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Metabolismo da Galactose

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Metabolismo da Galactose 
A lactose é digerida, gerando glicose e galactose. O principal alimento que contém galactose é o leite, por isso. 
CARBOIDRATOS DA DIETA 
• POLISSACARÍDEOS: amido em massas; glicogênio na carne 
• DISSACARÍDEOS: sacarose em açúcar e frutas; maltose; lactose em leite; trealose 
• MONOSSACARÍDEOS: glicose; frutose e galactose 
Leite (lactose) sofre ação da lactase. Em seguida a glicose + galactose entram no enterócito através do transporte 
secundário de sódio pelo SGLT1 no intestino por difusão facilitada sai pela GLUT2 e vai para o fígado através do GLUT2. 
"A galactose é suprida na dieta a partir de derivados do leite que contêm o dissacarídeo lactose. A digestão da lactose 
produz glicose e galactose, ambas transportadas através da veia porta hepática diretamente para o fígado." 
 
COMO A GALACTOSE É METABOLIZADA INTRACELULARMENTE 
A galactose ao ser absorvida pelo hepatócito precisa ser convertida em um 
intermediário da via glicolítica, a glicose-6-fosfato. 
Não existe uma via catabólica específica para o metabolismo da galactose 
Enzimas Envolvidas: 
• Galactoquinase (GALK) 
• Galactose-1-fosfato-uridiltransferase (GALT) 
• UDP-galactose-4-epimerase (GALE) 
• Fosfoglicomutase 
Primeira enzima que vai catalisar a galactose em galactose 1P → 
galactoquinase (GALK) 
Galactose 1P em UDP-galactose → GALT – transferase 
UDP galactose em UDP glicose → GALE 
Glicose 1 P em glicose 6 P → Fosfoglicomutase 
 
A glicose pela acao da Galactoquinase gera a galactose 1 P pois teve uma dição de um grupamento fosfato no carbono 
1, com o gasto de uma molécula de ATP. 
Uma das vias alternativas é a da aldose redutase, no qual a galactose em excesso sofre catalise dessa enzima e forma 
galactitol → responsável pela catarata em bebês 
Outra via é a ação da galactose-desidrogenase gerando galactonato, que acumulado 
 
 
QUESTÕES NORTEADORAS 
1. Em qual intermediário da via glicolítica, a galactose deve ser convertida para entrar nessa via de 
transformação de energia? 
Glicose-6-fosfato 
2. Quais as principais enzimas envolvidas no metabolismo da galactose? Quais suas respectivas funções? 
GALT, GALE E GALK. 
3. Quais as consequências de uma hipergalactosemia? 
 
 
 
 
 
Galactosemia 
• Erro inato do metabolismo; 
• Doença autossômica recessiva; 
• Incidência no Brasil: 1 em 20.000 
(Camelo S. 2015) 
• Caracterizada por ausência ou 
deficiência nas 3 enzimas 
envolvidas na conversão da 
galactose em glicose; 
 
Existem 3 tipos de galactosemia, o que diferencia é a ausência da enzima específica; A gravidade depende do tipo da 
enzima envolvida. 
 
• Tipo I: forma mais comum e grave. Deficiência da GALT (que converte galactose-1-fosfato em UDP-galactose) 
→ leva ao acúmulo de galactose-1-fosfato. A deficiência completa da atividade de GALT é conhecida como 
“galactosemia clássica”; 
 
 
 
• Tipo II: deficiência na GALK (galactoquinase) leva ao acúmulo direto de galactose que pode tomar vias 
alternativas. Pode ser convertida a galactitol (↑ toxicidade) ou galactonato. Principal característica: problemas 
oculares (catarata); 
 
 
 
• Tipo III: deficiência de GALE → (UDP galactose epimerase) rara – forma benigna: assintomática (enzimas 
deficientes apenas nos eritrócitos, descoberta casual em teste neonatal); forma severa: sintomas idênticos ao 
tipo clássico (enzimas deficientes nos eritrócitos e fibroblastos), que aparecem no decorrer da doença. 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
• Intolerância alimentar ( recusa alimentar, vômito, diarreia) 
• Baixo ganho de peso 
• Deficiência de desenvolvimento 
• Hipoglicemia (letargia) 
• Alterações hepatocelular (icterícia, hepatomegalia, coagulopatia) 
• Ascite 
• Anemia hemolítica 
• Catarata 
• Encefalopatia (edema cerebral, hipotonia) 
• Acidose metabólica 
• Disfunção tubular renal ( Síndrome de Fanconi) 
• Sepse neonatal fulminante por Escherichia coli é frequente. 
• Muitos pacientes vão ao óbito sem diagnóstico ou são diagnosticados tardiamente com danos 
• Galactosúria 
• Albuminúria 
• Glicosúria 
• Fosfatúria 
• Aminoacidúria 
• Hipofosfatemia 
• Função hepática alterada ( AST, ALT, fatores de coagulação) 
• Hiperbilirrubinemia 
• Anemia hemolítica 
 
DIAGNÓSTICO 
• Triagem Neonatal: o exame deve ser feito a partir de 72h do nascimento. 
• Exame de urina → criança com galactosemia excreta altos 
níveis de galactose através da urina (galactosúria) 
• Avaliar a atividade enzimática da GALT e GALK 
• Diagnóstico clínico feito pelo médico a partir dos sintomas. 
 
TRATAMENTO 
• Suspensão do aleitamento materno. 
• Dieta de exclusão total dos alimentos que contenham galactose/lactose 
• Reposição de cálcio 
• Diagnóstico e tratamento tardio causam sequelas (cirrose hepática) 
• Ausência de tratamento, causa a morte da criança, devido à falência progressiva do fígado. 
 
 
CASO CLÍNICO 
Recém-nascida, feminino, raça caucasiana, 20 dias, mãe de 26 anos, saudável. Sem consanguinidade. Sem outros 
antecedentes familiares relevantes. Gestação de termo. Apgar 10/10. Deu entrada na Pronto socorro infantil, 
apresentando vômitos, letargia, sem febre. Pediatra após exame clínico, observou discreta hepatomegalia, pouco 
ganho de peso, desenvolvimento deficiente. Os exames laboratoriais apresentaram os seguintes resultados: 
Glicose (50-80 mg/dL) 42mg/dL 
BT ( <1,2mg/dL) 20,61 
BD ( <0,6mg/dL) 2,85 
ou AST: TGO ( 25-75U/L) 80 
ou ALT: TGP (13-45U/L) 148 
Diante do quadro, o pediatra suspeitou de tratar-se de uma doença metabólica hereditária, provavelmente 
no metabolismo de carboidrato, foi iniciada dieta com uso exclusivo de fórmula de aminoácidos e glicose, isenta de 
outros carboidratos. 
1. Qual o provável diagnóstico? 
Galactosemia Clássica 
2. Qual via metabólica está alterada? 
Degradação da Galactose de Leloir 
 
Estamos tendo lesão hepática

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