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@_Isanogueira 21/04/2021 IMAGINOLOGIA Interpretação radiográfica Aspectos radiográficos das alterações do dente e estruturas de suporte. Alterações radiográficas da cárie dentária A desmineralização do dente torna com que a radiação fique mais fácil de passar, sendo assim, radiolúcida. Cárie oclusal: visualizada no exame clínico. Cárie interproximal: visualizada na radiografia. Elástico de separação: usado para separar o dente para descobrir se possui cárie sem ter que usar a radiografia. Mas possui algumas desvantagens, como: é muito desconfortável e o resultado não é imediato (esperar pelo menos 24 horas para o dente afastar). A única maneira que teria de ver com muita facilidade uma cárie entre um dente e outro, seria se tivesse diastema (espaço) entre os dentes ou se o paciente não tivesse o dente do lado. Obs: normalmente a cárie ao vivo é maior do que na radiografia, porque para essa alteração ser visualizada na radiografia, precisa ter uma desmineralização intensa. Quando a cárie chega até a dentina, a progressão acontece de uma maneira muito mais rápida, ou seja, a desmineralização da dentina é muito maior do que no esmalte. Cárie de face livre (vestibular e lingual): visualizada no exame clinico. Cárie radicular: visualizada no exame clinico (quando está na face livre) e na radiografia (quando está entre um dente e outro). Cárie recorrente: visualizada na radiografia interproximal – recidiva de cárie: é aquele dente que já teve uma cárie inicial que foi restaurada, e que cariou novamente. Quando a cárie já está muito extensa, que já apresenta uma proximidade com a cavidade pulpar, se remove a cárie e coloca um material chamando de hidróxido de cálcio, esse material estimula uma remineralização da dentina, ou seja, ela protege a dentina, fazendo com que a cavidade não fique tão próxima da polpa. Esse hidróxido de cálcio também é radiolucido, como identificar o que é hidróxido e o que é cárie? Olhar o prontuário odontológico do paciente para saber se foi feito alguma @_Isanogueira 21/04/2021 IMAGINOLOGIA restauração com esse material ou conversar e fazer testes (nível de sensibilidade, dor e etc.) com o paciente. Alterações radiolúcidas da coroa que parece cárie, mas não são – material não radiopaco Restaurações de resina antiga Até os anos 2000 as resinas eram radiolucidas, tinha uma maior dificuldade para sair se era cárie ou resina, pois as duas aparecia da mesma maneira na radiografia. Atualmente todas as resinas são radiopacas para facilitar o diagnóstico. Velamento cervical ou Bum-Out É uma alteração que aparece como uma ilusão de ótica sempre depois de uma estrutura muito radiopaca, ou seja, normalmente quando termina o esmalte e começa a raiz sempre aparece uma zona mais radiolucida. Como fazer para não confundir com uma cárie? Normalmente, as cáries interproximais aparecem nos pontos de contatos (região que um dente encosta no outro), já o Bum-out aparece na região de junção amelocementária. Alterações radiográficas das periodontopatias O exame padrão para avaliar toda a região da arcada superior e inferior é a chamada seriografia (é protocolo pedir ela) são 14 radiografias periapicais da boca do paciente, e complementar com a radiografia interproximal completa. Vamos avaliar o nível da crista óssea alveolar, normalmente ela tem que estar a 1,5mm mais apical a região amelocementária, quando essa distância fica maior, isso indica que o paciente teve uma reabsorção do osso. Tipos de reabsorção: as reabsorções ósseas alveolares horizontais, são homogêneas (tem o mesmo nível de reabsorção) e podem ser severas o suficiente para deixar o dente mole. Normalmente atinge vários dentes. @_Isanogueira 21/04/2021 IMAGINOLOGIA Na radiografia, também conseguimos observar a presença de fatores que podem estar desencadeando essa doença periodontal, que são chamados de fatores retentivos de placa, ou seja, são fatores que estão facilitando o acumulo de placa bacteriana (biofilme). O fator retentivo mais conhecido são: os cálculos (aparece de uma forma radiopaca e que sempre está na superfície do dente, parecendo uma espiculas). Reabsorções verticais, não é homogênea (não tem o mesmo nível de reabsorção), ela tem um ângulo (obliqua ou angular). Tem regiões de maior extensão causada provavelmente pelo acúmulo de placa que pode ser aumentada com a presença de cálculo, como vista na segunda imagem a baixo. Normalmente essas reabsorções estão associadas a traumas oclusais/prematuro. Outro fator retentivo de placa é o excesso de restaurações que não obedecem ao contorno do dente, isso faz com que o paciente tenha uma maior dificuldade na higienização dessa região, assim acumula mais biofilme que pode vir a endurecer e formar o cálculo, causando uma inflamação gengival que não tratada pode ocorrer uma reabsorção do osso. Reabsorção da região de bifurcação Em dentes que tem mais de uma raiz quando vai fazer a bipartição (raiz para um lado e para outro) a região do meio é chamada furca. Quando a reabsorção óssea alveolar chega na furca o tratamento é muito mais complicado. O diagnostico radiográfico acaba sendo limitado nas regiões da furca por conta que vai haver uma sobreposição da raiz e do osso. O ideal para ter uma avaliação mais completo seria a realização do exame de tomografia computadorizada. Limitações do exame radiografico nas alterações periodontais: Mostra uma distrução menor do que realmente existe (em relação a todas as alterações); Não registra se um dente está mole ou não; @_Isanogueira 21/04/2021 IMAGINOLOGIA Não registra a morfologia das deformidades ósseas; Sobrpõe o tecido ósseo da V e L sobre os dentes. Alterações radiograficas do periápice Para ter uma lesão do ápice do dente, o paciente obrigatoriamente tem que passar por uma necrose dessse dente. Existe duas maneira de necrosar o dente, como: necrose séptica, é a mais comum, é onde bacterias entram na polpa por conta da cárie, quando a polpa é atingida o dente necrosa ocorrendo a formação de pus na região apical, o pus faz pressão no osso fazendo com que o osso seja reabsorvido. O trauma também faz com que o dente necrose, ou seja, um trauma muito forte, pode acontecer um rompimento do feixe vasculo nervoso que vai irrigar o dente, fazendo com que o dente necrose, com o passar do tempo a lesão vai ficando mais radiolúcida. O primeiro sinal radiográfico de uma necrose é o espassamento do espaço do ligamento periodontal (fica bem grande) e com alguns dias ocorre o desaparecimento da lamina dura. Quando um dente necrosa, três coisas podem acontecer: formação de um abscesso, formação de granuloma que pode evoluir para um cisto. Abscesso Nos diagnósticos radiograficos temos que laudar o que estamos vendo, por ex: o paciente tem uma rarefação óssea periapical difusa, com limites mais definidos, é uma área radiolucida que está localizada na região do ápice do dente. Diante disso você vai indicar o paciente a fazer um tratamento endodontico. Em alguns casos essa rarefação óssea pode demorar para aparecer e desaparecer na radiografia depois do tratamento já feito. Não confundir!! Reabsorção óssea: acontece na crista óssea alveolar. Rarefação óssea periapical: acontece no ápice do dente. @_Isanogueira 21/04/2021 IMAGINOLOGIA Granuloma Também vai aparecer como uma rarefação óssea perapical, porém vai aparecer de uma maneira mais circunscrita, mais arredomdada, mais radiolúcida e bem pequena (não ultrapassa 1 cm de diâmetro). Sempre laudar como rarefação óssea periapical. Tratamento: endodontico CistoPodem ser pequenos ou grandes, o cisto radicular também é uma rarefação ósseal periapical circunscrita, porém é maior que o granuloma. O cisto pode ter ou não o alo radiopoco (linha branca ao redor da circunferência). Sempre laudar que é uma rarefação óssea periapical. Em alguns casos essa rarefação também vai demorar para desaparecer. Esclerose óssea É uma alteração radiopaca, ela não é uma patologia, é apenas uma alteração de normalidade do osso, por algum motivo, o osso começa a se condensado, por isso aparece radiopaco na imagem radiográfica. É mais presente em mandíbula Ela não está colada no dente, entre o dente e a esclerose possui o espaço do ligamento periodontal. Osteíte esclerosante Também é uma área radiopaca de condensação óssea, ela acontece em resposta a um processo patológico, ou seja, o dente pode desenvolver uma necrose, pode ocorrer a lesão periapical, tendo a condensação do osso causando a osteíte esclerosante. Só vamos ter certeza do que realmente é quando fizer um exame histopatológico: colhe o material na lâmina e manda para um laboratório. Enquanto não soubermos do que se trata, laudamos como “rarefação óssea periapical”. @_Isanogueira 21/04/2021 IMAGINOLOGIA Também é mais comum em mandíbula, em crianças e adultos jovens em região de pré- molares e molares inferiores. Para um diagnostico diferencial da periapicopatias tem que fazer uma avaliação clínica, como: Saber a história clínica do paciente; Fazer um teste de sensibilidade; Avaliar a lâmina dura; Lembrar também que as alterações podem demorar para aparecer e desparecer na radiografia. Alterações radiográficas dos desgastes dentários Atrição Perda de estrutura dental causada pelo atrito entre os dentes antagonistas (de cima e de baixo). Normalmente, quem tem uma atrição mais acentuada, chamada patológica, é quem tem o hábito de ranger os dentes quando está dormindo (bruxismo), com o passar o tempo vai ocasionando desgaste na estrutura do esmalte. Tem uma diminuição na espessura do esmalte, algumas vezes chegando a ficar até inexistente, dependendo do grau de atrição que o paciente tem. Com o passar dos anos, o dente vai se desgastar naturalmente, porque vamos estar se alimentando. Abrasão É o desgaste do dente ocasionado pela fricção de um agente externo contra a estrutura dentária. Esses agentes externo podem ser: Escova de cerdas duras; Escovação com força; Escovação incorreta; Lesão por fio dental; Habito de colocar obejtos entre os dentes (grampos, alfinete, cirgarro, cachimbo). Todos esses fatores fazem com que ao longo dos anos as regiões onde o esmalte é mais fino (região cervical) ocasione no desgaste ou fraturas dessa região. Na radiografia é quando vemos alterações radiolucidas em formato de cunha que vão se estender por uma região inteira. @_Isanogueira 21/04/2021 IMAGINOLOGIA Erosão É a perda patológica da estrutura dentária causada por um processo químico que não seja de origem bacteriana, como: Frutas cítricas + bebidas (refrigerantes e sucos cítricos); Medicações (vitamina C mastigável ou aspirina); Regurgitamento voluntário ou involuntário (refluxo, esofagite, vômitos). As faces mais acometidas são as palatinas dos incisivos, principalmente dos superiores. O diagnóstico é clinico. Radiograficamente, é muito dificil de diagnosticar pois fica sobreposto. Mas se a erosão foi muito grande intensa, podemos observar as alterações radiolucidas nos incisivos superiores, em formato de colher. Abfração Acontece em dentes isolados e é ocasionada pelo excesso de força ou trauma oclusal em um determinado dente, normalmente isso acontece em pacientes que perdem alguns dentes e toda a força usada para a mastigação está sendo dissipada em número menor de dentes, isso ocasiona uma sobrecarga do dente e as regiões mais finas do esmalte acaba se fraturando. Podemos observar essas lesões na cervical do dente, são estritos e em formato de “V”. Como saber se é uma cárie radicular ou uma abfração? Se a cavidade estiver preenchido por um material amolecido é cárie, já se não tiver nada é uma abfração. @_Isanogueira 21/04/2021 IMAGINOLOGIA Aspectos radiográficos das alterações adquiridas Reabsorções radiculares – é uma diminuição da estrutura da raiz, essa diminuição pode ser tanto na superfíce externa, como na superfíce interna do dente. Reabsorção interna: é iniciada dentro do canal radicular e a partir desse canal começa a ocorrer a reabsorção da raiz. Etiologia da reabsoção interna: na grande maioria das vezes é por conta de traumas e outras vezes não tem uma causa definida. Se não tratar, pode reabsorver tanto que pode causar uma fratura nos dentes. Na radiografia ela aparece como uma área radiolúcida e arredondada dentro da polpa, é como se fosse um alargamento da cavidade pulpar. Reabsorção externa: é aquela que começa de fora para dentro, de acordo com a sua magnitude ela vai diminuindo a espessura da raiz. Etiologia: maior causador dessa rebasirção é o tratamento ortodontico, principalmente aqueles tratamentos que está previsto uma movimentação muito extensa, por isso é necessário uma de 6 em 6 meses, no máximo 1 ano, fazer uma radiografia de controle. Cuidado para não confudir reabsorção externa radicular com uma risogenese (raiz ainda não formada). Como diferenciar? Na reabsorção, tem uma borda bem definida e o diametro da raiz vai dimuindo no sentido coroa ápice. Na risogenese ainda não tem o ligamento periodontal dando a volta na região apical, também não tem a consolidação da lamina dura e o aumento da cavidade pulpar é no sentido coroa apice (vertical). A dentina pode ter subdivisões: dentina primária, secundária e terciária. Dentina primaria: é a dentina formanda enquanto o dente está dentro do osso (gengiva). @_Isanogueira 21/04/2021 IMAGINOLOGIA Dentina secundária: é a dentina formada quando o dente erupciona para fora do osso. Dentina terciária ou esclerórica: é a dentina que é mais mineralizada, ela é formada quando recebe alguma ameaça. Na radiografia ela vai aparecer como uma linha radiopaca. Na imagem abaixo essa dentina apareceu devido a um fator de agresão no dente, por causa da cárie, ou seja, ocorreu a cárie e a dentina se mineralizou. Nódulo pulpar É uma calcificação dentro do canal radicular que na radiografia aparece como uma área radiopaca. Ainda não tem um etiologia conhecida para a formação deste. Ele pode estar aderido da camara pulpar, ou pode estar solto. Esclerose pulpar ou calcificação difusa da polpa É a calcificação total da polpa, fica tudo radiopaco. Sua etiologia é trauma dentário o que ocasiona um maior amarelamento no dente traumatizado. Hipercementose É a produção exacerbada de cemento, essa é a única situação que vemos cemento na radiografia. Essa lesão está grudada na raiz, é circundada pela lâmina dura e pelo espaço do ligamento periodontal. É uma alteração de normalidade e não precisa de tratamento. Como diferenciar a hipercementose da esclerose óssea? Na esclerose é uma área radiopaca no osso que não está se comunicando diretamente com o dente. Já a hipercementose está grudada na raiz do dente. @_Isanogueira 21/04/2021 IMAGINOLOGIA Fratura dentária Paciente sofreu um trauma e quebrou. Essa fratura pode ser na raiz, na coroa e na corona- radicular (raiz e coroa). Na radiografia vemos uma linha radiolucida separando os fragmentos. Perfuração radicular Acontece pela manipulação incorreta de alguns instrumentos e acaba furando a raiz do paciente. Na radiografiaaparece uma área radiolucida.
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