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O que é raciocínio clínico? (para enfermagem) O raciocínio clínico para enfermagem será realizado por meio da utilização de informações teórico-cientificas e experiencias vivenciadas pelo profissional. Desta forma, se faz necessária a utilização mútua delas (experiencia e saber cientifico) para o julgamento de uma situação clínica. O que é Processo de Enfermagem? É o processo que permite ao enfermeiro prestar cuidados de forma sistematizada e dinâmica. E este processo tem 5 etapas. 1. AVALIAÇÃO DO PACIENTE A avaliação é uma ação intelectual e interpessoal. Qual o OBJETIVO de uma avaliação de enfermagem? Construir a HIPÓTESE DIAGNÓSTICA, e então confirmar ou negar tal hipótese a partir da informação obtida através dos dados coletados na avaliação. Sendo necessária a priorização dos diagnósticos mais próximos a necessidade do paciente, tornando-se a base do tratamento de enfermagem. (segundo o livro: NANDA-I) CONHECIMENTO CIÊNTÍFICO VIVÊNCIAS E EXPERIÊNCIAS JULGAMENTO CRÍTICO PROCESSO DE ENFERMAGEM 1. AVALIAÇÃO DO PACIENTE 2. DIAGNÓSTICO 3. IDENTIFICAÇÃO DOS RESULTADOS 4. INTERVENÇÃO 5. REAVALIAÇÃO CONTÍNUA “O estudo de conceitos subjacentes ao diagnóstico é importante, pois, não conseguimos diagnosticar problemas ou situações de risco se, primeiro, não entendermos padrões normais das respostas humanas, e nem podemos considerar as oportunidades de promoção da saúde.” (NANDA – 1 :Pag103) INTELECTUAL: - Coleta de dados (paciente/família/comunidade) - Processar informação - Organizar em categorias significativas do conhecimento INTERPESSOAL: - Relação terapêutica eficaz (vínculo) PASSO A PASSO DA AVALIAÇÃO DO PACIENTE: AVALIAÇÃO INICIAL (OU DE TRIAGEM) IDENTIFICAÇÃO DE UM PADRÃO HIPÓTESE DIAGNÓSTICA AVALIAÇÃO DETALHADA CONFIRMAÇÃO/REFUTAÇÃO DE DIAGNÓSTICO PRIORIZAÇÃO DE DIAGNÓSTICO 1.1 AVALIAÇÃO INICIAL OU DE TRIAGEM A diferença entre a avaliação inicial e a detalhada está nos seus PROPÓSITOS, visto que, na avaliação inicial o enfermeiro irá realizar o preenchimento de um formulário que pode demandar informações sobre sinais vitais e vários sistemas fisiológicos do usuário. Estrutura de avaliação: deve ser baseada em evidências, para que haja precisão no diagnóstico e segurança para o paciente (FHP – Padrões de Saúde Funcional). 1.2 ANÁLISE DOS DADOS Neste momento, os DADOS coletados serão transformados em INFORMAÇÃO e para que isso ocorra de maneira correta é necessário que o enfermeiro tenha embasamento teórico-científico de enfermagem. DADOS: respostas as questões da avaliação inicial (sinais vitais, sistemas fisiológicos, etc), fornecidas pelo usuário/familiar. Os dados podem ser subjetivou ou objetivos: SUBJETIVOS: são os dados verbalizados pelo paciente de acordo com suas percepções e pensamentos sobre sua vida diária, saúde, relacionamentos, etc. OBJETIVOS: são os dados observados pelo enfermeiro (inspeção, ausculta, palpação e percussão) e são coletados no momento do exame físico, ou através de exames de diagnóstico. 1.3 IDENTIFICAÇÃO DE UM PADRÃO Neste tópico, após a coleta de dados e transformação dos dados em informação, será inferido quais possíveis diagnósticos de enfermagem para uma situação clínica específica. Sendo assim o julgamento crítico das informações deve ser baseado em uma teoria da enfermagem, para que a decisão tomada pelo profissional seja coerente com a necessidade do paciente. Está avaliação irar ocorrer no local de atuação do enfermeiro (não importa onde seja), e os diagnósticos construídos a partir dessa avaliação deverão ser voltados à pratica de enfermagem. Neste momento é papel do enfermeiro investigar se há necessidade de coletar mais dados, para complementar a informação e o possível diagnóstico. Mesmo que haja intervenção familiar na entrevista, deve-se, prioritariamente, levar em consideração os dados fornecidos pelo paciente, exceto se ele sofrer de privação do pensamento lógico. TEORIA DE ENFERMAGEM REAVALIAÇÃO CONTÍNUA AVALIAÇÃO/ HISTÓRIA DO PACIENTE PLANEJAMENTO IMPLEMENTAÇÃO PACIENTE/FAMÍLIA/ GRUPO/COMUNIDADE -Diagnóstico de enfermagem -Resultados de enfermagem - Intervenção de enfermagem 1.4 HIPOTESE DIAGNÓSTICA Na hipótese diagnóstica, o enfermeiro após identificar um padrão nas informações obtidas através dos dados coletados do paciente, irá construir uma hipótese diagnóstica baseada nos fundamentos das teorias de enfermagem, e a partir disso irá verificar se há a necessidade da coleta de mais dados. Os diagnósticos podem ser de: RISCO, FOCO NO PROBLEMA E SÍNDROME (conjunto de mais de um diagnóstico) Dor aguda (00132) 1.5 AVALIAÇÃO DETALHADA É nesta etapa que, após revisar os dados do seu paciente obtidos através da avaliação inicial, você irá definir o que é normal ou anormal, e se apresenta um elemento positivo ou de risco (suscetibilidade) para o usuário. Neste momento é importante que o enfermeiro tenha sensibilidade p compreender o que está nas “entrelinhas” da análise inicial. Anormal/risco: analise relacionada ao diagnóstico com foco no problema ou de risco. (reavaliação) Positivo: analise relacionada ao diagnóstico de promoção à saúde. 1.6 CONFIRMAÇÃO/REFUTAÇÃO DE DIAGNÓSTICOS Neste tópico é necessário lembrar que após o diagnóstico definido, sempre é necessária a reavaliação do paciente e a reconsideração dos diagnósticos potenciais ou determinados anteriormente. Sendo assim, há três aspectos principais a serem observados e levados em consideração: - A avaliação detalhada trouxe dados novos que descartam ou eliminam um ou mais dos seus diagnósticos potenciais? - A avaliação detalhada apontou novos diagnósticos que você não havia considerado antes? - Como você pode diferenciar entre diagnósticos similares? Eliminação de possíveis diagnósticos: Um dos objetivos da avaliação detalhada é descartar possíveis diagnósticos, que a partir de uma revisão, observa-se que o mesmo não é coerente com as necessidades do paciente. E é necessário que os dados coletados deem suporte ao(s) diagnostico(s). Sendo assim é importante observar se: - Informações dadas pelo paciente são coerentes com o diagnóstico? - É possível identificar os dados objetivos e subjetivos nas características definidoras? - Os fatores relacionados (causas) estão inclusos no diagnóstico? Como diferenciar diagnósticos SIMILARES? Os diagnósticos no livro da NANDA-I são agrupados em domínios (área mais ampla do conhecimento de enfermagem) e classes (subcategorias ou grupos de diagnósticos caracteristicamente semelhantes). “Se os enfermeiros, todavia, simplesmente coletarem dados sem prestar muita atenção a eles, poderá acontecer de alguns dados fundamentais não lhes chamarem a atenção” (NANA-I: pág.123) “Não se pode esquecer que a segurança do paciente depende da boa comunicação; por isso, você deve usar somente termos padronizados, com definições e indicadores diagnósticos claros para que eles possam ser facilmente confirmados!” (NANDA-I pág.126) Para confirmar ou refutar um diagnóstico é preciso observar as: CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS E OS FATORES RELACIONADOS. A partir da escolha de refutar ou confirmar o diagnóstico, pode surgir NOVOS DIAGNÓSTICOS potenciais. O ser humano não é estático, então o processo de escolha de diagnóstico de enfermagem é mutável e se adapta a necessidade do paciente. É importante ressaltar que se você sentir dúvidas quanto sua decisão, é preciso pedir ajuda de um especialista ou profissional maisexperiente. Levando em consideração que o diagnóstico de enfermagem não pode ser definido de forma automática, ou apenas por semelhança de casos clínicos, visto que cada indivíduo apresenta singularidades. O profissional de enfermagem tem que ter sensibilidade para perceber. 1.7 PRIORIZAÇÃO DE DIAGNÓSTICO Neste tópico é importante, a partir da avaliação inicial e contínua, determinar um diagnóstico prioritário. No entanto a linguagem deve ser padronizada, para que no processo de evolução do paciente, todos os profissionais que acompanharem o paciente consigam realizar os processos e a evolução de forma correta e contínua. REFERÊNCIAS: Diagnósticos de enfermagem da NANDA-I: definições e classificação 2018-2020 [recurso eletrônico] / [NANDA International]; tradução: Regina Machado Garcez; revisão técnica: Alba Lucia Bottura Leite de Barros... [et al.]. – 11. ed. – Porto Alegre: Artmed,Editado como livro impresso em 2018. ISBN 978-85-8271-504-8
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