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Traumatologia em odontopediatria

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LESÕES TRAUMÁTICAS NA DENTIÇÃO DECÍDUA E MISTA
Vamos falar sobre lesões traumáticas e suas 
repercussões na dentição decídua e na dentição 
mista. Há poucas mudanças entre os tipos de lesões. 
As repercussões que a gente vai fazer a partir disso é 
que mudam bastante. O que a gente tem aqui e o que 
nós precisamos ver e prestar atenção seriam quais 
métodos que a gente vai utilizar para manter o dente 
com trauma, mesmo sem lesão de cárie instalada ou 
se já tem lesão de cárie instalada, se tem 
envolvimento pulpar, se o envolvimento é estético, se 
vai alterar função. Quando a gente tem algum tipo de 
trauma, o diagnóstico precoce, assim como várias 
outras doenças, não é só de fundamental 
importância, assim como é vital para o prognóstico 
do dente ou da vida útil do dente na boca da criança. 
O diagnóstico precoce, o atendimento rápido, de 
urgência, é vital para manter a vitalidade do dente. 
Sempre lembrar que a gente precisa ter em mente a 
importância do dente decíduo. Não é porque é dente 
de criança que caiu, bateu, fica sem. Não é assim que 
funciona. E, também, ter em mente que o CD que vai 
atender, não necessariamente é o odontopediatra, 
pode ser o CD clínico geral mesmo. Se é uma situação 
de urgência, é necessário sim você saber lidar com 
aquilo porque vai cair no seu consultório, vai cair no 
seu trabalho. É necessário saber lidar com urgências, 
para saber dar os primeiros socorros pro seu 
paciente 
A) EPIDEMIOLOGIA: 
- Falando em epidemiologia, pra gente entender com 
quem esse tipo de situação (os traumas e lesões 
traumáticas) mais acontecem. Nessa fase de dentição 
decídua e mista, a prevalência desse tipo de lesão 
pode chegar a 35% dos nossos pacientes. Com a 
vivencia de vocês, quais seriam os dentes mais 
afetados? Incisivos superiores, centrais superiores. 
Pode sim atingir mais de um dente, principalmente 
em dentição decídua, é difícil achar um trauma em 
dente único. Com frequência envolve periodonto e 
frequentemente lesões repetidas – já bate um dente e 
com frequência vai fazer o trauma do mesmo dente 
em outra situação. Então, a criança que não tem 
muito equilíbrio, que é mais agitada, em uma família 
que é mais negligenciado os cuidados com acidentes – 
os acidentes não ocorrem só por negligencia, as vezes 
você está aqui, piscou, a criança enfiou o dedo na 
tomada, tropeçou... Então nem sempre é negligencia 
ou falta de cuidado. 
B) ETIOLOGIA: Quais seriam as causas? Qual 
seria a etiologia desse tipo de trauma? Normalmente 
são quedas de crianças quando estão andando, no 
início da fase de adquirir esse hábito, ou quando já 
estão se sentindo hábeis o suficiente para passar do 
andar para o correr. Quem convive com criança sabe 
que a criança não aprende a andar, quando ela deixa 
de engatinhar, ela já corre. Nessa fase que ela não 
tem habilidade motora para nem andar direito, e já 
quer correr, os traumas acontecem com frequência. 
Entre 10 a 24 meses, no inicio da fase, logo quando 
começam caminhar até uns 2 anos. Não quer dizer 
que não aconteça dali em diante. Eles ainda não têm 
coordenação motora para de defender e evitar essas 
quedas. Quando a prof fala que as crianças não têm 
coordenação motora pra se defender é da seguinte 
maneira: quando a gente vê uma criança caindo, 
parece um saco de batata. A criança não tem reflexo 
de defesa, elas caem de cara no chão. Além de não 
ter o reflexo de proteção, eles têm o centro de 
equilíbrio mais baixo 
C) PREVENÇÃO: Como a gente previne?? 
Sempre orientar os responsáveis. Dentro de casa 
evitar tapetes, quinas. Chão molhado é um perigo, 
mesmo que seja um chão antiderrapante. Criança 
andando em casa só de meia. Quando for necessário a 
criança sentar a mesa, usar cadeiras adequadas 
próprias para isso, para elas não virarem. Alerta com 
brinquedos e parquinhos (escorregador, gangorra). 
Brinquedos em casa também – pontiagudos e pesados 
- para um bater no outro ou a criança cair com o 
brinquedo na boca. Atualmente, o maior índice de 
traumas está acontecendo em um brinquedo 
específico – o pula-pula. Quando a criança não cai 
com a boca na guarda do pula-pula, ela dá com a 
cabeça no coleguinha, isso quando não fratura e faz 
intrusão. A vantagem é que pelo menos é uma lesão 
limpa, se cai no parquinho ainda fica com areia 
dentro. Então, cuidar com essas situações. Outro 
cuidado importantíssimo da gente ter é paciente 
epiléptico. Tem pacientes que convulsionam, não só 
os epilépticos, algumas outras coisas levam a 
convulsão, e alguns pacientes com deficiências 
motoras, que podem levar a traumas também. 
Paciente epiléptico quando convulsiona, a gente 
segura ou não? Não, não segura. Deita de lado e evita 
que tenha qualquer coisa pontiaguda do lado que 
possa machucá-lo. Alterações oclusais e de 
vedamento labial quando o trauma é muito severo 
D) ATENDIMENTO: Nós estamos lidando com 
traumas, com situações de urgência e emergência, em 
que muitas, para não dizer quase que todas as vezes, 
é o primeiro contato da criança com o CD. Então, já 
tem aquele preconceito com os dentistas, a criança 
tem medo sem nem saber com o que se associa. E ai, 
o primeiro contato dela com o dentista é um trauma. 
Isso é a maior dificuldade no atendimento e ai é a 
maior dificuldade de qualquer dentista não levar essa 
situação para um trauma permanente nas situações 
posteriores. A maneira como o CD vai atender, 
muitas vezes vai levar, ou não, a um trauma 
psicológico em relação ao atendimento 
odontológico. Cuidar com essa situação. Outra 
situação que deve ser muito bem explorada é o 
controle da ansiedade dos responsáveis. Pais ficam 
apavorados com aquilo. Manter a calma dos 
responsáveis faz muita diferença no sucesso do seu 
atendimento, porque a criança vai se acalmar 
conforme a reação do seu responsável. Manter a 
calma é trabalho nosso também. Quando bater, é 
interessante para você fazer o atendimento 
adequado, ter a história do trauma. Como aconteceu 
aquilo, se foi acidente, se foi uma queda, se foi uma 
batida. Apesar de não ser uma situação muito legal, 
nessa de tentar descobrir a história do trauma, você 
pode começar a perceber que ela não está batendo. 
Esse aspecto da história do trauma faz a gente 
começar a acender um alerta em relação a algum tipo 
de maustratos. Como ocorreu? Onde? A prof gosta 
de perguntar para o responsável se bateu de cima 
para baixo ou de baixo para cima. Perguntar se é a 
primeira vez que a criança bate esse dente. Se já é um 
segundo caso de trauma, se já foi feito alguma coisa 
naquele dente (canal), o sucesso do que a gente vai 
fazer, o sucesso do procedimento que eu vou realizar, 
depende muito dessa história toda. Os sinais e 
sintomas do trauma, se está tendo dor de cabeça, se 
está tendo algum outro tipo de repercussão 
sistêmica, nervoso e a criança vomitou, isso tudo 
também pode fazer com que a gente não atenda a 
criança naquele primeiro momento – encaminha ao 
pronto socorro para depois fazer o atendimento de 
urgência e emergência. E faz um condicionamento 
com a criança, rápido e preciso, e faz o que é 
necessário fazer, nem que num segundo contato 
vocês façam o condicionamento, revertam o 
condicionamento. Porque a gente pode tentar fazer 
um condicionamento mais suave e mais agradável 
possível, mas a situação é de trauma. Então, as vezes, 
não vai ser agradável, por mais que você tente. 
E) Exame do paciente e diagnóstico: 
Como que a gente vai examinar? Primeiro: qualquer 
anamnese. Sabe aquela anamnese de urgência que 
tem na clínica? A gente vai fazer primeiro o exame 
geral da criança, pelo exame geral avaliar o porte da 
criança - se ela é grande ou pequena – isso vai fazer 
diferença par você saber se a dentição decídua está 
ou não acabando, se está em dentição permanente... 
vai fazer a limpeza da área afetada, fazer um exame 
clínico e visual. Palpação, pode palpar para ver se temalguma estrutura com mobilidade, instável na boca. 
Limpeza, exame clínico e visual, aí você pode partir 
para o exame radiográfico. Depois do exame 
radiográfico, que você pode detectar algum tipo de 
fratura óssea e radicular, proximidade do 
permanente, deslocamento do permanente (isso tudo 
é diagnosticado ainda no exame radiográfico), você 
pode tentar teste de vitalidade, de percussão ou 
aquela transluminação, apesar de que teste de 
vitalidade e percussão em dentição decídua não é 
indicado devido a essa falta de fidelidade na resposta. 
A partir disso tudo chegar a um diagnóstico, elaborar 
um plano de tratamento e intervir. Isso tudo, é 
urgência e emergência – RÁPIDO. (Raciocínio rápido, 
olhar e já saber o que está acontecendo.) 
F) Classificação das lesões 
traumáticas dentárias 
Falando das lesões propriamente ditas agora, nós 
vamos classificar essas lesões e junto avaliar e tratar. 
Então esses 2 tópicos da aula, classificação das lesões, 
avaliação e tratamento, vamos falar tudo junto a 
partir de agora. Nós vamos dividir a lesões 
traumáticas em tecidos duros e lesão de tecido de 
suporte. Na dentição decídua, as mais comuns são 
lesões de tecidos periodontais, lesões de tecido de 
suporte. E na dentição permanente, no tecido dental 
propriamente dito. Alguém faz ideia por quê? Porque 
o ligamento periodontal é mais frágil, então ele é o 
primeiro que rompe no trauma. O tecido de suporte 
do dente permanente é mais firme, tem uma 
estrutura mais robusta, então ele aguenta o tranco, o 
dente acaba se tornando mais frágil 
comparativamente. Quando há lesão de tecido duro 
de dente, a gente tem que ter um conhecimento 
maior de dentística e endodontia, e nos tecidos de 
suporte, ter noção de periodonto, de condições de 
reparo no organismo do paciente 
 
 
 
1. Lesões dos tecidos duros dos dentes 
→ Trinca ou fratura 
incompleta do esmalte: 
Nesses casos é uma lesão de 
tecido duro. Trinca é qualquer 
tipo de fratura incompleta do 
esmalte. Diagnóstico: você tem a marca, não há uma 
fratura completa, o fragmento não deslocou – é uma 
trinca de esmalte ou uma fratura incompleta porque a 
gente não está vendo a face palatina. Qual é a 
conduta aqui? Não caiu fragmento nenhum. Essa 
lesão deve ser apenas acompanhada. Se houver 
sensibilidade, realizar fluorterapia e orientações para 
que novos traumas não aconteçam. Então, 
acompanhar, Pode ser que depois a sensibilidade não 
diminua e ai possa precisar de canal, por exemplo, 
dependendo do trauma. Mas num primeiro momento, 
uma lesão incompleta ou uma trinca deve ser apenas 
acompanhada e se houver sensibilidade, realizar 
fluorterapia e orientar para que novos traumas não 
aconteçam no local para não completar a fratura. 
→ Fratura do 
esmalte: 
- Quando a fratura é 
completa, houve fratura de 
esmalte, qual seria a conduta? Pode só colar ou 
restaurar com resina composta. Se a fratura for muito 
pequena e for um paciente de difícil contenção ou 
condicionamento psicológico, podem perceber que 
quando a fratura de esmalte é só superficial, a gente 
também pode, em alguns casos, optar por só polir e 
fazer uma aplicação tópica de flúor. Por exemplo, 
quando pega só flor de lis. A prof costuma dizer que 
essa flor de lis é só margem de segurança, para ir 
gastando ao longo da vida. Esse tipo de fratura de 
esmalte superficial a gente pode polir e fazer 
aplicação tópica de flúor. Se a restauração já 
envolveu algum tipo de estrutura interna, uma 
fratura mais complexa, a gente restaura com resina 
composta ou cola o fragmento. Quando que cola o 
fragmento? Quando ele for mantido hidratado e não 
se passou muito tempo do trauma. 
→ Fratura de esmalte e 
dentina s/ exposição 
pulpar: 
- Fratura de esmalte, envolveu 
dentina, mas não houve exposição pulpar. A gente 
tem dentina aqui, tecido vivo. O que a gente faz? A 
gente tem que proteger esse tecido, ele é vivo. Então, 
o tempo é primordial. Quanto mais cedo você 
proteger esse tecido, maior as chances de se manter a 
vitalidade pulpar. Então, restauração imediata, 
restauração provisória que seja, o mais rápido 
possível, então assim, ou você faz só a proteção e na 
próxima consulta você restaura, ou cola o fragmento. 
Então, o tecido vivo tem que ser protegido o mais 
rápido possível. Se há muita sensibilidade, se há 
sangramento (porque as vezes tem lesão de lábio 
junto), dificilmente você vai conseguir repor essa 
restauração na mesma sessão. Então, você faz um 
curativo com ionômero de vidro, protege essa 
dentina, que é esse tecido vivo e numa próxima 
oportunidade, quando desinchar e parar de sangrar, 
você reconstrói o remanescente. 
→ Fratura de esmalte e 
dentina c/ exposição 
pulpar: 
- Ai a batida foi tão grande que 
expôs a polpa, o que vocês 
fariam? De uma maneira bem geral – tratamento 
endodôntico – vamos decidir qual, e reabilitação 
coronária. Você vai fazer a proteção pulpar, o 
capeamento, o que for necessário, e depois você vai 
fazer reabilitação da coroa, restauração protética, 
restauração de resina ou a colagem de fragmento. 
Mas aqui, nesses casos que a gente tem que passar 
por intervenção endodôntica, seja ele qual for, a 
radiografia é de extrema importância pra gente 
determinar o grau de rizogênese. Não esqueçam que 
a gente está falando de pacientes jovens, então a 
maioria deles está em dentição mista e a rizogênese 
não está completa. Então, em caso de rizogênese 
incompleta – pulpotomia. Aqui, dificilmente a gente 
vai fazer o capeamento mesmo. Quando tem 
rizogênese incompleta, primeiro que não dá para 
fazer o tratamento endodôntico convencional com 
ápice aberto, e segundo que é um dente jovem, então 
a capacidade de recuperação é bastante alta, faz-se a 
pulpotomia com a pasta que lhe couber. No livro 
adotado pela disciplina, é usada a pasta de Guedes-
Pinto. Como não tem mais rifocort, você pode usar 
omcilon AM. Mas você pode usar o callen, o hidróxido 
de cálcio, o pasta-pasta e fazer essa proteção. E nos 
pacientes com rizogênese completa, você vai 
determinar: a exposição é recente ou é uma 
exposição antiga? Se é recente, você ainda pode 
tentar a pulpotomia, porque a contaminação ainda é 
pequena. Agora, se é uma exposição antiga ou é um 
pólipo pulpar que seja, ai você vai passar por uma 
pulpectomia pra remover todo o tecido pulpar. Outra 
coisa que pode definir que tipo de tratamento, vai ser 
que tipo de reabilitação protética que você vai 
planejar. E ai você vai planejar isso na hora de fazer a 
intervenção. Quebrou tanto que não vai ter como 
reconstruir só com resina, adianta você fazer 
pulpotomia? Não. Você vai precisar fazer uma 
pulpectomia para poder colocar um pino lá dentro 
para reconstruir. Então, o tipo de reabilitação que 
você vai fazer pro dente, também vai definir que tipo 
de tratamento endodôntico você vai fazer. A 
diferença vai ser o ápice aberto ali, se você vai fazer 
já o canal ou com ápice aberto você vai remover o 
tecido pulpar e vai ficar trocando a medicação até 
fechar o ápice 
→ Fratura 
coronorradicular: 
- Ainda estamos falando 
de lesão de tecido duro 
de dente. Quando há 
comprometimento 
radicular, quando a fratura envolveu a raiz, se for um 
envolvimento pequeno, pode-se tentar fazer o 
tracionamento ou o aumento de coroa clínica. Agora, 
um envolvimento radicular mais severo, é necessário 
que seja feito exodontia, e depois uma posterior 
prótese ou implante. Agora, quando não há 
comprometimento radicular ou o comprometimento 
radicular é bem pequeno, milímetros (2 mm), pode 
ser feita a gengivectomia, um aumento de coroa 
clínica, ai depois, pulpectomia e restauração. Por que 
pulpectomia nesses casos? Porque se a fratura 
envolve raiz, você vai ter que fazer uma reconstrução 
protética, então você já faz a pulpectomia para poder 
fazer a reabilitação protética. 
→ Fratura 
radicular: 
- A fratura horizontal 
(não é bemhorizontal, mas é uma 
fratura mais completa 
radicular) – o que a 
gente vai fazer aqui, 
vai depender do nível dessa fratura. Se ela é em nível 
apical e médio, se está lá em cima, não há 
mobilidade e nem deslocamento, você detectou essa 
fratura pelo raio-x. Não tem sintomatologia, não tem 
mobilidade e não tem deslocamento. Está no 
lugarzinho. Acompanha e proserva. Se é nível apical 
e médio, e tem deslocamento, reposiciona e faz a 
contenção semi-rígida, e vai acompanhar por até 21 
dias. Então, teve deslocamento, reposiciona, 
contenção semi-rígida, 14 – 21 dias. Muitos, quase 
100% dos casos, é necessário tratamento 
endodôntico. 
→ Apical e médio – sem deslocamento: acompanha 
→ Apical e médio – com deslocamento: reposiciona e 
contenção. 
- Quando a fratura é cervical, perto da região cervical, 
se tem estrutura suficiente para você fazer a 
reconstrução, a reabilitção, você pode fazer a 
gengivectomia e o tracionamento. Agora, se não há 
estrutura suficiente para reconstruir, se a fratura for 
complexa, você vai partir para exodontia mesmo. 
Aqui, nos deslocamentos, nas fraturas a nível apical e 
médio, com deslocamento, então, houve um 
deslocamento e você precisa reposicionar, o tempo 
do ocorrido, o tempo do trauma, também faz muita 
diferença. Se fizer muito tempo, se passar-se muito 
tempo do acontecido, o que acontece entre o 
fragmento que está lá dentro e o fragmento que 
ficou deslocado entre esse espaço que se criou? Que 
tipo de tecido que é criado lá? No primeiro momento 
é sangue e ali se desenvolve um tecido de granulação. 
O primeiro passo então, sangrou (quando a gente faz 
uma cirurgia e sangra), o que a gente espera que 
aconteça com esse sangue? Coagule. Então, o que 
acontece nesse fragmento? Esse espaço forma um 
coágulo e esse sangue começa a formar um coágulo, e 
esse coágulo conforme o passar do tempo vai 
endurecendo, e ai você vai tentar reposicionar e não 
vai reposicionar porque esse coágulo já está duro e 
firme. Então, o tempo faz muita diferença 
2. Lesões dos tecidos de suporte dos 
dentes: 
→ Concussão: Na 
concussão, que é quando 
há batida, com uma leve 
hemorragia. Edema do 
ligamento, mas sem 
sangramento. Só bate, 
sem mobilidade, sem sangramento, sem nada ali. 
Tudo normal. Concussão – o paciente quando muito 
relata sensação dolorosa. Acompanhar, observar, só. 
→ Subluxação: Na 
Subluxação, o trauma dos 
tecidos de sustentação faz com 
que haja um trauma maior, e 
que haja ruptura das fibras do ligamento, há um 
afrouxamento anormal, há uma mobilidade, com 
sangramento no sulco gengival (na concussão não 
houve sangramento e não houve mobilidade, aqui já 
há). Então, tem mobilidade, tem mobilidade, mas não 
há deslocamento aparente. TEM SANGRAMENTO, 
TEM MOBILIDADE, MAS O DESLOCAMENTO NÃO É 
APARENTE. Repetiu 30x. Observar. Orientação de 
repouso. E muita limpeza. Se é criança, que tipo de 
repouso esse paciente tem que fazer? Mamadeira, 
chupeta, dedo na boca... Cuidar nesse repouso, pelo 
menos 1 semana. A prof disse que ela já chuta o pau 
da barraca e dá 21 dias de repouso, porque a chupeta, 
mamadeira, paninho prejudicam muito a regeneração 
do tecido periodontal. Amolecer comida, repouso 
bucal. Fazer acompanhamento clínico e radiográfico. 
Se não houver lesão, se não houver fratura, não há 
necessidade de intervenção endodôntica – 
acompanha 
→ Luxação lateral: 
Assim como outros tipos de 
luxação, ele saiu do lugar. O que 
você vai fazer? Reposicionamento 
com contenção flexível ou semi-
rígida no terço médio da face 
vestibular. 14 – 21 dias de 
estabilidade, mantendo integridade e limpeza. Por 
que tem que lembrar sempre o paciente de manter a 
área limpa? Houve deslocamento, existe um espaço 
no sulco gengival, se ficar sujo vai ficar entrando 
bactéria, vai ficar entrando microrganismos naquele 
sulco gengival e vai contaminar lá dentro. Então, a 
chance de não dar certo é muito maior quando o 
paciente não consegue manter a limpeza. Quando 
você for fazer a contenção, quantos dentes de suporte 
você coloca na contenção? Você vai colocar o dente 
fixado em que? Vai firmar onde? Quantos dentes 
para o lado você vai por? De1 a 2. Se tiver bem firme, 
pode colocar um só. Porque as vezes o paciente não 
tem o dente do lado, está em dentição mista e ele já 
perdeu o dente do lado. Então, se o dente do lado 
estiver mole, você joga pro segundo dente da frente 
ou se não tiver 2 dentes. Agora, o reposicionamento 
na dentição decídua tem que ser muito minucioso, 
muito delicado e muito bem indicado para não 
deslocar dente permanente. Então, o dente tem 
mobilidade, sofreu luxação, seja ela intrusiva, 
extrusiva, lateral, o reposicionamento só é feito 
quando, radiograficamente, você consegue ter 
absoluta certeza da distancia do permanente. Quando 
a gente tem absoluta certeza da distância do 
permanente, em que o reposicionamento é seguro, 
dentição mista, aquela que você tira raio-x e a 
dentição parece uma alcachofra, quando você tem 
essa segurança? Sinceridade? Nunca. Então, você 
olhou, paciente jovenzinho, você pode até tentar 
restabelecer e reposicionar, porque o permanente 
realmente está longe, agora está em fase de dentição 
decídua, o dente está muito próximo da substituição, 
não há reposicionamento, não vai reposicionar. Ficou 
mole, tira 
→ Luxação 
extrusiva: 
- Mesma coisa na 
luxação extrusiva, 
deslocamento do 
dente no sentido 
axial, com saída 
parcial do alvéolo. Tratamento imediato, o que você 
faz na hora? Você vai fazer a redução da luxação e 
contenção. Você vai colocar de volta no lugar e fazer 
a contenção permanente. E o tratamento mediato, ao 
longo dos dias, se ainda assim apresentar mobilidade, 
você vai substituir a contenção e fazer o desgaste do 
deslocamento se necessário. Decíduos – não fazer o 
reposicionamento. Na extrusiva não se faz 
reposicionamento em dentes decíduos por causa do 
coágulo. O coágulo firme e duro, o que acontece se a 
gente tentar empurrar ele para dentro? A gente vai 
deslocar o dente permanente. LUXAÇÃO EXTRUSIVA 
DE DENTE DECÍDUO NÃO SE FAZ 
REPOSICIONAMENTO. No geral, luxações nenhuma 
são reposicionadas em dentes decíduos. Nem a 
extrusiva, nem a lateral e nem a intrusiv 
→ Luxação 
intrusiva: 
- O que é uma 
luxação intrusiva? 
Deslocamento do 
dente para dentro do 
alvéolo. Aquele que o 
abençoado bateu na cabeça do coleguinha no pula-
pula. Intruiu. O que é feito? Na dentição permanente, 
pode reposicionar se a mobilidade permitir, faz a 
compressão e reduz-se a fratura do osso alveolar. 
Reposiciona e coloca bonitinho. A intrusiva está para 
dentro. Agora, quando isso acontece na dentição 
decídua, é uma luxação, a gente reposiciona? A gente 
não reposiciona luxação em dentição decídua por 
causa do risco de deslocar o permanente. Agora a 
luxação é intrusiva, quem deslocou o permanente foi 
a intrusão, não você, por quê a gente não 
reposiciona? Nem tudo no mundo infantil é 
complicado. Você não reposiciona porque não há 
necessidade. Luxação intrusiva quase que sempre em 
100% dos casos, o dente re-erupciona. Agora, ainda 
assim, se houve luxação intrusiva, o germe do 
permanente pode ter sido, independente dele re-
erupcionar, deslocado ou ter sofrido laceração, e ai 
você reza e faz acompanhamento radiográfico e 
espera a troca para você ver o que aconteceu 
realmente. Essa re-erupção passiva pode iniciar-se em 
15 a 30 dias depois. Então, por mais que não seja na 
hora, pode ser 30 dias depois o inicio dessa re-
erupção passiva. Ela pode acontecer com uma certa 
diferença de tempo, não é imediato que ele começa 
re-erupcionar. 
→ Avulsão: 
Avulsão é aquele 
deslocamento total do 
dente para fora do 
alvéolo. Faz-se 
reimplante na 
dentição decídua? 
Casos muito específicos. Casos de deslocamento 
mediato (juro que no áudio entendi mediato, mas ao 
meu ver seria imediato, mas não sei) queo paciente é 
susceptível ao tratamento, colabora, houve pouco 
tempo do trauma decorrido, mas muito pouco tempo, 
se você achar que tem um coágulo, nem tenta. Se 
não, a hora que você vai reposicionar, o coagulo 
desloca o permanente. Mas, em geral, dentição 
decídua não se faz reimplante. Na dentição 
permanente também, principalmente se for dente 
jovem. Ai quanto mais jovem o dente, mais sucesso de 
reimplante existe, mais chance de dar certo. (Gente, 
ela tá louca, acho que em permanente faz reimplante 
sim). No caso da exo, não deu, caiu o dente, não vai 
dar para colocar. O que a gente tem que fazer? 
Tratamento imediato – sutura. Tratamento mediato – 
mantenedor de espaço. Crianças menores de 3 anos, a 
contenção do mantenedor de espaço é muito 
complicada pela dificuldade de moldagem. Só que 
hoje em dia a gente tem os adventos dos moldes em 
3D, a dificuldade é que tem que acompanhar o 
crescimento da criança. Então, se for presilhar, se for 
grampo ortodôntico, tem que estar trocando toda 
hora. Se você for usar um complicado de refazer. 
REPERCUSSÕES PARA A 
DENTIÇÃO DECÍDUA 
H) Repercussões nos germes dos 
permanentes. 
Vamos as repercussões. Dependendo da força, a 
dentição decídua depende da força e do tipo de 
trauma e da idade da criança. O que acontece na 
dentição decídua pós-trauma? A gente pode ter 
hiperemia pulpar, que deixa o dente róseo na hora e 
uma repercussão tardia seria a necrose pulpar, aquele 
escurecimento que fica na coroa. Tratamentos nesses 
casos: se não há sintomatologia, você vai fazer 
acompanhamento radiográfico. Sem sintomatologia, 
você vai acompanhar para ver se há lesão, e também, 
a distância do permanente. Se o permanente está 
próximo de chegar, você radiografou, tem lesão, o 
permanente está próximo, o que você vai fazer? Fazer 
canal? Exo. O dente está próximo, não tem nem 
necessidade de mantenedor. Então, o que vai 
determinar o tipo de tratamento e o tipo de 
repercussão, vai ser sempre, nos casos de dentição 
decídua, a distância do permanente. Então, 
radiografia para tudo. Dente está longe, permanente 
está longe, está lá perto do nariz. Ai fez o raio-x, está 
com lesão, deslocamento, houve necrose, está com 
fístula, o que faz? Tratamento endodôntico. 
I) Traumatismo ao osso, à gengiva ou 
mucosa oral. 
Quando o traumatismo é tão grande que há trauma 
de osso, gengiva, mucosa e afins, em dentição 
decídua, você reza para o trauma não ter levado os 
permanentes que estão lá dentro junto. Mas pode 
ser uma fratura combinativa de alvéolo, de parede de 
alvéolo, fratura de processo alveolar exclusivamente, 
até fratura de mandíbula e maxila. Nesses casos, 
internação hospitalar, atendimento pelo bucomaxilo 
para reestabelecer a estrutura óssea, se o buco achar 
necessário reposicionamento dental ou alguma 
interferência em relação a reposicionamento de 
dentes, ele vai te chamar, e chamam sim, não 
tenham dúvidas. O buco apesar de ser o ó do 
borogodó do super-homem, eles conhecem suas 
limitações, e quando você tem uma equipe bacana, 
eles são muito receptivos a atendimento e 
colaboração dos colegas. Na mucosa pode haver 
laceração, contusão e abrasão. Quando que você vai 
suturar? Quando não houver mais continuidade do 
tecido. Então, por mais que seja uma laceração, se 
houver continuidade tecidual, não há necessidade de 
sutura. Se há rompimento da continuidade de 
tecidual, sutura. 
ARTIGOS 
→ Traumatismo na dentição decídua – 
diagnóstico, prognóstico e 
acompanhamento de um caso 
- Na última década os traumatismos alvéolo-dentários 
têm sido reconhecidos como problemas de saúde 
pública. Os traumatismos da dentição decídua podem 
apresentar tanto perdas do elemento dentário 
decíduo quanto danos à dentição permanente. As 
crianças são mais susceptíveis aos 
traumatismos alvéolo-dentários, e os dentes mais 
afetados são os incisivos centrais superiores. Dessa 
forma, o objetivo deste estudo foi relatar um caso 
clínico de traumatismo dentário, onde um paciente do 
sexo masculino, 3 anos e 6 meses de idade, sofreu 
trauma dos incisivos centrais superiores decíduos. 
Sendo avaliados no momento do trauma, os dentes 
apresentaram leve mobilidade e sangramento 
marginal, havendo ainda edema e lacerações labiais. 
Foi estabelecido o acompanhamento clínico e 
radiográfico do caso e após nove meses de controle, 
apesar do escurecimento das coroas dentárias, o 
tratamento endodôntico foi descartado e o paciente 
continuará sendo acompanhado até que ocorra a 
exfoliação dos elementos dentários que sofreram 
traumatismo e o irrompimento dos respectivos 
sucessores permanentes possa ser observado. Por 
meio de um correto diagnóstico é possível manter o 
elemento dentário traumatizado na cavidade bucal, 
sem intervenções invasivas, facilitando a recuperação 
psíquica do paciente e dos pais após o trauma 
preservando os elementos dentários decíduos com 
sua função e estética únicas 
→ Traumatismo dentoalveolar na 
dentição decídua: 
- O atendimento a crianças com traumatismos na 
dentição decídua requer uma abordagem diferente 
daquela utilizada na dentição permanente, isso 
porque existe uma relação muito próxima entre o 
ápice do dente decíduo afetado pelo trauma e o 
germe do dente permanente sucessor. As possíveis 
repercussões sobre o dente permanente devem ser 
consideradas ao se realizar o tratamento imediato, de 
modo a evitar danos adicionais. Também precisam ser 
levadas em conta as prováveis sequelas tardias do 
trauma, tanto para a própria dentição decídua como 
para a permanente. Diante da importância do 
assunto, este capítulo procurou abordar tal tema de 
maneira ampla, desde a anamnese até os exames 
geral, intrabucal e radiográfico, com vistas a analisar 
integralmente o paciente. Além da classificação das 
lesões traumáticas nos tecidos dentários e de 
sustentação, enfatizam-se o diagnóstico, o tratamento 
indicado, o prognóstico e a proservação de cada 
situação clínica. Um tópico sobre lesão em tecido 
mole foi incluído, pois esta tem grande impacto para a 
criança e sua família e pode estar associada a outros 
tipos de traumatismos. Como a análise da situação 
vacinal da criança é sugerida, ante a existência de 
casos que exigem que a vacina antitetânica esteja na 
sua validade, acrescentou-se a recomendação do 
Ministério da Saúde quanto à imunização antitetânica. 
Há também um item sobre contenção, orientação aos 
pais e repercussões do trauma para os dentes 
decíduos e os permanentes sucessores. Ao final do 
capítulo, duas tabelas resumem o tratamento das 
lesões traumáticas em tecidos dentários e polpa e o 
tratamento das lesões em tecidos de sustentação na 
dentição decídua em situações de tratamento 
imediato e tardio. 
MANUAL 
→ CAPÍTULO 21: ABORDAGEM DO 
TRAUMATISMO DENTÁRIO 
- FRATURA INCOMPLETA DE 
ESMALTE 
* Definição: Fratura incompleta (trinca) do esmalte 
sem a perda de estrutura dentária. 
* Diagnóstico: Aparência normal anatômica e 
radiográfica; aparência de linhas típicas, 
especialmente com transiluminação. 
* Objetivo do tratamento: Manter a integridade 
estrutural e vitalidade pulpar. 
* Tratamento: De uma forma geral, não exigem 
tratamento. 
* Prognóstico geral: Complicações são incomuns. 
FRATURA CORONÁRIA – NÃO 
COMPLICADA 
* Definição: Fratura de esmalte ou esmalte-dentina 
que não envolve a polpa. 
* Diagnóstico: Achados clínicos e ou radiográficos 
revelam uma perda de estrutura dental confinada ao 
esmalte ou em esmalte e dentina. 
* Tratamento: Remoção das bordas cortantes e 
aplicação de verniz com flúor/ Restauração com CIV 
ou Resina Composta (dependendo do tamanho da 
fratura). 
* Objetivo do tratamento: Manter a vitalidade 
pulpar e restabelecer uma função e estética normais. 
Lábios, língua, gengiva lesionadas devem ser 
examinados em caso de haver fragmentos dentários. 
Para fraturas pequenas, margens rugosas e 
pontiagudas devem serpolidas. Para fraturas mais 
extensas, a estrutura dental perdida pode ser 
restaurada. 
* Prognóstico geral: O prognóstico de fraturas 
coronárias não complicadas depende primeiramente 
da lesão concomitante ao ligamento periodontal e 
secundariamente da extensão da dentina exposta. O 
tratamento ideal resulta na avaliação e cuidados 
imediatos. 
FRATURA CORONÁRIA – 
COMPLICADA 
* Definição: Fratura de esmalte-dentina com 
exposição pulpar. 
* Diagnóstico: Achados clínicos e ou radiográficos 
revelam perda de estrutura dentária com exposição 
pulpar. 
* Objetivo do tratamento: Manter a vitalidade 
pulpar e restabelecer função e estética normais. 
Lábios, língua, gengiva lesionadas devem ser 
examinados acerca de fragmentos dentais. 
→ Dentição decídua: Decisões freqüentemente são 
baseadas na expectativa de vida do dente decíduo 
traumatizado e vitalidade do tecido pulpar. 
Alternativas de tratamento pulpar são capeamento 
direto, pulpotomia, pulpectomia e extração. 
*Tratamento imediato: Se, radiograficamente, em 
crianças menores de 18 meses, constatarmos que a 
raiz não está inteiramente formada (ápice aberto): 
realizar pulpotomia com hidróxido de cálcio. No caso 
de ápice fechado: realizar pulpectomia. 
* Tratamento tardio: Ápice aberto ou fechado: 
realizar pulpectomia. 
→ Dentição permanente: Alternativas de 
tratamento pulpar são capeamento pulpar direto, 
pulpotomia parcial, e pulpectomia (início da terapia 
endodôntica radical). 
* Prognóstico geral: O prognóstico de fraturas 
coronárias parece depender primeiramente da injúria 
concomitante do ligamento periodontal. O tempo de 
exposição pulpar, extensão de dentina exposta e o 
estágio de desenvolvimento radicular no momento da 
injúria secundariamente comprometem o prognóstico 
do dente. Os melhores resultados são obtidos se 
ocorrer avaliação e cuidados imediatos ao trauma. 
FRATURA CORONO-RADICULARES 
(NÃO COMPLICADA E COMPLICADA) 
* Definição: Fratura de esmalte, dentina e cemento 
com ou sem exposição pulpar. 
* Diagnóstico: Achados clínicos normalmente 
revelam mobilidade do fragmento coronário aderido à 
gengiva com ou sem exposição pulpar. Achados 
radiográficos podem revelar uma linha obliqua 
radiolúcida que envolve a coroa e a raiz numa direção 
vertical na dentição decídua e numa direção 
normalmente perpendicular ao feixe central 
radiográfico, na dentição permanente. Não obstante a 
demonstração radiográfica ser frequentemente 
dificultada, fraturas radiculares podem ser 
diagnosticadas somente radiograficamente 
* Objetivo do tratamento: Manter a vitalidade 
pulpar e restabelecer uma função e estética normal. 
→ Dentição decídua: quando o dente decíduo não 
pode ou não deve ser restaurado, a estrutura dental 
inteira deve ser removida, a menos que a remoção de 
fragmentos apicais possam resultar na lesão do dente 
permanente. 
-Fratura corono-radicular não complicada: 
(esmalte+dentina+cemento): Se houver possibilidade, 
pulpectomia e restauração. Caso nos quais a parte 
fraturada está totalmente solta, podemos, 
primeiramente, fazer a colagem das partes e após 
realizar pulpectomia. 
-Fratura corono-radicular complicada: Se o 
remanescente for recuperável, podemos tentar a 
pulpectomia e restauração com resina. 
→ Dentição permanente: O objetivo da urgência de 
tratamento é estabilizar o fragmento coronário. 
Alternativas de tratamento definitivo são a remoção 
do fragmento coronário seguida pela restauração 
supragengival ou gengivectomia necessária, 
osteotomia, ou extrusão cirúrgica ou ortodôntica para 
preparar o procedimento de restauração. Se a polpa 
estiver exposta, alternativas de tratamento pulpar são 
capeamento pulpar, pulpotomia, e tratamento 
endodôntico. 
* Prognóstico geral: Apesar do tratamento das 
fraturas corono-radiculares ser complexo e 
trabalhoso, a maioria dos dentes permanentes 
fraturados podem ser salvos. Fraturas que se 
estendem significativamente abaixo da margem 
gengival podem não ser restauráveis. 
FRATURA RADICULAR 
* Definição: Fratura de dentina e cemento 
envolvendo a polpa. 
* Diagnóstico: Achados clínicos revelam uma 
mobilidade do fragmento coronário aderido à gengiva 
que pode ser deslocado. Achados radiográficos 
podem revelar uma ou mais linhas radiolúcidas que 
separam os fragmentos dentais em fraturas 
horizontais. Exposições múltiplas radiográficas sob 
diferentes angulações podem ser necessárias para 
diagnóstico. A imagem de uma fratura radicular de um 
dente decíduo pode apresentar-se sobreposta à 
imagem do dente permanente sucessor, dificultando 
a sua visualização 
* Objetivos do tratamento: Reposicionar o mais 
breve possível e estabilizar o fragmento coronário em 
sua correta posição anatômica, para melhorar a 
cicatrização do ligamento periodontal e irrigação 
neurovascular, enquanto manter a integridade 
funcional e estética 
→ Dentição decídua: Alternativas de tratamento 
incluem a extração do fragmento coronário (sem 
insistir na remoção do fragmento apical) ou 
observação. 
* Tratamento imediato: Quando da fratura do terço 
apical ou do terço médio, fazer contensão rígida por 4 
a 6 meses. Nas fraturas no terço gengival, recomenda-
se a exodontia. 
* Tratamento tardio: Quando for constatada pouca 
mobilidade, contensão rígida por 4 a 6 meses. Quando 
o dente apresentar grande mobilidade, a exodontia, é 
o tratamento de escolha. 
Obs: Fraturas radiculares verticais: exodontia. 
→ Dentição permanente: Reposicionar e estabilizar 
o fragmento coronário 
* Prognóstico geral: Necrose pulpar em dentes com 
fraturas radiculares (25%) são atribuídas ao 
deslocamento do fragmento coronário e completo 
desenvolvimento radicular12. Nos dentes 
permanentes, a localização da fratura radicular não 
tem sido apresentada de forma a comprometer a 
sobrevivência pulpar após a lesão. Desta forma, 
fraturas radiculares tanto no terço cervical do dente 
ou apical podem ser tratadas com sucesso por meio 
da estabilização do fragmento reposicionado. 
CONCUSSÃO 
* Definição: Lesão nas estruturas de suporte dental 
sem perda anormal ou deslocamento do dente. 
* Diagnóstico: Em função de que o ligamento 
periodontal absorve a lesão e está inflamado, achados 
clínicos revelam uma sensibilidade à pressão e 
percussão, sem mobilidade, deslocamento ou 
sangramento no sulco. Anormalidades radiográficas 
não são esperadas 
* Objetivos do tratamento: Melhorar a cicatrização 
do ligamento periodontal e manutenção de vitalidade 
pulpar 
* Tratamento: Apenas observação. 
* Prognóstico geral: Para dentição decídua, a 
menos que haja uma infecção associada, nenhuma 
terapia pulpar está indicada. Embora exista um risco 
mínimo para necrose pulpar, dentes permanentes 
maduros com ápices fechados podem sofrer necrose 
pulpar devido às lesões associadas aos vasos 
sanguíneos no ápice, e desta forma, devem ser 
acompanhados cuidadosamente. 
SUBLUXAÇÃO 
* Definição: Lesão nas estruturas de suporte dental 
com perda anormal, mas sem deslocamento dental 
* Diagnóstico: Em função de que o ligamento 
periodontal tende a absorver a lesão, achados clínicos 
revelam uma mobilidade dental sem deslocamento 
que poderia ou não apresentar sangramento no sulco. 
Anormalidades radiográficas não são esperadas 
* Objetivos do tratamento: Melhorar a cicatrização 
do ligamento periodontal e irrigação Neurovascular 
→ Dentição decídua: o dente deve ser monitorado 
para avaliar o surgimento de alguma patologia. Se o 
dente apresentar mobilidade, contensão semi-rígida 
por 15 a 20 dias. 
→ Dentição permanente: estabilizar o dente e 
aliviar qualquer interferência interoclusal. Para 
conforto, uma contensão flexível pode ser utilizada. 
Imobilizar não mais do que por duas semanas. 
* Prognóstico geral: Prognóstico normalmente é 
favorável. O dente decíduo deve retornar a condição 
normal dentro de duas semanas. Os dentes maduros 
permanentes com ápices fechados podem sofrer 
necrosepulpar devido à associação de lesões aos 
vasos sanguíneos no ápice e, desta forma, devem ser 
acompanhados cuidadosamente. 
LUXACÃO LATERAL 
* Definição: Deslocamento do dente em uma direção 
outra que axial. O ligamento periodontal é rompido 
(deformado) e ocorre contusão ou fratura do tecido 
ósseo alveolar de suporte. 
* Diagnóstico: Achados clínicos revelam que o dente 
é deslocado lateralmente (com a coroa normalmente 
na direção palatina ou lingual) e pode estar preso 
firmemente dentro desta nova posição. O dente 
normalmente não apresenta mobilidade ou 
sensibilidade ao toque. Achados radiográficos revelam 
um aumento no espaço do ligamento periodontal e 
deslocamento do ápice em direção ou através da 
tabua óssea vestibular. 
* Objetivos do tratamento: 
→ Dentição decídua: permitir reposicionamento 
passivo ou reposição de forma ativa e imobilizar por 1 
a 2 semanas como indicado para permitir cicatrização, 
exceto quando a lesão for grave ou o dente encontra-
se perto da esfoliação. A contenção por 30 a 45 dias 
também é recomendado por alguns autores 
* Tratamento tardio: Exodontia. 
→ Dentição permanente: reposicionar o mais breve 
possível e, após, estabilizar o dente em sua posição 
anatômica correta para melhorar a cicatrização do 
ligamento periodontal e irrigação neurovascular, 
enquanto mantém a integridade estética e funcional. 
O reposicionamento do dente é realizado com uma 
pequena força e pressão digital. O dente pode 
necessitar ser extruído se encontrar-se preso 
(aderido) apicalmente na tábua cortical óssea. 
Contensão adicional por 2-4 semanas pode ser 
necessário com rompimento do tecido ósseo 
marginal. 
* Prognóstico geral: Dentes decíduos que 
necessitem de reposicionamento apresentam um 
maior risco de desenvolvimento de necrose pulpar 
comparado a dentes que são mantidos para um 
reposicionamento espontâneo. Nos dentes 
permanentes maduros, com ápices fechados, existe 
um risco considerável para necrose pulpar e 
reabsorção progressiva radicular. 
LUXAÇÃO INTRUSIVA 
* Definição: Deslocamento apical do dente para o 
interior do osso alveolar. O dente é conduzido dentro 
do alvéolo, comprimindo o ligamento periodontal e 
normalmente causa uma fratura do alvéolo 
* Diagnóstico: Achados clínicos revelam que o dente 
parece estar encurtado em suas dimensões ou, em 
casos severos, pode apresentar-se ausente. O ápice 
do dente normalmente encontra-se deslocado em 
direção vestibular, através da tabua óssea vestibular 
nos dentes decíduos e introduzido para o interior do 
processo alveolar nos dentes permanentes. O dente 
não apresenta mobilidade ou sensibilidade ao toque. 
Achados radiográficos revelam que o dente aparece 
deslocado apicalmente e o espaço do ligamento 
periodontal não se encontra de forma contínua. 
Determinação da relação de um dente decíduo 
intruído com o folículo do dente sucessor é 
fundamental. Se o ápice estiver deslocado em direção 
vestibular, a ponta apical pode ser visualizada 
radiograficamente e o dente aparece de forma 
alongada. Uma radiografia extra-oral também pode 
ser utilizada para detectar-se deslocamento de ápice 
em direção ou dentro da tabua óssea vestibular. Um 
dente permanente jovem intruído pode mimetizar um 
dente em erupção. 
* Objetivos do tratamento: 
→ Dentição decídua: permitir re-erupção 
espontânea exceto quando deslocado para a posição 
do germe do sucessor em desenvolvimento. Está 
indicada a extração quando o ápice estiver deslocado 
para dentro do germe do dente permanente. 
* Tratamento imediato e tardio: Tratamento 
expectante. Suturar lacerações de tecido mole. Em 
ambos os tipos de tratamento: 
- Se durante a fase de reirrupção, surgir inflamação 
aguda ao redor do dente, o dente deve ser extraído. 
- O dente deve re-irrupcionar em um período de 2 a 6 
meses. Após esta espera, se o dente não estiver em 
posição, a exodontia é indicada. 
Obs: Nos casos de intrusões, a radiografia lateral de 
nariz é muito importante, pois mostra a direção 
radicular do dente intruído. Quando for constatada a 
direção lingual do dente intruído, isto é, em direção 
ao germe do dente sucessor permanente, o dente 
decíduo deve ser extraído. 
→ Dentição permanente: reposicionar de forma 
passiva ou ativa e estabilizar o dente em sua correta 
posição anatômica para otimizar a cicatrização do 
ligamento periodontal e irrigação neurovascular 
enquanto manter a integridade estética e funcional. 
Nos dentes com formação radicular imatura 
(incompleta), o objetivo é permitir erupção 
espontânea. Em dentes maduros, o objetivo é a 
reposição do dente com extrusão ortodôntica ou 
cirúrgica e iniciar tratamento endodôntico dentro das 
primeiras 3 semanas da ocorrência do trauma. 
* Prognóstico geral: Na dentição decídua, 90% dos 
dentes intruídos irão re-irrupcionar espontaneamente 
em 2 a 6 meses. Mesmo nos casos de intrusão 
completa e deslocamento dos dentes decíduos 
através da tabua óssea vestibular, um estudo 
retrospectivo apresentou a re-irrupção e 
sobrevivência da maioria dos dentes por mais do que 
36 meses. Anquilose pode ocorrer, no entanto, se o 
ligamento periodontal do dente afetado foi lesionado 
de forma grave, pode haver retardo ou alteração da 
irrupção do dente sucessor permanente. Nos dentes 
permanentes maduros com ápices fechados, existe 
um risco considerável para necrose pulpar e 
reabsorção radicular progressiva. 
LUXAÇÃO EXTRUSIVA 
* Definição: Deslocamento parcial do dente 
axialmente em relação ao alvéolo. O ligamento 
periodontal normalmente apresenta-se deformado. 
* Diagnóstico: Achados clínicos revelam que o dente 
aparece de uma forma alongada e encontra-se com 
mobilidade. Achados radiográficos revelam um 
aumento do espaço do ligamento periodontal na 
região apical. 
* Objetivos do tratamento: 
→ Dentição decídua: reposicionar e permitir 
cicatrização, exceto quando existem indicações para 
uma extração (por exemplo, a lesão é grave ou o 
dente encontra-se perto de sua esfoliação). Se a 
decisão de tratamento for o reposicionamento e 
estabilização, imobilizar por 1 a 2 semanas. 
* Tratamento imediato: Reposição do dente em 
posição normal, contensão semi-rígida por 30 a 45 
dias. 
* Tratamento tardio: Exodontia 
→ Dentição permanente: reposicionar o mais breve 
possível e após estabilizar o dente em sua posição 
correta anatômica para otimizar a cicatrização do 
ligamento periodontal e irrigação neurovascular, 
enquanto mantém a integridade estética e funcional. 
Reposicionamento pode ser realizado com uma 
pressão apical lenta e firme para gradativamente 
deslocar o coágulo formado entre o ápice da raiz e o 
assoalho do alvéolo. Imobilizar por até 3 semanas. 
* Prognóstico geral: Existe ausência de estudos 
clínicos que analisem o reposicionamento de 
dentes decíduos extruídos com monitoramento 
criterioso. 
AVULSÃO 
* Definição: Deslocamento completo do dente para 
fora do alvéolo. O ligamento periodontal é rompido e 
fratura do alvéolo pode ocorrer. 
* Diagnóstico: Achados clínicos e radiográficos 
revelam que o dente não se encontra no alvéolo ou o 
dente já foi re-implantado. A avaliação radiográfica irá 
confirmar se o dente não encontrado encontra-se 
intruído. 
* Objetivos do tratamento: 
→ Dentição decídua: prevenir futuras lesões sobre 
o dente sucessor em desenvolvimento. 
- Dentes decíduos avulsionados não devem ser 
reimplantados em função de seu potencial para danos 
subseqüentes aos germes do dente permanente em 
desenvolvimento, e necrose pulpar é um evento 
frequente. 
→ Dentição permanente: reimplantar o mais breve 
possível e apos estabilizar o dente reimplantado em 
sua posição anatômica correta para otimizar a 
cicatrização do ligamento periodontal e irrigação 
neurovascular, enquanto mantém a integridade 
estética e funcional 
* Prognóstico geral: Prognóstico sobre a dentição 
permanente está primeiramente dependente do 
desenvolvimentoradicular e do tempo de 
desidratação extra-oral. O dente apresenta o melhor 
prognóstico se reimplantado imediatamente. Se o 
dente não pode ser reimplantado dentro de 5 
minutos, ele deve ser mantido em um meio que irá 
auxiliar a manter a vitalidade das fibras do ligamento 
periodontal. Meio de transporte para dentes 
avulsionados incluem (na ordem de preferência): 
Viaspan, solução salina balanceada de Hank (meio de 
cultura tecidual), leite frio, saliva (com o dente 
mantido no fundo do sulco vestibular), solução salina 
fisiológica (soro fisiológico), ou água. O risco de 
anquilose aumenta significativamente com um tempo 
de desidratação extra-oral de 15 minutos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TABELAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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