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PROFº LUCIANO O que é uma radiografia contrastada? Em virtude de não ter uma densidade que o diferencie muito dos tecidos ao redor, nem sempre um determinado órgão ou estrutura se torna visível numa radiografia simples. No entanto, quando se precisa estudar esse órgão ou estrutura seus contornos podem se tornar visíveis pela introdução neles de substâncias (contrastes) que não se deixam atravessar pelos raios X. Por que fazer uma radiografia contrastada? A radiografia contrastada é indicada quando há necessidade de se investigar órgãos e estruturas que não sejam bem visualizados por meio das radiografias simples. Em geral as substâncias que funcionam como contraste preenchem cavidades ocas do organismo e assim permitem estudar a forma e as paredes delas. Dessa maneira, podem mostrar ulcerações, tumores, estreitamentos, dilatações, obstruções, morfologias, etc. Como fazer uma radiografia contrastada? Elementos químicos pesados (de alta densidade), como o iodo ou o bário são introduzidos nos órgãos que se deseja visualizar, por meio de ingestão, injeção venosa ou outras vias. Esses contrastes são chamados baritados ou iodados, conforme o sal usado. Quando essas substâncias são ingeridas, elas preenchem as cavidades digestivas e as radiografias tomadas de imediato podem revelar eventuais anormalidades delas e de suas paredes. É o que acontece, por exemplo, com as radiografias do esôfago. Quando injetadas por via venosa essas substâncias só funcionam como contraste quando começam a serem excretadas e só então as radiografias devem ser tomadas. É o que acontece, por exemplo, com radiografias do aparelho urinário. Mas as substâncias podem ser introduzidas no organismo pela via anal (ânus), vaginal (vagina) ou uretral (uretra) para fornecer radiografia de órgãos relativos a essas vias, como cólons, útero ou bexiga, por exemplo. Quais são as radiografias contrastadas mais solicitadas? As radiografias contrastadas mais solicitadas são: esôfago, estômago, duodeno, cólon, vesícula biliar, rins, árvore urinária, bexiga, útero. Algumas vezes se fazem também radiografias contrastadas especiais como, por exemplo, arteriografia cerebral, radiografia de medula espinhal ou das trompas uterinas. Quais são os riscos de uma radiografia contrastada? A maioria das radiografias contrastadas não envolve riscos. Em algumas radiografias mais complexas, como a arteriografia cerebral, por exemplo, os riscos advêm mais do processo de preparação para tomar as imagens que das radiografias propriamente. Pode haver alguma reação rapidamente passageira ao contraste, como sensação de calor corporal, gosto metálico na boca, zonzeira, náuseas e vômitos. Pessoas hipersensíveis podem ter reações mais sérias, imediatas ou tardias, pelo que devem comunicar ao médico se já sofreram essas reações anteriormente ou se são alérgicas a alguma medicação. Reações graves, como insuficiências respiratórias ou arritmias cardíacas são extremamente raras. MITOS E VERACIDADES A maioria dos casos apresentam reações adversas classificadas apenas com reações químicas que são cutâneas e não levam ao paciente risco de morte. O que leva na maioria dos caso um paciente ao óbito após a administração do meio de contraste são: Não realizar a anamenese com precisão; Falta de treinamento de emergência; Falta de investigação de validade das drogas e acessórios; Pessoas não preparadas para decisão ou até mesmo administração do mesmo. Não mantem acesso veneso após a administração do contraste. Importância dos exames contrastados na radiologia As imagens radiográficas têm limitações que impactam no estudo de alguns tecidos. As partes mais opacas, como ossos, aparecem de forma clara, enquanto rins, estômago, vasos sanguíneos e outros tecidos são de difícil visualização. Isso ocorre porque as áreas do corpo preenchidas por fluidos possuem densidade semelhante em toda a estrutura anatômica. E as imagens radiográficas são formadas de acordo com a densidade. Os ossos são mais densos e, portanto, absorvem mais radiação e aparecem em tons claros. Já órgãos e partes moles absorvem menos radiação, aparecendo escuros em registros de exames não contrastados. Por isso, se não houvesse contraste, não seria possível examinar diversos órgãos e vasos sanguíneos, prejudicando um diagnóstico confiável. . No caso das veias e artérias, por exemplo, o contraste possibilita a verificação de sua anatomia e do caminho percorrido pelo sangue, identificando obstruções e outros problemas. CONTRASTES NATURAIS 1- Positivo> Tecidos densos. 2- Negativo> Ar, gases, sangue, etc. CONTRASTES ARTIFICIAIS 1- Sulfato de Bário; 2- Iodo. Tipos de contrastes Os meios de contraste podem ser classificados a partir de propriedades como a capacidade de absorção e composição química. Agentes de contraste radiopacos ou positivos aumentam a capacidade de absorção de radiação ionizante. Já os radiotransparentes ou negativos diminuem essa capacidade. O bário é um meio de contraste positivo, enquanto o ar é negativo. Classificando as substâncias por composição química, existem os contrastes iodados, que contém iodo em sua composição, e os não iodados. Bário e gadolínio são os principais exemplos de meios de contraste não iodados. Contraste iodado Administrado por via oral ou intravenosa, pode ser utilizado para realçar diversos órgãos do aparelho digestivo, urinário, vasos sanguíneos em qualquer parte do corpo e útero. O contraste iodado se apresenta em compostos iônicos ou não iônicos. Sulfato de bário Indicado para estruturas do trato digestivo, não costuma provocar reações adversas. Pode ser administrado via oral ou retal e, inclusive, junto a outro meio de contraste (negativo), como o ar. O Sulfato de Bário é o único contraste da substância que pode ser administrado pelo ser humano, qualquer outro tipo de Bário é altamente tóxico ao organismo humano. Gadolínio É a substância utilizada em exames contrastados de ressonância magnética. O elemento não costuma provocar reações, além de ser útil na identificação de males como tumores e infecções. Formas de administração dos meios de contraste. Oral: se refere à ingestão da substância pelo paciente, que pode ocorrer antes, ou em determinados momentos do exame Parental: também chamada de intravenosa, ocorre quando o contraste é injetado nos vasos sanguíneos Endocavitária: quando o agente é administrado por orifícios naturais, como reto e vagina Intracavitária: o contraste é inserido através da parede da cavidade que será examinada. Reações, que podem ocorrer durante ou depois do exame Urticária (irritação na pele) Edema (inchaço) nas pálpebras e face Náuseas, vômito e diarreia Tontura Dor de cabeça Aumento na pressão arterial Convulsões Falta de ar Tosse, pigarro, rouquidão Edema de glote Arritmias (alterações na frequência cardíaca) Insuficiência renal – perda súbita da capacidade dos rins de filtrar o sangue Parada cardíaca, quando o coração para, ou bate num ritmo insuficiente para bombear o sangue. Os exames contrastados só devem ser feitos se houver estrutura para atendimento de urgências. Principais riscos dos exames com contraste Os riscos também dependem do tipo de contraste utilizado. No caso do sulfato de bário, reações alérgicas são muito raras. O principal perigo ocorre quando o composto escapa por uma perfuração durante o exame, podendo provocar males como a peritonite aguda. Essa é a inflamação da membrana que reveste as paredes do abdômen, o peritônio. TIPOS DE EXAMES CONTRASTADOS Dacriocistografia Dreno de Kehr EED – Adulto EED – Infantil Enema Opaco Fistulografia Histerossalpingografia Radioscopia Saliografia Serigrafia Esôfago Trânsito Intestinal Uretrocistografia Urografia Excretora TIPOS DE EXAMES CONTRASTADOS PROTOCOLO DE ESOFAGOGRAMA Material: Sulfato de bário próprio para o estudo (1 ou2 frascos – 500 ou 600ml) Exame: Radiografia simples do tórax em PA. - Fazer radiografias em oblíquas e em AP com o paciente deglutindo o contraste. Incidênciasbásicas: 1. Rx simples tórax 2. Durante a deglutição do contraste : a. Oblíqua direita (dividir o filme em 3) b. Oblíqua esquerda (dividir o filme em 3) c. Radiografia em AP com o paciente deglutindo contraste. Obs: O exame deve ser acompanhado por médico radiologista que a qualquer momento, a depender da situação e da indicação do exame, pode alterar o protocolo básico. REED RADIOGRAFIA DO ESOFAGO, ESTOMAGO E DUODENO Prof. Luciano O Almeida REED OU VIDEODEGLUTOGRAMA? Estudar radiologicamente a forma e função do esôfago, estomago e duodeno, bem como detectar condições anatômicas e funcionais anormais. REED – Radiografia do esôfago,estomago e duodeno Videodeglutograma – avaliação da capacidade de deglutição focado na BOCA, GARGANTA E ESÔFAGO. PREPARO DO PACIENTE Adultos: Jejum absoluto de 8 a 10 hs antes do exame. O paciente é instruído a não fumar cigarros ou mascas chicletes durante o jejum. Crianças e Bebês: Suspender a ultima mamada INDICAÇÕES REED: Hérnia de hiato Divertículos RGE (adultos e crianças) Úlceras pépticas Gastrite aguda ou crônica Tumor, carcinoma benigno Videodeglutograma Sintam sensação de alimento “preso na garganta” Disfagia Não aceitarem/tolerarem o exame de vídeo deglutição como uso de endoscópio de fibra óptica. Problemas na fase oral ou esofagiana Contra – Indicações Relativas Apresentem alterações na anatomia, inchaço ou irritação; Redução da capacidade de sentir, engolir ou limpar secreções; Apresentem cansaço durante uma refeição que possa causar aspiração do alimento ingerido MATERIAL 360 ml de sulfato de bário ROTINA - REED Paciente em ortostático o paciente deve engolir o contraste ao comando, do Técnico em Radiologia, de modo que o trajeto seja contrastado sem interrupção do contraste passando pela boca ,esôfago, estomago e chegando no duodeno. Essa Rotina se repete por uma vez até que se comece a radiografar as estruturas de interesse. INCIDÊNCIAS AP – esôfago proximal, incluindo seio piriforme AP – esôfago médio AP – esôfago distal incluindo válvula cárdia Perfil – Esôfago proximal e médio Obliquas para evidenciar fundo gástrico, pequena e grande curvatura, corpo, antro e esfíncter pilórico; INCIDÊNCIAS O bulbo duodenal deverá ser estudado cheio e vazio até o seu segmento horizontal ascendente. PESQUISA DE RGE Antes que haja muito extravasamento para as alças jejunais é necessário realizar a manobra chamada valsalva, onde esse paciente vai respirar fundo, forçando a saída do ar sem deixá-lo sair, causando assim um esforço abdominal dando ênfase ao estudo da cárdia (hiato esofagiano). DUPLO CONTRASTE Duplo contraste que consiste na ingestão de um agente anti- ácido para estudos das mucosas, bem como algumas outras manobras são sugeridas e realizadas a critério médico. ROTINA Videodeglutograma O Videodeglutograma é um raio X dinâmico, que necessita de um equipamento específico para que possa ser avaliada a deglutição, iniciando pela fase oral até a passagem pelo esôfago. Normalmente acompanhado por um médico ou Fonoaudiólogo que fará provas de alimentos pastosos, para verificar a deglutição Esses alimentos são misturados com o iodo ou bário para que possa ser avaliado através dos raios-X. Incidências de AP, Perfil e Obliquas. Exame é avaliado por meio de gravação em DVD; Este exame é focado: Boca, Esofago proximal e Estomago; ESOFAGO PROXIMAL ESOFAGO VALVULA CARDIA ESTOMAGO ESTOMAGO E PILORO REED Hérnia de Hiato ESTOMAGO COM DUPLO CONTRASTE UCERAÇÕES GASTRICAS PESQUISA DE RGE REFLUXO GASTRO ESOFAGICO RGE - INFANTIL CLASSIFICAÇÃO DO RGE NIVEL DA CARINA – GRAU I NIVEL DA CERVICAL – GRAU II NIVEL DA BOCA – GRAU III NIVEL CERVICAL COM A VALVULA CARDIA PERSISTENTE – GRAU IV ASPIRAÇÃO PELA TRAQUEIA OU PULMOES – GRAU V PATOLOGIAS ENCONTRADAS NO REED MEGAESOFAGO ASPIRAÇÃO DE CONTRASTE DIVERTÍCULO DE ZENKER Estenose do Piloro PROXÍMA AULA EXAME CONTRASTADO DO INTESTINO DELGADO
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