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Prévia do material em texto

SIMULADO ABERTO
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a Proposta de
Redação, dispostas da seguinte maneira:
a)questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b)Proposta de Redação;
c) questões de número 46 a 90, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder
apenas às questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua
inscrição.
2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de
acordo com as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou
apresente qualquer divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as
providências cabíveis.
3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde
corretamente à questão.
4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.
5. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as
marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na
avaliação.
6. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO.
7. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE
QUESTÕES e o CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO.
8. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação
e poderá levar seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30
minutos que antecedem o término das provas.
ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA,
com sua caligrafia usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase:
1.o DIA
RESOLUÇÕES 
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS 
TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
Anna Karenina
By Leo Tolstoy – PART ONE – Chapter 1
Happy families are all alike; every unhappy family is
unhappy in its own way
Everything was in confusion in the Oblonskys’
house. The wife had discovered that the husband was
carrying on an intrigue with a French girl, who had
been a governess in their family, and she had
announced to her husband that she could not go on
living in the same house with him. This position of
affairs had now lasted three days, and not only the
husband and wife themselves, but all the members
of their family and household, were painfully
conscious of it. Every person in the house felt that
there was no sense in their living together, and that
the stray people brought together by chance in any
inn had more in common with one another than they,
the members of the family and household of the
Oblonskys. The wife did not leave her own room, the
husband had not been at home for three days. The
children ran wild all over the house; the English
governess quarreled with the housekeeper, and wrote
to a friend asking her to look out for a new situation
for her; the man-cook had walked off the day before
just at dinner time; the kitchen-maid, and the
coachman had given warning. 
1994, Ramdom House, Inc.
A situação descrita nesse trecho do romance
� discute as questões morais resultantes do com -
por ta men to da governanta.
� introduz as características básicas de alguns dos
personagens principais do romance.
� descreve as atividades rotineiras das crianças da
família Oblonsky.
� apresenta o caos familiar que se instala após uma
revelação de adultério.
� discorre sobre a vida de uma família poderosa
que vivia em Oblonsky.
Resolução
Lê-se no texto:
“Everything was in confusion in the Oblonskys’
QUESTÃO 01
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
house. The wife had discovered that the husband
was carrying on an intrigue with a French girl, who
had been a governess in their family, and she had
announced to her husband that she could not go on
living in the same house with him”.
Resposta: D
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
Cyberbullying is harassment through electronic
means such as telephone text messages, social media
such as Facebook and Twitter or online blogs and
bulletin boards. In normal bullying, students are given
a daily break from the torment as bully and victim
each go to their separate homes. But for victims of
cyberbullying, there is no reprieve, as the abuse
enters into their private lives. In the US, there are at
least 44 states that have anti-bullying laws on the
books. While only six of them use the actual word
"cyberbullying", 31 others have laws that specifically
mention "electronic harassment".
Prosecution in the UK is a little more difficult.
While all schools are required to have anti-bullying
policies in place, cyberbullying itself is not named as
a criminal offence. Offenders in the UK would have to
be charged under various other laws, including the
Protection from Harassment Act of 2003. This makes
prosecution much more difficult.
Authorities agree that in order to stop
cyberbullying, there has to be parental involvement.
Parents need to be vigilant about their children’s
access to technology. They should monitor their
children’s use of social media, especially children
under the age of 14. Bullies are not going to simply
disappear, but parents can go a long way in
protecting their children from being bullied.
Go! English, ano II, n. 14 (fragmento).
De acordo com o texto, nos Estados Unidos, alguns
estados têm leis específicas para assédio via meios
eletrônicos. Já no Reino Unido, a instauração de
processos contra praticantes de cyberbullying é mais
difícil porque
� as vítimas precisam recorrer a outras leis exis -
tentes, pois o cyberbullying não é conside rado
crime.
� as leis que regulamentam o uso da internet e dos
meios eletrônicos de comunicação são inexisten -
tes.
� os pais das vítimas não têm interesse em denun -
ciar os agressores de seus filhos às autoridades
competentes.
� os estudantes com idade inferior a 18 anos não po -
dem sofrer acusações de prática de cyberbullying
ou bullying.
� as leis como a de Proteção contra Atos de
Assédio de 2003 estabelecem que o cyberbullying
não é crime.
Resolução
Lê-se a informação no seguinte trecho do texto:
“Prosecution in the UK is a little more difficult. While
all schools are required to have anti-bullying policies
QUESTÃO 02
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
in place, cyberbullying itself is not named as a
criminal offence. Offenders in the UK would have to
be charged under various other laws, including the
Protection from Harassment Act of 2003. This makes
prosecution much more difficult.”
Resposta: A
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
Movie: Hijras – The Third Gender
Director: Devika Urvashi Bhisé
Duration: 29 minutes
Hijras are the outcastes of Indian society and live
on its fringes. These eunuchs (originally only
castrated males) were once employed by sultans and
maharajas to guard the women in their harems. Now
shunned by society, they are treated with less respect
than the Dalits, or untouchables. Considered neither
men nor women, Hijras have no constitutional rights.
Currently, there is an ongoing debate in India
regarding whether or not they should be granted the
status of a third gender. Most hijras are genetically
born as men, but believe they are women within. The
rest are hermaphrodites with some abnormality in
genitalia. For those born men, becoming a hijra is a
painful process that involves removing the entire
genitalia in a secret ceremony that is often undergone
without any anesthetic.
Currently, most hijras have only three ways in
which they can make a living: prostitution, begging,
and as performing shamans removing bad luck
and/or spells from suspicious Indian households. Sex
work is one of the only options for hijras because
there are few employment opportunities available to
them. Hijras are most commonly seen knocking on
car windows, begging for money at stoplights.Although hijras are feared for their dissimilarities,
they are also revered for their alleged mystical
abilities. Most Indian families seek their blessings
during any auspicious ceremony such as a birth, a
wedding, or the building of a new house.
As pariahs of society, they are subjected to
prejudice that is often translated into verbal abuse,
humiliation, extreme discrimination, and violence in
public as well as private venues. I have documented
a short film to create awareness of the plight of this
segment of society and allow their voices to be heard.
I was privileged to share this community’s inner life
and have tried to capture its stark reality as a friend
rather than a voyeur. The filming took place from
June 2008 to September 2008 in various cities and
locations in India.
Disponível em: <www.engendered.org>. 
O filme Hijras – The Third Gender tem como objetivo
chamar atenção para a situação vivida por um
segmento da sociedade indiana, os hijras. De acordo
com o que se captura dessas vozes no filme e do que
se lê no texto, esse segmento reivindica
QUESTÃO 03
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
� os mesmos direitos dos dalits, ou intocáveis.
� o direito constitucional de sair da marginalidade.
� um processo mais humano de mudança de sexo.
� a regulamentação de suas atuais funções sociais.
� o reconhecimento de suas habilidades místicas.
Resolução
Lê-se no texto:
“Considered neither men nor women, Hijras have no
constitutional rights. Currently, there is an ongoing
debate in India regarding whether or not they should
be granted the status of a third gender.”
Resposta: B 
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
Languages and cultures use non-verbal
communication which conveys meaning. Although
many gestures are similar in Thai and English such
as nodding for affirmation many others are not
shared. A good example of this is the ubiquitous
“Thai smile”. The “smile” carries a far wider range of
meanings in Thai than it does in English culture. This
can sometimes lead to serious communication
breakdowns between Thais and English speakers.
An example from my own early experience in
Thailand illustrates the point. When confronting the
Thai owner of a language school with administrative
problems, complaints regarding student numbers in
the class were met by a beaming smile and little else.
I took this to mean lack of concern or an attempt to
trivialise or ignore the problem. I left the discussion
upset and angry by what appeared to be the owner’s
offhand attitude to my problems.
It was only later when another native speaking
English teacher, with considerably more experience of
Thailand, explained that a smile meant an apology and
the fact that the following day all my complaints had
been addressed, that I fully understood the situation.
Disponível em: www.spring.org.uk (fragmento).
Viver em um país estrangeiro pode ser uma expe -
riência enriquecedora, embora possa também ser um
desafio, pelo choque cultural. A experiência relatada
pelo autor do texto revela diferentes atribuições de
sentido a um determinado compor tamento, mostran -
do que naquela situação o sorriso indicava um(a)
� forma educada de fazer uma reclamação.
� modo irônico de reagir a uma solicitação.
� jeito de reconhecer um erro e se desculpar.
� tentativa de minimizar um problema.
� estratégia para esconder a verdade.
Resolução
No texto:
“It was only later when another native speaking
English teacher, with considerably more experience
of Thailand, explained that a smile meant an apology
and the fact that the following day all my complaints
had been addressed, that I fully understood the
situation.”
Resposta: C
QUESTÃO 04
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
Disponível em: <https://tinyurl.com/ybguaefn>. 
A charge, referente ao ambiente de trabalho, mostra
um chefe sugerindo que seu funcionário
� mude a estratégia de meditação para evitar o
estresse.
� pratique meditação para diminuir a ocorrência de
doenças.
� se reúna com os demais funcionários da empresa
para relaxar.
� simplifique a forma de relaxamento e volte a
trabalhar rapidamente.
� utilize mais o horário de trabalho para cuidar da
saúde física e mental.
Resolução
O chefe sugere que seu funcionário apenas feche os
olhos e respire profundamente três vezes como os
outros funcionários.
Resposta: D
QUESTÃO 05
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS 
TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
La influencia de la literatura en el cerebro: mejora
las habilidades cognitivas y el equilibrio psicológico
Leer un buen libro no solo es un placer, sino algo
bueno para la salud. Estudios observacionales
desarrollados durante más de 10 años, realizados en
personas cercanas a la tercera edad, han demostrado
que la mortalidad de los lectores habituales se reduce
un 20%, algo probablemente relacionado con el
efecto protector de la lectura en las habilidades
cognitivas, así como en el equilibrio psicológico.
La escritura y la lectura se encuentran entre los
grandes logros del homo sapiens y han contribuido a
su capacidad para comunicarse y transmitir
conocimientos. “La capacidad narrativa, la creación de
historias, es mucho más antigua que la invención de la
escritura”, dice Emanuele Castano, del Departamento
de Psicología y Ciencias Cognitivas de la Universidad
de Trento.
“La psicología evolutiva considera las historias
contadas por nuestros antepasados alrededor del
fuego como una actividad que ha permitido la
evolución de la mente humana. En cierto sentido, son
precisamente las historias las que nos hicieron
humanos, dado que transmiten significados e
informaciones importantes para la vida social”.
El psicólogo cognitivo Jerome Bruner consideró
la narración de historias como la forma en que damos
sentido a nuestra experiencia. […]
Un estudio publicado en la revista Science
muestra cómo los diferentes tipos de historias
influyen en la forma en que pensamos. Por ejemplo,
las novelas más literarias aumentan nuestra
capacidad para comprender mejor a los demás, lo
que en las ciencias cognitivas llamamos teoría de la
mente. Por el contrario, las novelas de género o más
populares no parecen estimular esta capacidad. […] 
Disponível em:
<https://www.elmundo.es/cultura/literatura/2020/08/01/5f24245afc
6c83485f8b45cb.html>. Acesso em: 2 ago. 2020 (adaptado).
Segundo o texto, é correto afirmar que
� os romances mais literários foram os grandes
responsáveis pela evolução humana.
� após 10 anos de boas leituras seremos pessoas
melhores. 
� 20% das pessoas com hábitos de leitura viverão
mais e melhor.
QUESTÃO 01
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
� os bons romances nos ajudam a compreender
melhor as outras pessoas.
� os psicólogos evolutivos estimulam a leitura de
autores clássicos para estimular o desenvol -
vimento socioeconômico. 
Resolução
Lê-se a resposta no final do último parágrafo.
Resposta: D
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
Disponível em: <https://www.lifeder.com/frases-de-nelson-
mandela>. Acesso em: 2 de ago. 2020.
Em espanhol alguns substantivos femininos devem,
obrigatoriamente, vir acompanhados de um artigo
masculino. É o caso de “el arma” presente no texto
acima. Marque a opção em que todas as palavras
obedecem à mesma regra. 
� el agua, el águila, el habla
� el hacha, el hada, el árbol
� el país, el mar, el hambre
� el alma, el color, el dolor
� el dolor, el árbol, el mar
Resolução
Apenas a opção A obedece à regra, isto é, todas são
palavras femininas, com a sílaba mais forte iniciada
com “a” ou “ha”. (letra b: árbol é um substantivo
masculino; letra c: país e mar são masculinos; letra
d: color e dolor são masculinos; letra e: todas as
palavras são masculinas.
Resposta: A
QUESTÃO 02
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
Angelitos Negros
Andrés Eloy Blanco / Antonio Machín
Pintor nacido en mi tierra
Con el pincel extranjero
Pintor que sigues el rumbo
De tantos pintoresviejos
Aunque la virgen sea blanca
Píntame angelitos negros
Que también se van al cielo
Todos los negritos buenos
Pintor, si pintas con amor
Por qué desprecias tu color
Si sabes que en cielo
También los quiere dios 
Pintor de santos de alcoba
Si tienes alma en el cuerpo
Por qué al pintar en tus cuadros
Te olvidaste de los negros
Siempre que pintas iglesias
Pintas angelitos bellos
Pero nunca te acordaste
De pintar un ángel negro.
Disponível em: <https://www.letras.mus.br/antonio-
machin/804069/>. Acesso em: 30 de jul. 2020 (fragmento).
Os versos Pintor que sigues el rumbo/De tantos pin -
tores viejos têm por objetivo
� destacar que os pintores de temas religiosos, em
geral, são artistas muito experientes no ofício. 
� criticar os padrões estéticos representados na
arte sacra, que geralmente excluem outros
grupos étnicos em suas representações, como os
negros.
� exaltar a importância da arte religiosa para a
elevação dos artistas negros no meio social.
� desmistificar a figura do artista que realiza obras
de cunho religioso. 
� realçar a importância dos grandes mestres da arte
sacra e suas contribuições para o patrimônio
cultural da humanidade.
Resolução
A letra da canção busca criticar a ausência de outros
grupos étnicos, em especial o negro, nas represen -
QUESTÃO 03
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
tações artísticas. No caso da arte sacra, geralmente,
os anjos são representados como brancos. A tradição
dos pintores na arte religiosa (pintores velhos ou de
épocas passadas) tem-se mantido assim há séculos.
Resposta: B
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
Arranca la misión para encontrar rastros 
de vida en Marte
NUÑO DOMÍNGUEZ
30 JUL 2020 - 09:30 BRT
Hace mucho, mucho tiempo, el planeta rojo fue
azul. Marte tuvo ríos y océanos con agua suficiente
como para cubrir todo el planeta. También había una
atmósfera densa parecida a la de la Tierra, el
escenario perfecto para que apareciese la vida.
Después, por razones que no están claras, el aire
marciano se empezó a hacer cada vez más fino, la
atmósfera prácticamente desapareció y con ella el
agua líquida. Solo quedaron casquetes polares y
placas de hielo enterrado en un planeta desértico y
gélido. Así las cosas, existe la posibilidad de que la
vida marciana surgiese en algún momento e incluso
que haya sobrevivido hasta ahora.
EE UU ha lanzado a las 13.50 de este jueves (hora
peninsular española) la misión espacial que por
primera vez ha sido diseñada para encontrar signos
de vida pasada en el planeta rojo. El robot de
exploración Perseverance es el vehículo de
exploración extraterrestre más completo que haya
pisado la superficie de otro planeta. 
El lanzamiento ha sido algo descafeinado porque
los miembros responsables de los equipos científicos
de los diferentes instrumentos no estarán allí para ver
rugir y despegar al cohete Atlas. La pandemia de la
covid-19 ha complicado las cosas hasta el punto de
que la NASA llegó a barajar posponer la misión hasta
el próximo acercamiento máximo de Marte y la
Tierra, dentro de dos años. Pero los responsables del
programa han pisado el acelerador, en parte porque
el mundo vio hace apenas una semana cómo China
lanzaba con éxito su primera misión al planeta rojo,
un proyecto de enorme ambición que incluye un
orbitador, un aterrizador y un rover, el primero en la
historia que podrá hacerle sombra a EE UU, que por
ahora sigue siendo el único país que ha desplegado
con éxito vehículos móviles en Marte. […]
Disponível em: <https://elpais.com/ciencia/2020-07-30/ee-uu-
busca-rastros-de-vida-en-marte.html>. Acesso em: 30 de jul. 2020
(adaptado).
De acordo com o texto, o termo destacado “desca -
feinado” indica que
� os Estados Unidos estão perdendo terreno no
campo aeroespacial para os chineses.
� a NASA desacelerou seu programa espacial
devido aos autos custos.
� o lançamento do foguete teve seu brilho ofuscado
pela pandemia.
QUESTÃO 04
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
� o programa aeroespacial norte-americano perdeu
o interesse por explorar o planeta Marte.
� as possibilidades de encontrar vida em Marte são
mínimas.
Resolução
A pandemia impossibilitou o espetáculo que geral -
mente envolve os lançamentos de foguetes. O pró -
prio termo “descafeinado”, particípio passado do
verbo “des cafeinar”, significa atenuar ou diminuir a
es sência de algo.
Resposta: C
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
Zamora, viaje al epicentro de la despoblación
Nada queda de la ciudad que presentó el
arquitecto Eduardo Julián Pérez en su poco
premonitorio libro Zamora en el porvenir, en 1879.
“Zamora marcha hoy a la cabeza de los grandes
pueblos, sus hijos son un modelo de actividad [...] y
han recogido el fruto de sus heroicos trabajos
haciendo que hoy sea envidiada por otras ciudades
que antes de ella entraron en la senda del progreso”,
escribió. La ciudad castellanoleonesa y su provincia
son hoy un foco de despoblación y malos augurios.
Esos hijos modélicos se marcharon en busca del
progreso inaccesible en su tierra y si en algo destaca
Zamora es en la caída demográfica. Pérez tiene una
calle con su nombre a pocos minutos del Río Duero,
que riega un territorio que desde 1950 ha perdido al
40% de su población, un 10% en la última década.
Los registros tanto pasados como recientes
muestran cómo se desangra Zamora, con 171.630
habitantes, según el Instituto Nacional de Estadística
(INE). Es la provincia española con un mayor
descenso porcentual en residentes en 2019 y también
en lo que va de siglo, con 30.000 emigrantes. El futuro
no anima: apenas una de cada ocho personas tiene
menos de 20 años y casi un tercio rebasa los 65. El
INE anticipa que Zamora encabezará el descenso
poblacional hasta 2033 sin que jóvenes como Rocío
Fernández puedan permitirse regresar desde Madrid
a pueblos como Ribadelago de Sanabria (30 vecinos).
“Lo descartamos totalmente”, suspira esta madre de
un niño de dos años. Ella y su marido han sopesado
volver, pero la “falta de servicios”, sobre todo
sanitarios, frustra incluso su optimismo laboral.
“Algo de trabajo encontraríamos”, cree esta
administrativa. Pero el bienestar del bebé pesa más
que las ganas. […]
Disponível em: <https://elpais.com/espana/2020-06-20/zamora-
viaje-al-epicentro-de-la-despoblacion.html>. Acesso em: 2 ago.
2020 (adaptado).
Marque a opção correta.
� Zamora segue na liderança entre as cidades de
Castilla y León por seu projeto arquitetônico.
� A população de Zamora está migrando para
Castilla y León.
� Zamora perde população desde 1879 devido a
seu atraso socioeconômico. 
� A população de Zamora migrou em busca de
maiores oportunidades e outros serviços.
� O despovoamento da região já era retratado no
livro Zamora en el porvenir.
Resolução
Zamora está perdendo população devido à falta de
QUESTÃO 05
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
oportunidades na região (progresso). Isso também
se demonstra no texto ao citar o pequeno número de
população jovem, alto número de idosos e a preca -
riedade de alguns serviços.
Resposta: D
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
Questões de 06 a 45
Local público, com mesas, cadeiras, garçons,
cardápio variado e carta de vinhos? A imagem do
restaurante atual pouco tem a ver com os primeiros
estabelecimentos do tipo. Nascidos em Paris na
segunda metade do século XVIII, os restaurantes
esta vam mais para hospitais que para ponto de
encontro para saciar o apetite.
Conhecidos a princípio também como casas de
saúde, eles eram pequenos lugares que vendiam um
caldo à base de carnes preparado para “restaurar” as
forças de pessoas fracas ou debilitadas. Por isso
passaram a ser chamados também de restaurants –
está aí a origem do nome dos estabelecimentos. No
início, ofereciam poucas refeições sólidas, já que a
atração principal eram os tais caldos para pessoas
doentes. 
Aventuras na História, edição 202.
O texto, a partir de uma perspectiva histórica, explica
a origem da palavra restaurante. Considerando essasinformações, pode-se afirmar que 
� a origem francesa da palavra restaurante afastou-a
do sentido original.
� o sentido de restaurar sugere que as refeições
eram feitas em hospitais. 
� a saciedade pela ingestão do caldo justifica hoje
o sentido de restaurante.
� os restaurantes tinham a intenção de restabelecer
a saúde das pessoas.
� as casas de saúde ofereciam caldos de carne
preparados em restaurantes.
Resolução
Segundo o texto, restaurants, em francês, eram luga -
res também conhecidos como "casas de saúde", que
vendiam caldos à base de carne para "restaurar" a
saúde de pessoas debilitadas. 
Resposta: D
QUESTÃO 06
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
Desgosta-me usar a primeira pessoa. Se se tratas -
se de ficção, bem: fala um sujeito mais ou menos
imaginário; fora daí é desagradável adotar o prono -
mezinho irritante, embora se façam malabaris mos
por evitá-lo. Desculpo-me alegando que ele me
facilita a narração. Além disso não desejo ultrapassar
o meu tamanho ordinário. Esgueirar-me-ei para os
cantos obscuros, fugirei às discussões, esconder-me-ei
prudente por detrás dos que merecem patentear-se.
RAMOS, Graciliano. Memórias do cárcere. São Paulo, Record,
1986, p. 37.
A obra Memórias do Cárcere é autobiográfica, pois o
autor relata suas experiências no tempo em que
esteve preso durante a ditadura de Getúlio Vargas.
No trecho, evidencia-se que
� o autor tem escrúpulo em usar a primeira pessoa
por se tratar de um texto fictício.
� o autor faz uso do pronome de primeira pessoa,
apesar do desagrado em usá-lo. 
� o texto autobiográfico facilita o uso do pronome
de primeira pessoa por se tratar de memórias.
� a justificativa para o não uso do pronome de
primeira pessoa é facilitar a narração.
� o uso da primeira pessoa evidencia um defeito do
narrador: vaidade excessiva.
Resolução
Apesar do desagrado, a narrativa autobiográfica tem
foco narrativo em primeira pessoa. O narrador parece
constranger-se mediante a possibilidade de elevar-se
ou engrandecer-se: "não desejo ultrapassar o meu
tamanho ordinário", o que, segundo o autor, pode
ocorrer com o posicionamento em primeira pessoa.
Resposta: B
QUESTÃO 07
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
77,8 milhões de descargas elétricas despencam
todos os anos no Brasil. Somos campeões mundiais
no quesito. Uma consequência da localização e do
tamanho de nosso território. O Brasil é o maior país
tropical do planeta, e os trópicos têm o clima mais
suscetível a tempestades. No mínimo 300 brasileiros
são atingidos todos os anos. Um em cada três
acidentes é fatal: entre 2000 e 2019, raios foram
responsáveis por 110 mortes por ano em média.
Foram 2.194 óbitos em duas décadas.
Superinteressante, edição 415.
Entre as diferentes estratégias argumentativas utiliza -
das na construção de textos, no fragmento, está
presente, predominantemente,
� a comparação entre países.
� a trajetória histórica.
� o confronto de pontos de vista.
� a comprovação por evidências.
� a citação de autoridade.
Resolução
No texto, há a divulgação de várias evidências por
meio de dados que comprovam que o Brasil é o
recordista mundial de descargas elétricas e que o
País sofre graves consequências em razão disso. 
Resposta: D
QUESTÃO 08
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
O nome é uma das primeiras coisas que não
escolhemos na vida. Estará inscrito nos registros: na
maternidade, no cartório, na certidão de batismo, no
RG, no CPF, no obituário etc. Enfim, uma escolha que
não fizemos nos acompanha do berço ao túmulo,
pois na lápide se dirá que ali jaz Fulano de Tal.
Até o alvorecer da República Velha, só a Igreja
sabia direito onde os brasileiros nasciam, viviam e
morriam, que nomes tinham, de quem descendiam
etc. Pois ela era quem os batizava, casava e enterrava.
Nos nomes, predominavam homenagens a santos do
dia, daí a profusão de Josés, Joões, Marias, Anas,
Madalenas. Mas, como em Portugal, personagens
históricos, vultos políticos, cientistas, artistas,
escritores e, recentemente, jogadores de futebol,
cantores e atores inspiraram pais e avós.
Revista Língua Portuguesa, n.o 77.
O fragmento faz uma reflexão sobre nomes próprios.
Como estratégia de construção do texto, o autor faz
uso recorrente de
� enumerações para sustentar o ponto de vista
apresentado.
� repetições para retificar as características do
objeto descrito.
� generalizações para sintetizar as ideias expostas.
� adjetivações para descrever a obra caracterizada.
� sinonímias para retomar as características da
atividade autoral.
Resolução
O autor vale-se da enumeração, ou seja, da sucessão
de palavras em vários momentos do texto, como
estratégia argumentativa para sustentar seu ponto
de vista, como, por exemplo, “na maternidade, no
cartório, na certidão de batismo, no RG, no CPF, no
obituário etc.”, “onde os brasileiros nasciam, viviam
e morriam, que nomes tinham, de quem descendiam
etc. 
Resposta: A
QUESTÃO 09
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
Texto 1
Para o professor Adalmir Leonídio, coordenador
do Observatório da Criminalização da Pobreza e dos
Movimentos Sociais, da USP, há similaridades entre a
situação nos Estados Unidos e no Brasil. “Nos dois
países, o alvo preferencial da violência policial – que
se traduz em tortura e assassinatos – são preferen c ial -
mente negros e pobres, moradores dos chamados
‘territórios da pobreza’”. No entanto, [...] “o Brasil
mata muito mais negros e pobres que os Estados
Unidos”, ressalta. 
Mas o que justifica essa filtragem racial da polícia
brasileira? Para Leonídio, não há dúvidas: no Brasil,
existe um senso comum penal desde o início da
desagregação do trabalho escravo no País que
relaciona negros e pobres ao potencial criminoso.
“Essa parcela da população está envolvida em um
clima de permanente suspeição. [...] Esse senso
comum penal não só foi exacerbado como tem sido
explicitamente assumido, o que tem sido favorável à
execução de pobres e pretos”, salienta. 
Disponível em:
<https://www.cartacapital.com.br/sociedade/racismo-
institucional-leva-policia-do-brasil-e-dos-eua-a-matar-mais-
negros-e-pobres/>
Texto 2
O tempero do mar foi lágrima de preto
Papo reto, como esqueletos, de outro dialeto
Só desafeto, vida de inseto, imundo
Indenização? Fama de vagabundo
Nação sem teto, Angola, keto, congo, soweto
A cor de Eto'o, maioria nos gueto
[...]
Nessa equação, chata, polícia mata? Plow!
Médico salva? Não! Por quê? Cor de ladrão
Desacato invenção, maldosa intenção
Cabulosa inversão, jornal distorção
Meu sangue na mão dos radical cristão
Transcendental questão, não choca opinião
Silêncio e cara no chão, conhece?
Perseguição se esquece? Tanta agressão enlouquece
Emicida. “Boa esperança”. Disponível em:
<https://www.vagalume.com.br/emicida/boa-esperanca.html>.
O rap é um gênero musical que busca, entre outros
objetivos, criticar aspectos sociais por meio de rimas
e do uso poético da linguagem. Por outro lado, a
matéria é um gênero jornalístico que busca informar
por meio do uso denotativo e referencial da
linguagem. Tendo isso em vista, é possível verificar
que os textos 1 e 2 se
QUESTÃO 10
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
� contradizem, pois possuem objetivos e caracte -
rísticas diferentes, que não podem ser
conciliadas. 
� antagonizam, pois tratam do mesmo assunto,
mas com perspectivas e registros diferentes.
� ratificam, pois os seus conteúdos convergem,
independentemente de pertencerem a gêneros
diferentes. 
� complementam, pois os dados da música são
apresentados mais satisfatoriamente na matéria
jornalística.
� endossam, pois os seus conteúdos são baseados
nas mesmas fontes e experiências tanto no artigo
quanto na letra, indiferentemente.
Resolução
O rap “Boa esperança”, de Emicida, e a matéria
jornalística da Carta Capital dialogam entre si, são
coincidentes quanto ao assunto de que tratam,
mesmo sendo de gêneros diferentes, pois o que a
letra de música critica é similar ao exposto pelos
especialistas e pelos dados citadosna matéria
jornalística. 
Resposta: C
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
Esse som foi dedicado pras mina
que então "seja pesado"
Tô cansada de ouvir som meloso pra nois ser dedicado
Onde tá escrito que mina só curte love song?
Pra ser sincera suas rima
é tão ruim quanto seu grau de melação
[...]
O nosso time tá formado prontas pra mudar o jogo
As que bate de frente contra os que baba ovo
Se afoga no seu ego, oh estúpido machista!
Agora é só rajada dessas mina terrorista
DMNA (Sara Donato, Luana Hansen, Souto Mc e Issa Paz).
“Machocídio”. Disponível em:
<https://www.vagalume.com.br/dmna/machocidio.html>.
Em muitas letras de música é possível notar tanto o
perfil da voz poética quanto para quem se destina a
mensagem a partir das escolhas gramaticais
utilizadas, como marcas de gênero, uso de vocativo,
flexão verbal, entre outras. No rap “Machocídio”,
percebe-se, a partir desses elementos, que a voz
poética da música é a de
� uma mulher feminista que se dirige a uma mulher
machista que gosta de “love song” e que precisa
ser conscientizada. 
� um grupo de rap que se dirige a outro contra o
qual batalha para definir quem faz rimas menos
melosas e com menos clichês.
� um grupo de mulheres feministas que se dirige a
rappers machistas inconscientes de suas ações. 
� uma mulher de um grupo de feministas que se
dirige a um homem machista com atitudes
clichês e egocêntricas. 
� um homem feminista que se dirige a rappers
machistas que só fazem música melosa para
mulheres. 
Resolução
Pode-se notar, em “Tô cansada” e “Pra ser sincera”,
o emprego da primeira pessoa do singular e a voz
poética feminina, de uma rapper mulher, integrante
de um grupo maior de feministas, como visto em “O
nosso time tá formado prontas pra mudar o jogo”.
Já o uso de pronomes de terceira pessoa do singular
como suas e seu e do vocativo masculino, “estúpido
machista”, indica que o interlocutor é um homem
machista, com perfil egoísta, como explícito no verso
“Se afoga no seu ego”, que aposta em atitudes
clichês, como fazer sempre rimas melosas para
mulheres, por acreditar que elas só gostam de
canções de amor.
Resposta: D
QUESTÃO 11
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
Disponível em: <https://g1.globo.com/pop-
arte/noticia/2019/05/01/campanha-recria-foto-classica-de-
machado-de-assis-e-mostra-escritor-negro-racismo-escondeu-qu
em-ele-era.ghtml>.
Nem um gênio como Machado de Assis, escritor
de obras como Dom Casmurro e Memórias Póstumas
de Brás Cubas, conseguiu escapar do racismo estru -
tural na sociedade brasileira. Negro, Machado foi
constantemente “embranquecido” em seus retratos.
E é justamente este erro que o Projeto Machado de
Assis Real deseja consertar. Em um site, internautas
podem fazer um download da nova versão da
imagem do autor e realizar uma impressão do retrato.
A ideia do projeto é que as pessoas colem a imagem
do Machado de Assis "verdadeiro" sobre as fotos que
são normalmente divulgadas em livros didáticos e
outros tipos de publicações. 
O movimento Machado de Assis Real é uma
parceria entre a Faculdade Zumbi dos Palmares e a
agência Grey Brasil. Para Adriano Matos, chefe
criativo da agência, o projeto não é apenas para cor -
rigir o passado, mas mudar o futuro. “É uma questão
de mostrar para as novas gerações que existe uma
inspiração de um homem negro na literatura e nas
outras artes”. Vanessa Holanda, aluna da Facul dade
Zumbi dos Palmares e estagiária da agência, concor -
da: “Isso é entender que a representatividade importa
e que negros também conseguem chegar à posição
de Machado de Assis. Eu acho bem ousado porque
ele sempre foi intocável”.
Disponível em:
<https://revistagalileu.globo.com/Cultura/noticia/2019/05/campan
ha-resgata-imagem-de-machado-de-assis-como-negro.html>.
As escolhas dos mecanismos linguísticos utilizados
em um texto determinam as lógicas e as inferências
interpretativas, pois são responsáveis por seu enca -
dea mento e progressão. A esse respeito, identi fica-
se no texto em questão que o termo
� este, no primeiro parágrafo, introduz o Projeto
Ma chado de Assis Real, não referenciado até
então. 
QUESTÃO 12
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
� que, presente na fala de Adriano Matos, retoma a
expressão “as novas gerações” para relacioná-la
às inspirações.
� porque, parte da fala de Vanessa Holanda, denota
conclusão sobre a premissa anterior de a ação do
projeto ser ousada.
� verdadeiro, entre aspas no primeiro parágrafo,
indica que alguém se fez passar falsamente por
Machado de Assis.
� nem, no primeiro período, traz uma ressalva em
relação a Machado de Assis, pois até ele foi vítima
do preconceito racial. 
Resolução
Apesar do termo nem ser comumente uma
conjunção aditiva, nesse texto ele ajuda a construir
uma ressalva (nem mesmo) ou concessão à condição
de Machado de Assis, quebrando certa expectativa a
esse respeito. Ou seja, demonstra que, independen -
temente do reconhecimento de genialidade ou do
posto que ocupar, homens negros podem ser alvos
de racismo. 
Resposta: E
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
O cartaz divulgou uma exposição que foi sediada no
Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, em
2010. A mostra contou com várias instalações,
algumas interativas, e tinha como proposta provocar
o público acerca das variantes linguísticas,
desmistificando os conceitos de certo e errado. O uso
do termo menas, no cartaz da exposição, 
� revela a coerência do certo na linguagem formal. 
� expressa variedade linguística no momento do
uso.
� enfatiza a noção de “vale-tudo” na fala cotidiana.
� destaca um exemplo de “o errado do certo”.
� realiza concordância de número com substan -
tivos.
Resolução
A forma menas é usada na variedade popular, que,
assim como todas as variedades linguísticas, respon -
de a regras de uso, integrando um sistema estru -
turado, e não um “vale-tudo” linguístico.
Resposta: D
QUESTÃO 13
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
Disponível em: <https://piaui.folha.uol.com.br/materia/cartuns-
de-caco-galhardo/>
Nessa charge, o uso da linguagem não verbal aliada
ao texto verbal tem o objetivo de
� simbolizar o início das mudanças climáticas, mar -
cado pelo surgimento do vírus covid-19, respon -
sável por evidenciar problemas ambientais.
� incentivar o combate da covid-19 com o consumo
apenas de produtos sustentáveis, visando mini -
mizar as mudanças climáticas.
� denunciar a falta de políticas públicas para
combater as pandemias e minimizar as emissões
de carbono.
� evidenciar a relação existente entre o surgimento
do vírus covid-19 e as mudanças climáticas
observadas no planeta.
� criticar as consequências socioambientais negli -
gen ciadas pelos governantes durante o combate
à epidemia da covid-19.
Resolução
A charge do cartunista Caco Galhardo tem por
objetivo representar o surgimento do vírus covid-19
como um evento ligado às mudanças climáticas
vivenciadas no mundo. 
Resposta: D
QUESTÃO 14
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
Texto I
Disponível em: <https://tinyurl.com/ybqgwsko>
Texto II
Mães são pessoas, seres humanos, com todas as
suas complexidades, contradições. Muitas podem ser
boas, outras, não. Retirar essa visão de amor natural
tira o espanto quando vemos mulheres não
correspondendo ao que se espera de uma mãe. 
[...]
Pensar como a maternidade é imposta como
destino é fundamental para uma discussão sobre
direitos. 
Mulheres negras, por causa da opressão racista,
criam seus sobrinhos, netos. As empregadas
domésticas são obrigadas a cuidar dos filhos das
patroas precisando ausentar-se da criação dos seus,
assim como suas antepassadas foram forçadas
quando escravizadas a cuidar e amamentar os filhos
das sinhás. Olhar a maternidade como um direito,
para mulheres que foram impedidas de exercê-la, é
fundamental. 
RIBEIRO, Djamila. “Não existe mãe desnaturada”. Folha
Ilustrada, 28 fev. 2020 (adaptado).
Relacionando-se as ideias dos textos a respeito da
trajetória histórica dos afrodescendentesna socie -
dade brasileira, constata-se que
� os avanços na sociedade brasileira em relação ao
preconceito estrutural provocaram modificação
significativa na posição ocupada pelos negros nas
relações sociais.
� após a abolição dos escravos, em 1888, houve um
combate intenso aos preconceitos raciais na
cultura brasileira, acarretando um nivelamento
entre os estratos sociais.
� a posição dos afrodescendentes na atual socie -
dade brasileira é marcada pela manutenção das
estruturas sociais desde o período colonial,
produzindo um cenário de desigualdade,
inclusive nas relações familiares. 
QUESTÃO 15
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
� a miscigenação, intensamente incentivada no
Brasil desde o período colonial, facilitou a convi -
vência entre as classes sociais, evitando uma
estratificação dos problemas sociais e familiares. 
� o convívio maternal das mulheres afrodes -
cendentes na criação dos filhos das mulheres
brancas levou à visão afetuosa e, consequen -
temente, infantilizada das pessoas negras, ainda
presente na sociedade brasileira.
Resolução
Tanto a charge quanto o texto de Djamila Ribeiro
apontam para um problema social existente no Brasil
e em outros países cuja formação se deu pela
exploração da mão-de-obra negra escravizada: a
manutenção dos preconceitos herdados ainda desse
período. Essas consequências são apontadas, na
charge, na violência policial e sistêmica que prende
mais negros que brancos, e, no texto, nas relações
sociais entre trabalhadoras domésticas e patroas,
uma vez que aquelas são obrigadas a abrir mão do
cuidado dos seus filhos para cuidar de filhos e
familiares destas.
Resposta: C
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
Disponível em: <https://piaui.folha.uol.com.br/materia/cartuns-
de-adao-iturrusgarai-5/>
Utilizando características e personagens típicas de
determinado gênero literário tradicional, essa charge
de Adão Iturrusgarai objetiva compor uma crítica
sobre um determinado processo político. O gênero
ao qual a charge se refere e a crítica realizada são,
respectivamente,
� o conto, devido à informalidade existente entre
as personagens presentes na charge; a falta de
serie dade dos candidatos durante o processo
eleitoral.
� o apólogo, devido à defesa de um posiciona -
mento claro favorável à manutenção da demo -
cracia; a falta de idoneidade dos candidatos
durante as eleições.
� a parábola, devido ao ensinamento moral exis -
tente na cena representada; a necessidade de
engajamento para vencer uma corrida eleitoral.
� a fábula, devido à personificação das persona -
gens animais; a astúcia dos candidatos em
oposição à ingenuidade dos eleitores. 
� o cartum, devido aos elementos narrativos,
perso nagens e ações, características desse
gênero; a probidade dos candidatos engajados
nas melho rias sociais. 
Resolução
Trata-se da fábula, devido à personificação das perso -
nagens animais. Nas fábulas, os animais utili zados
para exemplificar um ensinamento ou uma máxima
moral normalmente são escolhidos de acor do com a
representação tradicionalmente atribuída a eles: a
raposa representa a esperteza, a manipu lação, a
astúcia; a galinha, a inocência, a docilidade, a inge -
nuidade – características que a tornam facilmente
manipulável. Logo, percebe-se a crítica ao sistema
eleitoral, no qual os candidatos manipulam os
eleitores para conseguir votos. 
Resposta: D
QUESTÃO 16
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
O artista busca entrar em contato com sua noção
intuitiva dos deuses, mas, para criar seu trabalho, não
pode permanecer nesse domínio sedutor e incor -
póreo. Ele deve voltar ao mundo material para fazer
sua obra. A responsabilidade do artista é equilibrar a
comunhão mística com o trabalho criativo. 
SMITH, Patti. Só garotos. Companhia das Letras, p. 270.
Na passagem transcrita, a autora define o processo
criativo de um artista. Considerando as informações
apresentadas, pode-se afirmar que o texto
� evidencia a representação do artista como um
instrumento do sobrenatural, cuja obra deve sem -
pre expor a comunhão mística com os deuses. 
� atualiza a visão objetiva do artista sobre a
realidade, cuja análise crítica deve questionar a
existência imaterial das divindades.
� afirma que a sensibilidade e a inspiração artísticas
são aproximações com o divino, mas a obra deve
equilibrar materialidade e imaterialidade. 
� incorpora a subjetividade do artista à visão
religiosa, resultando em obras cujas cenas
remetem ao metafísico.
� expressa o embate entre a realidade e a ima -
ginação, aproximando a obra das apresentações
místicas. 
Resolução
Segundo Patti Smith, o artista entra em contato com
o metafísico, com o místico, plano no qual se en -
contra a inspiração artística característica do âmbito
imaterial da obra de arte. Contudo, para a concre -
tização dessa obra, o artista deve lidar com o plano
criativo, com a realidade, único espaço no qual é
possível materializar a experiência vivenciada no
“domínio incorpóreo”. Pode-se comprovar essa
representação nas seguintes passagens: “Ele deve
voltar ao mundo material para fazer sua obra. A
responsabilidade do artista é equilibrar a comunhão
mística com o trabalho criativo”. 
Resposta: C
QUESTÃO 17
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
BENETT, Alberto 
Examinando a charge, nota-se que sua crítica se
constrói, principalmente, por meio da 
� paráfrase, porque ocorre a retomada da própria
charge. 
� metáfora, pois há comparação implícita entre
duas charges. 
� comparação, visto que há clara comparação entre
duas charges. 
� metonímia, já que a fala da personagem denuncia
o horror da charge. 
� metalinguagem, uma vez que há referência ao
próprio código, a charge. 
Resolução
Nota-se a presença da metalinguagem, pois a fala da
personagem refere-se à própria charge de Alberto
Benett e ambas são um “horror”. 
Resposta: E
QUESTÃO 18
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
SOLDI, Pietro. Disponível em: <https://deposito-de-
tirinhas.tumblr.com/>. Acesso em: 15 jun. 2020.
Com a disseminação do novo coronavírus, a socie -
dade precisou adaptar-se a uma nova realidade,
marcada, principalmente, pelo distanciamento social,
medida fundamental para se evitar a propagação da
doença. Tal afastamento potencializou o uso da
tecnologia para a comunicação, como a utilização dos
aplicativos de videochamadas. Ao ilustrar esse novo
hábito, a charge retrata um aspecto da função fática
da linguagem, já que a(s)
� conversa está focada na própria linguagem ao se
retomar o assunto diversas vezes. 
� comunicação está focada no canal e há uma preo -
cu pação em estabelecer e manter o contato. 
� personagens procuram estabelecer a inter locu -
ção, orientando-se sobre a falha na comunicação. 
� comunicação está centrada no assunto da
conversa que se procura iniciar, com foco na
terceira pessoa. 
� conversa evidencia a subjetividade dos falantes,
que se mostram emotivos em função da falha
comunicativa. 
Resolução
A função fática está centrada no canal, ou seja, no
veículo de comunicação, que nesse caso se dá por
meio da videochamada. Sua intenção é checar a
recepção da mensagem e manter o ato comunicativo.
Na charge, nota-se que o canal falha e as expressões
fáticas “tá me ouvindo?”, “oi, você me ouve bem?”
são uma tentativa de testar a conexão. 
Resposta: B
QUESTÃO 19
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
A viabilidade da reprodução sistêmica de práticas
racistas está na organização política, econômica e
jurídica da sociedade. O racismo se expressa concre -
tamente como desigualdade política, econômica e
jurídica. Porém, o uso do termo estrutura não
significa dizer que o racismo seja uma condição
incontornável e que ações e políticas institucionais
antirracistas sejam inúteis; ou, ainda, que indivíduos
que cometam atos discriminatórios não devam ser
pessoalmente responsabilizados. Dizer isso seria
negar os aspectos social, histórico e político do
racismo. (...) Ainda que os indivíduos que cometamatos racistas sejam responsabilizados, o olhar
estrutural sobre as relações raciais nos leva a concluir
que a responsabilização jurídica não é suficiente para
que a sociedade deixe de ser uma máquina produtora
de desigualdade racial. (...) Entender que o racismo é
estrutural, e não um ato isolado de um indivíduo ou
de um grupo, nos torna ainda mais responsáveis pelo
combate ao racismo e aos racistas. 
ALMEIDA, Silvio. O que é racismo estrutural? Editora
Letramento, 2018, pp. 39-40.
Nos debates sobre a questão racial, encontram-se
diferentes definições de racismo. De acordo com o
texto, para se entender a concepção estrutural do
racismo, é necessário notar que 
� a responsabilização jurídica de uma prática
racista é o suficiente para enfrentar o racismo
estrutural. 
� a principal forma de combate ao racismo é
responsabilizando-se juridicamente condutas
individuais racistas. 
� o racismo visto como parte da estrutura social
retira a responsabilidade individual sobre a
prática de condutas racistas. 
� o racismo transcende o âmbito da ação individual
e a estrutura social tem o racismo com um de
seus componentes orgânicos. 
� o uso do termo estrutura para definir o racismo
mostra que ele faz parte de uma condição
imutável da sociedade brasileira. 
Resolução
O trecho “Ainda que os indivíduos que cometam atos
racistas sejam responsabilizados, o olhar estrutural
sobre as relações raciais nos leva a concluir que a
responsabilização jurídica não é suficiente para que a
sociedade deixe de ser uma máquina produtora de
desigualdade racial” confirma a resposta correta. 
Resposta: D
QUESTÃO 20
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
Disponível em: <https://www.conasems.org.br/coronavirus-baixe-
o-material-de-campanha-disponibilizado-pelo-ministerio-da-
saude/>
Nos últimos meses, diversas campanhas foram
lançadas a fim de se orientar a população sobre o
novo coronavírus. Entre os recursos verbais e não
verbais utilizados na campanha acima, destaca-se o
modo como a linguagem é utilizada para conscien -
tizar a população a respeito das formas de prevenção
contra esse vírus. Tal estratégia está centrada no(a) 
� quantidade e no detalhamento das informações
fornecidas.
� destaque gráfico dado à frase “o que você precisa
saber e fazer”. 
� uso recorrente de estruturas injuntivas que
instruem a população. 
� indicação de outros meios que podem fornecer
informações sobre o coronavírus. 
� relação entre as imagens e as orientações sobre
como a população deve proteger-se. 
Resolução
A campanha apresenta uma lista de orientações
sobre como a população deve agir para se evitar a
propagação do coronavírus. Destaca-se, portanto, o
gênero injuntivo, marcado por verbos no imperativo. 
Resposta: C
QUESTÃO 21
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
A fala é vista como uma atividade menor na qual
impera o caos gramatical, visto que não há preo -
cupação com os usos discursivos da língua nem com
a produção textual. Toda a atenção é voltada para a
concepção da língua como um sistema de regras. (...)
Ao vincular a cultura oral ao pensamento
concreto e ao raciocínio prático, associando a cultura
escrita ao pensamento abstrato e ao raciocínio lógico,
o senso comum reduz a língua falada e a língua
escrita a sim ples processos dicotômicos, despre -
zando o fato de que do ponto de vista dos usos da
língua elas são mui to mais do que isso, inserindo-se
em uma multi plicidade de ações e práticas sociais tão
variadas quanto criativas. 
Consideradas em uma perspectiva sociointeracio -
nista, fala e escrita são fenômenos interativos e dinâ mi -
cos que se constituem a partir de um processo dia lógico
cuja coerência e dinamicidade são determi nadas pela
situacionalidade e por usos estratégicos diversos. 
Revista Língua Portuguesa, edição 74, p. 37, jan. 2019.
Como atividades comunicativas e práticas sociais
situadas, fala e escrita estão presentes em todos os
campos do mundo vivido. De acordo com o texto,
para se compreender as especificidades dessas duas
modalidades da língua, é necessário notar que 
� a fala e a escrita são unidades dicotômicas que se
manifestam por meio de processos sociointera -
cionistas. 
� a fala e a escrita são unidades complementares
que se manifestam por meio de processos
socioin t era cionistas. 
� a fala e a escrita, como processos dicotômicos,
possuem multiplicidade de ações e práticas so -
ciais variadas e criativas. 
� a fala é marcada pelo caos gramatical e não se
preocupa com produção textual, por isso é vista
como prática de menor prestígio. 
� a fala deve ser associada ao pensamento con -
creto e ao raciocínio prático, enquanto a escrita,
ao pensamento abstrato e ao raciocínio lógico. 
Resolução
O trecho “Ao vincular a cultura oral ao pensamento
concreto e ao raciocínio prático, associando a cultura
escrita ao pensamento abstrato e ao raciocínio
lógico, o senso comum reduz a língua falada e a
língua escrita a simples processos dicotômicos,
despre zando o fato de que do ponto de vista dos
usos da língua elas são muito mais do que isso,
inserindo-se em uma multiplicidade de ações e
práticas sociais tão variadas quanto criativas”
confirma a resposta correta. 
Resposta: B
QUESTÃO 22
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
A arte da felicidade consiste, pois, em não esta -
belecer objetivos elevados demais, inatingíveis, mas -
sacrantes. É bom graduá-los, atingi-los por etapas,
perseverar sem se estressar, sabendo às vezes soltar-
se e aceitar os fracassos e os acasos da vida. É o que
Montaigne e os sábios taoístas chineses compreen -
deram bem e explicaram: deixar a atenção se exer -
citar sem esforço; nunca enfrentar uma situação com
o objetivo de forçá-la; saber agir e não agir. Em resu -
mo, esperar a felicidade e persegui-la, mantendo-se
maleável, paciente, sem expectativas desmedidas,
sem irritação, com o coração e o espírito sempre
abertos.
LENOIR, Frédéric. Sobre a felicidade: uma viagem filosófica.
Objetiva, p.100.
O autor desse parágrafo extraído de um ensaio
filosófico disserta sobre a felicidade ser constituída
por pequenas etapas, fracassos e acasos. Para tanto,
a estratégia argumentativa empregada no excerto é a
� alusão histórica, já que remete a sábios históricos
conhecidos pelos seus ideais de felicidade que
marcaram épocas diferentes.
� ficção, pois alude a personagens ficcionais em
analogia com a realidade, ou seja, revelando uma
comparação.
� exemplificação, devido a fatos reais que oferecem
sustentação ao ponto de vista do autor em
relação ao tema.
� autoridade, por meio da apresentação de pará -
frase de ideias de Montaigne e de sábios taoístas
chineses que já se dedicaram ao assunto.
� simplicidade, visto que para argumentar os
vocábulos empregados devem visar à persuasão
e à compreensão.
Resolução
O argumento de autoridade constrói-se por meio da
apresentação e interpretação da opinião de alguém
com conhecimento mais profundo sobre o tema
tratado, como ocorre no trecho “É o que Montaigne
e os sábios taoístas chineses compreenderam bem e
explicaram: deixar a atenção se exercitar sem
esforço; nunca enfrentar uma situação com o
objetivo de forçá-la; saber agir e não agir.” Assim, há
sustentação da tese inicial e credibilidade em relação
ao que é defendido inicialmente.
Resposta: D
QUESTÃO 23
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
Pedrinho Pedrão, dê-me uma pera
Com sua branca mãozinha,
Pois só de vê-la, sou sincera,
De água fica minha boca cheinha!
CALVINO, Italo. “O menino no saco”. Fábulas Italianas.
No texto do qual foi retirado, Pedrinho Pedrão é um
menino que subiu em uma pereira para comer seus
frutos às escondidas. O excerto em questão são as
palavras que uma bruxa lhe dirige. Assim, o objeto
do verbo ver, no terceiro verso, cria um efeito
estilístico que integra o jogo de palavras nesse texto
fabular. Esse efeito se deve ao fato de o(s)
� referente anterior, branca mãozinha, atuar como
elemento de coesão anafórica.
� termo antecedente, pera, explicitar umaneces -
sidade desse interlocutor.
� referentes mãozinha e pera serem retomados de
maneira ambígua.
� substantivos boca e mãozinha pertencerem a
Pedrinho Pedrão.
� verbo da oração anterior, dar, possuir o mesmo
alvo da ação.
Resolução
O pronome oblíquo a que complementa o verbo ver é
ambíguo, efeito estilístico que leva a crer que o in -
terlocutor de Pedrinho Pedrão não revela sua real in -
tenção ao pedir a ele que pegue uma pera, para a qual
não existe adjetivação no texto. No entanto, a mão de
Pedrinho é caracterizada como branca e está no grau
diminutivo, indicando afetividade ou atração por ela.
Resposta: C
QUESTÃO 24
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
Hashtag: o que significa e 
como usar a “cerquinha” de forma adequada?
Por mais simples que pareçam, até as hashtags
têm suas boas práticas de uso; saiba como aproveitar
esse recurso para aumentar o alcance da sua
empresa nas redes sociais
Hashtag é um termo associado a assuntos ou
discussões que se deseja indexar em redes sociais,
inserindo o símbolo da cerquilha (#) antes da palavra,
frase ou expressão. Quando a combinação é
publicada, transforma-se em um hiperlink que leva
para uma página com outras publicações relacio -
nadas ao mesmo tema.
Mônica Custódio. Blog de Marketing Digital de Resultados.
Disponível em: <https://resultadosdigitais.com.br/blog/o-que-e-
hashtag/>.
O termo entre aspas no título da matéria foi usado
para
� exibir conhecimento diverso sobre a utilização de
um símbolo digital.
� construir antítese relacionada ao significado da
hashtag.
� aludir ao som e à imagem do termo correto
expresso no texto.
� denotar a finalidade limitadora que a hashtag
pressupõe.
� estilizar a hashtag para o público não letrado em
linguagem digital.
Resolução
O termo cerquinha é conotativo e faz referência à
imagem do símbolo da hashtag, que lembra parte de
uma cerca, e ao som similar ao do vocábulo
cerquilha, que o nomeia.
Resposta: C
QUESTÃO 25
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
Enquadro poético
Escrevo porque ouço vozes,
umas gritam de coragem, outras de medo,
e todas elas agitam em silêncio o meu coração.
Nada a ver com gramática,
estética, ética ou métrica,
escrevo porque em mim
a palavra é fio desencapado,
é elétrica.
A polícia acadêmica, quando enquadra,
não sabe ou esqueceu
que as ruas gritam livres
ainda que durma na calçada.
VAZ, S. Flores de alvenaria. São Paulo: Global Editora, 2016, p. 62.
O poema acima é de Sérgio Vaz, um dos nomes mais
importantes da literatura periférica contemporânea
brasileira. De maneira metalinguística, o eu lírico
defende um fazer poético que 
� reforce técnicas do repertório cultural livresco.
� utilize léxico pedante de seu grupo social.
� renegue as limitações da estética tradicional. 
� retome a linguagem da estética surrealista.
� recrie a realidade das ruas em linguagem
conotativa.
Resolução
O fragmento do poema de Sérgio Vaz apresenta uma
defesa contundente da poesia livre, viva e “elétrica”,
que se afasta de uma escrita tradicional e acadêmica.
Tal distanciamento é explicitado por meio do verso
“Nada a ver com gramática, / estética, ética ou métri -
ca”, que verbaliza uma postura que se afaste de
elementos que impõem limites ao estilo, que
“enquadram” o fazer poético. 
Resposta: C
QUESTÃO 26
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
Texto 1
Abacateiro, acataremos teu ato
Nós também somos do mato como o pato e o leão
Aguardaremos, brincaremos no regato
Até que nos tragam frutos teu amor, teu coração 
Abacateiro, teu recolhimento é justamente
O significado da palavra temporão
Enquanto o tempo não trouxer teu abacate
Amanhecerá tomate e anoitecerá mamão 
GIL, G. “Refazenda”. Disponível em:
<https://www.letras.mus.br/gilberto-gil/16131/>. Acesso em: 18
jul. 2020.
Texto 2
Torno a ver-vos, ó montes; o destino
Aqui me torna a pôr nestes oiteiros,
Onde um tempo os gabões deixei grosseiros
Pelo traje da Corte, rico e fino.
Aqui estou entre Almendro, entre Corino,
Os meus fiéis, meus doces companheiros,
Vendo correr os míseros vaqueiros
Atrás de seu cansado desatino.
Se o bem desta choupana pode tanto,
Que chega a ter mais preço, e mais valia
Que da Cidade o lisonjeiro encanto, 
Aqui descanse a louca fantasia, 
E o que té agora se tornava em pranto 
Se converta em afetos de alegria.
COSTA, C. M. da. “Obras”. In: PROENÇA FILHO, D. (org.). 
A poesia dos inconfidentes. Rio de Janeiro: 
Nova Aguilar, 1996, p. 78-79. 
O texto 1 é do compositor contemporâneo Gilberto
Gil e o texto 2 é do poeta árcade brasileiro Cláudio
Manuel da Costa. Embora distantes entre si
temporal mente, aproximam-se tematicamente, pois
discorrem sobre 
� o conceito de evidenciar o aspecto bucólico como
superior ao civil, pois no campo as complicações
intelectuais são apaziguadas.
QUESTÃO 27
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
� o desejo de enriquecer no campo, aproveitando
as benesses que o ambiente interiorano oferece
para a ascensão econômica.
� o intuito de ressignificar a vivência em meio à
natureza, por meio de uma aproximação com
esse ambiente considerado íntimo e acolhedor.
� a ironia com o modo de vida campestre, caracte -
rizado como pouco desenvolvido em comparação
ao universo urbano.
� o conceito de cuidado e preservação da natureza,
diante da ameaça da urbanização do espaço
social em que vivem os emissores.
Resolução
Ainda que produzidos em contextos distintos, os
dois textos apresentam um lirismo próximo e íntimo
do espaço natural, o que pode ser provado por meio
dos versos “também somos do mato” e o “destino /
Aqui me torna a pôr nestes oiteiros”. Diante de tal
relação com a natureza, esta se mostra benéfica e
acolhedora para o eu lírico (“brincaremos no regato”
e “bem desta choupana”), o que revela um desejo
intenso de viver em sintonia com o meio natural.
Resposta: C
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
Texto 1
Orfandade
Meu Deus,
me dá cinco anos.
Me dá um pé de fedegoso com formiga preta,
me dá um Natal e sua véspera,
o ressonar das pessoas no quartinho.
Me dá a negrinha Fia pra eu brincar,
me dá uma noite pra eu dormir com minha mãe.
Me dá minha mãe, alegria sã e medo remediável,
me dá a mão, me cura de ser grande,
ó meu Deus, meu pai, 
meu pai.
PRADO, A. Bagagem. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986. p. 22.
Texto 2
Invernáculo
Já disse de no ́s.
Já disse de mim.
Já disse do mundo.
Já disse agora,
eu que já disse nunca. 
Todo mundo sabe,
eu ja ́ disse muito.
Tenho a impressão
que já disse tudo.
E tudo foi ta ̃o de repente.
LEMINSKI, P. Toda poesia. São Paulo: Companhia das Letras,
2013, p. 329.
Os textos acima são de dois dos mais importantes
nomes da poesia contemporânea brasileira, respec -
tiva mente Adélia Prado e Paulo Leminski. Ambos
demonstram pertencer formal e tematicamen te ao
mesmo momento estético, pois 
� reforçam as posturas modernistas ao tratar a
memória de forma reles. 
� recuperam em tom prosaico o passado,
revelando a fugacidade da vida.
� retomam da literatura marginal o antilirismo, o
tema inovador e o prosaico. 
� associam as memórias da infância ao contexto
social escravagista.
� mostram um enunciador resignado diante da
proximidade da morte.
QUESTÃO 28
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
Resolução
Os poemas apresentam um eu lírico que, voltando-se
para o passado, evoca lembranças, desejos e perdas,
como podemos verificar nos versos “me dá cinco
anos”, “Me dá minha mãe” e “Tenho a impressão/que
já disse tudo”. Tais presenças se somam à cons -
ciência do eu lírico de que o tempo passa.
Resposta: B
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
Texto 1
O Simbolismo fez na literatura o que o Impres -
sionismo estava fazendo na música e na pintura, isto
é, promoveu a diluição da figura, a perda dos contor -
nos, a percepção individual da realidade, a influência
da luz, o sonho, as imagens etéreas, o subjetivo, o
momento, o conhecimento intuitivo. Tanto o Simbo-
lismo quanto o Impressionismo registram a impres -
são que a realidade provoca no espírito do artista
num momento particular, as sensações que ela
provoca, ou seja, a realidade subjetiva. O homem se
volta para as manifestações metafísicas e espirituais.
COSTA, M. L. F. “Simbolismo e Impressionismo: um apelo aos
sentidos”. Revista MELP. Disponível em: 
< http://www.lalec.fe.usp.br/revistamelp/component/k2/item/32-
simbolismo-e-impressionismo-um-apelo-aos-sentidos>.
Acesso em: 18 jul. 2020.
Texto 2
VISCONTI, E. Roupa Estendida. In: Enciclopédia Itaú Cultural de
Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2020.
Disponível em:
<http://enciclopedia.itaucultural.org.br/obra1177/roupa-
estendida>. Acesso em: 18 de jul. 2020. Verbete da Enciclopédia.
A obra Roupa estendida (texto 2) é de Eliseu Visconti,
artista italiano radicado no Brasil. Ela é prova da
intersecção apontada pelo texto 1 entre Simbolismo
e Impressionismo, pois
� traduz objetivamente problemas sociais por meio
de personagens, como indica a criança aban -
donada no ambiente de trabalho. 
� incorpora sensações que revelam a forma pes -
soal e sensível com que o artista aborda a
realidade.
� mimetiza a realidade fotograficamente, seguindo
o preceito de que a arte deve imitar a vida social
sem alterá-la. 
QUESTÃO 29
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
� traduz a realidade social retratada por meio de
aspectos visuais que excluem a subjetividade e o
jogo cromático.
� denuncia a exploração do trabalho em uma so -
ciedade cujo patriarcalismo foi acentuado pela
Segunda Revolução Industrial.
Resolução
O Simbolismo busca captar por meio da musica -
lidade e da linguagem sugestiva as diferentes
sensações relacionadas ao sonho, ao eu profundo, ao
conhe cimento intuitivo. O Impressionismo incorpora,
como o próprio nome indica, o flagrante e o ângulo
de vi são momentâneo que o artista frui da imagem
que visualiza. Há em comum a esses dois estilos a
forma pessoal e sensível de abordar a realidade, o
que se nota no quadro de Visconti, representante
brasileiro do Neoimpressionismo.
Resposta: B
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
Texto 1
À cidade da Bahia
SONETO
Triste Bahia! ó quão dessemelhante
Estás e estou do nosso antigo estado! 
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
Rica te vi eu já, tu a mi abundante. 
A ti trocou-te a máquina mercante,¹
Que em tua larga barra tem entrado 
A mim foi-me trocando, e tem trocado,
Tanto negócio e tanto negociante.
Deste em dar tanto açúcar excelente
Pelas drogas inúteis, que abelhuda 
Simples aceitas do sagaz Brichote.²
Oh se quisera Deus, que de repente 
Um dia amanheceras tão sisuda 
Que fora de algodão o teu capote!
MATOS, G. Poemas escolhidos. São Paulo: Companhia das
Letras, 2010, p. 44.
1. trocou-te a máquina mercante – trocou-te: com duplo sentido,
de comerciar e modificar; máquina mercante: as naus que
aportam para comerciar.
2. Brichote: designação pejorativa do estrangeiro.
Texto 2
O canavial é um paradoxo cultural. É o âmbito da
resistência e da submissão de milhões de seres
humanos através dos séculos. É a perspectiva do
poder vinculado às fontes renováveis de energia. Mas
os plantios de cana e seus derivados podem ser
também uma possibilidade poética e subliminar que
parece permear o olhar e a reflexão artística.
MUÑOZ, A. Apud: LUANA, F. “Deste em dar tanto açúcar
excelente”. Revista Select. Disponível em:
<https://www.select.art.br/deste-em-dar-tanto-acucar-excelente/>.
Acesso em: 18 jul. 2020.
O poema de Gregório de Matos e a declaração de
Alejandra Muñoz refletem problemas socioeconô -
micos do Brasil em diferentes tempos e abordagens.
É possível identificar uma crítica em ambos os textos
que se relaciona com
� a decadência dos produtores de açúcar da Bahia
durante o período colonial, século XVIII, sub -
metidos ao arbítrio da metrópole.
QUESTÃO 30
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
� a exploração da produção do açúcar e suas
consequências sociais e estéticas contraditórias
que perduram até a atualidade.
� a circunscrição da produção da cana-de-açúcar e
da reflexão artística sobre esse plantio no
contexto político do Brasil-Colônia.
� o fato de o plantio da cana-de-açúcar e a reflexão
artística sobre esse trabalho atenuarem gradati -
vamente as diferenças sociais.
� o intenso progresso socioeconômico trazido ao
Brasil, tanto no período colonial como posterior -
mente a ele, pelo cultivo da cana-de-açúcar.
Resolução
Ambos os textos discutem a produção do açúcar e
suas atividades exploratórias que perduram na socie -
dade até os dias atuais, gerando desigualdades e in -
justiças, como confirmam os trechos “Deste em dar
tanto açúcar excelente / Pelas drogas inúteis, que
abelhu da / Simples aceitas do sagaz Brichote” (texto
1) e “É o âmbito da resistência e da submissão de
milhões de seres humanos através dos séculos”
(texto 2). A reflexão artística sobre a cana-de-açúcar
nota-se no século XVII, com Gregório de Matos, e,
para citar um poeta do século XX, João Cabral de
Melo Neto.
Resposta: B
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
(...) A linguagem do cinema anticolonialista deve -
ria assumir a precariedade de recursos: a estética da
fome seria aquela que não disfarçaria a pobreza, mas
a internalizaria na forma, encontrando uma duração,
um ritmo de montagem, um estilo de iluminação que
correspondesse à experiência da miséria e à condição
de subdesenvolvimento. 
É no cinema do próprio Glauber Rocha, mais
preci sa mente em Deus e o diabo na terra do sol
(1964), que tal estética alcança o ápice. (...) 
Se, no manifesto de 1965, Glauber clamava por
uma rejeição absoluta do cinema hegemônico, no
último decênio testemunhou-se uma tentativa cres -
cente por parte do cinema brasileiro mais politica -
mente enga jado de incorporar técnicas de narração e
protocolos estilísticos dos gêneros convencionais (...).
Basta lembrar que o filme brasileiro mais debatido de
2019, Bacurau, apropria-se de uma série de expe -
dientes do cinema de ação hollywoodiano para
ressigni ficá-los em favor de personagens que, outrora
na posição de oprimidas, doravante se recusam a
ocupá-la.
OLIVEIRA JR., L. C. “O que restou da estética da fome”. Revista
Select. 04/2020. Disponível em: <https://www.select.art.br/o-que-
restou-da-estetica-da-fome/>. Acesso em: 18 jul. 2019.
O artigo de Luiz Carlos Oliveira Jr. discorre sobre as
mudanças pelas quais a cinematografia brasileira tem
passado. De acordo com o autor, essa transformação
é perceptível no último decênio pelo fato de 
� o cinema brasileiro se apropriar da estética
hollywoodiana para continuar abordando as
nossas mazelas sociais, mas, agora, empode -
rando os tradicionalmente oprimidos.
� os filmes hegemônicos incorporarem a estética
da fome, própria da linguagem do Cinema Novo,
pa ra atender às necessidades do mercado
interna cional. 
� a produção cinematográfica no Brasil buscar
atual mente uma linguagem e temática inova -
doras, afastando-se do padrão hollywoodiano.
� o Brasil buscar, assim como outros países do
Hemisfério Sul, uma linguagem artística que
capte as suas idiossincrasias, rompendo, assim,
com o colonialismo cultural.
� as obras cinematográficas nacionais adotarem a
estética dos filmes blockbusters para conseguir a
aceitação no mercado internacional.
Resolução
De acordo com Luiz Carlos Oliveira Jr., nos últimos
anos o Brasil revolucionou sua linguagem cinemato -
gráfica. Ainda que continue tratando de temas
semelhantes aos da estética da fome, incorporou
técnicas da indústria cinematográfica hollywoodiana
QUESTÃO 31
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
e criou personagens que se recusam a aceitar o papel
submisso de oprimidas, empoderando-as. Exemplo
dessa mudança é o filme Bacurau.
Resposta: A
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
EVANGELISTA, E. dos Reis (Duke). Disponível em:
<https://br.pinterest.com/pin/483714816221356221/>. Acesso em:
19 jul. 2020.
Na criação dotexto, o chargista retrata criativamente
o diálogo de duas famílias de realidades sociais
distintas. O humor com que se evidencia a crítica à
desigualdade econômica tem como núcleo a
� ambiguidade de termos.
� crítica ao consumismo.
� proximidade fonética.
� imposição precoce da tecnologia.
� discrepância do nível linguístico.
Resolução
O humor com que se critica a diferença da realidade so -
cial das duas famílias baseia-se na proximidade fo nética
(paronomásia) estabelecida entre as formas “i-Pad” e
“i pedi” presentes nas falas dos progenitores.
Resposta: C
QUESTÃO 32
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
Momento
Enquanto eu fiquei alegre,
permaneceram um bule azul com um descascado
[no bico,
uma garrafa de pimenta pelo meio,
um latido e um céu limpidíssimo
com recém-feitas estrelas.
Resistiram nos seu lugares, em seus ofícios,
constituindo o mundo pra mim, anteparo
para o que foi um acometimento:
súbito é bom ter um corpo pra rir
e sacudir a cabeça. A vida é mais tempo
alegre do que triste. Melhor é ser.
PRADO, Adélia. Poesia reunida. São Paulo: Siciliano, 1991. p. 46.
O poema de Adélia Prado trata da transitoriedade da
vida e de sua fruição. Para tanto, a poetisa emprega
como imagem da destruição ocasionada pela pas -
sagem do tempo
� “um bule azul com um descascado no bico”.
� “um latido e um céu limpidíssimo”.
� “recém-feitas estrelas”.
� “Resistiram nos seu lugares”.
� “um corpo pra rir / e sacudir a cabeça”.
Resolução
Para ilustrar as várias fases da vida, o eu lírico
emprega imagens simbólicas como “um bule azul
com um descascado no bico”, pois essa pequena
alteração revela o desgaste desse utensílio, provo -
cado pela passagem do tempo.
Resposta: A
QUESTÃO 33
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
Soneto do Amor Total
Amo-te tanto, meu amor... não cante 
O humano coração com mais verdade... 
Amo-te como amigo e como amante 
Numa sempre diversa realidade 
Amo-te afim, de um calmo amor prestante, 
E te amo além, presente na saudade. 
Amo-te, enfim, com grande liberdade 
Dentro da eternidade e a cada instante. 
Amo-te como um bicho, simplesmente, 
De um amor sem mistério e sem virtude 
Com um desejo maciço e permanente. 
E de te amar assim muito e amiúde, 
É que um dia em teu corpo de repente 
Hei de morrer de amar mais do que pude.
MORAES, V. de. “Novos poemas II”. In: Poesia completa e prosa.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, p. 452.
O poema acima é de Vinícius de Moraes, um dos
maiores sonetistas da língua portuguesa. Nesse
soneto, retoma-se a tradição literária, principalmente
a romântica, pois o amor é visto como 
� entrega absoluta que consome aquele que o
sente.
� estímulo literário que inspira o amante a escrever.
� realização estética que sublima a existência do
amador.
� experiência intensa e efêmera que provoca morte
e desespero.
� manifestação mística que prescinde da relação
física.
Resolução
Voltado para a temática do amor romântico, o eu
lírico promete uma entrega total e absoluta a esse
sentimento que o domina e o deixa consumido,
como confirma o trecho “E de te amar assim muito e
amiúde, / É que um dia em teu corpo de repente / Hei
de morrer de amar mais do que pude”.
Resposta: A
QUESTÃO 34
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
Texto 1
– “E a gente, Dito? A gente?” – “A gente cresce,
uai. O mole judiado vai ficando forte, mas muito mais
forte! Trastempo, o bruto vai ficando mole, mole...”
Miguilim tinha trazido a mula de cristal, que acertava
no machucado da mão, debaixo das cobertas – “Dito,
você gosta de Pai, de verdade?” – “Eu gosto de todos.
Por isso é que eu quero não morrer e crescer, tomar
conta do Mutum, criar um gadão enorme.”
ROSA, J. G. Campo Geral. 1.a ed., São Paulo: Global, 2019, p. 89.
Texto 2
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança:
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
CAMÕES, L. de. Obra completa. Rio de Janeiro: 
Nova Aguillar, 2003, p. 284.
O texto 1, do prosador modernista brasileiro Gui -
marães Rosa, e o texto 2, do poeta português Luís de
Camões, pertencem a contextos histórico-literários
distintos. Apesar dessas diferenças, aproximam-se
por abordarem
� a associação entre a passagem do tempo e a
transformação do homem. 
� a fragilidade da existência humana perante o
decorrer do tempo.
� a diferença dos questionamentos existenciais nas
diversas fases da vida.
� a necessidade de fruição do momento diante da
efemeridade da vida.
� a incerteza humana perante as agruras do ama -
du recimento e da velhice.
Resolução
No texto 2, Luís de Camões propõe uma reflexão
sobre a questão das mudanças impostas pela pas -
sagem temporal. Guimarães Rosa elucida tais mu -
danças ao afirmar, pelas palavras de Dito, que “O
mo le judiado vai ficando forte, mas muito mais forte!
Trastempo, o bruto vai ficando mole, mole...”. Nota-
se a alteração do ser, tema abordado na primeira
estrofe do soneto de Camões.
Resposta: A
QUESTÃO 35
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
Saudades
Nas horas mortas da noite 
Como é doce o meditar 
Quando as estrelas cintilam 
Nas ondas quietas do mar; 
Quando a lua majestosa 
Surgindo linda e formosa, 
Como donzela vaidosa 
Nas águas se vai mirar! 
Nessas horas de silêncio, 
De tristezas e de amor, 
Eu gosto de ouvir ao longe, 
Cheio de mágoa e de dor, 
O sino do campanário 
Que fala tão solitário 
Com esse som mortuário 
Que nos enche de pavor. 
Então – proscrito e sozinho – 
Eu solto aos ecos da serra 
Suspiros dessa saudade 
Que no meu peito se encerra. 
Esses prantos de amargores 
São prantos cheios de dores: 
– Saudades – dos meus amores, 
– Saudades – da minha terra!
ABREU, C. de. As Primaveras. Porto: Tipografia do Jornal do
Porto, 1866, p. 7.
A poesia de Casimiro de Abreu, embora pertencente
à geração mal-do-século do Romantismo brasileiro,
a mais pessimista, apresenta temas que buscam
consolidar a literatura como expressão tipicamente
nacional. Desse modo, o poema “Saudades” revela
traços caros a essa característica ufanista, ainda que
de modo sutil, ao apresentar 
� a melancolia como sentimento decorrente das
incertezas da vida.
� a frustração associada à valorização da terra
natal.
� a postura cética diante da esterilidade do amor e
da natureza.
� o egocentrismo como meio de autoafirmação
pessoal.
� o devaneio como forma escapista das desilusões
amorosas.
QUESTÃO 36
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
Resolução
O eu lírico, ao descrever uma situação solitária e me -
lancólica, correlaciona a saudade de seus amores
com a saudade de sua terra. Nisso, como
representante da Segunda Geração Romântica do
Brasil, o eu poe mático de Casimiro de Abreu
demonstra o subje tivismo e o tom melancólico
juntamente com te má tica comum à poesia da
Primeira Geração Romântica: a valorização da terra
natal.
Resposta: B
EENNEEMM –– PPRROOVVAA 44 –– 11..OO DDIIAA 
A Lua Girou
A lua girou, girou
Traçou no céu um compasso
A lua girou, girou
Traçou no céu um compasso
Eu bem queria fazer um travesseiro dos seus braços
Eu bem queria fazer...
Travesseiro dos meus braços
Só não faz se quiser
Um travesseiro dos meus braços
Só não faz se não quiser...
Sustenta palavra de homem
Que eu mantenho a de mulher
Sustenta a palavra de homem...
Que eu mantenho a de mulher
A lua girou, girou
Traçou no céu um compasso
A lua girou, girou
Traçou no céu um compasso
Eu bem queria fazer um travesseiro dos seus braços
Eu bem queria fazer...
NASCIMENTO, M. “A lua girou”. Disponível em:
<https://www.letras.mus.br/milton-nascimento/112695/>. Acesso
em: 20 jul. 2020.
O lirismo romântico é marca comum das expressões
poéticas que marcam a música popular brasileira. Nes -
sa canção de Milton Nascimento, a imagem da lua é
� o símbolo do distanciamento vivenciado pelas
personagens.
� a metáfora da concretude do amor realizado a
contento.
� a alegoria de um amor proibido socioecono -
micamente.

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