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- -1
MICROBIOLOGIA BÁSICA TEÓRICA
A EVOLUÇÃO DA MICROBIOLOGIA E DE 
SUAS APLICAÇÕES – OS REINOS DOS 
ORGANISMOS VIVOS
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Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de:
1- Identificar a relação da Microbiologia e a presença de microrganismos em produtos como iogurtes, queijos
etc, e nas atividades de reciclagem na natureza (decomposição orgânica),em limpeza de resíduos, e ainda como
componentes da microbiota, microrganismos que convivem conosco e nos trazem benefícios.
2- Comparar as ideias antigas como a Teoria da Geração Espontânea com as descobertas de Pasteur e a teoria da
relação germe x doença de Koch e trazer esses conceitos para o conhecimento básico dos microrganismos na
atualidade.
3- Reconhecer os tipos de células e a organização dos organismos nos cinco reinos dos organismos vivos, a
saber: animal, vegetal, fungos, protistas e monera.
4- Discutir a não inclusão dos vírus em qualquer um dos reinos dos organismos vivos.
Introdução
Teremos nessa aula uma breve visão sobre a história da Microbiologia, desde a primeira visualização dos
microrganismos até o reconhecimento, na atualidade, da participação de microrganismos em processos naturais
e ou industriais para obtenção de diversos tipos de produtos, bem como a atuação imprescindível desses
organismos vivos na reciclagem dos elementos da natureza essenciais à manutenção da vida.
Abordaremos ainda as principais diferenças entre os organismos formados por células procarióticas e
eucarióticas, e organismos unicelulares e pluricelulares, assim como a classificação dos seres vivos em Reinos.
Finalizando, faremos a introdução do conhecimento da estrutura acelular dos vírus e de sua incapacidade
metabólica, o que nos leva a deduzir que estes são necessariamente parasitas intracelulares obrigatórios.
Microbiologia
Microbiologia é a parte da Biologia que estuda organismos microscópicos, isto é, aqueles visíveis apenas com o
auxílio de lentes de aumento (microscópio). Nessa categoria, encontramos: as bactérias, os fungos
microscópicos, os protozoários e os vírus (embora se discuta se estes pertencem aos seres vivos).
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História - Como surgiu a Microbiologia:
Ainda na Idade Média, o médico grego Hipócrates estabeleceu alguns conceitos sobre doenças que influenciaram
a prática da Medicina (Hipócrates é considerado o “Pai da Medicina”). Vários conceitos sobre doenças datavam
da era a.C. (antes de Cristo).
Desde há muito na história da humanidade se especulava a respeito da origem da vida.
No século XVII, , montando um conjunto que podemos chamar de microscópio Antony van Leeuwenhoek
primitivo (conjunto de lente + fixador do objeto a ser estudado + iluminação) conseguiu observar bactérias
presentes em “placa dentária”, raspando a superfície dos dentes e observando com seu microscópio ainda
rudimentar. Os seres microscópicos que foram observados por Leeuwenhoek foram chamados de “ pequenos
animálculos” e estes desenhos foram enviados para a Sociedade Real de Londres. Nessa época, Leeuwenhoek já
comentava que havia mais “vida” em nossas bocas do que poderíamos imaginar...
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Esboços de bactérias da cavidade bucal, observadas por Leeuwenheok. Também mostrou a motilidade de
algumas bactérias no traçado C-D.
Esse desenho acima, aparece no livro MICROBIOLOGIA, autor TORTORA e outros, 8. Ed., editora Artmed, página
7.
Teoria da geração espontânea (abiogênese)
Ainda um pouco antes das observações realizadas por Leeuwenhoek, havia muita discussão sobre a origem dos
microrganismos e da vida de uma forma geral. Muitos pesquisadores acreditavam que a vida surgia de objetos
inanimados, sendo essa ideia denominada Teoria da Geração Espontânea ou abiogênese (lembre-se de que o éa
prefixo de negação e significa , portanto se acreditava que algo não vivo poderia dar origemgênese dar origem a
à vida).
Por outro lado, outros pesquisadores defendiam que os animálculos de Leeuwenhoek se originavam de outros
seres de igual espécie, esse tipo de origem se denominou de .Biogênese
Um grande opositor à Teoria da Geração Espontânea foi o físico italiano . Em 1668, antes mesmoFrancesco Redi
da descoberta da vida microscópica por van Leeuwenhoek, Redi começou a demonstrar que as larvas de inseto
não surgiam espontaneamente de carnes apodrecidas.
Redi encheu três jarras com carne em decomposição e lacrou-as fortemente.
Fez o mesmo com outras três jarras, deixando-as abertas.
As larvas apareceram nas jarras abertas após moscas entrarem nessas jarras e depositarem seus ovos, mas o
conteúdo das jarras lacradas não apresentou sinal algum de larvas.
Ainda assim, os antagonistas de Redi não estavam convencidos e argumentavam que o ar fresco era necessário
para a geração espontânea.
Redi então iniciou um novo experimento no qual cobria a “boca” dos frascos com uma tela fina e então o ar
entrava, mas as moscas não... E as larvas não cresciam...
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Redi então deu um duro golpe no antigo conceito da geração espontânea, mas alguns ainda acreditavam que
organismos pequenos como os vistos por Leeuwenhoek ainda poderiam ser gerados ...espontaneamente
TORTORA, G.J; FUNKE, B.R. & CASE, C.L. MICROBIOLOGIA, 8. ed. Porto Alegre: Artmed, 2005, cap.1).
Porém em 1745, fez um experimento a favor da geração espontânea. Ele cozinhou pedaços deJohn Needham
carne para destruir os microrganismos preexistentes e colocou em frascos abertos, posteriormente ele observou
colônias de microrganismos crescendo na carne e concluindo que, em cada partícula de matéria orgânica, havia
uma “força vegetativa” capaz de levar a matéria orgânica a brotar uma vida.
Teoria da geração espontânea (abiogênese)
Vinte anos mais tarde, , um cientista italiano (1765-1776) concluiu , corretamente, que não Lazzaro Spallanzani
bastava fechar hermeticamente os frascos contendo as infusões aquecidas, pois era importante que o ar
acumulado acima do líquido não contivesse “germes”. Não havia crescimento de microrganismos nas infusões
fervidas quando o ar, livre de germes pelo aquecimento, penetrava nos frascos.
Seus oponentes (Needham e outros) replicaram que o aquecimento havia viciado o ar, destruído a “força vital“
deixando-o incapaz de vitalizar a matéria orgânica. Essa “força vital” recebeu ainda mais crédito quando Laurent
mostrou a importância do oxigênio para a vida.Lavoisier 
Então, as observações de Spallanzani foram criticadas pelo fato de que não havia oxigênio suficiente nos frascos
lacrados para sustentar a vida microbiana.
TORTORA, G.J; FUNKE, B.R. & CASE, C.L. MICROBIOLOGIA, 8. ed. Porto Alegre: Artmed, 2005, cap.1).
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Em 1858, , um cientista alemão desafiou a geração espontânea com o conceito de ,Rudolf Virchow BIOGÊNESE
que preconizava que células vivas poderiam surgir somente a partir de células vivas preexistentes.
Os argumentos sobre a continuaram até 1861, quando a questão foi resolvida pelo geração espontânea 
cientista francês .Louis Pasteur
TORTORA, G.J; FUNKE, B.R. & CASE, C.L. MICROBIOLOGIA, 8. ed. Porto Alegre: Artmed, 2005, cap.1).
BIOGÊNESE – Virchow e Pasteur
Embora lançada por , a Biogênese foi finalmente comprovada pelo cientista francês porVirchow Louis Pasteur
volta de 1860. Ele utilizou frascos com um pescoço semelhante a um pescoço de cisne, preenchidos com caldo
nutritivo e fervidos.
Demostrou com isso, que a poeira do ar continha muitos microrganismos e que os mesmos, contaminavam os
meios nutritivos.
Essas infusões fervidas permaneciam estéreis indefinidamente, pois o frasco com o gargalo semelhante a um “S”
evitava a passagem dos microrganismos, mas não a passagem do ar propriamente dito.
Pasteur demonstrou que os microrganismos podem estar presentes na matéria não viva – sobre sólidos, dentro
de líquidos e no ar.
Além disso, demonstrou conclusivamente que a vida microbiana pode ser destruída pelo calor e que podem ser
elaborados métodos para impedir o acesso dos microrganismos presentes no ar aos ambientes nutritivos.
Essas descobertas formam a base das técnicas de assepsia,técnicas que visam impedir a contaminação por
microrganismos não desejados e que são atualmente práticas rotineiras nos laboratórios e em muitos
procedimentos médicos. As técnicas assépticas modernas estão entre os primeiros e maiores importantes
conceitos da aprendizagem de um microbiologista iniciante e seu entendimento é necessário a todos os
profissionais de Saúde.
Vários tipos de frascos foram utilizados por Pasteur em suas pesquisas.
A descoberta da relação entre fermentação e microrganismos
A é um processo biológico que microrganismos ditos fermentadores (bactérias e leveduras)fermentação 
utilizam para obtenção de energia a partir de açúcares. Nesse processo pode ser produzido, como um dos
produtos finais, álcool. Embora, não se conhecessem os microrganismos, os fermentos (que na verdade são
leveduras) já eram utilizados desde a Antiga Grécia.
A fermentação era utilizada na Grécia para a fabricação de vinho. Na China se fabricava uma cerveja chamada kiu
e no Japão o saquê, bebida derivada da fermentação microbiana do arroz.
Por volta de 1850, foi chamado pela indústria do vinho para examinar lotes de bebida quePasteur 
apresentavam diferentes perfis de qualidade, encontrando microrganismos diferentes no vinho de qualidade
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superior e no lote de qualidade inferior. Para resolver o problema, ele aqueceu o suco de uva por vários minutos
e depois resfriou.
Com isso, eliminou os microrganismos existentes no suco, e em seguida, inoculou no mesmo os microrganismos
que estavam presentes nos vinhos de boa qualidade. Observou-se então que a qualidade dos produtos
fermentados não se baseava na tentativa e no erro, mas sim no tipo de microrganismo que realizava a
fermentação. O processo utilizado para a eliminação dos presentes no suco foi chamado, microrganismos
posteriormente, de .pasteurização
A descoberta da relação entre fermentação e microrganismos – Histórico
A descoberta de que as leveduras possuem um papel fundamental na fermentação foi o primeiro elo de ligação
entre a atividade dos microrganismos e as modificações físicas e químicas nos materiais orgânicos. Essa
descoberta alertou os cientistas para a possibilidade de que os microrganismos devem possuir uma relação
semelhante com plantas e animais, mais especificamente, causando doenças.
Essa ideia foi conhecida como . A teoria do germe foi um conceito difícil paraTEORIA DO GERME DA DOENÇA
muitas pessoas aceitarem, porque durante séculos se acreditou que a doença era uma espécie de punição.
TORTORA, G.J; FUNKE, B.R. & CASE, C.L. MICROBIOLOGIA, 8. ed. Porto Alegre: Artmed, 2005, cap.1).
Em 1865, Pasteur foi chamado para ajudar na batalha contra a doença do bicho-da-seda e durante seis anos
tentou provar que um protozoário causava a doença. Também estudou o papel dos microrganismos nas doenças
dos seres humanos e dos animais. Em 1880, descobriu que bactérias atenuadas conferiram proteção contra a
cólera aviária e em 1884, relatou que os vírus atenuados protegiam contra a raiva (primeiras vacinas).
Pasteur também iniciou a prática de esterilizar as infusões, com a finalidade de matar esporos, empregando o
vapor sob pressão (15 libras a 121º.C), enquanto que materiais estáveis eram esterilizados em fornos com calor
seco na temperatura de 160º.C.
A primeira de que as bactérias realmente causam doenças veio de em 1876. Esse médicoprova Robert Koch 
alemão provou que as bactérias eram responsáveis pela doença do carbúnculo (antraz). Foi o primeiro a provar
que um tipo específico de micróbio causava um tipo definido de doença. Ele conseguiu isolar a bactéria
causadora do ANTRAZ (= carbúnculo) de um animal doente (bovino) e após o isolamento em cultura, inocular
em outro animal, reproduzindo a mesma doença.
Dessa forma estabeleceu a TEORIA DO GERME E DOENÇA (postulados de Kock). Koch, por volta de 1880,
organizou esses postulados baseado em quatro critérios necessários para provar que um micróbio específico
causa uma doença particular.
Postulados de Koch:
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1 - Um microrganismo específico deve sempre estar associado a uma doença;
2 - O microrganismo deve ser isolado e cultivado em cultura pura, em condições laboratoriais;
3 - A cultura pura do microrganismo produzirá a doença quando inoculada em animal susceptível;
4 - É possível recuperar o microrganismo inoculado do animal infectado experimentalmente.
Fonte: TORTORA,G.J; FUNKE, B.R. & CASE, C.L. MICROBIOLOGIA, 8. ed., Porto Alegre: Armed, 2005, p. 414.
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Fonte: TORTORA,G.J; FUNKE, B.R. & CASE, C.L. MICROBIOLOGIA, 8. ed., Porto Alegre: Armed, 2005, p. 414.
Fonte: TORTORA,G.J; FUNKE, B.R. & CASE, C.L. MICROBIOLOGIA, 8. ed., Porto Alegre: Armed, 2005, p. 414.
Além disso, , em 1877, foi o primeiro a utilizar o cristal violeta com sucesso para a coloração doRobert Koch
bacilo do antraz.
Nessa mesma época, Paul Ehrlich utilizou o azul de metileno e F. Ziehl e F. Neelsen desenvolveram a coloração
para a álcool-ácido resistência, permitindo que Koch observasse mais tarde, o .bacilo da tuberculose
Koch introduziu também o meio contendo Ágar para o cultivo de microrganismos em meio de cultura sólido,
identificou o bacilo da tuberculose e foi o primeiro a isolar as bactérias causadoras do antraz e da cólera asiática.
Oliver W. Holmes (1809-1894): médico americano, insistiu em 1843 que a febre de parturiente era contagiosa
e, portanto, era transmitida de uma mulher para outra pelas mãos dos médicos e das parteiras.
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O médico (1818-1865), considerado o “Pai do Controle de Infecção Hospitalar,Ignaz Philipp Semmelweis
pesquisava uma maneira de manter as incisões cirúrgicas livres de contaminação.
Embora ainda não se soubesse que as infecções eram causadas por microrganismos (os postulados de Koch
vieram depois disso), Semmelweis suspeitava que um material “cadavérico” estava causando infecção puerperal
em parturientes, pois os médicos atendiam às parturientes vindos diretamente do estudo de necropsias e então
ele instituiu a utilização de soluções cloradas na das mãos dos médicos ou lavagem das mãos.antissepsia 
Após a descoberta dos vírus, agentes que não se desenvolvem em meios de cultura artificiais, como as bactérias,
foram requeridas algumas alterações dos postulados de Koch. Dentro de um curto período de tempo depois do
estabelecimento da teoria microbiana, o postulado conduziu à descoberta da maioria das bactérias que causam
doenças infecciosas em humanos.
Em 1892, descobriu que o agente da doença mosaico do tabaco (que acomete plantas deDmitri Ivanovski 
fumo) podia ser transmitido por um suco filtrado da planta doente. Esse agente era o vírus, palavra derivada do
latim que significa líquido viscoso ou veneno.
A partir do conhecimento de que os microrganismos causam doenças, os cientistas começaram a dar maior
atenção a sua prevenção e tratamento, surgindo conceitos como antissepsia, imunização e quimioterapia anti-
. A descoberta do microscópio eletrônico, por volta de 1934, introduziu uma nova era na citologiainfeciosa
molecular, estimulando com sucesso à renovação da pesquisa, com aplicação de técnicas histoquímicas
estabelecidas.
Sistemas de classificação dos seres vivos
(séc. XVIII):Linnaeus 
Embora não tenha sido o primeiro a tentar classificar os seres vivos, Linnaeus é considerado o "pai" da
taxonomia moderna. Seus estudos são considerados os pilares da taxonomia botânica e zoológica, pois foi o
primeiro estudioso a utilizar o sistema binomial de classificação. De acordo com Linnaeus, os seres vivos podiam
ser classificados em dois reinos: animal e vegetal.
(1866):Haeckel 
Incluiu o reino Protista, para classificar "animais" e "vegetais" unicelulares. Haeckel apresentou um esquema que
representaria a árvore da vida, classificando os seres vivos em três reinos.
 (1969):Whittaker
Propôs um novo sistema de classificação, onde um século depois (em 1969), os seres vivos seriam agrupados em
cinco reinos, sendo separados principalmente pelas características morfólogicas e fisiológicas(tipos de células
constituintes e sua organização):
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Monera: Procariotos (todos unicelulares).
Protista: Eucariotos unicelulares - Protozoários (sem parede celular) e Algas (com parede celular).
Fungi: Eucariotos aclorofilados (uni ou pluricelulares).
Plantae: Vegetais – Eucariotos – pluricelulares (com parede celular).
Animalia: Animais - Eucariotos – pluricelulares (sem parede celular).
Destacamos que toda célula VIVA ou organismo VIVO é capaz de:
• Realizar com o meio ambiente, a partir de moléculas absorvidas.trocas 
• Realizar atividades de (construção de moléculas) e para essas síntese desdobramento de energia
atividades metabólicas.
• geralmente (mas não obrigatoriamente) se reproduzir, originando novas células.
Note que há dois tipos básicos de células (estudados na disciplina Biologia Celular):
• As procarióticas
• As (podendo ser essas últimas células animais ou vegetais).eucarióticas 
E os reinos se baseiam também no número de células que compõem os organismos vivos. (reinos monera e
protista – organismos constituídos por uma única célula, no reino Fungi, organismos uni ou pluricelulares, e
nosso Reinos Animal e Vegetal, todos os organismos são pluricelulares).
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E os vírus?
• Os vírus apresentam estrutura celular.não 
• Não realizam síntese de moléculas (falta maquinaria de síntese – ribossomos).
• Não possuem maquinaria de desdobramento de energia.
Portanto não são classificados como organismos vivos, dependem sempre do equipamento de uma célula (que
eles invadem e parasitam) para poder executar as funções descritas acima.
O que vem na próxima aula
•Composição e estrutura dos vírus.
•Diferentes tipos de vírus – classificação.
•Ciclo viral – infecção da célula-alvo até a liberação de novas partículas virais.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Aprendeu como os microrganismos puderam ser visualizados pela primeira vez, a partir de material 
extraído da placa dentária, como evoluiu a compreensão de sua grande participação nas atividades que 
envolvem a vida (decomposição da matéria orgânica) e ainda na elaboração de produtos que são 
utilizados na alimentação (queijos, iogurtes, vinhos, vinagre) ou para outras finalidades (etanol).
• Compreendeu como evoluiu a classificação dos organismos vivos em reinos, quando inicialmente se 
pensava que tudo pertencia ao reino vegetal ou animal e depois, com o conhecimento dos 
microrganismos, toda a classificação teve que ser revista e o número de reinos ampliados até que 
conseguissem abrigar todos os tipos de organização da vida conhecidos.
• Analisou como são classificados os seres vivos com base na constituição das células componentes 
(número e tipo de célula) e compreendeu a dificuldade de se inserir os vírus em qualquer um dos reinos 
dos organismos vivos, uma vez que eles não possuem estrutura celular e não são dotados de metabolismo 
próprio (capacidade de obtenção de energia e capacidade de síntese de moléculas biológicas).
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Saiba mais
TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R. 7 CASE, C.L. , Porto Alegre: ARTMED, capítulo 1: OMicrobiologia
mundo microbiano e você, páginas:1 a 21 - acessar a Biblioteca Virtual da Estácio, disponível
para leitura.
MADIGAN; MARTINKO; PARKER. , São Paulo, 10. ed, Pearson PreticeMicrobiologia de Brock
Hall, 2004, capítulo I, págs.: 1 a 19 – acessar a Biblioteca Virtual da Estácio, disponível para
leitura.
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	Olá!
	
	O que vem na próxima aula
	CONCLUSÃO

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