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Mikaelle Mendes - Medicina - 7º período Infecções Osteoarticulares Ortopedia Conceitos: Ossos Longos → esses ossos possuem o eixo longitudinal > transversal e uma barra com duas extremidades distintas - a maioria dos ossos dos membros são longos, embora não aparentem (os ossos dos dedos das mãos são longos, mas pequenos). o Diáfise e epífise: o eixo longitudinal é formado pela diáfise, que possui dilatações nas extremidades chamadas de epífises, recobertas por cartilagem hialina. Entre a diáfise e a epífise de um osso longo há uma linha epifisária (placa de crescimento), que é composta por cartilagem hialina. o Vasos sanguíneos: pelo grande tamanho, possui uma artéria e veia nutrícias, que penetram o osso por um forame nutrício para abastecer a medula óssea e a substância esponjosa. o Cavidade medular: o interior das diáfises de ossos longos apresenta uma cavidade medular, onde estará presente a medula óssea amarela (que pode se espalhar para as trabéculas do tecido esponjoso. Osteomielite: A osteomielite é definida como uma inflamação do osso causada por um agente infeccioso (podendo ou não ser poligênica), que compromete a cortical, a esponjosa e o canal medular. É considerada uma emergência e o tratamento deve ser hospitalar (risco de sequelas graves e até irreversíveis). º Classificação: • Tipos ➛ aguda, subaguda ou crônica • Mecanismo de infecção ➛ infecção direta (fratura exposta ou cirurgia), contiguidade (exógeno - foco infeccioso próximo) ou hematogênico; Ä Osteomielite Hematogênica Aguda: A osteomielite hematogênica aguda é o tipo mais comum de infecção óssea e normalmente é vista com maior frequência em crianças (envolvendo principalmente a metáfise de ossos longos que apresentam rápido crescimento), e mais comum no sexo masculino em todos os grupos de idade. O crescimento bacteriológico do osso geralmente está associado com outros fatores como trauma localizado, doença crônica, desnutrição ou um sistema imunológico inadequado. º Fisiopatologia: � Área metafisária - ramos terminais de artérias - redução de velocidade - turbilho-namento (propicio a bactérias) � O crescimento bacteriano leva a uma reação inflamatória (citocinas e interleucinas), que pode causar necrose isquêmica local do osso e subsequente formação de abcesso; � Conforme o abcesso aumenta, a pressão intramedular aumenta causando isquemia cortical, a qual pode permitir que material purulento escape através do córtex no espaço subperiosteal. � A OHA geralmente tem porta de entrada a distância: piodermites, otites, amidalites. Nas metáfises ocorrem lagos venosos sinusoidais com fluxo lento e baixa [] de monócitos que favorecem a fixação bacteriana Os efeitos da osteomielite variam com a idade: a. Crianças menores de 2 anos: alguns vasos sanguíneos cruzam a fise e podem permitir a difusão da infecção na epífise. Nesse caso, ocorre maior suscetibilidade à redução do comprimento do membro ou à deformidade angular se a fise ou epífise for danificada a partir da infecção. A diáfise raramente está envolvida, e o extensivo sequestro é infrequente. ↪ Comprometimento articular é +comum, podendo levar a artrite séptica b. Crianças maiores de 2 anos: a fise efetivamente age como uma barreira para a difusão de um abcesso metafisário. Contudo, como o córtex metafisário em crianças mais velhas é mais espesso, a diáfise está em maior risco nesses pacientes. Ademais, com um abcesso subperiosteal concomitante, o suprimento de sangue periosteal é danificado e pode resultar em extensivo sequestro e osteomielite crônica. ↪ Artrite séptica é rara N OBS: após as fises serem fechadas, a OHA é muito menos comum. N OBS 2: a via de contaminação habitual da osteomielite aguda é hemato- gênica, e o germe mais importante é o S. aureus º Agentes etiológicos: a. Staphylococcus aureus: o gram-negativo é o mais comum encontrado em crianças mais velhas e adultos; infecções no corpo verteb de adulto b. Streptococcus B: é + comum em prematuros em UTI e RN c. Haemophilus influenzae: principalmente em crianças, 6 meses a 4 anos d. Pseudomonas: o mais comum em usuários de drogas intravenosas e. Fungos: visto cada vez mais em pacientes cronicamente doentes que recebem tto intravenoso de longa duração ou nutrição parenteral f. Salmonella: associada a hemoglobinopatias SS ou SC e tende a ser diafisária em vez de metafisária º Manifestações Clínicas: o Dor: Geralmente é a primeira queixa. Apresenta-se com instalação aguda e aumento de intensidade progressiva com o passar das horas. Não cede com analgésicos comuns, nem recrudesce em um curto período. O paciente torna-se inquieto, irritadiço, perde o apetite e diminui suas atividades habituais. Com a evolução, é possível verificar sonolência e prostração. A dor é gerada pela hiperemia tecidual e pelo aumento de pressão intraóssea. o Impotência funcional: Surge também na fase inicial. Piora com a evolução. Quando ocorre edema e infiltração de partes moles, torna-se mais acentuada, impossibilitando o exame da articulação mais próxima e impedindo a realização de movimentos ativos e passivos. A claudição é um fator constante quando o membro inferior estiver envolvido. o Edema: Surge nos primeiros dias, acompanhando o quadro de dor. Inicialmente, é leve e vai tornando-se mais volumoso. Nas proximidades de articulações superficiais, deve-se diferenciar edema de derrame articular. o Hiperemia: É decorrente da reação inflamatória local, acompanhando a dor e o edema. Em geral, existe aumento de calor local. o Hipertermia: Como na maioria dos processos infecciosos, a hipertermia na osteomielite é quase sempre elevada (geralmente acima de 39°C). Tende a ser constante com a evolução da bacteremia ou da septicemia. Não cede com facilidade com antitérmicos usuais. Os sinais de comprometimento geral são comuns aos processos infecciosos, como prostração, abatimento, Mikaelle Mendes - Medicina - 7º período apatia e anorexia. Além disso, são progressivos também com a evolução. Os sinais de toxemia e comprometimento pulmonar (como pneumonia por estafilococo) surgem com a septicemia. Em um paciente com o quadro clínico sugestivo de osteomielite, recomenda-se internação hospitalar de urgência. Isso é justificado pelo fato de que a rapidez dos exames complementares estabelecerá, de forma mais precoce, diagnóstico e tratamento mais rápidos. º Diagnóstico: O diagnóstico é feito por meio de história clínica, exame físico, exames laboratoriais e exames de imagem. A história característica é de dor, sem trauma, sem relação com movimento ou esforço e aumento do segmento afetado. Queda do estado geral, febre (ou não), inapetência e irritabilidade também caracterizam o quadro. o Hemograma: geralmente apresenta leucocitose característica de infecção aguda nos primeiros dias da doença. Com a evolução de cerca de uma semana, surge desvio à esquerda e, posteriormente, detectam-se anemia e baixa hemoglobina. o Hemocultura: pode ser utilizada como recurso auxiliar, pois quando positiva auxilia o diagnostico, a identificação do agente e a escolha do antibiótico o Cultura e antibiograma: cultura é método auxiliar que confirma o diagnóstico etiológico. A punção de coleta do material deve ser realizada em perfeitas condições de assepsia e antes de ser administrado antibiótico. Em alguns casos, é necessário sedar o paciente para puncionar. Quando observado pus na seringa de coleta, está feito o diagnóstico de osteomielite. o Proteína C-reativa (PCR): encontra-se com valores aumentados, caracte- rístico de processo infeccioso, sendo mais sensível e especifica que o VHS (seus valores se normalizam mais rapidamente, então é melhor parâmetro para avaliar a cura) o Velocidade de Hemossedimentação (VHS): encontra-se aumentado; o Radiografia: geralmente não são detectadas alterações nesse inicio, mas pode mostrar inchaço do tecido mole adjacente(após 1 a 3 dias do inicio), já mudanças no esqueleto, como a reação periosteal (elevação) ou destruição óssea não são vistos até 7º-14º dia da infecção o Ultrassonografia: tem possibilidade de mostrar as infiltrações de partes moles e edema. Também é auxiliar no diagnóstico diferencial com artrite séptica, celulite, tumores malignos do osso etc. o Cintilografia: a cintilografia do osso com tecnécio-99 pode confirmar o diagnostico de 24-48h após o inicio em 90-95% dos pacientes. É um exame que evidencia muito bem a área de hiperemia, onde o contraste tem captação maior. Apesar de não ser um exame específico para processo infeccioso, é de extrema utilidade também no diagnóstico diferencial, pois reflete aumento do fluxo e atividade osteoblástica (lesões tumorais ou pós-traumática). Há marcadores ósseos específicos para a infecção, como o gadolínio e outros. o Tomografia computadorizada: tem pouca utilidade nessa fase aguda, é mais usada para localizar sequestros ósseos na osteomielite crônica o Ressonância magnética: pode mostrar mudanças inflamatórias precoces na medula óssea e tecido mole e é útil para detectar os abcessos intraósseo e subperiosteal. Abcesso subperiosteal aparece como hipossinal em T1 e hipersinal em T2 º Tratamento: � Antibiótico venoso de forma empírica no começo � Levar em consideração o S. aureus � Drenagem cirúrgica - não regressão em 48 horas � Fazer coleta para cultura antes de iniciar atb � Adequação de antibiótico � Administração venosa por 6 semanas � Técnica de drenagem: garrote - elevar o periósteo - furos na cortical - remover tecido necrótico - fechar a pele frouxamente - deixar dreno Fatores de risco, agentes etiológicos e antibióticos Anemia falciforme S. aureus; Salmonella; S. pneumoniae Ceftriaxona Ferimento puntiforme no pé S. aureus; Pseudomonas aerug Ceftazidima ou piperacilina tazobactam; Gentamicina º Complicações: o Septicemia; o Pioartrite (risco de luxação, subluxação, condrólise, destruição de epífise e placa epifisária) o Cronificação: sequestro, imune aos atb por não ter circulação; picos no decorrer da vida Ä Osteomielite Hematogênica Subguda: º Fisiopatologia: Acredita-se que o curso indolente da osteomielite subaguda seja o resultado do aumento da resistência do hospedeiro, da diminuição da virulência bacteriana, ou da inadequada administração de antibióticos antes do inicio dos sintomas. Especula-se que a combinação de um organismo de baixa virulência com uma forte resposta ao hospedeiro pode permitir que a inflamação persista no osso sem produzir sinais ou sintomas significativos. No entanto, o diagnostico depende da suspeita clinica e dos achados radiográficos. º Agentes etiológicos: � S. aureus e Staphylococcus epidemidis são os organismos predominantes identificados na osteomielite subaguda º Clínica e Diagnóstico: � Tem um inicio mais insidioso e não tem a gravidade dos sintomas, o que torna difícil o diagnóstico (2 a 4 semanas após inicio dos sintomas) ↪ Quadro clinico atípico e exames laboratoriais inespecíficos � Temperatura é apenas ligeiramente elevada e a dor é leve a moderada � Contagem de leucócitos geralmente são normais � VHS é elevada em apenas 50% dos pacientes e as culturas são positivas em apenas 30% � VSG, PCR e alfa 1-glicoproteína ácida podem elevar-se nas fases mais dolorosas � Biopsia e curetagem seguidas pelo tratamento com antibióticos apropriados geralmente são recomendadas para todas as lesões que parecem ser agressivas. � Radiografias simples e cintilografias do osso geralmente são positivas. Mikaelle Mendes - Medicina - 7º período ↪ Radiografia com lesão lítica bem delimitada com borda esclerótica (abcesso de Brodie), geralmente na metáfise N OBS: Abcesso de Brodie: forma localizada de OMS que ocorre mais frequentemente nos ossos longos das extremidades inferiores de jovens adultos. A dor intermitente de longa duração é a queixa apresentada, junto com sensibilidade local. Em radiografia simples, ele aparece como uma lesão lítica com uma borda de osso esclerótico. Pode ser confundido com uma variedade de neoplasias. « Classificação radiográfica: importante para diagnóstico diferencial º Tratamento: � Antibioticoterapia empírica para S. aureus por 6 semanas � Lesão sem responder ao tto clinico ➛ debridamento cirúrgico Ä Osteomielite Crônica: A osteomielite crônica é difícil de erradicar completamente. Os sintomas sistêmicos podem diminuir, mas um ou mais focos no osso podem conter material purulento, tecido de granulação infectado ou um sequestro. As exacerbações agudas intermitentes podem ocorrer durante anos e muitas vezes respondem ao repouso e antibióticos. º Fisiopatologia: O sinal patognomônico da osteomielite crônica é o osso morto infectado dentro do envelope de tecido mole comprometido. Envoltório avascular: o Osso esclerótico o Periósteo espessado o Músculo e tecido subcutâneo cicatriciais Esse envoltório bloqueia a ação sistêmica dos atb, tornando-os relativamente ineficazes. Infecções secundarias são comuns e não costuma haver relação entre culturas do trajeto fistuloso e da Bx óssea. º Complicações: o Sequestro: é resultante da isquemia medular (pressão) e cortical (levanta- mento periosteal). Pode de pequeno fragmento ósseo, até toda a diáfise. ↪ Períodos de reagudização com fístulas; ↪ Risco: fratura patológica º Classificação: Sistema de Estadiamento de Cierny e Mader para OMC Classe anatômica Tipo I Medular Doença endosteal Tipo II Superficial Superf. Cortical infectada por defeito de cobertura Tipo III Localizada Sequestro cortical pode ser retirado sem comprometer a estabilidade Tipo IV Difusa Características do I, II e III + instab mecânica antes ou pós desbridamento Classe fisiológica Hospedeiro A Normal Imunocompetente com boa vascularização local Hospedeiro B Comprometido Fatores locais ou sistêmicos que comprometem a imunidade ou a cura Hospedeiro C Proibitivo Incapacidade mínima, morbidade proibitiva prevista e/ou mau prognóstico p/ cura º Tratamento: Em adição à sensibilidade ao atb, ao desbridamento cirúrgico e à reconstrução, as morbidades do hospedeiro precisam ser consideradas e devem ser tomadas medidas para corrigir estas, como a otimização dos níveis de açúcar no sangue em pacientes com diabetes, cessação do tabagismo, e tratamento do fígado ou má função renal. Artrite Séptica: A artrite séptica aguda (pioartrite) resulta da invasão bacteriana no espaço da articulação, que pode ocorrer através de disseminação hematogê- nica, inoculação direta por trauma ou cirurgia, ou disseminação direta de um local adjacente como focos de osteomielite ou celulite. º Epidemiologia: � 49% em crianças menores que 2 anos � Ocorre mais comumente nos extremos de idade � Mais frequente em adultos do que em crianças, mas as piores sequelas ocorrem em crianças (devido à anatomia e placa de crescimento = destruí- ção da epífise e osteonecrose) � Mortalidade menor que 1% - sequela grave � Articulações de membros inferiores que suportam peso são mais afetadas (61% a 79%); no entanto, qualquer articulação pode estar envolvida; º Fatotes de Risco: Artrite reumatoide, artrose, presença de prótese articular, baixo nível socioeconômico, abuso de fármacos intravenosos, alcoolismo, diabetes, infiltração prévia de corticoide intra-articular e úlceras cutâneas Ä Manifestações Clínicas: o Dor: de início súbito, que perdura de uma a duas semanas o Derrame articular: aumento de volume articular o Eritema: rubor e calor o Restrição dos movimentos da articulação acometida. o Surgem também mal-estar e aumento da temperatura corpórea, irritabilidade, taquicardia o A ausência de febre não exclui o diagnóstico, assim como sua presença não o confirma, embora seja sinal de alerta. o Atinge mais uma única articulação,podendo ser, entretanto, poliarticular: principais articulações acometidas são as dos joelhos e quadris , além dos tornozelos, respondendo, pelo menos, por 80% dos casos. o As grandes articulações são mais comumente afetadas do que as pequenas. Mikaelle Mendes - Medicina - 7º período o A artrite séptica em neonatos e lactentes (< 2 a 3 meses) apresenta-se em geral, como septicemia ou aumento da temperatura, sem foco infeccioso definido. o A dor à movimentação ativa ou passiva da articulação afetada constitui característica importante. o As crianças podem apresentar claudicação ou recusa para caminhar ou carregar peso, quando há acometimento dos membros inferiores. o Posição para acomodar mais volume: joelho = flexão; tornozelo = equino Ä Fisiopatologia: A infecção hematogênica de uma articulação começa com uma bacteremia sistêmica que finalmente invade a junção sinóvio-cartilaginosa a partir do espaço intravascular e se espalha através da membrana e do líquido sinovial. � Condrólise química: após a sinóvia ter sido infectada, ela se torna hiperêmica e infiltrada com leucócitos polimorfonucleares que aumentam rapidamente durante os dias seguintes, que no fim vão gerar destruição da cartilagem � Aumento da pressão ➛ distensão da cápsula ➛ isquemia da membrana sinovial ➛ diminuição da circulação ➛ necrose; Ä Diagnóstico e Exames: º Laboratoriais e de Imagem: o Hemograma: leucocitose, �PMN > 90% o VHS: �em 48-72h e diminui em 2 a 4 semanas; controle de prognóstico o PCR: começa a aumentar dentro de 6 horas; o Hemocultura: é indispensável - frequentemente determina o agente etioló- gico (30/50%) o Punção articular (gram imediato): análise do aspecto do líquido sinovial (purulento); contagem de leucócitos (�50.000/mm3); bacterioscopia (30% a 50% +); cultura do aspirado (50% a 80% +) o Radiologia convencional: distensão capsular; aumento do espaço articular (causado pelo edema localizado); subluxação/lesões metafisárias (tardias) o Cintilografia: pode detectar áreas localizadas de inflamação; citrato de gálio e cloreto de índio-111, são mais específicos e sensíveis na detecção de infecção ativa do que o tecnécio-99m, mas eles não mostram bem detalhes do osso ou da articulação o Ultrassonografia: Identifica o derrame articular (100%); características físicas e pode orientar a punção articular; o Ressonância: dificuldades - sedação º Critérios de Kocker: • Acima de 2 critérios ➛ provável punção • Acima de 3 critérios ➛ forte recomendação Numero de critérios positivos versus % de chance de Pioartrite Temperatura > 38,5ºC 1 37% Recusa para apoiar o membro 2 63% VHS > 40mm/1h 3 83% PCR 20 mg/L 4 93% Leucocitose > 12.000 (com neutrofilia) 5 98% º Diagnóstico diferencial: a. Sinovite transitória ➛ quadril: dor, claudicação e limitação do movimento (3-6 anos) b. Psoíte ➛ dor na pelve, flexão do quadril c. Artrite monoarticular ➛ artrites induzidas por cristais (gota, cálcio); trauma; hemartrose (hemofilia e anemia falciforme); osteomielite; síndromes periarti- culares (bursites, tendinites); ruptura de cisto de Baker; TVP Ä Tratamento: Os princípios na conduta da artrite séptica aguda incluem: a. Drenagem adequada da articulação b. Antibióticos para diminuir os efeitos sistêmicos de sepse c. Repouso da articulação em uma posição estável Drenagem cirúrgica: se houver punção purulenta � Irrigação contínua e dreno (evitar fechar a pele com muita tensão, para verificar se vai ser necessária outra limpeza) � Possibilidade de artroscopia (exceção) � Limpeza exaustiva com debridamento Antibioticoterapia empírica: � Oxacilina (100 mg/kg/dia de 6/6 horas) � Gentamicina (3-5 mg/kg de 8/8 horas) . Sinovite transitória Artrite séptica Cor Clara, transparente Turva Leucócitos 5.000 a 15.000/mL 50.000 a 100.000 PMN < 25% > 75% Proteínas 2% Elevada Glicose 10% �que glicemia 30% menor Gram Negativo 30% positivos Cultura Negativo 50-80% positivos
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