Benjamin afirma em sua Tese que existe um quadro de Klee intitulado Angelus Novus. Nele está representado um anjo, que parece estar a ponto de afas- tar-se de algo em que crava o seu olhar. Os olhos estão arre- galados, a boca, aberta, e as asas estiradas. O anjo da história tem de parecer assim. Ele tem seu rosto voltado para o passa- do. Uma cadeia de eventos aparece diante de nós, e ele enxer- ga uma única catástrofe que, sem cessar, amontoa escombros sobre escombros e os arremessa aos seus pés. Ele bem que gostaria de demorar-se, de despertar os mortos e juntar os destroços. Mas do paraíso sopra uma tempestade que se ema- ranhou em suas asas e é tão forte que o anjo não pode mais fechá-la. Essa tempestade o impele irresistivelmente para o futuro, para o qual dá as costas, enquanto o amontoado de escombros diante dele cresce até o céu. O que nós chamamos de progresso é essa tempestade (BENJAMIN, 1994). Esse, sem dúvida, é o texto desse autor mais conhecido, citado, interpretado e utilizado inúmeras vezes nos mais varia- dos contextos narrativos. Seguindo nessa mesma esteira lite- rária, solicito-o para introduzir possíveis relações entre o de- senvolvimentoe as consequências do espaço de sociabilidade ora tratado e os seus desdobramentos em torno de nosso olhar contemporâneo. Ora, a despeito das várias interpretações a ela associadas, a Tese nos apresenta Benjamin se perguntando so- bre a noção de progresso e se, de fato, nós nos encontramos em direção a uma espécie de vida boa. Na verdade, em certo sen- tido, esse amontoado de escombros se assemelha a um passa- do do qual não necessariamente nos orgulhamos. O espaço de sociabilidade que denominamos família nos conduz a inquie- 35família , reconhecimento e o conselho escolar tações e a questionamentos sobre essa tradição legada à nossa geração. As abordagens feministas, sobre as quais tratamos an- teriormente, trazem à baila esse revisitar a tradição e nos apre- senta novos caminhos a partir da transformação percebida em nossa intimidade contemporânea (GIDDENS, 1993). As mudanças advindas dessa revisão crítica da tradição são inúmeras, desde as que acontecem no âmbito mais privado da intimidade como, em particular, na esfera pública, em que é perceptível a promoção da democracia no domínio público. Essa, estendendo-se, primordialmente, de um projeto essen- cialmente masculino, à participação efetiva feminina, em que uma nova onda, referência à dupla jornada feminina, dentro e fora de casa, é expressão cotidiana nas décadas de 1970 e 1980. Obviamente, essas mudanças não estão ocorrendo de modo tranquilo. Porém, na verdade, nenhum processo de democrati- zação se dá separado de lutas e de embates em direção a novas formas de vida, talvez, mais adequadas à vida humana. Essa, de fato, é uma época de interesses colidentes entre família, tra- balho, amor e liberdade de perseguir metas individuais, algo que associamos à ideia de individualização, guia de nossas rela- ções interpessoais. No contexto brasileiro, historicamente, ali- cerçados em dimensões aristocráticas, consequência de nosso processo civilizador via colonização, não é possível encontrar processos distintos, mas sim, a presentificação tardia da mo- dernidade entre nós. A família brasileira, produto de relações indígenas, africanas, portuguesas e atravessada por sinais de outras culturas europeias e asiáticas, caracteriza-se por herdar uma diversidade de hábitos e valores culturais dos países de origem, posteriormente preservados ao longo dos tempos, tendo o seu modelo familiar, inicialmente, caracterizado por 36 jean carlo de carvalho costa padrões hierárquicos e paternalistas, guiado pelo poder eco- nômico masculino, a ideia do homem provedor, e da ocupa- ção doméstica da mulher. Marido e esposa com papéis dife- renciados no casamento, na família e na sociedade. Filhos tratados a distância, como forma de manter o respeito, espe- cialmente ao pai. Padrões comportamentais determinavam o que era certo ou errado, principalmente para as crianças. As mudanças, ou a revisão da tradição, advêm, em espe- cial, da década de 1950, quando se percebe a disputa por uma redefinição de formas de sociabilidade privadas e a orienta- ção das condutas individuais e de grupos sociais (BOTELHO et al., 2008). Nesse período, alguns elementos, como uma tendência ao igualitarismo nas relações, maior importância é atribuída às diferenças individuais e menor importância à posição social, do sexo e da idade. Porém, o surgimento da pílula anticoncepcional, a liberação da sexualidade, a busca da mulher por mais igualdade e o uso de roupas unissex nos auxiliam a entender essas mudanças. No âmbito privado do casamento, houve transformações radicais. Entre elas, destacam-se: participação nas decisões em conjunto, cuidados compartilhados com os filhos, fideli- dade e prazer como compromisso recíproco e respeito mútuo. Em relação aos filhos, é possível se perceber uma tendência a uma relação horizontal com os pais; liberdade para expressar ideias e sentimentos; menor rigidez nos conceitos de certo e errado; diminuição dos castigos físicos recebidos; respeito à individualidade, e a sexualidade tratada com relativa naturali- dade. Obviamente, essas mudanças não podem ser tratadas de forma homogeneizada e universal, mas como uma gradativa expansão ao longo das últimas décadas. Em parte, das várias mudanças ocorridas nas diversificadas esferas do cotidiano 37família , reconhecimento e o conselho escolar seja aquela vinculada ao trabalho, que traz, de um lado, mais liberdade e autonomia, embora, de outro, uma sobrecarga de trabalho e mais responsabilidade da mulher. A ideia de auto- nomia subjaz a essas mudanças, à busca por um equilíbrio en- tre homens e mulheres em torno das exigências individuais de partes da vida, que significa, aqui, a capacidade de autorrefle- xão e autodeterminação dos indivíduos, capacidade de delibe- rar, julgar, escolher e agir diante de diferentes cursos de ação possíveis (GIDDENS, 1993). A busca por esse equilíbrio, para além da chamada guer- ra dos sexos, é, na verdade, apenas a busca por mais amor, ainda que essa não seja a expressão mais adequada. Isso por- que, algumas das consequências dessa autonomização - di- vórcios (pais ausentes), núcleos domésticos monoparentais (mãe ou pai com filhos advindos de um relacionamento an- terior ou da produção independente), recasamentos, famílias reconstituídas ou mistas (consequência do casamento entre famílias de indivíduos já separados e com filhos da união an- terior), famílias caracterizadas por padrões étnicos distintos, somada à experiência da coabitação, todas têm sido progres- sivamente difundidas exaustivamente na sociedade ociden- tal atual. Isso indica que as pessoas, na contemporaneidade, para usar uma bela expressão de Ulrich Beck (1997), casam por amor e se divorciam por amor; engajam-se em um infi- nito ciclo de esperanças, arrependimentos e novas tentativas, ou seja, é a presentificação atual da fé na possibilidade de en- contrar e de se entender com o(a) outro(a). No entanto, esse entendimento não se encontra em uma cartilha. Na verdade, a família hoje, mais se assemelha a um ornitorrinco, em par- te, devido à ambiguidade que se encontra associada a esse mamífero semiaquático, natural da Austrália e da Tasmânia. 38 jean carlo de carvalho costa Muito provavelmente, você está se perguntando: qual é a relação entre a família brasileira e esse simpático animal? A resposta se encontra na impossibilidade de adequá-lo a uma única categoria. Ou seja, estudos recentes em torno de seu ge- noma argumentam que esse estranho animal, com pele, pe- los, bico de pato, rabo de castor e patas com membranas é, ao mesmo tempo, um réptil, um pássaro e um mamífero. A famí- lia contemporânea e, em certo sentido, também a escola, são seres também estranhos, e, embora não seja possível entendê- -la a partir de uma cartilha pré-elaborada, podem-se cultivar relações democráticas que possibilitem, a despeito das inevi- táveis diferenças, a conversa entre os indivíduos, preservan- do, antes de tudo, a sua existência individual. A Nova Família e as Ideias de Educação e Escola Pode-se observar uma questão central orientando a aná- lise dos espaços de sociabilidade que, aqui, denominamos fa- mília e escola, ao fato de que, na contemporaneidade, o papel exercido pela família, no processo de socialização infantil, tem diminuído gradativamente, em especial, a partir da transfor- mação que tem perpassado a ideia de família nuclear. Como já comentado, uma família nuclear é um núcleo doméstico em que duas pessoas casadas (ou pai ou mãe solteiros) moram com filhos, seus ou adotados. Quando, por outro lado, outros paren- tes, além da família nuclear, habitam o mesmo núcleo domésti- co ou se envolvem em um relacionamento próximo e contínuo, é possível se denominar essa família de ampliada. No Século XX, inúmeras mudanças estão atreladas a esse núcleo familiar tradicional, no Ocidente, o que leva a certo desgaste dessa ideia de família nas sociedades pós-in- dustriais contemporâneas e à necessidade de se assimilar a 39família ,reconhecimento e o conselho escolar diversidade de novas formas e estilos de união que se presen- tificam dia a dia. Um dos elementos, por vezes, ao qual aludem, particu- larmente, as abordagens feministas diz respeito às mudanças no âmbito do trabalho. De um lado, o funcionalismo, na figura de Talcott Parsons, que enfatizou a família como uma das ins- tituições fundamentais da sociedade, mas que reconhece que a família moderna perdeu muito das suas funções anteriores, assumidas, cada vez mais, por outras instituições, como a es- cola, por exemplo; de outro, as abordagens feministas, que estudaram as desigualdades em várias áreas da vida familiar, incluindo, nesse sentido, a divisão doméstica reconfigurada e as desigualdades internas a esse espaço de sociabilidade. Ou seja, a partir daí, a impressão que se tem é a da existência de uma nova família. Dois exemplos traduzem essa novidade. O casamento, por exemplo, não é mais a base definidora da união entre duas pessoas. Como foi anteriormente sugerido, a coabitação tornou-se cada vez mais difundida em muitas so- ciedades industrializadas. Homens e mulheres homossexuais, por exemplo, podem viver juntos, como casais, porquanto as atitudes em relação à homossexualidade tornam-se mais tole- rantes no âmbito da sociedade. Outro elemento relevante, sob meu ponto de vista, é o tratamento da vida familiar como, não necessariamente, harmônico e feliz, mas também guiado por dificuldades e violência, que se presentificam na rotina dos in- divíduos, trazendo à baila uma maior responsabilidade e par- ticipação da comunidade e dos outros agentes socializadores, como a escola, por exemplo. Uma visão mitificada da família e da escola, muitas vezes, pode nublar os procedimentos que talvez possam ser aqueles mais adequados à potencialização da individualidade e, consequentemente, ao fortalecimento de 40 jean carlo de carvalho costa relações mais democráticas que, de modo geral, têm a sua ges- tação na educação infantil. François de Singly (2007), sobre a redução do papel da família no processo de socialização contemporâneo, observa: Nessa perspectiva, tudo aquilo que uma instituição toma para si como responsabilidade é retirado da família; por sua vez, essa observa, desolada, a redução das suas atri- buições. O cálculo das horas que a criança passa na es- cola, das horas do lazer organizado e mesmo diante da televisão, comparado às horas que ela passa com seu pai ou sua mãe, não deixa de ter o mesmo teor: progressiva- mente, a família passa a ser um resíduo, quer deploremos ou não. (SINGLY, 2007, p. 43). Obviamente, nós podemos concordar ou não com essa desatribuição ofertada à família. Na verdade, a despeito das críticas, argumento não em relação a sua não importância, mas sim, a sua importância relativizada, crítica, que exis- te concomitante em outros espaços socializadores. De fato, como vários estudiosos argumentam, é impossível entender a família moderna, sem referi-la à história da escolarização. Philippe Ariès, no hoje clássico História Social da Criança e da Família, diz que, no Século XV, a realidade e os sentimen- tos da família vão se transformando. Para ele, trata-se de uma espécie de revolução silenciosa, que se encontra associada à ampliação da frequência escolar (ARIÈS, 1981). O que daí se deriva é a intrínseca relação entre escola e família na contemporaneidade, destacando-se o fato de, a partir das mudanças salientadas, é necessário conhecer, apre- ender e avaliar essas transformações e refletir sobre como se desdobram em nossa atividade como educadores e gestores da escola contemporânea, haja vista que, a despeito da im- 41família , reconhecimento e o conselho escolar portância de outros agentes socializadores, como o esporte e a mídia, a escola, na modernidade, ainda ocupa lugar de certo protagonismo socializador, à qual é delegada a responsabi- lidade de assimilar as mudanças e traduzi-las em uma ideia democrática de educação, em que se perceba o espaço poten- cializador de fomentar a existência da diversidade que caracte- riza, hoje, a família do ponto de vista relativo ao seu formato e em relação à diversidade étnica, cultural, religiosa etc. Ou seja, esse espaço de sociabilidade fulcral, nessa era de tolerância, diversidade e democracia, não se pode deixar imobilizar, mas, ao contrário, tem de sair à frente na agenda democrática. Para tentar problematizar essa pergunta – respondê-la é tarefa por demais ambiciosa –, é preciso descer a seu subsolo e perguntar que escola é essa a que nos referimos. Uma pergunta complexa, sem dúvida, e que pode ser abordada a partir de concepções epistemológicas bastante diversificadas. Família, Participação Paritária e Reconhecimento O objetivo guia desse debate é assinalar, desse modo, a importância de se conhecer a natureza da família, do ponto de vista histórico, e a sua produção e transformação na moder- nidade ocidental, bem como as mudanças recentes que a têm conduzido à reconfiguração dessa própria natureza. Assim também a multiplicidade de formas e de estilos que hoje pare- cem ser o elemento central para discerni-la. De fato, essa mul- tiplicidade de formas tanto afetou a própria natureza da ideia de família, levando a sociedade contemporânea, de modo ge- ral, a reaprender o seu significado, como trouxe à baila deba- tes acerca do papel do educador frente a esse novo quadro de referência e de que modo a escola pode também desempenhar 42 jean carlo de carvalho costa um papel ativo na formação e transformação desse espaço de sociabilidade que é a família, possibilitando nela a constitui- ção de sujeitos mais participativos da vida social. Esse novo quadro de referência vem se desenhando ao longo das últimas décadas, um período já relativamente estu- dado no contexto da Sociologia Educacional, em especial, na origem de conteúdos atrelados à ideia de multiculturalismo/ interculturalidade, que derivam das lutas sociais impulsiona- das por certas minorias que, atualmente, presentificam-se na cena pública de modo mais efetivo, se comparado às décadas atrás. O lugar que hoje a mulher ocupa na sociedade é um desses exemplos. Ora, nos últimos anos, é impossível a especialistas e lei- gos não se depararem, em seu cotidiano, com desenvolvimen- tos no âmbito da teoria social, que traduzem transformações internas ao processo de teorização em que mudanças concei- tuais ocorrem lado a lado com as mudanças na orientação normativa, algo que, como tem sido apresentado, é percebido na nova ideia de família ora tratada. Ou seja, desde as déca- das de 1970 e 1980, a despeito das diferenças observadas em ambas as décadas, nas diversas tradições interpretativas (fun- cionalismo, teorias feministas etc.), fora desenvolvida uma tendência em instituir o imperativo da remoção de qualquer forma de desigualdade social ou econômica que não pudesse ser justificada com base em fundamentos racionais. De fato, a partir da segunda metade do Século XX, o su- jeito contemporâneo assiste, bestializado, a mudanças rápidas e profundas, que têm constituído uma espécie de revolução silenciosa, nos termos do cientista político Ronald Inglehart. Essa revolução é guiada, especialmente, por transformações radicais no âmbito do Estado, da intensa inovação tecnológi- ca, da expansão da educação e do acesso à informação. 43família , reconhecimento e o conselho escolar Ora, essa radicalização da modernidade, expressão já relativamente desgastada, mas ainda com certo fôlego heu- rístico, é utilizada por outro singular intérprete, o sociólogo inglês Anthony Giddens (1991), que impingiu à tela a inevi- tável visibilidade de evidentes avanços, como por exemplo, a expansão de certa participação social, através do papel ativo exercido pelos movimentos sociais, bem como pela expansão do sistema educacional e da informação. No entanto, a des- peito desses avanços, também se evidencia, de outro lado, a persistência de padrões de desigualdade socialinequívocos. De tal modo, por exemplo, que é possível afirmar que hoje, a questão da desigualdade, associada à ideia do reconheci- mento social, ou seja, o fato de que todo indivíduo merece ser reconhecido como sujeito na vida social, traduz uma agenda de pesquisa em amplo desenvolvimento no âmbito das ci- ências sociais. Além disso, também agenda de intervenção social necessária que tem adquirido, gradativamente, cará- ter de urgência em função do suposto vínculo existente entre reconhecimento e identidade e, em certo sentido, também de emancipação social. De modo sintético, pode-se dizer que o objetivo dessa aproximação entre participação, reconhecimento e o espaço de sociabilidade famíliar, na verdade, trata-se de desenvolver em toda consequência um conceito de sociedade e, especial- mente, de mudança social, por meio da dinâmica de uma luta por reconhecimento. São as motivações morais das lutas de grupos sociais que, como tentativa coletiva, permitem a pro- gressiva institucionalização e aceitação cultural das dimen- sões do reconhecimento recíproco (SOUZA, 2002). A despeito de sua urgência, especialmente a partir da exacerbação e das descontinuidades percebidas internas ao 44 jean carlo de carvalho costa processo de globalização, as discussões em torno da desigual- dade social não são recentes, sendo possível, minimamente, aludir ao início da modernidade e à gestação das explicações iniciais relativas à natureza humana, o que, de fato, distingue- -nos como indivíduos. Pizzio (2008), por exemplo, cartografando brevemen- te vertentes do pensamento moderno, alude à existência de duas perspectivas explicativas, que se encontram na citação a seguir. A segunda delas segue a esteira da filosofia de Jean- -Jacques Rousseau e as suas considerações sobre o caráter institucional, que subjaz à produção da desigualdade social. Por um lado, afirma-se que a desigualdade é de ordem bio- lógica, trata-se de um fator de origem natural e, portanto, a desigualdade na redistribuição material e simbólica que as pessoas obtêm na sociedade é o resultado inevitável de ma- nifestações das diferentes capacidades que os seres humanos têm. Por outro, temos a corrente teórica que defende que a de- sigualdade na redistribuição material e simbólica não advém das diferenças biológicas individuais, mas tem sua origem no acesso diferenciado às oportunidades de desenvolvimento de suas capacidades com reflexos no processo de concorrência (PIZZIO, 2008). Hoje, a aproximação percebida entre desigualdade e re- conhecimento, tanto em âmbito privado - em um contexto de família, por exemplo, a partir da ausência de mecanismos que possibilitem uma participação paritária entre os seus membros - quanto em uma esfera mais ampla, como a própria ideia de nação, parece, de algum modo, auxiliar-nos a elaborar mecanis- mos explicativos sobre como aproximar participação, família e escola. Isso com o intuito de agendar, em definitivo, práticas de sociabilidade mais democráticas nessas instituições, bem como 45família , reconhecimento e o conselho escolar repensar as próprias políticas de Governo e de Estado em torno da Educação, para vivificar e gizar uma espécie de esperança injustificável à qual alude Richard Rorty (2007). Atualmente, em lugar da ideia central de justiça, produto de uma espécie de era da democracia social, vê-se o surgimen- to de uma nova ideia que, a princípio, parece politicamente um tanto quanto menos inequívoca. O objetivo não mais parece ser a eliminação da desigualdade, mas a anulação da degradação e do desrespeito (HONNETH, 2007). Isso signi- fica que a ideia de justiça visa, fundamentalmente, alcançar a igualdade social, e para que uma sociedade seja, de fato, justa, é preciso que a dignidade de todos os indivíduos seja reco- nhecida. E é exatamente aqui o início de aproximação entre família e escola, pois ambas são espaços de sociabilidade em- brionários da formação e da constituição da própria ideia de cidadania. Uma forma exemplar de desrespeito são a negação dos direitos e a exclusão social, situação em que os indivíduos padecem em sua dignidade por não terem sido a eles concedi- dos os direitos morais e as responsabilidades de uma pessoa legal, plena em sua própria comunidade (HONNETH, 2003). De certo modo, a aproximação entre escola, família e socieda- de tem como elemento basilar a possibilidade de inculcar no indivíduo uns óculos por meio dos quais seja possível analisar criticamente a ideia de dignidade e a sua inexistência. No âmbito das ciências humanas, especialmente, da Fi- losofia, da Ciência Política e da Sociologia, a noção de reco- nhecimento social tem se feito presente, de modo constante, como uma ampliação do campo de possibilidades em torno do qual se discute a diminuição ou mesmo a eliminação da desigualdade social (PIZZIO, 2008). Nos debates derivados dos dilemas do interculturalismo nas sociedades complexas, nas lutas de movimentos de reivindicação identitária para a 46 jean carlo de carvalho costa construção da cidadania e, particularmente, no entendimen- to dos possíveis efeitos de políticas públicas e programas so- ciais de modo geral, que se pretendem inclusivos, ou ainda, no diagnóstico de padrões simbólicos desrespeitosos, a no- ção de reconhecimento social tende a ser promissora e eficaz (MENDONÇA, 2006). Charles Taylor, um dos intelectuais que reintroduziram a discussão, no âmbito da teoria política, ao discutir a relação entre reconhecimento e multiculturalis- mo, afirma que a falta de reconhecimento (nonrecognition ou misrecognition) pode ser prejudicial, pois é uma forma de opressão que aprisiona o indivíduo em um modo-de-ser tolhido, falso e distorcido (TAYLOR, 1994). A importância atribuída à ideia de reconhecimento, re- lativamente moderna, deriva, primeiro, do que se denomina de o colapso das hierarquias sociais, que se encontravam na base da ideia de honra: “Para que alguns tenham honra nesse sentido, é essencial que nem todos tenham.” (TAYLOR, 2000, p. 242). Se for possível retornar aos modelos de família an- teriormente discutidos, alguns dos elementos fundamentais que alicerçavam a ideia de família aristocrática é a ideia de honra, muito atrelada a laços de consanguinidade, inexisten- tes, nesse sentido, em outros grupos não aristocráticos. Em contrapartida, para substituir a noção clássica de honra, emerge a noção moderna de dignidade, utilizada em sentido universalista e igualitário, conduzida na direção de nos permitir nela perceber o partilhar de todo cidadão. Uma segunda mudança diz respeito ao ideal de autenticidade, con- sequência, segundo o autor, de mudanças na própria compre- ensão da identidade individual emergente em fins do Século XVIII, ou seja, agora, “poder-se-ia falar de uma identidade in- dividualizada, identidade particular a mim mesmo e à minha própria maneira particular de ser.” (TAYLOR, 1994, p. 243). 47família , reconhecimento e o conselho escolar No entanto, o autor percebe que, gradativamente, há uma transição de uma concepção de indivíduo, essencialmente psicologizante, a um entendimento mais dialógico: As pessoas não adquirem as linguagens de que precisam para se autodefinirem por si mesmas. Em vez disso, so- mos apresentados a essas linguagens por meio da inte- ração com outras pessoas que têm importância para nós. (TAYLOR, 1994, p. 246). Aqui podemos, gradativamente, ir percebendo a relevân- cia de espaços de sociabilidade como a família e a escola na con- solidação dessa constituição dialógica da própria identidade. A tese defendida por Charles Taylor é de que nós constru- ímos nossa identidade de maneira dialógica, e não, no isola- mento: “[...] Minha própria identidade depende crucialmente de minhas relações dialógicas com os outros.” (TAYLOR, 1994, p. 248). Daí se depreende a íntima relação que se vai elaboran- do entre a noção moderna de identidade e a centralidade a ela associada, derivada da força cognitiva e material da ideia
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