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Semiologia do Abdômen

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Semiologia do abdômen
semiologia/clínica médica
Profº Walter
· Método clínico: Anamnese e exame físico:
· Estabelecer relação médico-paciente;
· Fazer história clínica do problema, de forma detalhada e cronológica, analisando com detalhe os sintomas;
· Investigar determinantes epidemiológicas que possam influenciar o processo saúde-doença;
· Avaliar o estado de saúde passado e presente do paciente;
· Avaliar aspectos pessoais, familiares, ambientais, socioeconômicos, culturais e hábitos de vida que contribuam no processo saúde-doença do paciente;
anamnese do abdômen
· Normalmente, a maior queixa do paciente é a dor abdominal, que pode ser dividida em:
· Dor visceral: Ocorre quando órgãos viscerais ocos se contraem. Pode ser de localização difícil, em geral acometendo próximo à linha média
· A isquemia também estimula a dor visceral;
· Dor parietal: A sensação é constante, em geral mais intensa que a visceral e com correspondência topográfica mais precisa. Agrava com movimentos e tosse, os pacientes preferem ficar deitados e imóveis dor específica;
· Dor referida: Aparece em locais mais distantes, que são inervados pelos mesmos nervos espinhais que as estruturas acometidas;
· 50% dos pacientes irão necessitar de exames complementares (de imagem, por exemplo);
sinais e sintomas do esôfago
· Disfagia – Dor ou dificuldade de deglutição;
· Dor:
· Odinofagia (dor que surge com ingestão de alimentos);
· Pirose (sensação de ardor ou queimação);
· Dor espontânea (não ocorre com ingestão de alimentos);
· Regurgitação;
· Eructação/Arroto – Na maioria das vezes não é sintoma de doença;
· Soluço – Não é sinal específico de doença do aparelho digestivo, pode aparecer na hérnia hiatal ou no megaesôfago;
· Pode ser secundário a: doença do SNC, irritação do nervo frênico ou do diafragma, doenças do mediastino, pleura e órgãos intra abdominais;
· Sialose – Produção excessiva de saliva;
· Hematêmese – Sangramento oral originado na boca até o ângulo de Treitz;
sinais e sintomas do estômago
· Dor – Localiza-se na linha mediana do epigástrico logo abaixo do apêndice xifoide, é o sintoma mais comum das doenças do estômago;
· Náuseas e vômitos;
· Dispepsia – Dor ou desconforto abdominal com localização no epigástrico, acompanhada ou não de saciedade, plenitude, distensão ou náuseas;
· Pirose (azia) – Sensação de queimação reto esternal;
sinais e sintomas do fígado, vesícula e vias biliares
· Dor – Localiza-se no quadrante superior direito do abdome, variando conforme o problema;
· Náuseas e vômitos;
· Icterícia (lesões nos hepatócitos, lesões na via biliar, tumor no pâncreas;
outras estruturas que podem produzir dor
· Baço;
· Pâncreas;
· Apêndice;
· Intestinos - Inflamatórias, constipação intestinal, obstrução;
· Rins e ureteres;
· Aparelho reprodutor;
· Vascular;
· Extra-abdominal – Pneumonia, pleurites, pericarditis;
· Linfomas e outros tumores;
outros sintomas e sinais abdominais
· Gases: Causa eructações e flatos;
· Diarreia: Sintoma e sinal, significa um aumento no teor de água eliminada em conjunto com as fezes no período de 24 horas, independentemente do número e evacuações, podendo ocorrer associação com dor e distensão abdominal:
· Aguda – Aquela que tem início abrupto e duração máxima de 2 a 3 semanas, com sintomas contínuos ou intermitentes;
· Crônica – A que ultrapassa o período agudo;
· Osmótica – Presença de substâncias inabsorvíveis na luz intestinal que impedem a absorção adequada de água;
· Secretora – O intestino secreta água e eletrólitos incorporados de volta para a luz;
· Exsudativa – Secreta material proteico, mucopolissacarídeo, restos celulares e sangue (antibioticoterapia, quimioterapia, doença de Menetrier);
· Motora – O paciente apresenta cólicas;
constipação intestinal – critérios de roma iii para o diagnóstico
· Dois ou mais dos seguintes achados durante os últimos três meses (sintomas com início nos 6 meses anteriores ao diagnóstico):
· Esforço presente em pelo menos 25% das evacuações;
· Sensação de esvaziamento incompleto em pelo menos 25% das evacuações;
· Sensação de obstrução ou bloqueio anorretal em pelo menos 25% das evacuações;
· Manobras manuais para facilitação em pelo menos 25% das evacuações;
· Fezes amolecidas são raras na ausência de uso de laxativos;
· O paciente com câncer pode apresentar alternância entre constipação intestinal e diarreia;
· Critérios para síndrome do intestino irritável não estão presentes;
Hemorragia digestiva
· Hemorragia aguda: 
· Hematêmese – Sangramento acima do ângulo de Treitz (pela boca);
· Melena – Sangue digerido com as fezes (aspecto de borra de café);
· Hematoquesia – Sangue vivo nas fezes (em geral, um sangramento baixo, podendo ser hemorroida, por exemplo);
· A avaliação do paciente depende da história e do controle dos sinais vitais frequentemente;
· Hemorragia crônica:
· Pode ocorrer: Episódios autolimitados de melena, recorrentes de melena e hematoquesia;
· Pode ou não haver sinais evidentes de sangramento – o paciente não nota, vai enfraquecendo aos poucos sem saber a causa;
· As causas também podem ser diferentes;
· Pacientes com câncer de cólon, apresenta hemorragia crônica, as fezes não apresentam nem cheiro forte nem aspecto de borra de café;
exame físico – divisões do abdômen
· Lembrar que o fígado normalmente não é palpável, se sim, é uma porção pequena;
inspeção
· Buscar movimentos respiratórios, pele, cicatrizes e abaulamentos;
· Presença de hérnias (umbilical, epigástrica, inguinal e femoral); 
· Presença de ascite – Líquido livre no abdômen;
· Circulação colateral;
· Sinal de Cullen – Coloração azulada no umbigo causada por hemorragia retroperitoneal;
· Sinal de Gray Turner – Equimoses não traumáticas nos flancos (pancreatite);
· Aranhas vasculares – Comuns em pacientes com insuficiência hepática, tem um corpo central do qual emergem vários pequenos vasos em todas as direções;
· São telangiectasias: Dilatações vasculares dos vasos terminais;
· Ginecomastia – Comum na insuficiência hepática pela não metabolização dos estrogênios;
ausculta
· Deve ser a primeira manobra no exame abdominal, apoiando levemente o diafragma do estetoscópio na pele;
· Ponto de ausculta: Em geral basta o QID;
· Peristalse – Sons normais na frequência de 5 a +-30 por minuto;
· Borborigmo – Sons prolongados provocados pelo hiperperistaltismo (“estômago roncando”);
· Pode estar aumentada ou diminuída;
· Pontos de ausculta vascular:
percussão
· Avaliação do volume e distribuição de gases, das dimensões do fígado e baço e das massas sólidas e líquidas;
· Percutimos:
· Limites do fígado;
· Sinal de Jobert – Timpanismo do HCD por ruptura de víscera oca;
· Pesquisa de ascite;
· Pesquisa de massas sólidas;
· Pesquisa de esplenomegalia (espaço de Traube);
· Fazer no paciente em decúbito dorsal;
palpação abdominal superficial
· Objetivos: Identificar a presença de dor, verificar resistência muscular, avaliar vísceras e massas;
· Técnica:
· Colocar o paciente confortável, em decúbito dorsal, com travesseiro sob a cabeça e talvez abaixo dos joelhos;
· O paciente deve manter os braços ao longo do corpo ou cruzados sobre o tórax;
· Cobrir o corpo do paciente com lençol a partir da sínfise púbica;
· Pedir ao paciente para iniciar as áreas de dor e deixa-la para examinar por último;
· Pedir ao paciente respirar de boca aberta;
· Aqueça as mãos e o diafragma do estetoscópio friccionando;
· 
· Manter a mão e antebraço na horizontal, dedos juntos e retos, palpar superficialmente, deslocar a mão para todos os quadrantes elevando um pouco a mesma;
palpação abdominal profunda
· Necessária para delinear borda hepática, rins, aorta e massas;
· Técnica: Mesma da palpação superficial, porém, podemos utilizar as duas mãos, a que se apoia no abdome para sentir e a outra para fazer pressão;
· Sinais:
· Sinal de Blumberg – Dor de descompressão;
· Ponto de McBurney – Descompressão na FID;
· Sinal de Murphy – Dor desencadeada pela inspiração profunda durante a palpação da HSD;
· Sinal de Rovsing – Dor à palpação da FIEna apendicite;
palpação hepática
palpação do baço

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