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Família Enterobacteraceae: Características e Identificação

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Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem 
Angie Martinez 
Família Enterobacteraceae 
 
https://marcioantoniassi.wordpress.com/2020/11/28/novas-diretrizes-de-tratamento-de-
infeccoes-gram-negativas-resistentes/ 
• Dentro do filo proteobactéria. 
• Considerada um grupo bastante heterogêneo de 
bactérias, pois há membros desde a microbiota 
humana até patógenos, ambientais, causadoras de 
zoonoses... 
• Possui um repertório genético vasto. Há espécies 
em um mesmo ambiente com virulências muito 
específicas, por conta do plasmídeo, transmissão 
gênica etc. 
• Possuem fatores de virulência muito importantes 
(estruturais). 
Características gerais 
• São bacilos/cocobacilos Gram-negativos. 
 
http://microvetuece.blogspot.com.br/ 
• São bactérias anaeróbias facultativas. Ou seja, 
podem se multiplicar na presença ou ausência do 
oxigênio. 
• Catalase positivos. 
• Fermentam glicose e dependendo da espécie, 
outros açúcares. 
• Não produzem a enzima Citocromo oxidase C. 
• A glicose e a amônia são suas fontes únicas de C 
e N. 
• Reduzem nitrato a nitrito. 
• Apresentam o antígeno comum – polissacarídeo 
O (pertencente à membrana externa da parede). 
• São bactérias bastante ubíquas – podem estar 
associadas a seres humanos exclusivamente, ou 
seres humanos e animais. Podem contaminar 
água e alimentos. 
• Pode haver como fonte de infecção: reservatórios 
animais – via contato direto ou através do 
consumo, carreadores humanos e transmissão 
endógena – a partir da própria microbiota do 
indivíduo, com patógenos oportunistas. 
Imagem: tabela com os principais gêneros e espécies. 
• Destacam-se: O gênero Escherichia e espécie coli, 
o gênero Salmonella e a espécie entérica, o gênero 
Shigolla e as espécies dysenteriae, flexneri e sonnei. 
Estrutura antigênica da Família Enterobacteraceae 
 
https://www1.ibb.unesp.br/Home/Departamentos/MicrobiologiaeImunologia/5_aula_ente
robacteriaceae.pdf 
• A estrutura do envelope celular das enterobactérias 
é típica de uma parede gram -, com: 
- Flagelos, que constituem o chamado antígeno H; 
- Espaço periplasmático, com peptideoglicano; 
- A membrana externa da parede celular. Sua face mais 
externa constituída por LPS, com antígeno comum. 
http://microvetuece.blogspot.com.br/
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem 
Angie Martinez 
• Algumas bactérias vão apresentar cápsula – 
antígeno K ou antígeno Vi. Nem todas vão 
apresentar os três antígenos (O, K e H). 
• Essas estruturas são gênicamente importantes e 
serão fundamentais na classificação sorológica de 
algumas espécies de enterobactérias. Relacionado 
com a epidemiologia e bactérias que causam surtos. 
Patógenos primários/ oportunistas 
 
http://www.profbio.com.br/aulas/ac2_03.pdf 
• Há gêneros que se comportam como patógenos 
primários ou clássicos: independente das 
condições do hospedeiro, as bactérias podem 
causar doença: Shigella, Salmonella, Yersinis e 
Escherichia coli. 
• Há outras bactérias que vão se comportar como 
patógenos oportunistas: Quando o hospedeiro 
estiver debilitado de alguma forma, essas 
bactérias vão causar doença: Providencis, 
Morganella, Enterobacter, Serratia, Proteus, 
Klebsiella pneumoniae e Escherichia coli. 
• A coli pode se comportar como patógeno 
primário ou oportunista, porque dentro dessa 
espécie existe uma variação genética muito 
grande, o que faz com que existam sorotipos que 
são membros da microbiota e sorotipos que se 
comportam como patógenos primários. 
• Os gêneros mencionados acima são os principais 
de interesse clínico. Essa família possui um 
número muito maior de gêneros, mas sem 
interesse para a medicina. 
Principais sítios de infecção por Enterobacteraceae 
 
https://www1.ibb.unesp.br/Home/Departamentos/MicrobiologiaeImunologia/5_aula_ente
robacteriaceae.pdf 
• Trato gastrointestinal de seres humanos e 
animais: Vão causar diarréia ou disenteria. Ex: 
Salmonella, Shigella, Escherichia, Yersinia. 
• Infecções no trato urinário. Ex: Escherichia, 
Proteus, Klebsiella, Morganella. 
• Algumas podem se disseminar e causar 
meningite. Ex: Escherichia, Citrobacter. 
• Pneumonia, acomentendo principalmente as vias 
respiratórias inferiores. Ex: Klebsiella, 
Enterobacter, Escherichia. 
• Via translocação a partir do trato gastrointestinal, 
podem causar septicemia. Ex: Escherichia, 
Klebsiella, Enterobacter. 
Principais Provas Bioquímico-Fisiológicas 
utilizadas na identificação de Enterobacteraceae 
• Considerando o grande espectro de doenças que 
as enterobactérias podem causar, o diagnóstico 
laboratorial é feito pelo isolamento e a 
identificação das bactérias. 
• O isolamento envolve a utilização de meios 
seletivos indicadores e cromogênicos. 
Imagem com exemplo de placas com ágar verde brilhante, 
xilose lisina desoxicolato e ágar MacConkey. O aspecto 
das colônias e os meios de cultura variam segundo a 
espécie, de acordo com a reação que a bactéria provoca 
nessas susbtâncias químicas. 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem 
Angie Martinez 
 
https://www1.ibb.unesp.br/Home/Departamentos/MicrobiologiaeImunologia/5_aula_ente
robacteriaceae.pdf 
• A Salmonella enteritidis no XLD: o meio fica 
bem rosado. Já a Escherichia coli deixa o meio 
mais branco e colônias claras. O Klebsiella com 
meio mais claro e poucas colônios. O proteus 
altera a cor do meio e com colônias mais opacas. 
• As amostras biológicas para diagnóstico podem 
ser: aspirado brônquico, líquor, amostra de 
sangue, amostras de fezes e amostra de urina. 
 
https://www1.ibb.unesp.br/Home/Departamentos/MicrobiologiaeImunologia/5_aula_ente
robacteriaceae.pdf 
• Todas fermentam a glicose, mas nem todas 
fermentam a lactose. Logo, faz-se uma prova de 
fermentação da lactose. 
• Produção de gás a partir da glicose. 
• Produção de sulfeto de hidrogênio. 
• Produção de urease. 
• Hidrólise da lisina descarboxilase. 
• Motilidade. 
• Indol. 
• Quebra da lisina por outra via. 
• A utilização de citrato de Simmons como fonte de 
carbono. 
Susceptibilidade aos antimicrobianos na Família 
Enterobacteraceae 
• É fundamental realizar o isolamento porque o 
perfil de resistência aos antimicrobianos varia 
muito. 
• Há a resistência intrínseca, característica da 
família ou de gêneros e espécies pontuais. E a 
resistência adquirida. 
 
https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/boas_praticas/MODUL
O2/resistencia.htm 
• Há vários eventos que levaram à resistência 
adquirida. 
• Logo, é fundamental que ao isolar e identificar a 
enterobactéria, seja realizado o teste de 
suscetibilidade aos antimicrobianos (TSA) para 
direcionar o antibiótico para uma terapia correta.

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