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Saúde Coletiva II PROCESSAMENTO DE ARTIGOS Críticos Materiais usados em procedimentos de alto risco para o desenvolvimento de infecções ou que penetram em tecido conjuntivo ou ósseo. Ex: sindesmótomo. Semicríticos Materiais que entram em contato com as membranas mucosas íntegras e pele não-íntegra. Ex.: espelhos clínicos. Não-críticos Materiais usados em procedimentos de baixíssimo risco de desenvolvimento de infecção associada ou que entram em contato apenas com pele íntegra. Ex.: placas de vidro, potes dappen. Fluxo do processamento dos artigos 1. Artigo sujo 2. Exposição ao agente de limpeza 3. Enxague 4. Secagem 5. Barreira física (guichê ou similar) 6. Inspeção visual 7. Preparo e embalagem 8. Desinfecção/esterilização 9. Armazenamento Limpeza de artigos É a remoção da sujidade – reduzir a carga microbiana, a matéria orgânica e os contaminantes da natureza inorgânica, com os objetivos de: Garantir o processo de desinfecção e esterilização Manutenção da via útil do artigo Deve ser realizada em todo artigo exposto ao campo operatório Tipos de limpeza Limpeza manual: ▪ Escovas de cerdas macias e cabos longos ▪ Escova de aço para brocas ▪ Escova para limpeza de lúmen ▪ Pia com cuba profunda específica para este fim e preferencialmente com torneira com jato direcionável ▪ Detergente e água corrente Limpeza mecânica Procedimento automatizado para remoção da sujidade por meio de lavadoras com jatos de água ou lavadoras com ultrassom de baixa frequência que operam em diferentes condições de temperatura e tempo. Esse tipo de limpeza diminui a exposição dos profissionais aos riscos ocupacionais de origem biológica, especialmente, aos vírus da hepatite e HIV. Enxague A qualidade da água tem relação com a durabilidade do instrumental, sendo recomendado que o último enxague seja feito com água livre de metais pesados Inspeção visual Os artigos sujeitos à corrosão deverão, após a limpeza, ser imersos na solução pelo tempo recomendado pelo fabricante, secados e embalados para serem esterilizados. A corrosão poderá ser removida, desde que não comprometa a utilização do artigo, pela utilização de soluções ácidas preaquecidas seguindo as orientações do fabricante. Não devem ser utilizados produtos e objetos abrasivos. Desinfecção Empacotamento/seleção de embalagens ✓ A embalagem deve permitir a penetração do agente esterilizante e proteger os artigos de modo a assegurar a esterilidade até a sua abertura. ✓ O fechamento do papel grau cirúrgico e filme plástico ou do nylon deve promover o selamento hermético da embalagem e garantir sua integridade. ✓ A faixa de selagem deve ser ampla, preferencialmente, de 1cm ou reforçada por duas ou três faixas menores. Recomenda-se promover o selamento deixando uma borda de 3cm, o que facilitará a abertura asséptica do pacote. Esterilização dos artigos o É o processo que visa destruir ou eliminar todas as formas de vida microbiana presentes, por meio de processos físicos ou químicos o Pode ser físico (autoclave) ou químico (produtos) Processo físico Vapor saturado sob pressão: • Temperatura – pressão – umidade • Termocoagulação e a desnaturação das proteínas da estrutura genética celular Esterilização a vapor saturados de alta pressão 1. O ciclo é programado para um tempo e temperatura específicos, baseado no tipo de autoclave e no tipo de carga 2. O ciclo é dividido em duas fases: remoção do ar e esterilização. Embora possa ser programado uma fase de secagem, esta fase não está incluída no ciclo “flash”. 3. Os materiais em geral são esterilizados sem invólucros. Assume-se que sempre estarão úmidos após o processo de esterilização. Devem, portanto, ser utilizados imediatamente. Os padrões de tempo, temperatura e pressão para esterilização varia de acordo com o aparelho: 121°C a 127°C por 15 a 30 minutos 132°C a 134°C por 4 a 7 minutos IMPORTANTE: ▪ O material embalado deve ser colocado na câmera da autoclave desligada, não ultrapassando 2/3 de sua capacidade total e sem encostar-se às laterais ▪ Atualmente, a estufa (calor seco) é recomendada apenas para óleos e pós na área médica e para alguns tipos de brocas e alicates ortodônticos na odontologia Processo químico o Ácido peracético a 0,2% (desnatura as proteínas, altera a permeabilidade da parede celular, oxida as ligações de sulfidril e sulfúricas em proteínas) o Deve ser utilizada quando não houver outro recurso Armazenamento de artigos esterilizados ➢ Deve ser em locais exclusivos, armários fechados, protegidos de poeira, umidade e insetos. ➢ Distância mínima de 20cm do chão, 50cm do teto e 5cm da parede Monitoramento da esterilização Físico (temperatura, pressão e temperatura) Químico (mudança de cor, temperatura, tempo e valor saturado) Utilizados tiras de papel impregnadas por esporos bacterianos do gênero Bacillus, de bactérias termofílicas formadoras de esporos, capazes de crescer em temperaturas nas quais as proteínas são desnaturadas Os pacotes contendo os indicadores devem ser colocados em locais onde o agente esterilizante chega com maior dificuldade, como próximo à porta, junto ao dreno e no meio da câmera. Tal procedimento deve ser realizado semanalmente. Indicadores 1) Indicador de processo – classe I (fitas adesivas brancas que se tornam pretas após a esterilização) 2) Teste Bowie e Dick – classe II (específico para detectar a presença do ar residual no interior de autoclaves) 3) Indicador de parâmetro simples - classe III (responde a um único parâmetro: temperatura – não é indicado nos dias de hoje) 4) Indicador multiparamétrico – classe IV (tiras de papel impregnadas por tinta termoquímica que muda de cor como as fitas adesivas. Devem ser colocadas no interior dos pacotes) 5) Indicador integrador – classe V (reagem a todos os parâmetros críticos do processo de esterilização a vapor) 6) Emuladores – Classe VI (verifica ciclos designados pra reagir a todos os parâmetros da esterilização quando 95% do ciclo estiver concluído) Biológico (se ater à data de esterilização, lote, validade e equipamento usado)
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