Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Crescimento e puberdade pediatria Profª Gabrielle crescimento · Crescimento é um processo continuo, não linear, que se inicia na vida intraútero e termina com o fechamento da cartilagem de crescimento no final da adolescência; · É um importante indicador da saúde da criança; · Não é igual em todas as fases da vida (variável, há períodos em que crescemos mais); · A vida intraútero é onde crescemos mais; · Subdividido em 3 fases: · Fase do lactente: Nascimento até o terceiro ano de vida; · Crescimento rápido, mas com desaceleração (1º ano – 20-25cm/ano, 2º ano 12,5/ano e 3º ano 8,5cm/ano); · O fator que mais o modula é a nutrição, mas também é influenciado por: boa saúde, hormônios tireoidianos; · O bebê nasce por volta de 49-51 centímetros (aproximadamente); · Fase pré-puberal: Final do terceiro ano de vida até o início da puberdade; · Crescimento lento, estável e constante (5-7cm/ano); · Influenciado por GH, hormônios tireoidianos, genética e boa saúde; · Fase puberal: Crescimento rápido (“estirão”) e posterior desaceleração; · Influência dos hormônios sexuais e hormônios do crescimento · Masculino cresce 10-12cm/ano e feminino 8-10cm/ano; · Fatores que influenciam no crescimento: · Antes do nascimento: ambiente intrauterino (fatores como nutrição materna, patologias preexistentes); · Nutrição (principalmente nos primeiros anos de vida), sono, doenças crônicas, doenças infecciosas, saúde emocional (privação social), atividade física, fatores ambientais + higiene, fatores perinatais, aspectos socioeconômicos, hormônios, genética; · Pais pequenos gerarão filhos pequenos; · Ações do GH: · Efeitos metabólicos: · Aumento da síntese de proteínas; · Aumento do uso dos ácidos graxos no tecido adiposo – fonte de energia; · Redução do uso da glicose como fonte de energia; · Aumenta o crescimento esqueléitico: Os ossos longos crescem em comprimento nas cartilagens epifisárias fusão das epífises ao final da adolescência (sofre ação de estrógenos e andrógenos) parada de crescimento aumento da espessura óssea; · Consequências: Aumento do crescimento esquelético, agindo principalmente em ossos longos, os quais crescem em comprimento nas cartilagens epifisárias; · Eixo GH-IGF1: O GH é produzido na hipófise (estimulado pelo hormônio hipotalâmico GnRH, indo para o fígado. No fígado estimula produção de IGF-1, que é transportada na forma de um complexo até a cartilagem epifisária, onde estimula o crescimento ósseo; · O GH pode estimular produção de IGF-1 também na própria cartilagem; · Qualquer problema hepático ou ósseo, atrapalha a produção de IGF-1; · O aumento da somatostatina (hipotálamo) inibe a produção de GH; · Obesidade e ingestão alta de carboidratos aumentam a concentração dessa; · Cálculo da estatura-alvo: Calcula o quanto a criança deverá crescer dentro de um alvo genético: · Meninas: · Meninos: · Todas as medidas são em centímetros; · Avaliação do crescimento: Fazer uma boa anamnese dos fatores que podem influenciar o crescimento; · Exames físicos: Perímetros (cefálico, torácico, abdominal), estatura (abaixo de 2 anos usa régua móvel e acima de 2 anos usa estadiômetro fixo na parede), peso; · Utilizamos gráficos de percentil também; · É diferente para os sexos; · Não avalia o quão abaixo/acima da normalidade a criança está; · Acima do percentil 3 e abaixo do 97 é considerado dentro da normalidade (sem considerar a genética); · Proporção dos segmentos corporais: Perímetro cefálico, segmentos superior e inferior, estatura sentada e envergadura; · Analisamos a maturação do crescimento ósseo via atlas de Greulich e Pyle e método TW2; · GP: Avalia raio-x lado a lado (padrão e do paciente); · TW2: Avalia osso por osso, também os comparando · Metacarpos, falanges, ulna e rádio, capitato, hamato, lunato, escafoide, trapézio, trapezoide, piramidal; puberdade · Transição da infância para a adolescência; · O que mais estimula no início da puberdade é um estímulo adrenal, que começa a produzir alguns hormônios; · O hipotálamo produz GnRH, que estimula a hipófise a produzir LH/FSH, que estimulam as gônadas a produzirem Testosterona e Estradiol; · Crescimento acelerado, com aquisição reprodutiva; · Ocorre o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários: · Nas meninas temos o crescimento das mamas (estrogênio ovariano) e pelos (andrógenos adrenais); · Nos meninos temos os pelos (andrógenos testiculares e adrenais) e o aumento do volume testicular; · Inicia-se nas mulheres entre os 8-13 anos (média 10,5 anos), e nos homens entre 9-14 anos (média 12 anos); · Existe atraso puberal e puberdade precoce; · A menina para de crescer antes que os meninos; · Devemos perguntar sobre o desenvolvimento puberal do paciente (perguntar aos pais sobre o início da puberdade deles também, para termos a noção genética); · A passagem pubertária é influenciada por: genética (principal), exposição à luz, emocional, nutricional, estados de saúde, localização geográfica; · Maturação masculina: P1 – sem pelos, P2 – crescimento de pelos finos, longos e discretamente pigmentados, P3 – pelos escuros, espessos e encaracolados, P4 – pelos adultos em menor quantidade, P5 – pelos adultos em quantidades normais; · Gônadas: G1 – tamanho infantil, G2 – aumento de testículos e escroto, com sua pele afinando, G3 – aumento dos testículos e pênis em comprimento, G4 – aumento continua, com proeminência da glande, G5 – genitais adultos; · Maturação feminina: P1 – pré adolescência, P2 – pelos macios, longos e discretamente pigmentados, P3 – pelos escuros, ásperos sobre o púbis, P4 – pelugem adulta em área reduzida, P5 – pelugem adulta de área normal; · Mamas: M1 – pré-adolescência, M2 – mama em formato de botão (telarca, aparecimento do broto mamário), M3 – maior aumento mamário, M4 – projeção das aréolas e das papilas, M5 – mamas em tamanho adulto; · O intervalo entre 2 marcos puberais é de, em média, 1 ano (se for menor que 6 meses é anormal); · Meninas: Telarca pubarca menarca (sempre a última a acontecer, quando a mama chega no estágio IV); · Entre a telarca e menarca temos um período de tempo de 2,5 anos; · Meninos: Aumento do volume testicular pubarca aumento do tamanho peniano; · Pilificação facial ocorre em P3 (surgimento de barba e bigode); · O “estirão” possui 3 fases: · Velocidade de crescimento mínima; · Pico máximo de velocidade de crescimento; · Desaceleração em razão da fusão epifisária; · Meninas: estádios MII e MIII; · Meninos: estádios GIII e GIV; · Em relação ao peso, o estirão das meninas ocorre após a menarca (massa gorda); · Nos meninos, o estirão de peso é às custas de massa magra (mais músculos, relacionados com a testosterona), e acontece junto com o estirão de crescimento;
Compartilhar