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Resumo - Alcaloides

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Alcaloides
Definição
Um alcaloide é uma substância orgânica cíclica contendo nitrogênio em um estado de oxidação negativo que possui uma distribuição limitada entre os organismos vivos.
· Podem ser obtidos das plantas, dos organismos marinhos, fungos e animais.
· Substâncias com caráter básico, devido à presença do átomo de N contendo um par de elétrons compartilhados.
Classificação
- Alcaloides Verdadeiros: derivam de aminoácidos e possuem o nitrogênio em heterociclo.
- Protoalcaloides: possuem nitrogênio fora de um heterociclo.
- Pseudoalcaloides: se originam de outras vias (acetato, chiquimato, mevalonato ou desoxixilulose fosfato) e incorporam o nitrogênio por meio de outras reações como transaminação.
Funções
· Proteção para os vegetais, por serem tóxicos; 
· Reserva de nitrogênio, hormônios reguladores do crescimento (inibidores de germinação), do metabolismo interno e da reprodução; 
· Produtos de detoxicação das reações finais de biossíntese;
· Manutenção do equilíbrio iônico (bases); 
· Proteção para raios UV;
· Defesa contra microorganismos e vírus;
Rota Metabólica
 Via Chiquimato
 Via do Acetato
Propriedades físico-químicas
- Isolados: forma sólida, em cristais (exceção de nicotina e coniina * alcaloides não oxigenados * que são líquidos à temperatura ambiente).
 Raramente coloridos 
- Forma Básica: extremamente solúvel em solventes de baixa polaridade.
- Protonados: mais solúveis em H20 e solventes de alta polaridade.
- Sais (cloridratos, sulfatos e maleatos): permite sua dissolução em meio aquoso.
Alcaloides Quinolínicos
· Análise química 
 Fase normal (principalmente em Cromatografia em camada delgada), eluindo os alcaloides com misturas de solventes orgânicos em meio alcalino; 
 Fase reversa (sobretudo em Cromatografia Líquida), na qual a fase móvel constituída de 
água e solventes orgânicos é acidificada.
 
Os quinolínicos são constituintes químicos derivados do triptofano.
Os principais alcaloides quinolínicos são: 
· Quinina; Quinidina; Cinchonina; Cinchonidina e Camptotecina.
Podem ser obtidos por extração alcaloídica ácido-base.
 Para a caracterização desses alcaloides, pode-se utilizar a reação de Grahe (pulverizar a droga vegetal e aquecer diretamente na chama).
Quinina e a Quinidina
- Podem ser caracterizadas por diferentes testes colorimétricos de identificação. 
- Nas farmacopeias, a caracterização dos alcaloides quinolínicos é realizada por cromatografia em camada delgada. 
- Para doseamento, podem-se utilizar principalmente UV e CLAE.
- Apesar de a quinina ser usada no tratamento da malária, os alcaloides isolados da quina foram importantes no desenvolvimento de novos fármacos para essa finalidade, dentre eles a cloroquina.
Alcaloides Isoquinolínicos
Principais alcaloides isoquinolínicos:
Apresentam grande variedade de subgrupos químicos, representados pela sua origem comum a partir dos aminoácidos fenilalanina e tirosina.
Análise Química:
· Para o isolamento dos alcaloides isoquinolínicos do ópio, emprega-se procedimento de extração seletivo objetivando, a obtenção de seus dois principais alcaloides: morfina e codeína. 
· A caracterização pode ser realizada por ensaios colorimétricos e sistemas cromatográficos em cromatografia em camada delgada específicos para cada droga vegetal. 
· Para doseamento, pode-se utilizar a volumetria, a cromatografia a líquido de alta eficiência ou a cromatografia a gás.
- Alcaloides do Ópio.
Ópio
É obtido do látex dos frutos imaturos de Papaver somniferum.
 É utilizado como analgésico, indutor do sono (narcótico) e para o tratamento da tosse.
 Atua como um agente antiperistáltico, inibindo espasmos na musculatura intestinal e evitando movimentos propulsivos.
 É empregado na produção do elixir paregórico, o qual é indicado para distúrbios gastrintestinais como antiespasmódico, contra gases, dores estomacais e intestinais.
Análise Química:
· Para o isolamento dos alcaloides isoquinolínicos do ópio, emprega-se procedimento de extração seletivo objetivando, a obtenção de seus dois principais alcaloides: morfina e codeína. 
· A caracterização pode ser realizada por ensaios colorimétricos e sistemas cromatográficos em cromatografia em camada delgada específicos para cada droga vegetal. 
· Para doseamento, pode-se utilizar a volumetria, a cromatografia a líquido de alta eficiência ou a cromatografia a gás.
Morfina
Em 1805, o farmacêutico Friedrich Sertürner, na Alemanha, isolou a morfina do ópio, descobrindo o caráter básico dos alcaloides.
 Poderoso analgésico e narcótico, sendo um dos analgésicos mais valiosos para o alívio da dor severa.
 Causa dependência química e psíquica.
 Ao interromper o uso regular, os usuários apresentam sintomas de abstinência (agitação, cólicas abdominais severas, diarreia, náuseas e vômitos) que podem durar de 10 a 14 dias e cessam com a administração de uma nova dose.
 Mais importante alcaloide extraído do ÓPIO. 
 Protótipo dos Anestésicos Opiáceos. 
 Atua em diversos sítios do SNC, produzindo ANALGESIA. 
 Mais importante alcaloide extraído do ÓPIO. 
 Protótipo dos Anestésicos Opiáceos. 
 Atua em diversos sítios do SNC, produzindo ANALGESIA. 
 Mais importante alcaloide extraído do ÓPIO. 
 Protótipo dos Anestésicos Opiáceos. 
 Atua em diversos sítios do SNC, produzindo ANALGESIA. 
 Mais importante alcaloide extraído do ÓPIO. 
 Protótipo dos Anestésicos Opiáceos. 
 Atua em diversos sítios do SNC, produzindo ANALGESIA. 
· Mais importante alcaloide extraído do ópio.
· Atua em diversos sítios do SNC, produzindo analgesia.
 A morfina se apresenta como uma base livre parcialmente solúvel em clorofórmio, água e solução alcalina.
 Quimicamente, a morfina possui uma hidroxila fenólica na sua estrutura, de caráter ácido, cujo hidrogênio é facilmente retirado em presença de uma base, o que não ocorre com os demais alcaloides do ópio.
Codeína
A codeína (3-metiléter da morfina) é comercialmente obtida por semissíntese a partir da morfina.
- É utilizada como analgésico, sendo empregada no Brasil em associações contendo AINEs, como o paracetamol e o diclofenaco sódico, administradas por via oral.
Papaverina
· Atua inibindo canais de cálcio, resultando em efeitos antinociceptivos e antiespasmódicos.
- Também é utilizada como droga-padrão (controle positivo) em ensaios que avaliam a atividade antiespasmódica de extratos vegetais e substâncias isoladas. 
 Promove o relaxamento do músculo liso nos vasos sanguíneos, sendo empregada no tratamento de impotência masculina, por meio de injeção direta.
 Outras indicações: alívio da dor de cólica renal aguda a curto prazo.
Tubocurarina
Sendo o principal alcaloide do ponto de vista medicinal presente no curare, ela age como um antagonista competitivo para a acetilcolina, ligando-se a receptores nicotínicos presentes na placa terminal.
· Emprego como bloqueador neuromuscular.
· Desenvolvimento de novos fármacos.
Galantamina
 Tratamento da doença de Alzheimer. 
- Atua como um inibidor competitivo e reversível da acetilcolinesterase de ação central. Tal ação promove um aumento dos níveis de acetilcolina na fenda sináptica, melhorando significativamente a função cognitiva no tratamento da doença de Alzheimer.
Boldina
- Encontrada no boldo-do-chile.
- É capaz de inibir contrações peristálticas no intestino delgado por meio de ações anticolinérgicas.
- Apresenta outras propriedades farmacológicas como anti-inflamatória, antidiabética, antinociceptiva, antiaterogênica e protetora endotelial.
Alcaloides Tropânicos
Apresentam em comum a estrutura bicíclica denominada tropano. Dependendo da orientação α ou β de um grupamento hidroxila no C-3, são formados dois isômeros geométricos: tropanol (tropina) e pseudotropanol (pseudotropina).
 São bloqueadores de receptores muscarínicos. 
 Os alcaloides do tipo da cocaína apresentam ação anestésica local. 
 Apresentam ação no SNC, porém com efeitos distintos em função de diferenças nas estruturas das moléculas.
A partir da tropina, são geradas a hiosciamina e a escopolamina.
Distribuição
Emescala comercial, a hiosciamina e a escopolamina são extraídos principalmente de plantas dos gêneros Atropa, Datura, Duboisia e Hyoscyamus.
Propriedades Físico-Químicas
Os alcaloides tropânicos apresentam semelhanças em suas características físico-químicas. 
Por serem aminas terciárias, possuem comportamento análogo ao da maioria dos alcaloides;
- São solúveis como bases livres em solventes apolares e na forma de sais em solventes polares. 
- Encontram-se combinados com ácidos fracos no vegetal fresco, portanto, são solúveis em água.
Atropina 
É a mistura racêmica, isto é, (RS)-hiosciamina, que parece não existir na planta fresca. Durante a colheita, secagem e sobretudo extração, a (S)-hiosciamina transforma-se facilmente em atropina que pode ser transformada em apoatropina pela perda de uma molécula de água. 
· Embora possa ser obtida por síntese, a atropina ainda é obtida de fontes naturais. 
· Na forma de base livre, é obtida como cristais incolores e apresenta baixa solubilidade em água, sendo solúvel em etanol e clorofórmio. 
· Apresenta caráter alcalino em soluções saturadas, alcançando pH de 9,5. 
A base livre é utilizada em veículos oleosos, porém, devido à melhor solubilidade e estabilidade é empregada principalmente na forma de sulfato. 
O isômero levorrotatório (S)-escopolamina (ou hioscina) sofre racemização em meio alcalino, resultando na mistura denominada atroscina.
· Na forma de base livre, a escopolamina é um líquido viscoso solúvel em água.
· Em especialidades farmacêuticas, pode se apresentar também na forma de bromidrato e butilbrometo.
A atividade farmacológica da atropina é dependente da dose, sendo observados sintomas como:
- Alterações nos batimentos cardíacos;
- Redução de secreções como saliva e suor;
- Dilatação de pupilas, entre outros mais graves conforme o aumento da quantidade administrada. 
A atropina e os outros alcaloides tropânicos e seus derivados reduzem as secreções, tanto nas porções mais altas quanto nas mais baixas do trato respiratório. 
Na nasofaringe, esse efeito pode produzir um alívio sintomático da rinite aguda associada à coriza. 
Eles ainda podem induzir dilatação brônquica, tendo sido muito usados no tratamento de asma brônquica.
Beladona
Nome botânico: Atropa belladonna L. (Solanaceae)
 As folhas de beladona contêm em média 0,3 a 0,5% de alcaloides, sendo o principal a (S)-hiosciamina, que se transforma, em grande proporção, em atropina. 
 Dentre outros componentes descritos em pequena proporção, destacam-se bases voláteis, como nicotina, piridina e N-metilpirrolina, bem como flavonoides, taninos e as cumarinas escopoletina e escopolina.
Dados farmacológicos e toxicológicos:
- Os alcaloides da beladona são rapidamente absorvidos a partir do trato gastrintestinal. 
- Passam para a circulação sanguínea quando aplicados topicamente nas mucosas. 
- A maior parte da atropina é excretada na urina nas primeiras 12 horas após sua administração.
- A droga vegetal, tanto os órgãos aéreos como as raízes, têm ação antiespasmódica na musculatura lisa do trato gastrintestinal, vesícula biliar e bexiga, além de diminuir as secreções. 
Em doses elevadas é estimulante do SNC, podendo induzir o indivíduo ao coma profundo. A ação estimulante no SNC deve-se ao maior teor de hiosciamina em relação ao da escopolamina.
 A intoxicação por ingestão de medicamentos para asma brônquica, contendo alcaloides da beladona, pode ocasionar alucinações.
 A droga vegetal e suas preparações não devem ser utilizadas na forma caseira, mas apenas na forma industrializada.
Coca
Nome botânico: Erythroxylum coca Lam. e Erythroxylum novogranatense (D.Morris) Hieron. (Erythroxylaceae)
Dados químicos:
Obtém-se a pasta de coca e a cocaína pura ao longo de etapas subsequentes de purificação. Para a identificação da cocaína, pode ser utilizada:
 Reação de tiocianato de cobalto e a hidrólise em meio ácido, quando ocorre a formação de ácido benzoico, comprovada após sua cristalização em meio aquoso, e de benzoato de metila, detectado pelo odor.
Dados farmacológicos e toxicológicos:
· A cocaína é absorvida a partir das membranas e mucosas. 
· A meia-vida da cocaína no plasma é de aproximadamente uma hora. 
· A sua aplicação local bloqueia o início da condução do impulso nervoso. 
· A redução do apetite deve-se também à ação anestésica local. 
· É um estimulante potente do SNC. 
Os seus efeitos estimulantes estão relacionados à sua habilidade de inibir o transportador de dopamina, ligado à membrana. A cocaína inibe a monoamino-oxidase (MAO), aumentando a noradrenalina e a serotonina, causando midríase e vasoconstrição periférica e mantendo o anestésico mais tempo no local. 
Além das ações citadas, a cocaína inibe a recaptura de catecolaminas nas terminações adrenérgicas; esse processo é o principal responsável pela estimulação do sistema cardiovascular e do SNC. No início, ocorre uma sensação de bem-estar e euforia. Após pequenas quantidades de cocaína, a atividade motora é bem coordenada; com o aumento da dose podem ocorrer tremores e crises convulsivas.
Seu uso se tornou restrito por conta do seu potencial como droga de abuso, porém, ela exerceu um papel decisivo para o desenvolvimento dos medicamentos anestésicos locais.

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