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enem-prova1-19-5-resolucxxaxxo-2019-1

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Prévia do material em texto

SIMULADO ABERTO
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a Proposta de Redação, dispostas
da seguinte maneira:
a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b) Proposta de Redação;
c) questões de número 46 a 90, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas às questões
relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição.
2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo com as
instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergência,
comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.
3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão.
4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.
5. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas
no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação.
6. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO.
7. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES e o
CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO.
8. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e poderá levar
seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30 minutos que antecedem o término
das provas.
1.o DIA
RESOLUÇÕES 
ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA,
com sua caligrafia usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase:
Seja mais forte que a sua maior desculpa.
ENEM_PROVA1_19_5_ALICE_2019 11/04/2019 17:03 Página 1
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
Obs.: Confira a resolução das questões de sua versão. 
19/5/2019
VERSÃO
����
VERSÃO
������	
VERSÃO
����	
VERSÃO
�	
�
1 C C C C
2 A A A A
3 D D D D
4 B B B B
5 D D D D
6 A A B D
7 E C C D
8 A A B D
9 C C C C
10 A A D C
11 C E C A
12 D A C A
13 A A A C
14 A C C C
15 C A C D
16 A C C A
17 C A B D
18 C B A C
19 E C D A
20 D B C E
21 C C D B
22 C C D C
23 C E E C
24 B D A C
25 D C C B
26 A B D C
27 C C C A
28 E D B C
29 D A C A
30 D C C C
31 D B C A
32 C C E A
33 A C D C
34 C C A A
35 B C C C
36 C C A C
37 C A C B
38 C D C C
39 A D D E
40 D D A D
41 C C A D
42 B D C C
43 C D A C
44 B C A B
45 C E E E
VERSÃO
����
VERSÃO
������	
VERSÃO
����	
VERSÃO
�	
�
46 E A A B
47 B C D A
48 E B B A
49 B A D D
50 A E C B
51 A C C B
52 C A E C
53 B D D D
54 D A E D
55 B D E C
56 A B B C
57 C D E A
58 C B E C
59 B E A B
60 D E E B
61 B B C E
62 B D C E
63 D B D E
64 A A D D
65 B B B E
66 A B A B
67 D C D B
68 A C C D
69 D C D A
70 D D B D
71 B C A E
72 C C D B
73 D C A A
74 A D B C
75 E B B C
76 C A B D
77 C D D B
78 B D C A
79 E B C E
80 E D D E
81 E A B B
82 E E A D
83 E B A A
84 D E C E
85 C D B C
86 C E E D
87 B E B A
88 D E A D
89 A B E B
90 D A B C
ENEM_PROVA1_19_5_ALICE_2019 12/04/2019 10:49 Página 2
LC – 1.o dia � RESOLUÇÕES – Página 3
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS 
TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
Do Gun Owners Want Gun Control? 
By Jess Bidgood and Sabrina Tavernise 
Tom Galinat signed a letter to lawmakers, urging
them to expand background checks for gun
purchases. Mr. Galinat, 35, a farmer and hunter who
owns nine guns, traveled last month from his home
in Peacham, Vt., to Montpelier, the state capital, with
a firm goal in mind: Convince lawmakers to enact a
ban on high-capacity magazines. 
Jonathan Leach, 56, a policy analyst in Augusta,
Me., and the owner of about 10 guns, testified before
Maine legislators in favor of a bill to let judges order
people deemed dangerous to surrender their firearms.
Mr. Leach said he wanted to serve as a counterweight
to gun rights enthusiasts he knew would speak
against the idea.
Disponı́vel em: <www.nytimes.com>
Com base no texto, é correto afirmar que
� Tom acredita que a aquisição de armas deve ser
proibida. 
� os homens mencionados acham que armas são
perigosas. 
� Tom e Jonathan concordam que haja controle de
armas. 
� Jonathan critica aqueles que defendem o uso de
armas. 
� Tom critica o anúncio de armas de fogo em
revistas de grande alcance.
Resolução
Lê-se a informação em:
“Convince lawmakers to enact a ban on high-capacity
magazines.”
e
“...Jonathan Leach, 56, a policy analyst in Augusta,
Me., and the owner of about 10 guns, testified before
Maine legislators in favor of a bill to let judges order
people deemed dangerous to surrender their
firearms.”
*to enact a ban = ordenar uma proibição
*magazines = depósito, paiol
*to surrender = entregar, devolver
Resposta: C
Putting the brakes on overeating
By Stephen Ornes
When people eat high-fat foods, the stomach
sends a signal to the brain. The brain responds by
releasing dopamine, a pleasure chemical. But eating
too much fat can decrease the dopamine released
after eating. As a result, people with this problem are
more likely to become obese.
A team of researchers from Yale University discovered
that a fatty diet reduces the body’s production of a
chemical called N-oleoylethanolamine. When the
researchers injected this chemical into the guts of
mice that had been fed lots of fat, the animals once
again received pleasure from eating. And they stopped
overeating. Although mice and people are vastly
different, the new study suggests the strategy to restore
the connection is worth investigating for people.
Disponível em:
<https://www.sciencenewsforstudents.org/article/putting-brakes-
overeating (adaptado).
Segundo o texto,
� alimentos com alto teor de gordura, quando inge -
ridos em demasia, fazem com que o nível de do pa -
mina no organismo diminua, favorecendo a
obe sidade.
� o composto químico N-oleoiletanolamina, quando
injetado em pessoas que consomem muitos ali -
men tos ricos em gordura, reduz o risco de obe -
sidade.
QUESTÃO 01
QUESTÃO 02
ENEM_PROVA1_19_5_ALICE_2019 11/04/2019 17:03 Página 3
LC – 1.o dia � RESOLUÇÕES – Página 4
� a ingestão de alimentos com elevados índices de
gordura provoca uma sensação de saciedade nos
indivíduos, dificultando o surgimento da obesidade.
� o ato de injetar, em seres humanos. N-oleoileta -
nolamina, uma substância química encontrada
nas vísceras de ratos, impede o desenvolvimento
da obesidade.
� uma dieta rica em gorduras aumenta a produção
de N-oleoiletanolamina, favorecendo a obesidade.
Resolução
Lê-se a informação no primeiro parágrafo do texto
“When people eat high-fat foods, the stomach sends
a signal to the brain. The brain responds by releasing
dopamine, a pleasure chemical. But eating too much
fat can decrease the dopamine released after eating.“
*to release = liberar
Resposta: A
The war song
War war is stupid 
And people are stupid 
And love means nothing 
In some strange quarters 
War war is stupid 
And people are stupid 
And I heard them banging 
On hearts and fingers 
People fill the world 
With narrow confidence 
Like a child at birth 
A man with no defense 
What's mine is my own 
I won't give it to you 
No matter what you say 
No matter what you do 
Now we're fighting
In our hearts 
Fighting in the street 
Won't somebody help me?
Disponível em: <http://letras.mus.br>
A música é uma forma de expressão artística e cul -
tural e pode revelar diferentes formas de com preen -
der o mundo. Na letra da canção do grupo Culture
Club, entende-se que a guerra é o resultado da
� brutalidade humana, porque os homens lutam
pelo poder. 
� falta de diálogo, porque um lado nunca escuta o
outro. 
� superpopulação mundial, porque esta gera fome
e pobreza. 
� insensatez humana, porque as pessoas são
individualistas.
� ganância, porque as pessoas invejam o que é dos
outros.
Resolução
Lê-se a informaçãoprincipalmente no seguinte trecho
da canção:
“What's mine is my own 
I won't give it to you 
No matter what you say 
No matter what you do”
Resposta: D 
Koko: Gorilla who Mastered Sign Language
dies in California
“Koko – the gorilla known for her extraordinary
mastery of sign language, and as the primary
ambassador for her endangered species – passed
away yesterday [Wednesday] morning in her sleep
at the age of 46”, a Gorilla Foundation press release
said. The gorilla, who was said to have an IQ of
between 75 and 95, could understand 2,000 words
of spoken English. The average IQ for humans on
many tests is 100, and most people score
somewhere between 85 and 115.
Even though some scientists have cast doubt on
the extent of the gorilla’s communicative skills, she
was able to use sign language to convey thoughts
and feelings. 
Disponível em: <https://www.bbc.com/>
Baseando-se no texto sobre Koko, escolha a opção
que melhor resume a ideia principal.
� Koko, que foi a primeira embaixadora de espé -
cies em extinção, faleceu aos 46 anos. 
� Koko, apesar de ser uma gorila, sabia comu -
nicar-se por meio da linguagem de sinais.
� Koko, que tinha um QI maior do que o de mui -
tos humanos, podia entender e se expressar em
inglês.
QUESTÃO 03
QUESTÃO 04
ENEM_PROVA1_19_5_ALICE_2019 11/04/2019 17:03 Página 4
� Koko, que conhecia mais de 2 mil palavras em
inglês, era especialista na linguagem de sinais. 
� Koko, que era uma gorila com alto QI e alta
capacidade de comunicação, conhecia diversas
línguas. 
Resolução
Lê-se no texto:
“Even though some scientists have cast doubt on the
extent of the gorilla’s communicative skills, she
was able to use sign language to convey thoughts
and feelings.“
*to cast doubt = lançar dúvidas, duvidar
*to convey = transmitir
Resposta: B
Roman documents discovered
We often think that the best information from the
Roman world comes from Egypt, where the dryness
preserves papyri. However, in Britain the reverse
conditions occur. At Vindolanda – a Roman fort located
two miles behind Hadrian’s Wall – the humidity
preserved wooden writing tablets that were thrown into
a bonfire when the fort was evacuated in CE 105.
These wooden tablets were one of the most
important discoveries made in Roman Britain in the
20th century. They were used not for grand writings
but for memoranda and accounts, so they provide the
best insight into life in the Roman army found
anywhere in the world. One of the tablets says:
Octavius to Candidus: “I need money. I have bought
5,000 bushels of grain, and unless you send me some
money, I shall lose my deposit and be embarrassed”.
(Disponível em: <http://www.archaeology.co.uk> (adaptado).
Os documentos descobertos em Vindolanda
� são papiros preservados pelo clima seco da região
em que foram encontrados.
� contêm informações sobre a evacuação do forte
no ano 105 da Era Cristã.
� preservam registros de disputas financeiras entre
cidadãos comuns.
� são registros em madeira, com informações
preciosas sobre a vida no exército romano.
� retratam a vida de soldados romanos, que viviam
em um forte que foi incendiado no ano de 105.
Resolução
Os documentos descobertos em Vindolanda são
registros em madeira, com informações precisas
sobre a vida no exército romano.
Lê-se no texto:
“These wooden tablets were one of the most
important discoveries made in Roman Britain in the
20th century. They were used not for grand writings
but for memoranda and accounts, so they provide the
best insight into life in the Roman army found
anywhere in the world.”
Resposta: D
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS 
TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
Disponível em:
<http://www.cobachbc.edu.mx/inicio/noticia/2015/mar/30/realizan-
expo-carteles-sobre-el-medio-ambiente/>. 
Acesso em: 04 fev. 2019.
QUESTÃO 05
QUESTÃO 01
LC – 1.o dia � RESOLUÇÕES – Página 5
ENEM_PROVA1_19_5_ALICE_2019 11/04/2019 17:03 Página 5
LC – 1.o dia � RESOLUÇÕES – Página 6
O cartaz acima apresenta um uso muito particular do
artigo masculino singular “el” junto com o subs -
tantivo feminino “agua”. Marque a alternativa correta
em que todas as palavras obedecem à mesma regra.
� el área, el habitación, el águila.
� el ave, el árbol, el habitación.
� el águila, el área, el ave.
� el habitación, el árbol, el ave.
� el árbol, el ave, el acción.
Resolução
O substantivo feminino só levará artigo masculino
quando a palavra começar com as letras “a” ou “há”
tônicas. Os substantivos “habitación e acción” são
femininos, porém a sílaba tônica está em “ción”. Já a
palavra “árbol” é masculina em espanhol. A opção C
é a única que segue a regra. 
Resposta: C
La contemplación del horror, y aun la familiaridad
y la complacencia en su trato, constituyen contrariamente
uno de los rasgos más notables del carácter mexicano.
Los Cristos ensangrentados de las iglesias pueblerinas,
el humor macabro de ciertos encabezados de los
diarios, los “velorios”, la costumbre de comer el 2 de
noviembre panes y dulces que fingen huesos y calaveras,
son hábitos, heredados de indios y españoles,
inseparables de nuestro ser. Nuestro culto a la muerte
es culto a la vida, del mismo modo que el amor, que
es hambre de vida, es anhelo de muerte. El gusto por la
autodestrucción no se deriva nada más de tendencias
masoquistas, sino también de una cierta religiosidad. 
Fragmento de: El laberinto de la soledad. Octavio Paz, ed. FCE.
2000. pág. 26.
Com base na leitura do fragmento acima, podemos
traduzir a palavra “rasgos” como
� característica, traço de um povo.
� agressividade, força de um povo.
� destruição, aniquilamento de um povo.
� determinação, finalidade de um povo.
� religiosidade, fé de um povo.
Resolução
Lê-se a resposta correta no trecho: “... de los rasgos
más notables del carácter mexicano”.
Resposta: A
Muy Machos
(Por Rosa Montero)
Aunque no me gusta el fútbol, disfruté con la
victoria de La Roja en Francia porque nos hacen
mucha falta las alegrías. Eso sí, viendo los abrazos de
los jugadores me quedé pensando en la sorprendente
ausencia de homosexuales reconocidos entre ellos.
¡Y luego nos jactamos de que nuestra sociedad es tan
tolerante y de que la homofobia ya no existe! De
acuerdo: entonces, ¿dónde están los futbolistas gais?
Según diversos estudios internacionales, el porcentaje
de homosexuales se mantiene más o menos estable
en todas las culturas y se mueve en una franja entre
el 2% y el 7% de la población. Un puñado de
dimensiones perfectamente visibles, diría yo. Repito,
¿dónde están? Una amiga me cuenta que, hará unos
cuatro años, escuchó en el programa radiofónico
Hablar por hablar a un hombre joven que salió al aire
sin identificarse, aunque supongo que lo habría hecho
antes, en el control, porque, si no, no le hubieran dado
paso. Y dijo algo así: “Soy futbolista, soy homosexual,
juego en Primera División y tengo que ocultar mi
condición. Gano mucho dinero y soy muy desgraciado”.
Suena arcaico y parece remitir a una realidad obsoleta
y remota, pero debo decir que está ocurriendo cada
día, que no sucede solo en España y que no se ciñe
solo al fútbol. El deporte en general, ese poderoso
espejo de las masas, está cubierto por un velo
homofóbico. En los JJ. OO. de Pekín 2008, solo hubo
10 atletas declaradamente gais entre los 11.000
participantes. En los JJ. OO. de Londres 2012, 20
atletas entre 12.000. No se puede decir que la cosa
progrese a velocidades supersónicas. Y, mientras La
Roja jugaba tan virilmente en Francia, París se llenaba
de manifestantes contra las bodas gais (como España
en 2005). Me pregunto cuántas otras realidades
damos por solucionadas, cuántos otros prejuicios
solventados, sin que sea verdad en absoluto.
Disponível em:
<https://elpais.com/elpais/2013/04/01/opinion/1364825434_550442.
html>. Acesso em: 04 fev. 2019.
QUESTÃO 02
QUESTÃO 03
ENEM_PROVA1_19_5_ALICE_2019 11/04/2019 17:03 Página 6
De acordocom o texto, a autora busca indicar
� que a discriminação dentro do mundo dos
esportes está diminuindo a cada 4 anos. 
� que franceses e espanhóis estão entre os povos
mais preconceituosos da Europa Ocidental. 
� que a sociedade está mais tolerante e a
homofobia quase já não existe.
� que, sob a ideia de tolerância, ainda há muito
preconceito contra homossexuais no mundo do
esporte. 
� que cada vez mais atletas se declaram homos -
sexuais por meio de entrevistas a grandes meios
de comunicação. 
Resolução
Lê-se a resposta correta no trecho: “Y, mientras La
Roja jugaba tan virilmente en Francia, París se llenaba
de manifestantes contra las bodas gais (como España
en 2005). Me pregunto cuántas otras realidades
damos por solucionadas, cuántos otros prejuicios
solventados, sin que sea verdad en absoluto”.
Resposta: D
La Guerra Cristera en México
En México la difícil relación entre la iglesia católica
y el Estado, inicio a mediados del siglo XIX, con las
Leyes de Reforma, promovidas por Benito Juárez;
aunque desde la independencia de 1810 se presentaron
algunos conflictos que fueron esporádicos durante la
primera mitad del siglo XIX.
El poder que la iglesia tenía representaba para el
naciente estado mexicano, un obstáculo para
fortalecerse. La iglesia era la única entidad de carácter
nacional arraigada en el pueblo mexicano y ligada a él
por relaciones económicas, ideológicas y morales
como un organismo nacional, que lejos de debilitarse
después de la independencia de 1810, fortaleció a sus
instituciones como cofradías, seminarios, colegios,
conventos de religiosos y religiosas, mismos que
ejercían una influencia en la conciencia social e
individual de los mexicanos.
Por su parte en la constitución mexicana de 1917,
establecía una serie de prohibiciones a la iglesia, que
tenían como finalidad suprimir la intervención de ésta
en la vida pública, por ejemplo, la participación del
clero en política, su derecho a poseer bienes inmuebles
e impedir el culto fuera de la iglesia, entre otras.
La violencia estalló en agosto de 1926 en el
pequeño poblado de Chalchihuites, Zacatecas, cuando
un grupo de campesinos quisieron liberar al párroco
del lugar. A partir de ese momento, la lucha se
extendió por varios estados de la república, bajo la
proclama de ¡Viva Santa María de Guadalupe! y ¡Viva
Cristo Rey!, por lo que fueron llamados “Cristeros”.
La Guerra Cristera fue una de las más sangrientas
que ha tenido la Historia de México, se calcula que de
1926 a 1929, perdieron la vida más de 80 000
mexicanos.
La resolución formal del conflicto se dio en junio
de 1929, entre el gobierno de Emilio Portes Gil, el
obispo Pascual Díaz y el arzobispo Ruiz y Flores.
En este nuevo contexto la jerarquía de la Iglesia
Católica inicia el proceso de canonización de los
mártires de la guerra cristera, que culminó en el Gran
Jubileo en mayo del 2000.
Disponível em:
<https://upaep.mx/museo/index.php?option=com_content&view=
article&id=2:arte-popular-religioso&catid=8&Itemid=105>.
Acesso em: 04 fev. 2019.
Com base na leitura do texto, podemos afirmar que 
� a Igreja Católica era contra a independência do
México e desejava voltar a fazer parte do Império
espanhol.
� o Estado mexicano não via com bons olhos a forte
influência que a Igreja Católica possuía na vida
dos mexicanos e na economia do país. 
� a Igreja Católica temia que o nascente Estado me -
xicano voltasse às antigas práticas religiosas exis -
tentes antes da chegada dos colonizadores ao país.
� o povo mexicano já não aguentava a forte moral
imposta pelos religiosos católicos e a influência
destes na vida cotidiana da nação. 
� o Estado mexicano considerava que a educação
dada por escolas católicas era de baixa qualidade e
fora da nova realidade econômica, social e política
do país. 
Resolução
Lê-se a resposta correta no segundo parágrafo do
texto. 
Resposta: B
QUESTÃO 04
LC – 1.o dia � RESOLUÇÕES – Página 7
ENEM_PROVA1_19_5_ALICE_2019 11/04/2019 17:03 Página 7
LC – 1.o dia � RESOLUÇÕES – Página 8
Disponível em:
<http://blogjovemparauapebas.blogspot.com/2014/03/charge-do-
dia.html>. Acesso em: 04 fev. 2019.
A charge acima apresenta mudanças nas relações
entre família e escola. O autor dos quadros busca
realçar
� a má formação do corpo docente atual em relação
à formação recebida na década de 1960.
� o medo que os professores sentem dos pais na
atualidade. 
� que os pais de hoje são mais preocupados com a
educação dos filhos e com a formação dos
professores.
� que os jovens de hoje são superprotegidos pelos
pais, que, muitas vezes, não aceitam que seus
filhos recebam qualquer tipo de reprovação. 
� a inimizade entre pais e professores.
Resolução
A expressão do garoto na imagem de 2013 já
demonstra a falta de preocupação e a superproteção
por parte dos pais. 
Resposta: D
Questões de 06 a 45
Disponível em: <http://www.cida
demarketing.com.br/marketing/wp-
content/uploads/2019/03/mulher_carnaval.jpeg>. 
Acesso em: 18 mar. 2019.
As campanhas desenvolvidas pelo governo, em geral,
buscam fazer uso de elementos apelativos, com
frases de efeito, conhecidas como slogan, e recursos
visuais, elementos esses que se somam na cons -
trução do sentido. O cartaz acima, de uma campanha
do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos,
funciona como
� crítica a figurinos e adereços de carnaval que imi -
tam traços físicos ou culturais de determinadas
etnias, como as perucas afrodescendentes ou os
cocares indígenas.
� alerta a determinados foliões, que, com intuito de
levar vantagem ou favorecimento sexual, acabam
agin do de modo a constranger os demais ao seu
redor.
� condenação, no âmbito das igualdades de gênero
e de etnia, da coisificação das mulheres negras no
carnaval.
� advertência à população feminina em geral, para
que redobre a atenção no período ao qual o cartaz
faz referência.
� anúncio ao povo de que, com a publicação do ar -
tigo 216 do código penal, o assédio sexual passa
a ser crime no carnaval.
QUESTÃO 05
QUESTÃO 06
ENEM_PROVA1_19_5_ALICE_2019 11/04/2019 17:03 Página 8
Resolução
Da esfera do carnaval, o cartaz transpõe o termo fan -
tasia para a esfera sexual, em uma campanha contra
práticas de abuso sexual no carnaval.
Resposta: B
Leia o texto a seguir:
“Não é não”: empresa faz campanha contra o
assédio no carnaval
O objetivo é lembrar que o “não” de uma mulher
deve sempre ser respeitado
O carnaval está chegando e já passou da hora de
saber que quando uma mulher fala “não” à paquera,
ela realmente quer dizer “não”. No entanto, muitos
homens ainda não entenderam o conceito de “não é
não” e, para fixar bem a ideia antes da folia chegar,
uma empresa resolveu fazer uma ação com os fun -
cionários homens para conscientizar sobre o assédio.
Disponível em: <https://deles.ig.com.br/mundo-masculino/2019-
02-28/nao-e-nao-campanha.html>. Acesso em: fev. 2019.
Uma das propriedades do artigo é fazer com que
outras classes de palavras se tornem substantivos. Tal
fenômeno ocorre em
� “o assédio”, na manchete da notícia, pois assédio
é adjetivo.
� “o objetivo”, no texto auxiliar, pois objetivo é
verbo.
� “o ‘não’”, no título auxiliar, pois não é advérbio.
� “o carnaval”, no corpo da notícia, pois carnaval é
adjetivo.
� “o conceito”, no corpo do texto, pois conceito é
adjetivo.
Resolução
A palavra não é um advérbio, mas ao usar o artigo
antes, o advérbio passa pelo processo de derivação
imprópria e se torna um substantivo.
Resposta: C
LEITE, Willian. Dona Anésia. Disponível em:
<http://www.willtirando.com.br/anesia-277/>. 
Acesso em: 18 mar. 2019.
Para construir o humor no quadrinho, o autor rompe
as expectativas do leitor. Na narrativa, esse rom -
pimento ocorre por meio da
� divergência entre as posturas das personagens e
a linguagem representada: as personagens as -
sumem atitudes pesarosas, mas falas descon -
traídas.
� utilização de variantes linguísticas diferentes pelas
personagens: o médico utiliza a linguagem formal
e eufemística; a paciente, informal e chula.
� inversão dos papéis demãe e filha: a filha
apresenta comportamento de “degenerescência”,
enquanto a mãe, de “desprendimento”.
� convergência entre a resignação do médico e da
paciente diante da falta de tratamento para o
diagnóstico apresentado.
� oposição entre a atitude submissa do médico e a
negação da acompanhante de Dona Anésia ao
tratamento proposto.
QUESTÃO 07
QUESTÃO 08
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Resolução
O humor no quadrinho apresentado é gerado pela
oposição entre a linguagem utilizada pelo médico,
que faz uso de eufemismo para insinuar serem as
atitudes da personagem sênior consequências de seu
envelhecimento, e a linguagem utilizada por Dona
Anésia, que fez uso de expressão chula (palavrão) em
resposta ao pensamento do médico.
Resposta: B
A tirinha de Carlos Ruas utiliza, na construção do
humor, uma função de linguagem evidente logo no
questionamento feito no primeiro quadrinho. Ao
mostrar suas personagens em busca de uma respos -
ta, o autor reforça a presença da função
� fática nas falas de Deus e Adão no último qua -
drinho, uma vez que eles são, ao mesmo tempo,
representações do passado e do futuro, e tentam
manter contato entre si.
� referencial na representação de Deus como um
ser onisciente, uma vez que ele demonstra querer
informar sobre a existência de seus clones nos
quadrinhos que o cercam.
� metalinguística, pois Adão consegue olhar para
fora do quadrinho e referir-se a um outro qua -
drinho que ele enxerga ao lado, em que há outro
Adão e Deus.
� poética na linguagem de Deus, pois apresenta nível
formal e rebuscado, apropriando-se de jar gões
próprios tanto da filosofia quanto da teolo gia.
� referencial na representação de Adão como
imperfeito, já que ele é facilmente ludibriado por
seu criador quanto à existência de seus clones.
Resolução
Desde a primeira fala da personagem Adão, até o final
da tirinha, o autor utiliza a função metalinguística na
construção do humor. No primeiro quadrinho, a fala
de Adão já faz uma referência ao próprio gênero
desenvolvido: quadrinhos; no se gundo quadrinho, a
persona gem se inclina para fora dos limites do
quadro; e, no último, Deus tem a mesma atitude.
Resposta: C
Muito antes do advento do jornal, rádio, televisão
e internet, havia notícias.
Por volta de 3500 a.C., os sumérios desenvol -
veram a escrita cuneiforme para gravar, em placas de
argila, dados sobre a administração e as transações
comerciais do governo. 
Mas era mais como um recibo do que um jornal,
anotando números e produtos. Na Grécia Antiga, as
notícias eram transmitidas à moda antiga: debatidas
em plena rua, nas ágoras, grandes praças onde eram
realizadas assembleias populares. Assim, toda a
população – incluindo a porcentagem analfabeta –
sabia o que estava acontecendo.
Foi em 59 a.C., em Roma, que surgiu a precursora
da imprensa moderna. Criada por ordem do então
general Júlio César, a Acta Diurna Populi Romani
(“Relatos Diários ao Povo de Roma”) era exposta em
grandes placas de pedra ou metal, e fixada nos muros 
das principais praças e prédios públicos.
QUESTÃO 09
QUESTÃO 10
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Dessa forma, a população de todo império podia
ler de graça sobre feitos militares, esportes, ciência,
mortes e julgamentos. A Acta Diurna não era nada
imparcial: como publicação oficial, não noticiava ca -
sos negativos, as derrotas do Exército romano ou
es cân dalos envolvendo pessoas públicas.
Aventuras na História, setembro de 2018, p. 20.
Os gêneros textuais podem ser caracterizados, dentre
outros fatores, pelo seu interlo cutor e pelo seu ob -
jetivo comunicativo. Analisando esses fatores, pode-se
classificar o texto apresentado como
� uma instrução, pois ensina algo por meio de ex -
plicações detalhadas sobre um assunto es pe cífico
para agradar ao leitor adulto e crítico. 
� uma resenha, pois apresenta uma produção in -
telectual de forma crítica, utilizando argu men tos
acessíveis para alcançar o leitor infanto-juvenil.
� um resumo, pois promove o contato rápido do lei -
tor com uma informação desconhecida para ins -
tigar o interlocutor especialista em História
Anti ga.
� um artigo, pois informa o interlocutor sobre um
assunto específico, de forma acessível, para
alcançar um público leitor mais amplo.
� sinopse, pois sintetiza as informações relevantes
de uma obra de modo impessoal para entreter o
leitor da Acta Diurna.
Resolução
O texto é um artigo publicado em revista de ampla
circulação que tem por objetivo informar a um
público leitor variado e amplo fatos diversos
relacionados à História.
Resposta: D
D’ANGELO, Helô. Revista Cult. Edição 229, p. 14 (novembro 2017).
O feminismo é um movimento social que propõe uma
sociedade com igualdade de condições entre homens
e mulheres. Um dos seus preceitos é incentivar a
união entre as mulheres; assim, frases como “juntas
somos fortes” tornaram-se bastante comuns entre as
integrantes desse movimento. A forma como as
personagens da tirinha manifestam esse desejo de
união mostra uma atitude
� irrefutável, uma vez que elas buscam encorajar
outras mulheres a se unirem ao movimento
feminista.
� insignificante, visto que escrever frases não é o
suficiente para encorajar as mulheres a se unirem.
� desrespeitosa, já que as frases nas paredes do
banheiro dificultam o trabalho de uma mulher.
� inconsequente, uma vez que as frases escritas não
representam o movimento feminista.
� imprescindível, visto que se trata, para as mulhe -
res, de uma luta importante, em que qualquer
manifestação é válida.
QUESTÃO 11
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Resolução
Frases como “mulheres unidas”, “juntas somos for -
t es” escritas por mulheres nas paredes do banheiro,
na verdade, dificultam o trabalho de outra mulher,
faxineira, que, sozinha, terá de limpá-las. Portanto, a
narrativa criada por Helô D’Angelo revela a incoe -
rência da atitude das pichadoras.
Resposta: C
AMARAL, Tarsila do. Carnaval em Madureira (1924). Óleo sobre
tela. Pinacoteca do Estado de São Paulo. Disponível em:
<http://pinacoteca.org.br/wp-content/uploads/2017/09/0011.jpg>. 
Acesso em: 18 mar. 2019.
Uma das funções da obra de arte é representar o
contexto sociocultural ao qual ela per tence. Produzida
na primeira metade do século XX, a tela Carnaval em
Madureira capta um processo de
� depreciação de temas nacionais.
� miscigenação de elementos raciais.
� sincretismo de repertório cultural.
� crítica às políticas econômicas.
� transgressão de valores religiosos.
Resolução
No quadro, Tarsila do Amaral retrata a Torre Eiffel,
símbolo da modernidade francesa, no bairro de
Madureira em pleno carnaval, além de inserir outros
temas nacionais como a vegetação, os tipos huma -
nos, o dirigível de Santos Dumont.
Resposta: C
Ao longo da história, os médicos tentaram de
tudo para evitar a dor dos pa cientes. Apertaram
nervos, pressionaram artérias, usaram ópio, álcool,
hip nose, acupuntura, extratos de plantas. Cirurgias só
eram feitas em último caso, pois tinham risco de
morte elevado e causavam sofrimento brutal. Imagine
amputar um braço sem anestesia; era preferível
morrer. Isso só começou a mudar em 1772, quando o
químico inglês Joseph Priestley descobriu o óxido
nitroso. O gás relaxava o paciente e produzia uma in -
controlável vontade de rir – daí o nome “gás hila -
riante”. No século XIX, o físico inglês Michael Faraday
viu que o éter tinha um efeito similar, e os dentistas
pas saram a usar esse gás para extrair dentes. Em
1841, o médico americano Crawford Long realizou a
primeira cirurgia usando éter como anestésico geral.
Long retirou dois tumores da nuca de um paciente –
que apagou e não viu nada.
SZKLARZ, Eduardo e GARATTONI, Bruno. “O enigma da
anestesia”. Superinteressante. Edição 399. Disponível em:
<https://super.abril.com.br/saude/o-enigma-da-anestesia/>.Acesso em: 18 mar. 2019.
Os textos apresentam recursos de coesão que per -
mitem a articulação entre suas partes. Quanto à cons -
trução do fragmento, o elemento destacado que
anun cia o que ainda aparecerá na progressão textual é
� “... os médicos tentaram de tudo”.
� “Isso só começou a mudar”.
� “... daí o nome ‘gás hilariante’”.
� “... os dentistas passaram a usar esse gás”.
� “... que apagou e não viu nada”.
Resolução
O pronome indefinido tudo refere-se ao que virá na
progressão textual: “Apertaram nervos, pressio na -
ram artérias, usaram ópio, álcool, hipnose, acu pun -
tura, extratos de plantas”. Os demais elementos
retomam o que veio anterior mente.
Resposta: A
QUESTÃO 12
QUESTÃO 13
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As tirinhas costumam conter uma crítica sobre pro -
blemas sociais contemporâneos. Para entendê-las, é
necessário decodificar a mensagem, que, na tirinha,
de nuncia 
� a possibilidade de se armar a população civil.
� o interesse dos indivíduos pelas sessões de tiro
ao alvo.
� a preferência dos atiradores por alvos de uma
única raça.
� a prática de caça que permite um único tipo de
alvo.
� a incapacidade didática do palestrante.
Resolução
A tirinha denuncia a violência (“tiro ao alvo”) prati -
cada contra seres predominantemente da mesma cor:
negros. Segundo a mídia, a violência letal contra
negros (pretos e pardos) é mais do que o dobro
daquela contra brancos no País.
Resposta: C
Hispânica, 25% da Flórida foi ‘dona’ 
do estado há 200 anos
Território ao sul do país foi vendido pela Coroa
espanhola aos Estados Unidos em 1819
FLÓRIDA – “Se você andar por aí e der sorte,
quem sabe até ouve alguém falando inglês”, brinca a
vendedora Lisseth.
Yes, ela ama os EUA, país que, após deixar sua
combalida Venezuela natal, há quatro anos, deu-lhe
bacon no café da manhã, marido e guarida.
Pero calma lá: nada de publicar o sobrenome, ela
pede. A recusa vem da falta de status legal na nova
casa.
Hoje, um em cada quatro moradores da Flórida
são imigrantes de países de língua espanhola ou seus
descendentes. O número fermentou: há uma década,
eram um em cada seis na população total.
O que muitos deles não desconfiavam, Lisseth
inclusa, é que 200 anos atrás a sua origem hispânica
constituía o “status legal” por aquelas bandas, e eram
os americanos lá assentados os irregulares.
BALOUSSIER, Anna Virginia. Folha de S.Paulo. Disponível em:
<https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/02/hispanica-25-da-
florida-foi-dona-do-estado-ha-200-anos.shtml>. 
Acesso em: 18 mar. 2019 (adaptado).
O fragmento da reportagem apresenta comentários
sobre a vida de Lisseth e a história do Estado da
Flórida nos Estados Unidos. No título, o adjetivo
hispânica foi usado para
� exibir a origem de Lisseth, que hoje vive nos Esta -
dos Unidos e veio da Venezuela buscar melhores
condições de trabalho.
� contrastar a vida de Lisseth, hoje, nos Estados
Unidos, com a que tinha na Venezuela sem
oportunidades.
� mostrar que a Flórida, atual estado norte-ame -
ricano, já pertenceu ao universo latino e assim foi
caracterizada no texto.
� trazer a informação de que apenas 25% do ter -
ritório era espanhol e isso deve ficar evidente no
artigo de Anna Virginia Baloussier.
� apontar a localização do país, fato importante,
considerando que Lisseth é da Venezuela, outro
país hispano-americano.
Resolução
Hispânica é um adjetivo que denomina algo relativo
ou pertencente à Espanha. De maneira popular o
adjetivo é usado para se referir ao indivíduo latino-
americano residente nos Estados Unidos. Na repor -
tagem o termo foi usado para mostrar que a Flórida,
hoje parte do país americano que expulsa esses
descendentes de espanhóis, possui a mesma origem
que essas pessoas.
Resposta: C
QUESTÃO 14
QUESTÃO 15
LC – 1.o dia � RESOLUÇÕES – Página 13
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LC – 1.o dia � RESOLUÇÕES – Página 14
Texto 1
SPICEP. Disponível em: <httpp://sipcep.org.br/2018/04/19/meio-
ambiente-campanha-de-conscientizacao-sobre-o-uso-de-canudos-
plasticos/>. Acesso em: 3 mar. 2019.
Texto 2
Água sua linda. Disponível em: <https://agua-sua-
linda.tumbir.com/>. Acesso em: 3 mar. 2019.
Os cartazes acima inserem-se numa campanha de
grande adesão nacional contra o uso de canudos
plásticos. Como textos publicitários, utilizam-se de
ma neira expressiva da função conativa da linguagem
porque têm por objetivo 
� informar sobre a importância da campanha contra
o uso de canudos plásticos.
� sensibilizar acerca das consequências poluentes
do material para o ecossistema.
� convencer o leitor a mudar o comportamento, a
fim de preservar o meio ambiente.
� manter diálogos com a sociedade, recorrendo à
exploração da mensagem visual.
� apresentar as consequências do uso do canudo
para o ecossistema.
Resolução
Os textos com função conativa/apelativa possuem
por objetivo a persua são/convencimento do leitor a
fim de que mude seu comportamento, por meio, en -
tre outras formas, de verbos no imperativo (recuse,
peça).
Resposta: C
A mulher do fim do mundo
Meu choro não é nada além de carnaval
É lágrima de samba na ponta dos pés
A multidão avança como vendaval
Me joga na avenida que não sei qualé
(...)
Na avenida deixei lá
A pele preta e a minha voz
Na avenida deixei lá
A minha fala, minha opinião
A minha casa, minha solidão
Joguei do alto do terceiro andar
Quebrei a cara e me livrei
Do resto dessa vida,
Na avenida, dura até o fim
Mulher do fim do mundo
Eu sou e vou até o fim cantar
COUTINHO, A. e FRÓES, R. “Mulher do fim do mundo”.
Disponível em: <https://www.vagalume.com.br/elza-soares/a-
mulher-do-fim-do-mundo.html>. Acesso em: 13 mar. 2019. 
QUESTÃO 16
QUESTÃO 17
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Na construção de um texto, diferentes procedimentos
de linguagem podem ser utilizados para reforçar a
ideia que se quer transmitir. Obedecendo a essa
preocupação, Alice Coutinho e Romulo Fróes utilizam
de maneira reiterada expressões como “deixei lá” e
“na avenida” para
� ressaltar sonoridades praticadas no samba.
� separar realidades existenciais distintas. 
� buscar práticas políticas de cunho utópico. 
� criticar atos políticos de natureza estética.
� destacar exemplos de precariedade cultural. 
Resolução
A composição reitera expressões e termos como
“deixei lá”, “na avenida”, “minha” com a intenção de
destacar que a enunciadora, quando participa do
Carnaval, isola, esquece sua vivência problemática e
se entrega ao prazer de desfilar em uma escola de
samba. Em outras palavras, ela separa duas reali -
dades existenciais distintas.
Resposta: B
Texto 1
A origem dos jogos esportivos na cidade de Olím -
pia é historicamente reportada ao ano de 776 a.C.
Conta-se que um cidadão de Olímpia, Corobeu, ven -
ceu a primeira disputa do que hoje seria denominado
como atletismo, correndo uma distância de cerca de
190 metros, disputada contra seis outros homens.
(...)
Entre os esportes praticados nas olimpíadas
estavam o pugilato, prática muito próxima ao boxe
moderno, porém com regras bem distintas e bem
mais sangrento; o pentatlo, que incluía corridas, lutas,
arremesso de disco (...), saltos e arremesso de dar -
dos; as corridas de bigas, disputadas no hipódromo;
e, por fim, o sangrento pancrácio, que misturava o
pugilato com a luta livre (hoje conhecida como greco-
romana). Na maioria das vezes, as lutas do pancrácio
resultavam no óbito de um dos oponentes, tamanha
a violência empregada nos golpes.
FERNANDES, Cláudio. “Origem dos Jogos Olímpicos”. Disponível
em: <https://www.historiadomundo.com.br/grega/origem-dos-
jogos-olimpicos.htm>. Acesso em: 18 mar. 2019.
Texto 2
Paris propõe quatro novos esportes para os 
Jogos Olímpicos de 2024, entre eles o “breakdance”
O “breakdance” virará um esporte olímpico em
2024 se o Comitê Olímpico Internacional (COI) apoiar
a inclusão de quatro esportes propostos pelos
organizadores da Olimpíada de Paris.
A comissão organizadora dos Jogos de 2024 dis -
se, naquinta-feira (14/2/2019), que os quatro esportes
– incluindo surfe, skate e escalada esportiva – refletem
a identidade da capital francesa e ajudariam a levar
os Jogos para as ruas, fora dos estádios. (...)
REUTERS. “Paris propõe quatro novos esportes para os Jogos
Olímpicos de 2024, entre eles o ‘breakdance’”. EsporteUol, 21 fev.
2019. Disponível em: https://esporte.uol.com.br/ultimas-
noticias/reuters/2019/02/21/paris-propoe-novos-esportes-para-os-
jogos-olimpicos-de-2024-entre-eles-o-breakdance.html>. 
Acesso em: 3 mar. 2019.
Os dois textos relatam como eram os Jogos Olím -
picos na Antiguidade Clássica e como serão em 2024.
O confronto entre eles permite perceber que 
� o contraste entre a motivação grega e a nova pro -
posta reflete a transformação identitária do pú -
blico desse evento.
� as novas modalidades de esporte têm por objetivo
a aproximação com o público de camada social
mais baixa.
� a proposta para os Jogos de Paris é alterar os
locais de alguns eventos esportivos para as ruas,
a fim de incluir atletas de todas as classes.
� o reconhecimento de modalidade menos clássicas
nas Olimpíadas é uma crítica ao conservadorismo
nos esportes.
� os novos esportes continuam a promover modali -
dades consagradas, distanciando-se das ativida -
des populares.
Resolução
O trecho “refletem a identidade da capital francesa e
ajudariam a levar os Jogos para as ruas, fora dos
estádios”, assim como a menção a esportes como
skate e “breakdance”, confirma a “transformação
identitária do público” das Olimpíadas.
Resposta: A
QUESTÃO 18
LC – 1.o dia � RESOLUÇÕES – Página 15
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LC – 1.o dia � RESOLUÇÕES – Página 16
Com personagens rasos, longa de Asghar Farhadi
vai de nada a parte alguma
Asghar Farhadi tem sido um cineasta de confiança
do cinema europeu: nem genial, nem idiota, maneja
habitualmente poucos personagens e se resolve com
eles. De passagem pela Espanha, em Todos já sabem
as coisas mudam um pouco: ele nos leva a uma
pequena aldeia para a celebração de um casamento.
Lá estão Laura (Penélope Cruz) e sua filha Irene,
que vêm da Argentina, onde moram. Lá está uma pa -
rentela em meio à qual nos perdemos: o pai de Laura,
velho e irritadiço, a mãe, de poucas falas, e mais,
muito mais, inclusive Paco (Javier Bardem) e sua
mulher (Barbara Lennie).
ARAUJO, Inácio. Guia Folha. Folha de S.Paulo. 21 fev. 2019.
Disponível em: <https://guia.folha.uol.com.br/cinema/2019/02/com-
personagens-rasos-longa-de-asghar-farhadi-vai-de-nada-a-parte-
alguma.shtml>. Acesso em: 18 mar. 2019.
O jornal Folha de S.Paulo apresentou uma crítica
notadamente negativa sobre filme do conhecido
diretor iraniano Asghar Farhadi, descrevendo suas
locações, atores e enredo. No trecho “Lá estão Laura
(Penélope Cruz) e sua filha Irene”, o termo destacado
foi utilizado para estabelecer uma ligação com outro
termo presente no texto, isto é, fazer referência
� à Argentina, lugar de onde vieram as personagens
e onde acontece a maior parte da trama.
� à expressão apresentada no título “nada a parte
alguma”, que retrata a falta de enredo do filme.
� ao Irã, país de origem de Asghar Farhadi e que é
um contraponto às conhecidas locações europeias.
� à pequena aldeia em que é celebrado o casa -
mento citado no primeiro parágrafo.
� ao filme Todos já sabem, que foi gravado na
Argentina, ainda que lembre uma vila europeia.
Resolução
Lá, advérbio de lugar, é usado para apontar o lugar
onde acontece a maior parte da trama, uma pequena
aldeia na Espanha em que o casamento é celebrado.
Outro local apresentado é a Argentina, lugar de ori -
gem da família que participa da celebração.
Resposta: D
Texto 1
Notícia de jornal
Atentou contra a existência
Num humilde barracão
Joana de tal, por causa de um tal João
Depois de medicada
Retirou-se pro seu lar
Aí a notícia carece de exatidão
O lar não mais existe
Ninguém volta ao que acabou
Joana é mais uma mulata triste que errou
Errou na dose
Errou no amor
Joana errou de João
Ninguém notou
Ninguém morou na dor que era o seu mal
A dor da gente não sai no jornal
BARBOSA, Haroldo. “Notícia de Jornal”. Disponível em:
<https://www.letras.mus.br/chico-buarque/292211/> Acesso em:
19 mar. 2019.
Texto 2
Poema tirado de uma notícia de jornal
João Gostoso era carregador de feira livre e morava
[no morro da Babilônia num barracão sem número
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Feitas e
[morreu afogado.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem. In: Poesia Completa e Prosa.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1993, p. 214.
QUESTÃO 19 QUESTÃO 20
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O texto 1 é uma letra de música e o texto 2, um poe -
ma. Apesar de pertencerem a gêneros diferentes, am -
bos retratam
� a violência rotineira a que estão submetidas as
classes sociais menos favo re cidas.
� finais trágicos para os que não conseguem con -
viver com as dores do abandono amoroso.
� a marginalização social em que vivem as per -
sonagens, moradores de “humilde barracão” e
“barracão sem número”.
� notícias de jornal verídicas que omitiram a dor
que levou os indivíduos ao ato infeliz.
� tipos sem sobrenome, sem individualização, e
problemas de uma determinada camada social.
Resolução
As personagens retratadas são descritas como per -
ten centes a uma camada da sociedade que vive em
condições precárias, notadamente pelo “humilde
barracão” de Joana e a profissão e o “barracão sem
número” de João Gostoso. Ambos são tipos sem
sobrenome e atentam contra a própria vida. 
Resposta: C
Somos nós
Vocês dizem que não entendem
Que barulho é esse que vem das ruas
Que não sabem que voz é essa
que caminha com pedras nas mãos
em busca de justiça, porque não dizer, vingança.
Dentro do castelo às custas da miséria humana
Alega não entender a fúria que nasce dos sem causas,
dos sem comidas e dos sem casas.
O capitão do mato dispara com seu chicote
A pólvora indigna dos tiranos
Que se escondem por trás da cortina do lacrimogêneo,
O CHICOTE ESTRALA, MAS ESSE POVO NÃO SE CALA.
Quem grita somos nós,
Os sem educação, os sem hospitais e sem segurança.
(...)
Os brancos indignados e os índios
Cansados do cachimbo da paz.
(...)
Tenham medo sim,
Somos nós, os famintos,
Os que dormem na calçadas frias,
Os escravos dos ônibus negreiros,
Os assalariados esmagados no trem,
Os que, na tua opinião,
Não deviam ter nascido.
VAZ, Sérgio. “Somos nós”. Disponível em:
<https://www.revistaforum.com.br/sergio-vaz-quem-grita-somos-
nos/>. Acesso em: 18 mar. 2019.
Inspirado nos protestos que tomaram as grandes
cidades do Brasil em julho de 2013, Sérgio Vaz com -
pôs “Somos nós”, poema bastante inflamado. No
trecho acima, retirado do referido texto, aparecem
incongruências como “O capitão do mato dispara
com seu chicote”, “Cansados do cachimbo da paz”,
“escravos dos ônibus negreiros”, o que revela a
� situação absurda da corrupção como dizimadora
da confiança dos brasileiros em suas instituições. 
� falha do sistema educacional, que provoca na mul -
tidão dificuldade de análise lógica de sua situação. 
� ironia do autor com relação à falta de sentido das
pautas cobradas pelos reivindicadores. 
� consciência do momento presente como conti -
nuidade de um problema com raízes históricas. 
� falta de cultura de imensa parcela da população
incapacitada de entender sua conjuntura social. 
Resolução
Sérgio Vaz fala do seu momento presente (os pro -
testos de julho de 2013), misturando-o a fatos do
passado histórico brasileiro (capitão do mato, cachim -
bo da paz, ônibus [na verdade, navio] negreiro). Dessa
forma, ele iguala a miserabilidade dos marginalizados
de hoje às vítimas do processo de colonização e cons -
trução de nossa sociedade: índios e negros. Assim,
mostra consciência de que a crise social em que nos
encontramos tem raízes no processo histórico de
nossa civilização. 
Resposta: D
QUESTÃO 21
LC – 1.o dia � RESOLUÇÕES– Página 17
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LC – 1.o dia � RESOLUÇÕES – Página 18
Escorraçada de toda parte, vivendo esfomeada,
tendo que subsistir sem morada certa, apunhalada
aqui, estrangulada ali, não desejada em verdade a não
ser por uns poucos loucos humanistas e revolu -
cionários através da história, é ridículo se representar
a Liberdade como uma mulher bela, um facho eterna -
mente aceso na mão, os traços finos, a fisionomia
tranquila e altiva. A Liberdade é um cachorro vira-lata. 
FERNANDES, Millôr. O Livro Vermelho dos Pensamentos de
Millôr. Porto Alegre: L&PM, 2007, p. 103. 
Millôr Fernandes foi desenhista, humorista, dramatur -
go, escritor, poeta, tradutor e jornalista brasileiro. Con -
quistou notoriedade por suas colunas de humor
grá fico em publicações como Veja, O Pasquim e Jor -
nal do Brasil. Sua produção é crítica e irônica, como
demonstrado no trecho acima, em que o autor satiriza
� a personificação da Liberdade como cachorro vi -
ra-lata.
� o conceito de arte revolucionário dos humanistas.
� o aspecto marginal da Liberdade como faminta e
sem-teto.
� representação clássica da Liberdade como uma
mulher bela. 
� apreço dos revolucionários pelo conceito de liber -
dade.
Resolução
Millôr Fernandes personifica a liberdade como um ser
miserável e desprezado, representado por um cachor -
ro vira-lata, ironizando a imagem convencional que
se tem desse sentimento: uma bela mulher seguran -
do um facho de luz.
Resposta: D
Texto 1
Intertexto
Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro.
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário.
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável.
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei.
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.
BRECHT, Bertolt. “Intertexto”. 
Disponível em: <http://port.pravda.ru/sociedade/cultura/26-11-
2016/42196-poema-0/>. Acesso em: 19 mar. 2019.
Texto 2
No caminho, com Maiakóvski
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
COSTA, Eduardo Alves da. “No caminho com Maiakóvski”.
Disponível em: <http://www.jornaldepoesia.jor.br/autoria1.html>.
Acesso em: 19 mar. 2019.
QUESTÃO 22
QUESTÃO 23
ENEM_PROVA1_19_5_ALICE_2019 11/04/2019 17:03 Página 18
Bertolt Brecht (Augsburg, Alemanha, 10 de fevereiro
de 1898 – Berlim Leste, 14 de agosto de 1956) foi um
destacado dramaturgo, poeta e encenador alemão do
século XX. Eduardo Alves Costa, escritor e poeta
brasileiro, nascido em Niterói em 1936, escreveu o
poema “No caminho com Maiakóvski” na década de
1960. Apesar da distância espacial entre os dois escri -
tores, a temática comum aos dois poemas é a
� fragilidade nas relações sociais contemporâneas.
� disparidade entre as classes sociais.
� repulsa à empatia entre os seres humanos.
� negligência como causadora da violência.
� a omissão como perpetuadora da repressão.
Resolução
A violência instaurada no início dos poemas não
encontra resistência por parte dos indivíduos. Isso
provoca a continuidade desses atos, devido à omis -
são dos que sofrem violência ou dos que estão cien -
tes de que ela ocorre.
Resposta: E
Veja, 09 jan. 2019 – Disponível em:
<https://abrilveja.files.wordpress.com/2019/01/arte-bullying.jpg?
quality=70&strip=info&strip=info>. Acesso em: 19 mar. 2019.
Infográficos são representações que reúnem ele -
mentos gráficos e visuais para explicar uma infor ma -
ção jornalística, técnica ou científica. O infográfico
acima trata do bullying, informando que
� essa prática altera a atividade de regiões cere brais.
� o estudo utilizou um número pouco representa -
tivo de jovens.
� a preocupação excessiva é comum na fase da
adolescência.
� os mecanismos de recompensa provocam distúr -
bios psíquicos.
� a fadiga e a irritabilidade são um problema juve nil.
Resolução
Segundo o infográfico, os jovens que sofrem de
bullying têm áreas do cérebro alteradas (caudado e
putâmen), o que provoca mudanças de comporta -
mento como ansiedade, preocupação excessiva,
inquietação, fadiga e irritabilidade.
Resposta: A
Canto de Ossanha
Coitado do homem que cai no canto de Ossanha,
[traidor
Coitado do homem que vai atrás de mandinga de
[amor
Va, vai, vai, vai, não vou
Que eu não sou ninguém de ir em conversa de
[esquecer
A tristeza de um amor que passou
Não, eu só vou se for pra ver uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor
Amigo senhor, saravá, Xangô me mandou lhe dizer
Se é canto de Ossanha, não vá, que muito vai se
[arrepender
Pergunte ao seu Orixá, o amor só é bom se doer
Pergunte ao seu Orixá, o amor só é bom se doer
Vinícius de Moraes (Compositor) / Baden Powell (Compositor) /
Elis Regina (Intérprete) / Gravadora: Philips / Ano: 1966 / Álbum:
365. 137 PB / Lado A / Gênero musical: Samba.
QUESTÃO 24
QUESTÃO 25
LC – 1.o dia � RESOLUÇÕES – Página 19
ENEM_PROVA1_19_5_ALICE_2019 11/04/2019 17:03 Página 19
LC – 1.o dia � RESOLUÇÕES – Página 20
A letra de música mistura o português com o iorubá,
língua usada por africanos escra vizados trazidos ao
Brasil. Nessa composição, a incorporação desses ter -
mos revela
� a segregação de raça e cultura sofrida pelos des -
cendentes de africanos.
� crenças africanas mencionadas em rituais cató -
licos.
� a permanência da identidade africana como forma
de resistência cultural.
� o respeito pelos ritos africanos na autenticidade
dessas manifestações.
� a crítica à cultura africana presente na produção
musical brasileira.
Resolução
A letra da canção tem termos de origem africana
como mandinga, saravá e nomes de divindades dos
cultos africanos, como Xangô e Ossanha.
Resposta: C
Texto 1
Salvador Dalí. A persistência da memória (1931). Bronze, tinta a
óleo. Museu de Arte Moderna, Nova Iorque. 
Texto 2
O termo surrealismo, cunhado por André Breton
com base na ideia de “estado de fantasia superna -
turalista” de Guillaume Apollinaire, traz um sentido
de afastamento da realidade comum que o movi -
mento de vanguarda celebra desde o primeiro ma -
nifesto, de 1924. Nos termos de Breton, trata-se de
“resolver a contradição até agora vigente entre sonho
e realidade pela criação de uma realidade absoluta,
uma suprarrealidade”. A importância do mundo oní -
rico, do irracional e do inconsciente, anunciada no
texto, se relaciona diretamente ao uso livre que os ar -
tistas fazem do estudo de Sigmund Freud e da psica -
nálise, permitindo a essa corrente estética explorar o
imaginário e os impulsos ocultos da mente.
Disponível em:
<http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo3650/surrealismo>.
Acesso em: 19 mar. 2019.
O texto teórico acima permite entender a maneira por
meio da qual obras como A Persistência da Memória
aboliram a lógica, substituindo-a pelo onírico. A
proposta surrealista é também encontrada em
�
Tarsila do Amaral, O Mamoeiro (1925). Óleo sobre tela.
Coleção de Artes Visuais do Instituto de Estudos Brasileiros –
USP, São Paulo.
�
Jackson Pollock, Número 5 (1948). Óleo sobre tela. Coleção
particular. 
QUESTÃO 26
ENEM_PROVA1_19_5_ALICE_2019 11/04/2019 17:03 Página 20
�
Edvard Munch, A Separação (1896). Óleo sobre tela. Museu
Munch, Oslo (Noruega). 
�
René Magritte. O Império das Luzes (c. 1950-1954). Óleo sobre
tela. Museus Reais de Belas Artes da Bélgica, Bruxelas.
�
Grant Wood, American Gothic (1930). Óleo sobre tela. Instituto
de Arte de Chicago, Estados Unidos.
Resolução
O delírio, o onírico, a quebra surrealista da lógica
convencional está na conciliação que O Império das
Luzes faz, na mesma imagem, entre céuclaro na
parte superior do quadro e ambiente noturno na
parte inferior. 
Resposta: D
... E o pior na favela é o que as crianças presen -
ciam.
Todas crianças da favela sabem como é o corpo
de uma mulher. Porque quando os casais que se
embriagam brigam, a mulher, para não apanhar sai
nua para a rua.
Quando começa as brigas os favelados deixam
seus afazeres para presenciar os bate-fundos. De
modo que quando a mulher sai correndo nua é um
verdadeiro espetaculo para o Zé Povinho. Depois
começam os comentarios entre as crianças:
– A Fernanda saiu nua quando o Armin estava lhe
batendo. 
QUESTÃO 27
LC – 1.o dia � RESOLUÇÕES – Página 21
ENEM_PROVA1_19_5_ALICE_2019 11/04/2019 17:03 Página 21
LC – 1.o dia � RESOLUÇÕES – Página 22
– Eu não vi. Ah! Que pena!
– E que jeito é a mulher nua?
E o outro para citar-lhe aproxima-lhe a boca do
ouvido. E ecoa-se as gargalhadas estrepitosas. Tudo
que é obseno pornografico o favelado aprende com
rapidez. 
JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo: diário de uma
favelada. 10.a ed., São Paulo: Ed. Ática, 2014, p. 45. Observação:
manteve-se a grafia empregada pela autora.
O texto acima foi retirado de Quarto de Despejo, diário
em que Carolina Maria de Jesus relata seu cotidiano
como favelada na década de 1950. Apesar de inspirar-
se em seu dia a dia massacrante, a autora consegue
inserir em sua obra efeitos linguísticos de ironia,
como se vê no trecho em análise por meio
� da utilização de comunicação direta no relato de
conflitos pessoais. 
� do esforço de autodiferenciação em relação ao
seu meio social. 
� da qualificação da cena de escândalo como um
espetáculo para a ralé. 
� do uso de inúmeros desvios em relação à língua
portuguesa. 
� da caracterização do ambiente com base em tra -
ços realistas. 
Resolução
Carolina Maria de Jesus qualifica como espetáculo a
cena de escândalo que ocorre diante de sua porta.
Trata-se de um efeito de sentido irônico, já que se
sustenta no jogo de dizer literalmente algo (qualificar
grandiosamente uma cena como espetá culo), deixan -
do a entender exatamente o contrário (a cena na
verdade é um acontecimento marcado por vulga -
ridade). 
Resposta: C
Os brancos não pensam muito adiante no futuro.
Sempre estão preocupados demais com as coisas do
momento. É por isso que eu gostaria que eles ou -
vissem minhas palavras através dos desenhos que
você fez delas; para que penetrem em suas mentes.
Gostaria que, após tê-las compreendido, dissessem a
si mesmos: “Os Yanomami são gente diferente de
nós, e no entanto suas palavras são retas e claras.
Agora entendemos o que eles pensam. São palavras
verdadeiras! A floresta deles é bela e silenciosa. Eles
ali foram criados e vivem sem preocupação desde o
primeiro tempo. O pensamento deles segue caminhos
outros que o da mercadoria. Eles querem viver como
lhes apraz. Seu costume é diferente. Não têm peles
de imagens, mas conhecem os espíritos xapiri* e seus
cantos. Querem defender sua terra porque desejam
continuar vivendo nela como antigamente. Assim se -
ja! Se eles não a protegerem, seus filhos não terão lu -
gar para viver felizes. Vão pensar que a seus pais de
fato faltava inteligência, já que só terão deixado para
eles uma terra nua e queimada, impregnada de fu -
maças de epidemia e cortada por rios de águas
sujas!”
Nota
*xapiri : espírito da floresta.
KOPENAWA, Davi e ALBERT, Bruce. A queda do céu. Trad. Beatriz
Perrone-Moisés. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 64-65.
Os povos sem escrita utilizam diversos recursos para
manutenção e transmissão de conhecimento. A obra
do xamã brasileiro transcrita pelo antropólogo francês
indica a emergência de divulgação em meio gráfico
dos saberes da tribo ianomâmi a fim de
� incluir povos isolados na lógica do conhecimento
escrito.
� preservar a sua população e o território que ela
habita.
� fornecer dados do presente às próximas gerações
humanas.
� diminuir o domínio e a força do conhecimento
gráfico.
� registrar a equivalência da visão do mundo in -
dígena e do civilizado. 
Resolução
Segundo o autor do texto, a intenção da obra consis -
te no registro do pensamento ianomâmi para que a
população letrada das cidades possa ter consciência
da necessidade de interromper a devastação da
natureza e, assim, preservar a floresta amazônica e o
conhecimento dos povos que nela habitam. 
Resposta: B
QUESTÃO 28
ENEM_PROVA1_19_5_ALICE_2019 11/04/2019 17:03 Página 22
A velha Sinhá não sabia mesmo o que se passava
com o seu marido. Fora ele sempre de muito gênio,
de palavras duras, de poucos agrados. Agora, porém,
mudara de maneira esquisita. Via-o vociferar, crescer
a voz para tudo, até para os bichos, até para as
árvores. Não podia ser velhice, a idade abrandava o
coração dos homens. Pobre da Marta que o pai não
podia ver que não viesse com palavras de magoar até
as pedras. Por ela não, que era um resto de gente só
esperando a morte. Mas não podia se conformar com
a sorte de sua filha. O que teria ela de menos que as
outras? Não era uma moça feia, não era uma moça de
fazer vergonha. E no entanto nunca apareceu rapaz
algum que se engraçasse dela. Era triste, lá isto era.
Desde pequena via aquela menina quieta para um
canto e pensava que aquilo fosse até vantagem. A sua
comadre Adriana lhe chamava a atenção:
– Comadre, esta menina precisa ter mais vida. 
Não fazia questão. Moça era para viver dentro de
casa, dar-se a respeito. E Marta foi crescendo e não
mudou de gênio. Botara na escola do Pilar, aprendeu
a ler, tinha um bom talhe de letra, sabia fazer o seu
bordado, tirar o seu molde, coser um vestido. E não
havia rapaz que parasse para puxar uma conversa.
Havia moças mais feias, mais sem jeito, casadas
desde que se puseram em ponto de casamento.
Estava com mais de trinta anos e agora aparecera-lhe
aquele nervoso, uma vontade desesperada de chorar
que lhe metia medo. Coitada da filha. E depois ainda
por cima o pai nem podia olhar para ela. Vinha com
gritos, com despropósitos, com implicâncias. O que
sucederia à sua filha, por que Deus não lhe dera uma
sina mais branda?, pensava assim a velha Sinhá
enquanto na tenda o mestre José Amaro batia sola.
Aquele ofício era doentio. 
REGO, José Lins do. Fogo morto. 43.a ed., Rio de Janeiro: José
Olympio Editora, 1994, p. 38.
Grande parte dos romances brasileiros produzidos na
primeira metade do século XX destaca a realidade cul -
tural e social do país. O excerto acima segue essa pro -
posta ao apresentar em seus recursos linguísticos 
� o diálogo entre personagens femininas de classes
sociais distintas.
� o ponto de interrogação como forma de evi den -
ciar a fala da personagem.
� a aproximação do discurso narrativo às inquie -
tações da personagem feminina. 
� a quebra discursiva para diferenciar a situação
entre as gerações de mulheres.
� o encaixe de alegorias para mostrar a vida dura
das mulheres nordestinas.
Resolução
A narrativa faz uso do discurso indireto livre para cap -
tar o universo interior da personagem feminina. Essas
preocupações ligam-se aos aspectos pessoais da filha
de Sinhá e aos valores culturais do contexto. 
Resposta: C
CAMPOS, Augusto de. “S.O.S.” (1983). Disponível em:
<http://www.infoartsp.com.br/imgs/1a50e89568.jpg>.Acesso em:
10 mar. 2019.
A partir das tecnologias de reprodução de imagem e
da cultura das mídias do século XX, a poesia concreta
tem utilizado aspectos visuais, verbais e sonoros no
desenvolvimento de sentidos. Seguindo essa propos -
ta estética, o texto de Augusto de Campos associa
código verbal e imagético para representar o
� movimento cíclico da vida moderna.
� imprevisibilidade misteriosa da noite.
� sentimento progressivo de solidão.
� socorro imediato diante de catástrofes.
� o narcisismo da sociedade pós-moderna.
QUESTÃO 29
QUESTÃO 30
LC – 1.o dia � RESOLUÇÕES – Página 23
ENEM_PROVA1_19_5_ALICE_2019 11/04/2019 17:03 Página 23
LC – 1.o dia � RESOLUÇÕES – Página 24
Resolução
O poema de Augusto de Campos representa a cons -
ciência da solidão humana no universo, em que se
questionaaflitamente a condição do ser precário,
isolado no cosmos. As palavras da imagem orde adas
em linha formam esse texto: “ego eu Я ich io je yo I /
sós pós nós / que faremos após? / sem sol sem mãe
sem pai / na noite que anoitece / vagaremos sem
voz/ silencioso / S.O.S.”
Resposta: C
“Faze aquilo para que és feito e conhece-te a ti
mesmo”, eis um grande preceito amiúde citado em
Platão. E cada um dos membros dessa proposição já
nos aponta nosso dever, e traz em si o outro. Quem se
aplicasse em fazer aquilo para que é feito perceberia
que lhe é necessário adquirir antes de mais nada o
conhecimento de si próprio e daquilo a que está apto.
E quem se conhece não erra acerca de sua capa ci dade,
porque se aprecia a si mesmo e procura melho rar,
recusando as ocupações supérfluas, os pen sa mentos
e os projetos inúteis. Da mesma forma que a loucura
não se satisfaz ainda que cedamos a seus desejos, a
sabedoria, sempre satisfeita com o presente, nunca se
descompraz consigo mesma. A ponto de Epicuro
considerar que nem a previdência nem a preocupação
com o futuro são peculiares ao sábio.
MONTAIGNE, Michel de. Ensaios. Nova Cultural: São Paulo, 
2004, p. 39.
Na construção de um texto, inúmeros recursos lin -
guís ticos são usados para a construção de sentido. No
trecho acima, o uso da citação serve para o autor 
� expor sua concepção sobre a metafísica.
� contrapor-lhe uma teoria filosófica.
� argumentar sobre como se vive o presente.
� descontruir uma definição preconceituosa.
� narrar seu ponto de vista sobre o tempo.
Resolução
Ao citar Platão e Epicuro, Montaigne argumenta so -
bre a arte de saber viver o presente, arte esta possível
a partir do autoconhecimento, que, ao evitar desejos
e projetos inúteis, dá lugar à sabedoria. 
Resposta: C
Homo brasiliensis
O homem
É o único animal que joga no bicho.
MENDES, Murilo. História do Brasil. In: ___________. Poesia
completa & prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1995, p. 187.
Murilo Mendes, poeta brasileiro do Segundo Tempo
Modernista (1930-1945), produziu textos com caracte -
rísticas típicas do Primeiro Tempo (1922-1930), como
o poema-piada acima. Nesse texto, o efeito de humor
surge ao romper com a expectativa dada 
� pela definição lógica do homem como bicho.
� pela formulação sentenciosa dos versos.
� pelo apelo implícito a manifestações populares.
� pela comparação irônica do homem ao animal.
� pelo caráter universal proposto pelo título.
Resolução
A expressão latina do título do poema remete à
classificação biológica das espécies e, portanto, gera
uma expectativa de definição científica de caráter
universal. Essa expectativa se rompe com a definição
subsequente, que define o homem brasileiro como o
único animal que joga no bicho (jogo de aposta
popular brasileiro).
Resposta: E
SANTOS, Fabiano dos. Koizas da vida. Disponível em:
<https://2.bp.blogspot.com/-j-
vgdT_7Wtg/Wd2Z75WwASI/AAAAAAAAH68/XH8I8ihRz80rJvvG4rPt
NzkQg5mGIawnACEwYBhgL/s1600/Charge_Dia_das_Crian%25C3%
25A7as_Fabiano_Cartunista-2017.png>. Acesso em: 11 mar. 2019.
QUESTÃO 31
QUESTÃO 32
QUESTÃO 33
ENEM_PROVA1_19_5_ALICE_2019 11/04/2019 17:03 Página 24
O cartum associa a linguagem visual à verbal para fa -
zer uma referência a determinado contexto social. Po -
de-se afirmar que Fabiano dos Santos utiliza
per so nagens classificados como estereótipos para
que eles indiquem 
� a idealização da vida em razão das datas come -
morativas.
� o ócio do brasileiro em consequência dos cons -
tantes feriados.
� o consumismo do povo em virtude do incentivo
às compras.
� a degradação da infância por causa do trabalho
infantil.
� o rebaixamento da criança que prefere o trabalho
ao estudo.
Resolução
O fato de as crianças que trabalham não desejarem
um brinquedo na data comemorativa (Dia das
Crianças), mas férias, permite notar que a intenção
do autor do cartum é criticar o trabalho infantil, que
esgota fisicamente a criança e a expulsa daquilo que
é próprio dessa faixa etária. 
Resposta: D
A vida de gente pobre 
Padece, não tem artura 
A vida de gente rica 
Arregala e tem fartura. 
O rico levanta cedo 
Toma café com mistura 
O pobre bebe garapa 
Quase sempre sem doçura. 
O rico qué comê pexe 
No mercado ele procura 
O pobre agarra a vara 
E sai na noite às escura.
A perna de moça rica 
É bonita e tem grossura 
Cambito de moça pobre 
Inda perde pra saracura. 
Quando gente pobre morre 
Vai gozá lá nas artura 
O rico vai pros quinto 
Fervendo na fervedura.
LACERDA, Cláudio. “O pobre e o rico”. Disponível em:
<http://www.terrabrasileira.com.br/folclore/g14-poesia.html>.
Acesso em: 11 mar. 2019.
A linguagem apresenta variantes conforme o contexto
em que é aplicada. Considerando isso, Cláudio La -
cerda utiliza um registro da fala do Brasil para reforçar
o ponto de vista do eu lírico, em que se destacam 
� a marca de identidade do pobre no vocabulário e
a contraposição com os costumes do rico.
� a facilidade do rico na manutenção da ética e a
submissão do pobre aos prazeres da vida.
� a exclusão do pobre e o engrandecimento do rico
com base na capacidade de comunicação.
� a exaltação do rico por suas regalias e a exclusão
da voz do pobre por sua ignorância.
� a perenidade da linguagem idealizada do pobre e
a rejeição à arrogância do rico.
Resolução
O vocabulário contribui para o eu lírico apresentar as
diferenças sociais e físicas entre os ricos e os pobres.
Resposta: A
Lima Barreto era desse jeito, cheio de ironias,
deboches, contradições e acertos, ideias fortes e
recorrentes, idiossincrasias, angústias, sofrimentos.
Um escritor que sempre viveu entre dois mundos,
espaciais, culturais e sociais. Ainda menino perdeu a
mãe, d. Amália, professora e diretora de escola, que
lhe prometeu um futuro, mas o deixou muito cedo,
por conta da tuberculose. Na infância, dividia o tempo
entre a então erma ilha do Governador — local de
residência de seu pai, almoxarife de duas colônias de
alienados — e o colégio na capital. Depois da escola,
atendendo ao sonho de João Henriques, que antes
trabalhara como tipógrafo e queria um filho “doutor”,
matriculou-se na Escola Politécnica, no centro
borbulhante do Rio, mas jamais deixou de sofrer a dor
da exclusão social. Uma foto rota o traz em meio aos
colegas mais abonados — usando polainas e sapatos
QUESTÃO 34
QUESTÃO 35
LC – 1.o dia � RESOLUÇÕES – Página 25
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LC – 1.o dia � RESOLUÇÕES – Página 26
elegantes — e um tanto isolado. É o único eviden -
temente negro, e mostra no terno desengonçado e na
gravata com o nó frouxo um mundo de constran -
gimentos. 
SCHWARCZ, Lília Moritz. Lima Barreto: triste visionário. São
Paulo: Companhia das Letras, 2017, p. 11.
As características estilísticas de um texto permitem
classificá-lo em determinado gênero. Analisando-se o
excerto acima, percebe-se que a autora fez um tipo de
exposição dos fatos de maneira predominantemente
� argumentativa dos feitos literários de um reno -
mado escritor.
� controversa de fatos diversos da vida familiar de
uma celebridade. 
� narrativa das particularidades da vida de uma
personalidade.
� ficcional de fatos da história renomada de um
nome literário.
� genérica da existência cotidiana de membros da
sociedade.
Resolução
Nesse texto sobre Lima Barreto, há elementos ca -
racterísticos da biografia, predominando a narração
de fatos particulares desse escritor pré-mo dernista. 
Resposta: C
Esse descaso alimentado pelos grupos de ati -
vistas que se comunicam pela internet é responsável
por mais de 7 mil casos de sarampo ocorridos em
países europeus, nos quais a doença estava para
desaparecer.
Nasci num mundo sem vacinas. Tive sarampo,
caxumba, catapora, rubéola e coqueluche, na época
conhecidas como “doenças de infância”, espécie de
tributo a ser pago por todos. Na escola e nas ruas,
ouvíamos o som metálico das próteses mecânicas
dos que sobreviviam à paralisia infantil. O menor sinal
de febre e fraqueza nas pernas enlouquecia os pais.
Quando fiz internatono Hospital das Clínicas, na
década de 1960, faltavam vagas na enfermaria de
tétano. No Hospital Emílio Ribas, havia uma enfer -
maria para isolar os portadores de varíola, hoje
erradicada do mundo. Na maturidade, entrei em coma
e quase morri de febre amarela, pelo descuido ab -
surdo de não renovar a vacina.
Avançamos muito em uma geração. Hoje o Brasil
é reconhecido como o país que organizou o maior
programa de vacinações gratuitas do mundo. Pessoas
que se negam a imunizar os filhos não têm a desculpa
da falta de recursos.
Os que alegam razões ideológicas assentadas em
argumentos pseudocientíficos para não vaciná-los e
os médicos que prescrevem vitaminas, extratos de
plantas ou vacinas homeopáticas em lugar das que
fazem parte do calendário do Ministério da Saúde
devem responder criminalmente por expor as crian -
ças ao risco de morte e a sociedade à disse minação de
doenças quase extintas.
VARELLA, Drauzio. “Sábios antivacinais”. Caderno Ilustrada.
Folha de S.Paulo. 27 mai 2017, p. C8. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/colunas/drauziovarella/2017/05/188
7700-sabios-antivacinais.shtml>. Acesso em: 12 mar. 2019
(adaptado). 
Os gêneros textuais podem ser caracterizados, dentre
outros fatores, por seus objetivos. Nesse sentido, o
excerto acima é 
� um artigo de opinião, pois apresenta o tema sob
um ponto de vista crítico e argumentativo.
� uma alegoria, pois há uma série de metáforas
encadeadas sobre o descuido com a saúde.
� uma notícia, pois relata acontecimentos pontuais,
bem como fatos cotidianos.
� uma sinopse, pois sintetiza as informações
relevantes de uma doutrina de modo objetivo.
� uma crônica memorialista, pois aborda expe -
riências pessoais vividas na infância.
Resolução
O texto de Drauzio Varella é um artigo de opinião
sobre o descaso que alguns grupos têm com a pre -
venção de moléstias. Esse descuido refere-se à exclu -
são das vacinas, fato que traz graves consequências
à sociedade.
Resposta: A
QUESTÃO 36
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Qual a missão da arte? Originária da propensão
erótica fora do amor, a arte é inútil, – inútil como o
esplendor corado das pétalas sobre a fecundidade do
ovário. Qual a missão das pétalas coradas? De que
nos serve a primavera ser verde? As aves cantam.
Que se aproveita do cantar das aves? A arte é uma
consequência e não um preparativo. Nasce do entu -
siasmo da vida, do vigor do sentimento, e o atesta.
Agrada sempre, porque o entusiasmo é contagioso
como o incêndio. A alma do poeta invade-nos. A
poesia é a interpretação de sentimentos nossos. Não
tem por fim agradar.
POMPEIA, Raul. O ateneu. 12.a ed., São Paulo: Ática, 1990, p. 82.
A analogia consiste num recurso argumentativo que
estabelece relação de semelhança entre elementos
distintos. Nesse trecho, o uso desse procedimento
serve para o narrador
� analisar a percepção da alma do poeta.
� perscrutar a origem da criação artística.
� expor sua visão sobre a arte e a poesia.
� interpretar a relação da arte com a natureza.
� refletir sobre novas possibilidades da obra de arte.
Resolução
O narrador vale-se da analogia, uma vez que emprega
imagens que vão progressivamente demonstrando
sua visão sobre a arte. Os trechos em que se nota a
presença da comparação ou símile são os seguintes:
“inútil como o esplendor corado das pétalas sobre a
fecundidade do ovário” e “o entusiasmo é contagioso
como o incêndio”.
Resposta: C
527. Apego à opinião. — Uma pessoa se atém a uma
opinião porque julga haver chegado a ela por si só;
outra, porque a adquiriu com esforço e está orgulhosa
de tê-la compreendido: ambas, portanto, por vaidade.
NIETZSCHE, Friedrich W. Humano, demasiado humano: um livro
para espíritos livres. Tradução, notas e posfácio: Paulo César de
Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2005, p. 244.
O texto acima é um aforismo, pois transmite uma
máxima ou sentença que, em poucas palavras,
explicita uma regra ou um princípio de alcance moral.
O elemento gramatical que contribui para o caráter
universal desse aforismo é
� o uso de substantivos abstratos como vaidade e
opinião.
� a repetição de conectivos que indicam circuns -
tância de causa (porque). 
� o emprego de verbos no presente do indicativo,
como julga e está.
� a utilização do verbo haver, em vez de ter, em
“julga haver chegado”.
� o fecho do texto, em que se encontra a conjunção
portanto, introduzindo oração conclusiva. 
Resolução
O elemento gramatical que permite a esse aforismo
transmitir uma verdade geral e atemporal é a pre -
sença de verbos no presente do indicativo, que dão
um caráter sentencioso ao texto de Nietzsche.
Resposta: C
Entretanto, a rua lá fora povoava-se de um modo
admirável. Construía-se mal, porém muito; surgiam
chalés e casinhas da noite para o dia; subiam os
aluguéis; as propriedades dobravam de valor.
Montara-se uma fábrica de massas italianas e outra
de velas, e os trabalhadores passavam de manhã e às
Ave-Marias, e a maior parte deles ia comer à casa de
pasto que João Romão arranjara aos fundos da sua
venda. Abriram-se novas tavernas; nenhuma, porém,
conseguia ser tão afreguesada como a dele. Nunca o
seu negócio fora tão bem, nunca o finório vendera
tanto; vendia mais agora, muito mais, que nos anos
anteriores. Teve até de admitir caixeiros. As merca -
dorias não lhe paravam nas prateleiras; o balcão
estava cada vez mais lustroso, mais gasto. E o
dinheiro a pingar, vintém por vintém, dentro da ga -
veta, e a escorrer da gaveta para a burra, aos cin -
quenta e aos cem mil-réis, e da burra para o banco,
aos contos e aos contos.
AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. 
QUESTÃO 38
QUESTÃO 39
QUESTÃO 37
LC – 1.o dia � RESOLUÇÕES – Página 27
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LC – 1.o dia � RESOLUÇÕES – Página 28
Em seu livro, Aluísio Azevedo mostra a evolução de
seu personagem João Romão. Paralelo ao cres cimen -
to deste personagem, o texto registra
� o aumento da população sem que houvesse in -
flação.
� o endividamento do comércio devido ao emprés -
timo bancário.
� o número maior de vendeiros do que de consumi -
dores.
� o desenvolvimento socioeconômico da cidade.
� uma economia pré-capitalista, próxima do es cambo.
Resolução
O texto menciona o crescimento da população e de
moradias, enfatizando o comércio e o enriquecimento
dos proprietários, representados nominalmente por
João Romão. Nesse contexto, percebe-se o desen -
volvimento socioeconômico do Rio de Janeiro no
final do século XIX.
Resposta: D
Uma indecisão indiscreta o tornou consciente de
novo que era o Primeiro de Maio, ele estava
celebrando e não tinha o que fazer. Bom, primeiro
decidiu ir na cidade pra assuntar alguma coisa. Mas
podia seguir por aquela direção mesmo, era uma
volta, mas assim passava na Estação da Luz dar um
bom dia festivo aos companheiros trabalhadores.
Chegou lá, gesticulou o bom dia festivo, mas não
gostou porque os outros riram dele, bestas. Só que
em seguida não encontrou nada na cidade, tudo
fechado por causa do grande dia Primeiro de Maio.
Pouca gente na rua. Deviam de estar almoçando já,
pra chegar cedo no maravilhoso jogo de futebol
escolhido pra celebrar o grande dia. Tinha mas era
muito polícia, polícia em qualquer esquina, em
qualquer porta cerrada de bar e de café, nas
joalherias, quem pensava em roubar! nos bancos, nas
casas de loteria. O 35 teve raiva dos polícias outra vez.
ANDRADE, Mário de. Contos novos. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2012, p. 38.
No trecho do conto “Primeiro de Maio”, o narrador
onisciente apresenta ao leitor a voz interior da
personagem 35 em
� “bestas”.
� “ir na cidade”.
� “pra assuntar alguma coisa”. 
� “gesticulou o bom dia festivo”.
� “O 35 teve raiva dos polícias outra vez”.
Resolução
A voz interior da personagem 35 se mistura com o
discurso do narrador em “bestas”. Isso pode ser
observado não só pelo contexto, que justifica a frase
ofensiva da personagem, como também pelo em -
prego da vírgula, que interrompe o discurso exclusivo
do condutor do conto. Nas demais alternativas,

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