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Ética Profissional


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Boas-vindas
 
Olá!
 
É com grande satisfação que o ZAYN – Instituto Mineiro de Formação Continuada agradece por escolhê-lo para realizar e/ou dar continuidade aos seus estudos. Nós do ZAYN estamos empenhados em oferecer todas as condições para que você alcance seus objetivos, rumo a uma formação sólida e completa, ao longo do processo de aprendizagem por meio de uma fecunda relação entre instituição e aluno.
Prezamos por um elenco de valores que colocam o aluno no centro de nossas atividades profissionais. Temos a convicção de que o educando é o principal agente de sua formação e que, devido a isso, merece um material didático atual e completo, que seja capaz de contribuir singularmente em sua formação profissional e cidadã. Some-se a isso também, o devido respeito e agilidade de nossa parte para atender à sua necessidade.
Cuidamos para que nosso aluno tenha condições de investir no processo de formação continuada de modo independente e eficaz, pautado pela assiduidade e compromisso discente.
           Com isso, disponibilizamos uma plataforma moderna capaz de oferecer a você total assistência e agilidade da condução das tarefas acadêmicas e, em consonância, a interação com nossa equipe de trabalho. De acordo com a modalidade de cursos on-line, você terá autonomia para formular seu próprio horário de estudo, respeitando os prazos de entrega e observando as informações institucionais presentes no seu espaço de aprendizagem virtual.  
          Por fim, ao concluir um de nossos cursos de pós-graduação, segunda licenciatura, complementação pedagógica e capacitação profissional, esperamos que amplie seus horizontes de oportunidades e que tenha aprimorado seu conhecimento crítico a cerca de temas relevantes ao exercício no trabalho e na sociedade que atua. Ademais, agradecemos por seu ingresso ao ZAYN e desejamos que você possa colher bons frutos de todo o esforço empregado na atualização profissional, além  de pleno sucesso na sua formação ao longo da vida.
 
	ÉTICA PROFISSIONAL
	ZAYN
	EMENTA:
Na disciplina Ética Profissional será estudado o conceito de ética; as relações entre ética e moral; considerações sobre a ética na educação; a escola enquanto formadora de indivíduos; a formação na família que antecede a escola e sua importância para o indivíduo; relação professor e aluno na promoção da ética na educação e a importância das três dimensões do ato pedagógico: ética, axiológica e epistemológica.
	CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
- Introdução: Conceituando a ética
1. Relações entre ética e moral
2. Ética na educação
3. A escola formadora de indivíduos
4. Formação na família que antecede a escola
5. Relação professor e aluno: educação ética
6. Três dimensões do ato pedagógico
- Atividades
- Leitura Complementar
- Referências
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Organização do conteúdo:
Prof.ª M.ª Jéssica de Freitas Lopes
 
 
 
CARACTERIZAÇÃO DA DISCIPLINA
Disciplina: ÉTICA PROFISSIONAL
 
EMENTA
 
Na disciplina Ética Profissional será estudado o conceito de ética; as relações entre ética e moral; considerações sobre a ética na educação; a escola enquanto formadora de indivíduos; a formação na família que antecede a escola e sua importância para o indivíduo; relação professor e aluno na promoção da ética na educação e a importância das três dimensões do ato pedagógico: ética, axiológica e epistemológica.
 
OBJETIVOS
 
Refletir sobre a ética na educação, bem como as relações entre educadores e educandos para a promoção de tal.
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
 
- Introdução: Conceituando a ética
1. Relações entre ética e moral
2. Ética na educação
3. A escola formadora de indivíduos
4. Formação na família que antecede a escola
5. Relação professor e aluno: educação ética
6. Três dimensões do ato pedagógico
- Atividades
- Leitura Complementar
- Referências
 
 
SUMÁRIO
 
	Introdução: Conceituando a ética
	07
	1. Relações entre ética e moral
	07
	2. Ética na Educação
	  08
	3. A escola formadora de indivíduos
	  08
	4. Formação na família que antecede a escola
	09
	5. Relação professor e aluno: educação ética
	  10
	6. Três dimensões do ato pedagógico
	  11
	Atividades
	12
	Leitura Complementar
	14
	Referências
	24
 
 
 
ÉTICA PROFISSIONAL
 
Introdução: conceituando a ética
 
 A ética pode ser considerada a busca pela felicidade como a recompensa de um esforço constante do ser humano, sendo este o que há de mais valioso na vida dos indivíduos e dos povos. Neste caso, é de extrema importância investigar sobre o que é bom e o que é mau para alcançar a felicidade. No cotidiano em que vivemos essa busca já se tornou muito comum, embora pareça impossível, pois a cada momento a idealização dessa felicidade muda, ou porque o objetivo já foi alcançado e já existem outros desejos (COMPARATO, 2006).
Caetano e Silva (2009) afirmam que a ética gira em torno de princípios e valores, o que orienta a ação do estabelecimento de regras para o bem. Ou seja, ter ética pode significar ser bom.
Para Vasquez (1992, p.2) ética “é um comportamento pautado por normas, em que consiste o bom - visado pelo comportamento moral, do qual faz parte o procedimento do indivíduo concreto ou o de todos”.
 
   1. Relações entre ética e moral
No Dicionário Aurélio Buarque de Holanda, ética e moral são “o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto” (p.300; p.471).
A ética apresenta caráter teórico e a moral é um conjunto de normas e condutas adequadas ao comportamento humano em meio à sociedade. A moral institui princípios de vida capazes de orientar os indivíduos homem para ações moralmente corretas. O homem é um ser moral, um ser que avalia sua ação a partir de valores para designar as regras e princípios legitimados ou determinados individualmente (RENGEL e GUAZZELLI, s/d).
   2. Ética na Educação
 
É um grande desafio nas redes escolares contribuir para a formação moral e ética dos educandos enquanto cidadãos. É necessário que, na educação, seja construída e problematizada a participação do indivíduo na vida pública e na sociedade no geral. Isso reflete a consciência de realidades, conflitos, interesses individuais e sociais, o conhecimento de mecanismos de controle e defesa de direitos, a noção dos limites e das possibilidades de ações individuais e coletivas (RENGEL e GUAZZELLI, s/d).
De acordo com Benedetti e Urt (2008) existem características individuais, sociais e ambientais, que contribuem para moldar a personalidade ou definir comportamentos, sobretudo a qualidade dos relacionamentos humanos.
De acordo com Freire (1996), a escola apresenta o papel fundamental de potencializar e sensibilizar o comportamento ético e civil de seus educandos que são indispensáveis para uma boa convivência e participação ativa na sociedade. Portanto, o espaço escolar deve ser envolvido pelo respeito às diversas diferenças.
 
   3. A escola formadora de indivíduos
 
As crianças estão chegando cada vez mais cedo na escola e nela permanecerão por um longo tempo de suas vidas. Cada vez mais a Escola exercerá ou deveria exercer um papel que a ela jamais foi atribuído nos tempos passados: o de ser a instituição formadora dos seres humanos (RODRIGUES, 2001).
Assim, cabe a ela formar cidadãos conscientes, o ensino não pode alienar as pessoas. Os educandos devem ser formados para pensar e questionar e não para aceitar o que a sociedade impõe.
Por isso se faz necessário estar sempre atento à qualidade no que diz respeito ao papel do educador que reflete na formação educacional desde o primeiro contato com a instituição (RENGEL e GUAZZELLI, s/d). O educador e suas relações com os educandos são de extrema importância para a formação cidadã dos estudantes.
 
   4. Formação na família que antecede a escola
 
 Fonte: imagem retirada da internet
A escola estabelece a cidadania, é o lugar onde as crianças deixam de pertencer exclusivamente à família para integrarem-se numa comunidade mais ampla em que os indivíduos estão reunidosnão por vínculos de parentesco ou de afinidade, mas pela obrigação de viver em comum. Onde todos vivem sob as mesmas regras e precisam aprender a respeitá-las (CANIVEZ, 1991).
Nessa mesma perspectiva, a escola apresenta a importante função de contribuir para fortalecer a democracia. É o compromisso com a democratização de suas práticas que contribui para que ela seja, de fato, um espaço público, e a configura como um local que reconhece a necessidade do respeito à percepção do outro e do seu modo de existir (RENGEL e GUAZZELLI, s/d).
Tanto a família como a escola devem ser responsáveis pela formação dos indivíduos. Para melhores resultados ambas deveriam seguir sempre juntas em prol da cidadania, formação e ética. É no cunho familiar que se inicia o processo de formação cidadã. Muitas vezes a família é permeada por conflitos e relações dificultosas, o que irá influenciar a formação do indivíduo também dentro da escola.
   5. Relação professor e aluno: educação ética
 
A relação professor-aluno implica conceber a educação como um processo que contribui para um duplo processo: pensar um projeto plural de sociedade e refletir a respeito do ser humano e das possibilidades que ele tem para se transformar do que é para o que poderá vir a ser. Afinal, essas são dimensões que se alimentam constantemente, visto que homem e educação criam-se simultaneamente (SOUSA, s/d).
Para ser significativa, a aprendizagem ocorre mediante a criação, pelo educador, de determinadas condições que ajudem o aluno na aprendizagem e produção de conhecimentos. Tal processo implica que o trabalho do professor vá além da transmissão de informações e conhecimentos, é preciso sensibilidade. Por exemplo: ao fazer perguntas e ouvir os alunos, o educador cuida para que os educandos possam expressar suas ideias, dar opiniões e construir conceitos próprios. Sob esse ângulo, o seu trabalho desencadeia nos educandos reações diversas, ao mesmo tempo em que nega o caráter tradicional de sua atuação pedagógica (SOUSA, s/d).
Para o exercício da ética, educadores e educandos devem se encontrar como aprendizes e conduzirem práticas pedagógicas que levem em consideração os saberes e não-saberes uns dos outros.
A relação professor-aluno precisa assumir um caráter dialógico e emancipatório. Portanto, é fundamental que essa relação gere um clima de liberdade que, de fato, combata o vínculo de dependência e poder que, tradicionalmente, veio se manifestando no aluno em relação ao professor (SOUSA, s/d).
Os educandos precisam encontrar apoio nos professores, mas não devem considerá-los donos de saberes. E educandos devem respeitar seus educadores e construírem juntos o conhecimento e maneiras de vencer possíveis dificuldades.
   6.Três dimensões do ato pedagógico
 
De acordo com Sousa (1999, p.23) na relação professor-aluno é importante considerar que o ato pedagógico apresenta três dimensões complementares entre si:
· Dimensão axiológica
Implica considerar que o ser humano deve ter sua expressão assegurada integralmente, visto que a educação deve assumir a tarefa de propiciar o seu desenvolvimento de forma gradativa [...] devemos evitar abrir mão dessa integralidade dos valores educacionais, sob pena de fragmentarmos a ação pedagógica (p. 23).
· Dimensão epistemológica
 
O professor deve evitar cair tanto em dogmatismo quanto em relativismos pouco fundamentados e acríticos que possam vir a banalizar a discussão dos conteúdos, bem como o seu próprio processo formativo como profissional da educação (p. 23).
 
· Dimensão – ética
Sempre que alguém reconhece um conhecimento ético relacionado com os valores morais [...] estabelece-se entre esse saber e o sujeito uma relação que é instalada não a partir de uma votação democrática, mas de um compromisso de natureza pessoal (p.23).
 
 
ATIVIDADES
   1- 
 
Disserte em 10 linhas sobre a relação da imagem com o tema: “Ética na Educação”.
 
 
   2- Cite as três dimensões pedagógicas abordadas na apostila e escreva o que você compreendeu sobre elas.
 
   3- Qual é a importância da relação professor-aluno no contexto da ética na educação?
 
  4- A formação familiar é vista como base da formação escolar. Você concorda com essa afirmação? Justifique a sua resposta.
 
   5- Você concorda que a escola é formadora de indivíduos?  Ela tem formado adequadamente os educandos?
 
   6- Para você qual é a relação entre ética e moral?
 
   7- “A dimensão ética da relação professor-aluno merece especial atenção, notadamente quando se parte da premissa que o professor é um profissional que, ao invés de meramente transmitir saberes, é responsável pela mediação entre o conhecimento e o educando, o que se dá por meio de sua prática pedagógica.”
 
Com base no fragmento como deve ser a postura do educador para a construção da ética na educação?
 
   8- O que é ética para você?
 
 
LEITURA COMPLEMENTAR
ÉTICA E EDUCAÇÃO: QUE RELAÇÃO É ESTA?
 
José Vieira de Sousa
 
Introdução
 
 Ao longo dos séculos, a importância da ética no processo formativo dos indivíduos tem sido objeto de discussão de muitos filósofos, educadores e teóricos de diversas áreas do conhecimento. Particularmente, nos últimos anos, esse debate tem se intensificado, por vários motivos, merecendo aqui destacar dois deles. Um é natureza mais geral, e diz respeito às profundas transformações sofridas pela sociedade contemporânea, nos mais variados setores da vida humana. O segundo refere-se ao desafio de a educação formar indivíduos que sejam, ao mesmo tempo, reflexivos e autônomos, porém sem a perda dos laços de solidariedade social.
Esses dois fatores têm concorrido para ampliar reflexão sobre a relação ética e educação, considerando que o caráter social desta última, acaba por configurá-la em um processo por meio do qual se dá o próprio processo de constituição dos humanos. Nessa perspectiva, a educação contribui para que os homens construam suas relações buscando referência nos valores defendidos na vida social, os quais ganham consistência em contextos sócio-históricos específicos.
Por sua vez, a escola é a instituição social que, no mundo moderno, assume um duplo compromisso: trabalhar a sistematização, transmissão e (re)construção dos saberes historicamente produzidos, e promover a formação ética dos indivíduos, na perspectiva da construção e consolidação da cidadania plena. Em função disso, a dimensão ética da relação professor-aluno merece especial atenção, notadamente quando se parte da premissa que o professor é um profissional que, ao invés de meramente transmitir saberes, é responsável pela mediação entre o conhecimento e o educando, o que se dá por meio de sua prática pedagógica.
Considerando o exposto, o objetivo do presente artigo é analisar a relação entre ética e educação, ressaltando elementos que concorram para sua compreensão em dois contextos interdependentes – educação concebida como prática social e educação formal, desenvolvida no interior da instituição escolar.
 
Sentido e alcance da educação como prática social
 
Do ponto de vista etimológico, a palavra latina educare é a raiz do vocábulo educação, e significa o ato de alimentar ou criar. Nesse sentido, educação pode ser compreendida apenas como instrução ou mera aquisição de informações (alimentar o outro com informações), sem uma reflexão crítica do conhecimento acumulado.
Em uma segunda acepção, educação significa a formação integral do ser humano (educere) sendo, assim, o processo que indicaria o pleno desenvolvimento das potencialidades do homem. Esse outro sentido implica considerar o educando como um sujeito ativo que faz parte de determinado grupo social, e que acumula, sistematiza e reelabora conhecimentos, levando em conta as relações que estabelece com os demais membros desse mesmo grupo. Nessa perspectiva, a educação pode ser concebida como uma prática social que ocorre em um contexto histórico, de forma relacionada à maneira como os homens produzem sua própria existência, possuindo múltiplos sentidos e alcances para o indivíduo e a coletividade.
De fato, nenhum indivíduo escapada educação, pois ela ocorre em todos os espaços sociais, sendo um deles o escolar. Assumindo um real significado para os grupos humanos que o vivenciam, a educação revela um caráter eminentemente social, considerando o contexto no qual se realiza. Nessa lógica, ela “[…] é um dos principais meios de realização de mudança social ou, pelo menos um dos recursos de adaptações das pessoas, em um mundo em mudança […]”. (BRANDÃO, p. 23)
Também é relevante destacar que, como prática social, a educação sempre está fundada em uma visão de mundo, de conhecimento, e de homem. Essa visão assume um caráter transformar ou não frente à realidade social, o que acaba por influenciar diretamente o processo formativo dos indivíduos. Assim, sempre há uma intencionalidade na prática pedagógica, bem como nas ações de professores e alunos. Essas ações são orientadas por concepções que se originam em função de determinados condicionantes de natureza política, econômica, social, cultural etc.
Mergulhado em avanços tecnológicos e científicos de grande alcance, a sociedade contemporânea é marcada por perplexidades e incertezas diversas. Todavia, paradoxalmente, essa mesma sociedade convive com um expressivo crescimento de problemas graves, como, por exemplo, fome e miséria que avassalam continentes e regiões bastante diferenciadas do planeta. Neste contexto, cabe perguntar: O significa educar? Que valores éticos devem ser defendidos em um mundo que, de repente, ficou pequeno e globalizado, considerando o avanço do conhecimento e suas repercussões sobre a vida das pessoas?
Perguntas como essas reforçam a convicção de que, no mundo atual, a educação vê-se diante de diversos problemas, frente aos quais precisa se posicionar de forma crítica. Dentre esses problemas, merecem destaque a formação para a cidadania plena, a necessidade do respeito à diversidade cultural, a democratização tanto da sociedade quanto do próprio espaço escolar e o combate à violência.
Particularmente, em relação ao último item, Chauí (2000) enfatiza que os atos de violência cometidos contra os homens caracterizam-se como ações que retiram dos indivíduos sua autonomia, coisificando-os, desumanizando-os. Situando o debate no âmbito da formação cultural brasileira, a autora ressalta que nossa sociedade revela também diversas formas de violência simbólica, sendo
 
[...] marcada pela estrutura hierárquica do espaço social que determina a forma de uma sociedade fortemente verticalizada em todos os seus aspectos: nela, as relações sociais e intersubjetivas são sempre realizadas como relação entre um superior, que manda, e um inferior, que obedece. As diferenças e assimetrias são sempre transformadas em desigualdades que reforçam a relação mando-obediência. O outro jamais é reconhecido como sujeito nem como sujeito de direitos, jamais é reconhecido como subjetividade nem como alteridade. (p. 89).
 
Considerando esse cenário, é fundamental que as políticas públicas definidas para a educação, no país, invistam, cada vez mais, em ações que estabeleçam e consolidem a relação educação e cidadania, bem como em outros temas a ela relacionados como democracia, justiça, solidariedade e autonomia.
Dentre as várias questões que circundam a discussão sobre a formação para a cidadania, duas merecem destaque: O que é cidadania? Como formar um cidadão? Para a primeira pergunta, podemos sinalizar, ainda que provisoriamente, que cidadania é algo complexo, que vai além da mera formalidade: trata-se, na verdade, de um processo político. Quanto à segunda pergunta, Coutinho (1994) nos esclarece que, para formar um cidadão, a educação precisa atualizar “[...] todas as possibilidades de realização humana abertas pela vida social em cada contexto historicamente determinado” (p. 2).
No Brasil, do ponto de vista legal, a formação para a cidadania é um dos princípios e fins da educação nacional. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 9.394/96 – trata a questão nos seguintes termos:
Art. 2º. A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
 
Na perspectiva filosófica de Kant (1985), a autonomia dos sujeitos corresponde à conquista da sua maioridade intelectual e moral. É por meio de uma consciência autônoma, que os indivíduos sabem resolver problemas diversos, desenvolvendo uma reflexão própria. Para tanto, é preciso utilizar conhecimentos e não apenas informações, e apoiar-se em princípios éticos e não apenas em vivências que, muitas vezes, podem não traduzir os valores morais do coletivo.
Sem dúvida, toda educação exige, em alguma medida, o diálogo entre os sujeitos que realizam. Assim, a ética torna-se indispensável, sobretudo, porque pode contribuir para o processo de humanização dos homens, considerando os valores que norteiam suas condutas. Dessa questão trataremos no próximo item do texto.
 
Natureza e alcance da ética para a educação: negociando entendimentos
 
Toda ação humana é baseada em determinados valores que, por sua vez, estão estreitamente relacionados aos interesses que movem os atos de cada indivíduo. Essa premissa leva ao reconhecimento de que a ética precisa estar permanentemente presente nas práticas da escola! Para tanto, é fundamental que todos os educadores questionem o sentido de suas ações em sua prática pedagógica, afinal a ética não se ensina de forma isolada como uma disciplina qualquer. Ao contrário, ela perpassa todos os componentes curriculares, mostrando-se nas atitudes dos docentes e dos outros indivíduos que vivenciam a escola.
Todavia, uma compreensão mais contextualizada da questão ora levantada supõe a discussão, ainda que breve, do que podemos entender por ética, bem como de sua natureza e alcance em relação ao fenômeno educativo.
Ainda que não seja intenção deste texto proceder á uma “arqueologia teórica” do conceito de ética, é fundamental registrar que a ética começa a ser discutida ainda no mundo grego. Contudo, para os interesses do presente trabalho esse conceito será focalizado de forma associada a outro que lhe é complementar, quando se discutem as ações humanas – a moral. Tal reflexão é necessária para, no item seguinte, discutirmos a dimensão ética na relação professor-aluno.
Na verdade, tanto a ética quanto a moral vêm sendo objeto de discussão dos diversos ramos das ciências humanas e da filosofia. Particularmente, no campo desta última, é grande o volume de obras produzidas a respeito, desde os filósofos gregos até os dias atuais. Apesar disso, é muito comum, na vida cotidiana, serem igualados os significados de ética e moral. Todavia, é preciso distinguir esses conceitos, visto que ambos, em uma análise mais cuidadosa, não são sinônimos.
De fato, algumas palavras possuem um alcance polissêmico considerável. Dentre elas, está a ética que, muitas vezes, é vista como uma “[...] daquelas coisas que todo mundo sabe o que são, mas que não são fáceis de explicar, quando alguém pergunta” (VALLS, 1993, p. 7). Mas é preciso lembrar, também, que ética é um vocábulo a ser interpretado levando em conta a cultura na qual é invocado.
No plano etimológico, ética é "o estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto". (FERREIRA, 1995, p. 280).
Aprofundando a etimologia dessa palavra, cabe registrar que ética deriva do grego ethos, que quer dizer o modo de ser, o caráter. Todavia, o mundo romano traduziu o ethos grego para o latim mos, moris, cujo significado é costume, do qual se originou a palavra moral. Nessa perspectiva, as duas palavras sinalizam um tipo de conduta – o comportamento propriamente humano, que não é natural. Em função disso, a ética é histórica e socialmente construída, tomando como referência as relações coletivas dos humanos.
Todavia, é importante um exame mais detalhado da naturezae do alcance dos dois termos mencionados, especialmente quando desejamos associá-los à educação. De acordo com Vázquez (1980), a ética corresponde à preocupação na maneira como os indivíduos tornam legítimas suas relações sociais, o que a caracteriza como uma reflexão crítica a respeito dos atos morais dos sujeitos, considerando determinada realidade. Para o autor, trata-se de algo conquistado e adquirido pelo hábito, no sentido de universidade do comportamento humano.
 
Em decorrência de um contexto social, político, econômico e cultural, a ética é universal, possibilitando o estabelecimento de um código regulador de condutas para todos os indivíduos que compõem certo grupo social. Nesse sentido, o código estabelecido pela ética é relativo ao contexto no qual os sujeitos éticos vivem e praticam suas ações de caráter moral. Em síntese, a ética pode iluminar a consciência do homem, fundamentando e dirigindo suas ações, no plano individual e social. (SOUSA, 2007, p. 226).
 
A ética pode ser compreendida, portanto, como uma crítica reflexiva a respeito da moral que orienta a conduta humana. Sob esse ângulo, sua principal função é problematizar as atitudes, bem como as finalidades e os valores que orientam a ação do homem. Portanto, a ética situa-se no campo dos princípios morais e dos valores que orientam os homens em suas ações, tomando como referência outros indivíduos de determinada sociedade. Sendo um produto histórico social, a ética ilumina a consciência humana, à medida que “[...] sustenta e dirige as ações do homem, norteando a conduta individual e social [...] e define o que é virtude, o que é bom ou mal, certo ou errado, permitido ou proibido, para cada cultura e sociedade.” (SOUZA, 1995, p. 187)
Devido ao seu alcance para a conduta humana, a ética tem figurado como um grande eixo aglutinador de discussões de um considerável número de teóricos vinculados às mais variadas áreas do conhecimento. Do ponto de vista sociológico, por exemplo, uma importante contribuição vem de Weber (1991) para quem, na conduta dos humanos, há duas éticas que estabelecem, entre si, uma relação de antinomia – ética da responsabilidade e ética das finalidades.
De acordo com o autor, podemos compreender a ética da responsabilidade como sendo aquela que leva os humanos a orientarem suas condutas, refletindo sobre possíveis repercussões das atitudes que possam vir a tomar em determinado contexto social. Embora não regule a conduta do homem comum, mas do homem político, essa ética suscita nos indivíduos a reflexão em torno da relação meio-fins e chama o homem à responsabilidade de fazer uma previsão do que pode decorrer de suas decisões. Nessa dimensão ética, o sujeito social modela seus atos e “[...] age sempre tendo outros sujeitos em mente, à medida que precisa imprimir uma intencionalidade às suas ações; ao levar o outro em consideração, realiza, portanto, uma ação refletida.” (SOUSA, 2007, p. 237)
O segundo tipo – ética das finalidades – ganha consistência e visibilidade em relação ao homem comum, levando-o a agir conforme seus sentimentos e valores, o que muitas vezes implica ações dotadas de certa ingenuidade. Portanto, ao utilizar-se dessa ética, o homem não mede muito as consequências dos seus atos, nem tampouco a coerência e adequação dos meios que pode utilizar para obter certos resultados, considerando as relações que estabelece com os outros indivíduos. Por isso, nessa postura prevalece a noção de eficácia e não o caráter refletido da própria ética.
Também é relevante considerar que toda reflexão ética e moral possui uma historicidade. Vázquez (1980) explicita a relação entre ambas nos seguintes termos:
 
A moral não é ciência, mas objeto da ciência; e, neste sentido, é por ela estudada e investigada. A ética não é a moral e, portanto, não pode ser reduzida a um conjunto de normas e prescrições; sua missão é explicar a moral efetiva [...] A ética pode servir para fundamentar uma moral, sem ser em si mesma normativa ou preceptiva. (p. 13).
 
Sob esse ângulo, o caráter de reflexividade assegura à ética uma posição acima da moralidade. Assim, a ética é a reflexão crítica a respeito da moral, à medida que busca distanciar-se das ações para melhor analisá-las, embora preserve com essas mesmas ações a necessária articulação, levando em conta os contextos sociais nos quais elas são realizadas.
Então, em que se diferenciam ética e moral? Para Lalande (1993), a resposta para esta questão implica considerar que “[...] historicamente a palavra ética foi aplicada à moral sob todas as suas formas, quer como ciência, quer como arte de dirigir a conduta”. (p. 348). Levando em conta essa ideia, o autor define a ética como uma ciência cujo objeto de estudo corresponde aos juízos de apreciação a respeito do conjunto de atos humanos, considerados estes como bons ou maus. Essa é outra ideia que contribui para o entendimento de porque a ética possui um caráter mais genérico que a moral.
Todavia, por mais que possam ser tomadas como instâncias intercambiáveis entre si, ética e moral são conceitos distintos. Ricoeur (1990) diferencia ambas nos seguintes termos: “[...] é por convenção que reservarei o termo ética para a procura de uma vida boa e o de moral para a articulação entre esta perspectiva e as normas caracterizadas ao mesmo tempo pela pretensão à universalidade e por um efeito de coação.” (1990, p. 200)
Para Lalande (1993), a moral corresponde ao conjunto de determinações de comportamentos aceitos em uma época e sociedade. Assim, ela equivale a regras que restringem a liberdade do indivíduo, caracterizando-se como um campo no qual são estabelecidos os valores que dizem respeito ao bem e ao mal, ao desejável e ao indesejável em termos de comportamento dos indivíduos.
A ética efetivamente contribui para o convívio da pluralidade nos vários espaços públicos, dentre os quais se destaca a instituição escolar. Nesse nível de entendimento, cabe perguntar: como a escola pode contribuir, na sociedade contemporânea, para a formação ética dos indivíduos, desenvolvendo valores como, por exemplo, justiça, solidariedade e autonomia?
A resposta a essa pergunta, certamente não é fácil e rápida. Todavia, no mundo globalizado, cresce substantivamente a importância e responsabilidade da escola com a formação integral dos indivíduos e, portanto, com a dimensão ética dos sujeitos. Considerando essa ideia, a escola é um espaço extremamente favorável para a construção e formação ética dos indivíduos.
 
Mesmo com limitações, a escola participa da formação moral de seus alunos. Valores e regras são transmitidos pelos professores, pelos livros didáticos, pela organização institucional, pelas formas de avaliação, pelo comportamento dos próprios alunos, e assim por diante. [...] Isso significa que essas questões devem ser objeto de reflexão da escola como um todo, ao invés de cada professor tomar isoladamente suas decisões. Daí a proposta de que se inclua o tema ética nas preocupações oficiais da educação. (RIOS, 2002, p. 70)
 
Por outro lado, é preciso compreender que a escola está inserida em uma realidade que a influencia e, ao mesmo tempo, é influenciada por ela. Nessa realidade, diversos problemas fazem-se presentes, como, por exemplo, diversas formas de violência – agressões, consumo de drogas, ameaças, preconceitos e discriminações contra as diferenças culturais, desrespeito aos direitos humanos dos vários segmentos que a compõem (professores, alunos, funcionários técnico administrativo, pessoal de apoio, pais). Além disso, há uma gama de situações que, frequentemente, acabam por afrontar a dimensão ética da formação dos indivíduos. Em nossas escolas não é diferente, por isso discutir
 
 [...] ética hoje, na sociedade brasileira, constitui um desafio, porque, ao mesmo tempo que vemos os indivíduos se referirem a ela com frequência, percebemos uma descrença em relação à possibilidade de sua interferência. Na medida em que por todo lado verificamos ações que rompem com a dignidade humana, parece não ter sentido reclamar a presença da ética.[...] Na verdade, é por essa razão mesmo que temos necessidade de buscá-la. É ela que, ao ter no horizonte o bem comum e a dignidade humana, exige que estejam presentes o respeito mútuo, a justiça, a solidariedade, o diálogo, bases de construção da cidadania. (RIOS, 2002, p. 68)
 
Com efeito, a dimensão ética da educação contribui para formar e construir o indivíduo, além de lhe permitir perceber-se como um membro do grupo social. Por esse motivo, a ética não pode ser reduzida ao campo da teorização a respeito do agir moral. Ao contrário, ela é algo extremamente prático que preserva estreita relação com a ação dos sujeitos na sociedade, em seus diferentes contextos – político, social, econômico, cultural, educacional etc. Em função disso, a ética acaba assumindo efetivamente um caráter eminentemente coletivo e não individual.
Diante desse cenário, trazer a ética para a educação escolar impõe aos educadores vários desafios, como, por exemplo, desenvolver a capacidade de distinguir os limites que assegurem a coexistência de valores que traduzam a diversidade das culturas e dos indivíduos, bem como reconhecer e administrar os conflitos que possam decorrer da convivência dessas diferenças. Outros desafios dizem respeito a promover uma educação ética que ensine os educandos a combater preconceitos e discriminações de naturezas diversas, e abrir-se ao diálogo com valores diferentes daqueles presentes em seu meio social. Para tanto, o educador precisa assumir um compromisso que articule conhecimento científico e consciência político-social na prática educativa, como nos alerta Freire (1996):
 
O preparo científico do professor ou da professora deve coincidir com sua retidão ética. É uma lástima qualquer descompasso entre aquela e esta. Formação científica, correção ética, respeito aos outros, coerência, capacidade de viver e aprender com o diferente, não permitir que o nosso mal-estar pessoal ou a nossa antipatia com relação ao outro nos façam acusá-lo do que não fez, são obrigações a cujo cumprimento devemos humilde mas perseverantemente nos dedicar. (p. 16)
 
De fato, a formação ética dos indivíduos na escola exige um novo relacionamento entre professor e aluno, de forma a ocorrer o reconhecimento e a legitimidade da ética no processo educativo. Por isso, mais do que ensinar conceitos e valores como cidadania, crítica, democracia, solidariedade e respeito, é preciso que os atores vivenciem e compartilhem tais valores no ambiente escolar. Este pode ser o caminho para que ocorram atitudes transformadoras no espaço escolar.
 
Texto completo disponível em:
http://servicos.catolicavirtual.br/conteudos/graduacao/disciplinas/cursos_virtuais/etica/html/uea_01/leituras/artigo_etica_e_educacao.pdf
 
 
Referências Bibliograficas
 
BENEDETTI, Ieda; URT, Sônia da Cunha. “Escola, ética e cultura contemporânea: reflexões sobre a constituição do sujeito que 'não aprende'". Psicologia da Educação, n. 27, p. 141-155, 2008.
CAETANO, Ana Paula; SILVA, Maria de Lurdes. Ética profissional e Formação de Professores. 2009.
CANIVEZ, Patrice. Educar o cidadão? São Paulo: Papirus, 1991.
COMPARATO, Fábio Konder. Ética: direito, moral e religião no mundo moderno. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática docente. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
RENGEL, Patrícia; GUAZZELLI, Carolina Torres. Reflexões sobre a ética na educação. S/d.
SOUSA, José Vieira. Ética e educação: que relação é esta? s/d. Disponível em: http://servicos.catolicavirtual.br/conteudos/graduacao/disciplinas/cursos_virtuais/etica/html/uea_01/leituras/artigo_etica_e_educacao.pdf acesso em 18 de agosto de 2017.
SOUSA, José Vieira. Os sujeitos sociais, éticos e políticos e suas relações sociais. Curso de Pós-Graduação/Especialização Fundamentos Educacionais para a Formação de Recursos Humanos da Polícia Federal, Brasília - DF: FE/UnB, v. 4, p. 45-76, 1999.
VÁSQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. Civilização Brasileira, 1992.