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Ciências do Ambiente

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CIÊNCIAS DO 
AMBIENTE
SUMÁRIO
Mensagem do Fundador04
06
Ecologia de Populações
e Comunidades
Noções de Ecologia Geral: 
Conceitos e Definições
17
36
53
66 Controle e Gestão Ambiental no Brasil
Ecologia de Ecossistemas: 
Biomas do Brasil
Ecossistemas Paranaenses e 
Sistemas Produtivos Regionais
• Ciências do Ambiente
SUMÁRIO
79
93
107
148
159
Consumo Sustentável
Gestão Ambiental de 
Bacias Hidrográficas
Recursos Naturais 
e Resíduos Sólidos
Processos Erosivos e Dinâmica 
Hídrica em Encostas
Desastres Naturais e Desastres 
Induzidos pela Ação Antrópica
Conservação da Biodiversidade, 
Ética e Responsabilidade
Prevenção e Mitigação de 
Impactos Ambientais
• Ciências do Ambiente
120
133
4
• Ciências do Ambiente
MENSAGEM DO
FUNDADOR
O CESCAGE é uma instituição que 
acredita no poder transformador da 
educação. É muito mais do que ensinar; é 
abrir caminho para melhorar a qualidade 
de vida das pessoas.
Chegamos até aqui graças ao 
trabalho e dedicação de centenas de 
pessoas que oferecem o seu melhor para 
que o acadêmico receba uma formação 
completa e comprometida com o futuro. 
Temos orgulho de possuir mais de 3 mil 
alunos formados ao longo de 20 anos de 
existência.
Temos um compromisso sério com a 
sociedade. Nossa razão de ser é contribuir 
para que todos sejam atingidos direta 
e indiretamente com nosso trabalho. 
É maravilhoso visualizar o acadêmico 
interagindo com a sociedade através das 
clinicas de odontologia ou fisioterapia; sem 
falar da preciosa ajuda que a sociedade 
tem à disposição através do Núcleo de 
Prática Jurídica, totalmente de graça para 
todos que precisarem de apoio jurídico.
O CESCAGE recebe há vários anos o 
Selo Social Ouro, um reconhecimento da 
Prefeitura Municipal de Ponta Grossa pelo 
trabalho em responsabilidade social. É um 
tesouro imenso que recebe a cidade, os 
funcionários, os alunos e toda a região dos 
Campos Gerais.
Você tem nas mãos agora um 
poderoso instrumento: este material de 
apoio produzido pelo Núcleo de Ensino a 
Distância do CESCAGE. Desejamos que você 
possa aproveita-lo da melhor maneira, 
pois trouxemos o que há de melhor nas 
inovações gráficas e visuais para que você 
seja o principal privilegiado.
Nós acreditamos em você.E temos 
a certeza de que você tem todas as 
condições para ser um grande profissional. 
Bons estudos!
Prof. Tit. Pós Ph.D. Dr José Sebastião 
Fagundes Cunha Desembargador do TJPR 
Fundador do GRUPO CESCAGE.
5
• Ciências do Ambiente
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS
Coordenador Geral Pedagógico: Prof. Titular Pós-Ph.D. Desembargador J.S. Fagundes Cunha
Coordenadora Geral: Drª Érika Zanoni Fagundes Cunha 
Ponta Grossa, 2020
6
• Ciências do Ambiente
MÓDULO 1
Objetivo Específico
Compreender os principais conceitos em Ecologia geral e estabelecer as relações 
existentes entre Ecologia e conservação do meio ambiente.
O que é 
Empreendedorismo?
Introdução ao
Geoprocessamento
Noções de Floricultura: Aspectos Econômicos 
e Sociais da Floricultura, Sistemas de Produção 
de Plantas Ornamentais e Principais Espécies de 
Plantas Ornamentais
Planejamento e
Exploração de Aves
Introdução ao
Geoprocessamento
O Meio Ambiente
Urbano
Um Resgate Histórico das Condições 
de Trabalho e do Trabalhador
Aspectos Sócio-econômicos da 
Ovino-caprinocultura no Brasil
e no Mundo
História da avicultura, Mercados 
Mundial e Nacional AvícolaIntrodução a Sociologia Rural
Noções de Ecologia Geral: 
Conceitos e Definições
7
• Ciências do Ambiente
Ecologia e Meio Ambiente 
O Que é Ecologia?
1.1
1.2
Atualmente a degradação ambiental 
causada pela exploração desenfreada 
dos recursos naturais e pelo crescimento 
desordenado da população mundial tem 
trazido conseqüências negativas para o 
meio ambiente como um todo. Poluição, 
escassez de recursos naturais, espécies 
ameaçadas de extinção entre tantos outros 
problemas tem sido problemas recorrentes 
na atualidade. A ecologia se faz presente 
neste discurso, como uma ciência que 
visa fazer a correlação entre as ciências 
naturais e as ciências sociais, auxiliando na 
promoção de estratégias que busquem a 
utilização racional dos recursos naturais e a 
sustentabilidade ambiental.
O termo "ecologia" (do grego oikos, 
casa, e logos, ciência) foi originalmente 
empregado em 1866, pelo zoólogo alemão 
Ernst Haeckel (1834-1919), desde então 
as discussões em torno do tema foram 
se intensificando e hoje a ecologia é uma 
ciência aceita e difundida em todo o mundo. 
Com estreitas relações com a 
qualidade do meio ambiente, as análises 
ecológicas são muito utilizadas em estudos 
ambientais, tanto para a preservação de 
áreas e espécies conservadas quanto para 
aquelas que correm algum risco ou já se 
encontram degradadas.
 
Para saber mais ...
Ecologia é o ramo da ciência que 
trata das interações e relações entre 
organismos e seu ambiente (Odum e 
Barret, 2007)
A unidade básica da ecologia é o 
ecossistema, que consiste no conjunto 
de relações existentes entre dois ou mais 
seres vivos entre si e destes com o meio fico 
que habitam. O conceito de Ecossietma foi 
proposto por Transley em 1935.
FIGURA 01: ECOSSISTEMA.
A Ecologia possui atualmente, quatro 
subdivisões usuais:
• Ecologia das espécies;
• Ecologia das populações;
• Ecologia das comunidades;
• Ecologia dos ecossistemas.
8
• Ciências do Ambiente
Constituintes de um Ecossistema
Biosfera 
1.3
1.4
• Componentes Bióticos: são todos 
aqueles que envolvem os seres vivos, 
dentro dos seus cinco reinos, Monera 
(bactérias e cianobactérias), Protista 
(protozoários e algas protistas), Fungi 
(fungos), Plantae (plantas pluricelulares) 
e Animalia (animais).
• Componentes abióticos: incluem 
compostos orgânicos e inorgânicos, 
como água, dióxido de carbono, oxigênio, 
cálcio, nitrogênio, enxofre, sais de 
fósforo, etc.
FIGURA02. EXEMPLOS DE ECOSSISTEMAS, COM SEUS 
COMPONENTES BIÓTICOS E ABIÓTICOS.
Fonte: http://domescobar.blogspot.com; http://paoeecologia.wordpress.com; http://www.ecodebate.com.br
Biosfera é o conjunto de todos os 
ecossistemas da Terra. O termo "Biosfera" 
foi introduzido, em 1875, pelo geólogo 
austríaco Eduard Suess e compreende uma 
faixa de aproximadamente 17 a 20 Km, de 
espessura na superfície do planeta.
A biosfera, portanto, compreende as 
porções de terra, mar e águas continentais 
habitadas pelos seres vivos. Não coincide 
com a atmosfera, a litosfera ou a hidrosfera 
isoladamente, pois abrange as três.
http://domescobar.blogspot.com
http://paoeecologia.wordpress.com
http://www.ecodebate.com.br
9
• Ciências do Ambiente
FIGURA 04. HIERARQUIA DOS NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO ECOLÓGICA
Fonte: Retirado de Odum e Barrett (2011), onde se lê ecosfera, entenda-se biosfera.
FIGURA 03. BIOSFERA
Fonte: http://proambient.blogspot.com/2011/05/o-planeta-terra.html)
Em termos de proporção a biosfera 
forma uma fina película sobre a superfície 
do planeta Terra, que possui um diâmetro 
aproximado de 13.000 km. 
http://proambient.blogspot.com/2011/05/o-planeta-terra.html
10
• Ciências do Ambiente
Níveis de Organização Biológica 
1.5
FIGURA 05 - NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO BIOLÓGICA
Fonte: Extraído de http://www.notapositiva.com/resumos/biologia/10diversidadenabiosfera.htm
Átomo
Molécula
Organelas celulares
Célula
Tecido
Órgão
Sistema
Organismo
População
Comunidade
Ecossistema 
http://www.notapositiva.com/resumos/biologia/10diversidadenabiosfera.htm
11
• Ciências do Ambiente
O Conceito de Espécie 
População
1.6
1.7
Uma espécie é um conjunto de 
indivíduos apresentando características 
morfológicas, anatômicas, ecológicas, 
comportamentais, bioquímicas, fisiológicas, 
etc., comuns e capazes de se reproduzirem 
entre si, originando descendentes férteis. 
FIGURA 06. ESPÉCIES DIFERENTES DE EQUINOS.
Fonte: http://mundoestranho.abril.com.br
Equus
zebra
Equus
asinus
Equus
caballus
Uma espécie pode ser definida ainda 
por todo um conjunto de características 
físicas, tais como o número e formas 
dos dentes de um animalou o número e 
formas das pétalas de uma flor, presença 
ou ausência de alguma característica, 
podendo todas estas semelhanças ser 
utilizadas como uma lista de referência 
para fins de identificação de indivíduos de 
mesma espécie.
População é um grupo de organismos 
da mesma espécie ocupantes de uma 
determinada área em um determinado 
tempo. 
Odum e Barrett (2007) colocam que 
populações funcionam como uma unidade 
integrativa, que exibe propriedades 
únicas do grupo e não características 
isoladas dos indivíduos que a compõe. 
Suas características genéticas também são 
específicas e variam conforme sua ecologia, 
como a capacidade de adaptação, sucesso 
reprodutivo e persistência no ecossistema.
http://mundoestranho.abril.com.br
12
• Ciências do Ambiente
FIGURA 07. POPULAÇÕES DE PEIXES (CARDUME), DE LOBOS (ALCATÉIA) E DE 
ARAUCÁRIAS (FLORESTA).
Fonte: http://biopoplog.blogspot.com/
Comunidade
Hábitat e Nicho Ecológico
1.8
1.9
Uma comunidade consiste no conjunto 
de todas as populações que habitam certa 
área num mesmo intervalo de tempo.
A diferença entre os conceitos de 
comunidade e ecossistema, é que na 
comunidade, excluem-se as interferências 
do meio físico, apenas para fins didáticos, 
uma vez que é impossível separar 
fisicamente os seres vivos do meio que 
habitam. 
Habitat é o lugar específico onde 
uma espécie pode ser encontrada, isto é, 
o seu "endereço" dentro do ecossistema. 
Exemplo: Uma planta pode ser o habitat 
de um inseto, assim como o leão pode ser 
encontrado nas savanas africanas.
Nicho ecológico é o papel que o 
organismo desempenha no ecossistema, 
isto é, a "profissão" do organismo no 
ecossistema. O nicho informa às custas de 
que se alimenta, a quem serve de alimento, 
como se reproduz aquela espécie, etc. 
Exemplo: a fêmea do Anopheles (mosquito 
transmissor da malária) é um inseto 
hematófago (se alimenta de sangue), o leão 
atua como predador devorando grandes 
herbívoros, como zebras e antílopes.
http://biopoplog.blogspot.com/
13
• Ciências do Ambiente
FIGURA 08. O HÁBITAT DO MICO LEÃO DOURADO É A FLORESTA ATLÂNTICA, SEU 
NICHO CONSISTE EM ALIMENTAR-SE DE INSETOS OU FRUTOS, TENDO HÁBITO 
DIURNO, DURANTE A NOITE DORMEM EM TOCAS NAS ÁRVORES LOCALIZADAS 
NO EXTRATO INTERMEDIÁRIO DA FLORESTA; SENDO EXTREMAMENTE 
TERRITORIALISTAS, O GRUPO DE MICO-LEÃO TEM SEMPRE UM MACHO E UMA 
FÊMEA DOMINANTES.
Fonte: http://www.sosmatatlantica.org.br
Fatores Limitantes nos 
Ecossistemas
1.10
Muitos fatores ambientais distintos 
apresentam o potencial para controlar o 
crescimento de uma população. A lei do 
mínimo de Liebig coloca que, entre todos os 
fatores bióticos ou abióticos que controlam 
uma dada população, ao menos um deve 
ser limitante (Haemig, 2008). Sendo 
assim, fator limitante é aquele que torna 
difícil, a sobrevivência, o crescimento e a 
reprodução de uma espécie. São eles:
Fator limitante Tolerância estreita Tolerância ampla
Temperatura Estenotérmico Euritérmico
Água Estenohídrico Eurihídrico
Sais biogênicos Estenohalino Eurihalino
Espaço físico Estenoécio Euriécio
Alimento Estenofágico Eurifágico
QUADRO 01. FATORES LIMITANTES. ADAPTADO DE ODUM E BARRET (2007).
http://www.sosmatatlantica.org.br
14
• Ciências do Ambiente
Dentre outros fatores podemos citar 
os gases atmosféricos, a luminosidade, 
a tolerância ao fogo, etc. Odum e Barrett 
(2007) colocam que uma mesma espécie 
pode ter ampla tolerância a um fator e 
estreita a outro, sendo que espécies 
euriécias provavelmente apresentam 
distribuição mais ampla. Assim, condições 
não ótimas de um fator podem causar 
alterações na amplitude de tolerância a 
outros fatores.
1.10.1 Principais fatores limitantes
Os principais fatores limitantes da 
vida nos ecossistemas, conforme Odum e 
Barrett (2007), estão listados abaixo:
• Temperatura: 
A vida como conhecemos só pode 
existir num intervalo de temperatura de 
300º C (de -200º C até 100ºC). Porém, 
a maioria das espécies está restrita a 
uma faixa ainda mais estreita. Alguns 
organismos, especialmente aqueles em 
repouso ou hibernação, sobrevivem a 
temperaturas muito baixas, enquanto há 
bactérias e outros microrganismos que 
vivem e reproduzem-se em ambientes 
termais com temperatura superior a 80ºC. 
Peixes e insetos mais tolerantes resistem 
até 50ºC.
A variação de temperatura tende a ser 
menor na água, devido à sua propriedade 
de alto calor específico, enquanto que 
em terra os coeficientes de variação 
são consideravelmente maiores. Há de 
considerar que ambientes florestais 
tem menor variação de temperatura que 
ambientes áridos, em função da saturação 
hídrica do ambiente.
• Luminosidade: 
A luz ou intensidade luminosa 
constitui um fator limitante aos organismos 
fotossintetizantes e também àqueles 
que têm seu ritmo regulado pelos ciclos 
circadianos. Os mamíferos em geral 
detectam a presença ou ausência de luz 
e partir disso desencadeiam processos 
metabólicos específicos como, por 
exemplo, a liberação de melatonina, que 
regula o metabolismo do sono. Ainda nos 
animais a visão também é determinada por 
diferentes espectros foto visíveis em cada 
espécie, determinando a visão em cores ou 
monocromática.
Nos vegetais e nas algas a fotossíntese 
considera a saturação luminosa, e assim, as 
diferentes espécies adaptam-se a fim de 
se tornar espécies de sombra (umbrófilas) 
ou de sol (heliófilas). Algas diatomáceas 
atingem a taxa máxima de fotossíntese 
com saturação luminosa de apenas 5%.
Do ponto de vista ecológico, a 
qualidade (comprimento de onda ou cor), a 
intensidade (energia real medida em grama-
calorias) e a duração (comprimento do dia) 
da luz são os fatores determinantes da taxa 
de intensidade luminosa. Considerando 
sempre que animais e plantas respondem 
a diferentes comprimentos de onda de luz.
• Radiação ionizante
Radiação ionizante é aquela que por 
ter energia muito alta, consegue remover 
elétrons de um átomo e fixá-lo em outros 
átomos, produzindo pares iônicos. A luz 
e a maioria das radiações solares é não 
ionizante. As radiações ionizantes são 
produzidas por materiais radioativos na 
Terra e também recebidas do espaço. 
Acredita-se que a ionização seja a principal 
15
• Ciências do Ambiente
causa de danos da radiação à vida e as 
radiações de interesse ecológico são as 
radiações alfa e beta, assim como a radiação 
eletromagnética (gama e X), pode-se 
também incluir uma pequena quantidade 
de raios cósmicos.
A radiação, na forma de radionuclídeos, 
pode se acumular em organismos 
vivos durante as transferências na 
cadeia alimentar, causando a chamada 
magnificação trófica ou magnificação 
biológica. As substâncias radioativas podem 
acumular-se no solo, água, sedimentos 
ou ar, e se a entrada dessas substâncias 
exceder a taxa de decaimento radioativo 
ela pode se tornar letal. A radiação pode 
ainda causar esterilidade temporária 
ou permanente, efeitos genéticos, 
vulnerabilidade metabólica, inibição do 
crescimento e em escala ampla redução da 
biodiversidade local.
• Água
A água é substância fundamental 
a vida, limitando a ocorrência de 
seres terrestres e aquáticos. Sendo o 
componente químico mais abundante 
dos seres vivos, ela regula a existência e 
a diversidade dos mesmos em função de 
sua saturação e disponibilidade, por meio 
da chuva, umidade, evapotranspiração, 
taxa de osmose, suprimento disponível e 
salinidade. 
É responsável por ditar o ritmo dos 
processos metabólicos em todos os seres 
vivos, compondo o protoplasma celular, 
atuando como principal meio de trocas e 
de ocorrência de reações químicas tanto 
em nível celular como em nível fisiológico e 
ecossistêmico.
• Concentração e disponibilidade de 
gases atmosféricos
A concentração de gases da atmosfera 
é relativamente constante, propiciando a 
homeostase na maioria dos organismos 
vivos. 
Porém a saturação de gases difere 
entre a superfície terrestre e ambientes 
aquáticos, enquanto estes últimos diferem 
entre si por serem dulcícolas (água doce) 
lênticos (lagos e açudes), lóticos(rios e 
riachos) ou marinhos. Nesses ambientes, 
o oxigênio em especial, constitui fator 
de suma importância, uma vez que sua 
concentração depende da salinidade e da 
temperatura do meio.
O dióxido de carbono é essencial 
para a ocorrência da fotossíntese e 
sua disponibilidade altera as taxas 
fotossintéticas de vegetais e algas.
A concentração de íons hidrogênio 
está relacionada ao potencial hidrogênio 
iônico – pH. A maioria das espécies possuem 
mecanismo regulatórios de pH ou mesmo 
apresentam uma ampla tolerância natural. 
Há, contudo, espécies que vivem em 
valores extremamente ácidos ou alcalinos, 
com destaque para os microrganismos 
extremófilos.
• Macro e micronutrientes
Cerca da metade dos elementos 
químicos conhecidos são necessários à 
vida de animais e plantas em maior ou 
menor quantidade. Aqueles necessários 
em quantidade considerável são chamados 
macronutrientes: potássio, cálcio, enxofre, 
magnésio, nitrogênio e fósforo, que fazem 
parte da estrutura de proteínas e outros 
compostos essenciais à vida. Já aqueles 
necessários em quantidade menor são 
16
• Ciências do Ambiente
chamados micronutrientes ou elementos 
traço: ferro, manganês, cobre, zinco, boro, 
molibdênio, cloro, vanádio, cobalto, dentre 
outros, que constituem enzimas, vitaminas, 
etc, agindo como catalisadores de reações 
químicas. 
QUANTAS ESPÉCIES EXISTEM?
Cada expedição científica nas florestas 
tropicais termina com a descoberta de 
numerosas novas espécies animais ou 
vegetais, até então desconhecidas da 
ciência. Ninguém sabe ao certo qual o 
número de espécies existentes no nosso 
planeta. As estimativas apontam para um 
número entre 3 e 30 milhões. Por falta de 
um único arquivo central, desconhece-se 
inclusivamente o número das que foram 
até hoje descritas, que devem situar-se 
entre 1,5 e 1,8 milhões. Milhares de novas 
espécies vêm se juntar todos os anos às já 
conhecidas, sobretudo insetos, o grupo de 
animais mais abundante: até hoje foram 
catalogadas cerca de 950 000 espécies, 
mas calcula-se que o seu número seja em 
torno de 2-3 milhões. 
Alguns investigadores observaram que 
uma só árvore da floresta amazônica pode 
abrigar 163 tipos de coleópteros diferentes, 
especializados para viver exclusivamente 
na sua copa. 
PARA QUE SERVEM TANTAS PLANTAS 
E TANTOS ANIMAIS? 
Segundo os cientistas, que 
chamam "diversidade biológica" ou 
“biodiversidade” a esta extraordinária 
riqueza da natureza, quanto maior for o 
número de organismos diferentes num 
determinado ambiente, ligados entre si 
por uma variedade de relações mais ou 
menos estreitas, mais "perfeito" será o seu 
funcionamento. 
Infelizmente, a intervenção do Homem 
em muitos ambientes naturais provoca 
a extinção de numerosas espécies, em 
muitos casos ainda desconhecidas.
Gallavotti, B. 1997. Segredos da Vida. DoGi. Itália.
Disponível em: http://www.cientic.com
O texto abaixo traz a associação entre 
os conhecimentos obtidos em ecologia com 
a prática profissional em meio ambiente e 
conservação na natureza. Após a leitura, 
procure refletir sobre como a informação 
trazida por este artigo científico pode 
ser útil para o profissional de Medicina 
Veterinária.
SUGESTÃO
LEITURA COMPLEMENTAR
Avaliação da predação a animais domésticos por felinos de grande porte no Estado 
do Paraná: implicações e estratégias conservacionistas.
Disponível em:
http://www.iap.pr.gov.br/arquivos/File/artigo_6.pdf 
http://www.cientic.com
http://www.iap.pr.gov.br/arquivos/File/artigo_6.pdf
17
• Ciências do Ambiente
Empreendedor,Empresário, 
Administrador, 
Empreendimento e Empresa
MÓDULO 2
Objetivo Específico
Reconhecer as relações existentes entre os seres vivos como primordiais para o bom 
funcionamento dos ecossistemas e equilíbrio ambiental, assim como reconhecer o 
papel do homem como causador de distúrbios ao 
meio.
Softwere para o
Geoprocessamento
Noções de Floricultura: Ambiente 
Protegido, Formas de Propagação e 
Adubação das Plantas Ornamenitais
Produção de
Bezerras
Importância do Geoprocessamento 
na Arquitetura e Urbanismo
Sustentabilidade
UrbanaRisco Ocupacional
Principais Raças 
Ovinas e Caprinas
Raças Puras de Galinhas 
para Criações Comerciais e 
Alternativas no Brasil 
Fundamento Histórico e 
Realidade Rural Brasileira
Ecologia de Populações
e Comunidades
18
• Ciências do Ambiente
Num ecossistema, espécies diferentes 
interagem entre si, numa relação harmônica 
que representa o equilíbrio dinâmico da 
natureza. Essas relações são expressas de 
diferentes modos e por motivos diversos 
além de ocorrerem de modo harmônico e 
incessante. Por vezes o homem interrompe 
este ciclo harmônico de relação, induzindo 
desequilíbrios ambientais que podem ter 
consequências sérias e podendo até ser 
irreversíveis. Contudo a natureza dá conta 
de reverter esta situação, em alguns casos 
retornando às suas condições originais ou 
muito próximas delas, noutros, atingindo 
um novo equilíbrio, mesmo que seja 
diferente da situação original encontrada 
antes da perturbação. 
Ao se desmatar uma floresta, se 
logo após o desmatamento o homem não 
continuar a modificar aquele ambiente, 
logo a floresta começa a ressurgir. Num 
primeiro momento com algumas poucas 
espécies muito rústicas que ao longo do 
tempo vão sendo substituídas por outras 
mais exigentes ecologicamente. Ao final 
deste processo de regeneração e sucessão 
podemos observar novamente uma floresta 
com características muito semelhantes 
àquela perdida pelo desmatamento.
Introdução
2.1
FIGURA 01. PROCESSO DE REGENERAÇÃO EM UMA FLORESTA TROPICAL. 
INICIALMENTE A CLAREIRA RECÉM-ABERTA COMEÇA A SER COLONIZADA POR 
DIVERSOS ORGANISMOS PIONEIROS, POSTERIORMENTE AS ESPÉCIES VÃO 
SE DESENVOLVENDO E NOVAS ESPÉCIES VÃO SURGINDO E OCUPANDO O SEU 
ESPAÇO, AO LONGO DO TEMPO A FLORESTA VOLTA A POSSUIR CARACTERÍSTICAS 
MUITO PARECIDAS COM OS ORIGINAIS.
Fonte: Rhett A. Butler; http://www.dforceblog.com
http://www.dforceblog.com
19
• Ciências do Ambiente
Autotrofia e Heterotrofia 
Constituintes Básicos de um 
Ecossistema
2.2
2.3
Na natureza os seres vivos podem ser 
distinguidos em dois grandes grupos: os 
autotróficos e os heterotróficos. Os seres 
autotróficos são aqueles seres capazes de 
sintetizar próprio alimento e obter energia 
a partir de reações químicas envolvendo 
energia solar, água e sais minerais, como 
é o caso dos fotossintetizantes. Dentre 
os seres vivos que realizam fotossíntese, 
estão integrantes dos Reinos Monera 
(cianobactérias), Protista (algas protistas) 
e todos os integrantes do Reino Plantae ou 
Metaphyta. Outro processo metabólico de 
obtenção de energia é a quimiossíntese, 
que consiste num processo de oxidação 
de minerais para geração de energia; este 
processo não envolve luz solar. Entre os 
seres quimiossintetizantes estão diversas 
bactérias.
Os seres vivos que são incapazes 
de sintetizar seu próprio alimento são 
chamados seres heterotróficos, tendo 
que obter alimento de fontes externas, 
ou seja, alimentando-se de autótrofos ou 
de outros heterótrofos. É o caso dos seres 
pertencentes aos Reinos Animalia e Fungi.
De acordo com Odum e Barrett (2007) 
os ecossistemas possuem componentes 
básicos que os constituem:
• Substâncias inorgânicas - carbono, 
nitrogênio, dióxido de carbono, água, 
etc. Sustâncias envolvidas em ciclos 
de materiais, que não se perdem nem 
se degradam na natureza, mas mudam 
de posição na cadeia trófica e no 
ambiente ao longo do tempo pelos ciclos 
biogeoquímicos.
• Compostos orgânicos – proteínas, 
carboidratos, lipídeos, substâncias 
húmicas, etc. Estas substâncias 
conectam os componentes bióticos e os 
abióticos, sendo elementos essenciais 
na constituição das células, e por 
conseqüência na estrutura de todos os 
organismos vivos.
• Fatores ambientais – disponibilidade 
de água, ar, temperatura, pressão, as 
condições climáticas, solo e demais 
substratos, além de quaisquer outros 
elementos do meio ambiente físico.
• Produtores – organismos autótrofos, 
na sua maior parte plantasverdes, que 
podem produzir alimento a partir de 
substâncias simples.
20
• Ciências do Ambiente
• Consumidores ou fagótrofos 
– organismos heterotróficos, 
principalmente animais, que ingerem 
outros organismos ou matéria orgânica 
particulada para obter energia e se 
manter vivos.
• Decompositores ou saprótrofos 
– grupo constituído por organismos 
heterótrofos, mas que especialmente 
obtém energia da decomposição de 
tecidos mortos (organismos inteiros 
ou apenas partes deles; folhas, 
frutos caídos, pêlos, unhas, etc.) ou 
absorvendo matéria orgânica dissolvida 
exudada, extraída de plantas ou outros 
organismos. Este grupo é constituído 
principalmente por bactérias e fungos.
FIGURA 02. ORGANISMOS DECOMPOSITORES NA NATUREZA. NA PRIMEIRA 
IMAGEM O BOLOR (FUNGO) AGE NA LARANJA JÁ EM PROCESSO DE 
DECOMPOSIÇÃO; A SEGUNDA IMAGEM MOSTRA O CORPO DE FRUTIFICAÇÃO DE 
UM FUNGO SAPRÓFITO NO SOLO DE UMA FLORESTA (SERRAPILHEIRA).
Fonte: www.bioagradavel7f.blogspot.com
A atividade dos decompositores 
libera nutrientes inorgânicos de modo a 
disponibilizá-los novamente na natureza 
para que possam ser reaproveitados pelos 
produtores, reiniciado o ciclo e a ele dando 
continuidade.
QUAL A IMPORTÂNCIA DOS 
DECOMPOSITORES NOS 
ECOSSISTEMAS DA TERRA?
Os decompositores são vitais, já 
que a sua ausência provocaria o colapso 
dos ecossistemas. Em primeiro lugar, a 
Terra seria inundada por matéria orgânica 
proveniente de cadáveres ou de fragmentos 
de seres vivos. Assim, os decompositores 
são essenciais não apenas porque 
“removem” os resíduos biodegradáveis, no 
solo e na água, mas fundamentalmente 
porque reciclam estes materiais, agora com 
“valor acrescido”, já que se transformam 
pela sua ação em nutrientes minerais, 
ficando, assim, à disposição do nível trófico 
seguinte - os produtores.
Os decompositores conseguem 
quebrar grandes moléculas como proteínas, 
amidos e outros complexos orgânicos que 
faziam parte de um organismo vivo, e logo 
biodegradável, e convertê-lo em produtos 
como nitrogênio, fósforo, cálcio e enxofre, 
podendo, desta forma, ser posteriormente 
utilizados pelas plantas.
http://www.bioagradavel7f.blogspot.com
21
• Ciências do Ambiente
Os solos, em consequência da ação 
dos decompositores, tornam-se, assim, 
mais ricos em matéria mineral, como por 
exemplo, nitratos, e por isso mais férteis, 
já que a matéria mineral é fundamental ao 
desenvolvimento das plantas.
Acresce ainda que a decomposição 
liberta dióxido de carbono para a atmosfera, 
que é posteriormente utilizado no processo 
de respiração das plantas com clorofila, que 
efetuam a fotossíntese.
Provavelmente, mesmo 
desconhecendo a ação dos seres 
decompositores, ao longo dos séculos, o 
Homem tem aproveitado o seu “trabalho” 
e a sua abundância para intensificar 
o crescimento das plantas de cultivo, 
aumentando, consequentemente, os 
resultados das colheitas. Por esta razão, 
os agricultores espalham o estrume nos 
campos e/ou utilizam o produto resultante 
da compostagem para fertilizar as áreas 
de cultivo, já que os dejetos dos animais 
e outros materiais biodegradáveis 
constituem o substrato ideal para a ação dos 
decompositores, de forma natural e inócua 
para o ambiente. Deste modo, mesmo que 
inconscientemente, o Homem, durante 
séculos, fez uso de uma técnica ancestral, 
amiga do ambiente, que permite uma maior 
produção agrícola, o desenvolvimento 
sustentável, com menores custos 
ambientais.
Adaptado de “BioAgradável”, 23/05/2011; autor não identificado. 
Disponível na íntegra em: http://bioagradavel7f.blogspot.com/2011/05/
importancia-dos-seres-decompositores-e.html
Organização dos Seres Vivos em 
Níveis Tróficos: Cadeia Alimentar
2.4
Ecólogos diversos (Margalef, 1989; 
Riclefs, 2003; Dajoz, 2005; Odum e Barret, 
2007) colocam que uma cadeia alimentar é 
uma seqüência de seres vivos, uns servindo 
de alimento a outros, sucessivamente. 
Nesta seqüência existe a transferência de 
matéria e energia de um organismo para 
outro sob a forma de alimento. 
A transferência de energia alimentar 
de sua fonte nos autótrofos, por meio de 
uma série de organismos que consomem 
e são consumidos, é chamada de cadeia 
alimentar.
A cada transferência uma grande 
parcela desta energia é perdida em forma 
de calor. Deste modo, quanto menos 
indivíduos existirem na cadeia alimentar, 
mais próximos do produtor eles estarão, 
logo será maior a quantidade de energia 
disponível para este indivíduo. Trocando 
em miúdos, quanto menor for a cadeia 
alimentar, maior a chance do indivíduo 
que está “na ponta” ou no topo da cadeia 
de receber mais energia com um esforço 
menor.
http://bioagradavel7f.blogspot.com/2011/05/importancia-dos-seres-decompositores-e.html
http://bioagradavel7f.blogspot.com/2011/05/importancia-dos-seres-decompositores-e.html
22
• Ciências do Ambiente
As cadeias alimentares são divididas 
em níveis tróficos. O primeiro nível trófico 
é ocupado pelos produtores, geralmente 
planta verdes, como gramíneas, ervas e 
arbustos nos ecossistemas terrestres e 
pelo fitoplâncton e algas pluricelulares num 
ecossistema aquático.
Os níveis tróficos seguintes serão 
sempre ocupados por seres heterotróficos, 
ou seja, consumidores. 
Organismos herbívoros são 
considerados consumidores primários, pois 
se alimentam diretamente de produtores; 
eventualmente organismos onívoros podem 
ocupar a posição de consumidor primário, 
dependendo de sua dieta alimentar. Deste 
modo, sucessivamente, organismos que se 
alimentam de um consumidor primário são 
considerados consumidores secundários; 
os que se alimentam de consumidores 
secundários são os consumidores terciários; 
consumidores quaternários consomem 
consumidores terciários, e assim por diante.
O terceiro nível trófico é ocupado pelos 
decompositores, que devolvem a matéria 
orgânica para o ambiente para que seja 
reaproveitada. 
Já a energia não pode ser devolvida ao 
meio ambiente, ela é perdida, dissipada. 
Contudo a energia é constantemente emitida 
pelo Sol e aproveitada pelos produtores, 
sendo transmitida continuamente através 
da cadeia alimentar.
FIGURA 03. CAMINHOS PERCORRIDOS PELA MATÉRIA E PELA ENERGIA NO 
ECOSSISTEMA. PERCEBA QUE A MATÉRIA RETORNA AO CICLO E A ENERGIA É 
PERDIDA AO LONGO E AO FINAL DO PROCESSO.
Fonte: http://www.biomania.com.br/bio/conteudo.asp?cod=1261
http://www.biomania.com.br/bio/conteudo.asp?cod=1261
23
• Ciências do Ambiente
Exemplo de Cadeia Alimentar
Algumas plantas produzem frutos 
e sementes que são comidos por certos 
pássaros; estes são devorados por 
pequenos animais carnívoros como alguns 
gatos-do-mato; estes podem, por sua vez, 
ser comidos por carnívoros maiores, ou 
podem ser mortos pelo tiro de um caçador; 
sua carne servirá de alimento aos cães do 
caçador e sua carcaça, abandonada na mata 
pelo homem, vai alimentar uma série de 
insetos e bactérias; os ossos se desagregam 
com o decorrer do tempo e suas partículas 
se incorporam ao solo; as raízes de muitas 
plantas vão aproveitar esses minerais 
agregados ao solo; tais plantas produzirão 
novos frutos e sementes que alimentarão 
outros pássaros. Fechou-se, dessa forma, a 
cadeia alimentar.
 Muitas cadeias são mais complexas, 
apresentando caminhos preferenciais e 
outros secundários. Os animais em geral 
preferem certos alimentos mas se estes 
faltam ou escasseiam, comem outros.
Adaptado de “Ambiente Brasil”, disponível em: http://ambientes.
ambientebrasil.com.br/educacao/artigos/cadeia_alimentar.html
O Que é uma Teia Alimentar?
2.5
A intersecção de cadeias alimentares 
num ecossistema é chamada de teia 
alimentar, neste caso várias teias se 
sobrepõem fazendo com que as relações 
ecológicas sejam múltiplas e o alimento 
disponível possa ser utilizado por vários 
indivíduos e realmente compondo um 
ecossistema. Assim, um consumidor que ora 
atua como secundário, dentro de uma teia 
alimentar, pode ser também consumidor 
terciário ou quaternário, até consumidor 
primário se o organismo for onívoro.
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/educacao/artigos/cadeia_alimentar.htmlhttp://ambientes.ambientebrasil.com.br/educacao/artigos/cadeia_alimentar.html
24
• Ciências do Ambiente
FIGURA 04. TEIA ALIMENTAR. NOTE QUE SENTIDO DAS SETAS 
INDICA O FLUXO DE ENERGIA, QUE SAI DOS PRODUTORES E PASSA 
PELOS DIFERENTES ORGANISMOS.
Fonte: http://www.biomania.com.br
Fonte: http://beraltocartum.blogspot.com
A teia ou rede alimentar é o conjunto de 
cadeias alimentares, ou todos os possíveis 
caminhos seguidos pela matéria e energia 
num ecossistema.
http://www.biomania.com.br
http://beraltocartum.blogspot.com
25
• Ciências do Ambiente
Pirâmides Ecológicas 
2.6
As pirâmides ecológicas representam 
graficamente, a quantidade de matéria 
e/ou energia que perpassa pelos vários 
níveis tróficos de um ecossistema. Nelas 
o primeiro nível trófico, dos produtores, 
sempre ocupa a base da pirâmide e os níveis 
tróficos sucessivos formam as camadas.
FIGURA 05. PIRÂMIDE ECOLÓGICA. SUA FUNÇÃO É REPRESENTAR A 
TRANSFERÊNCIA DE MATÉRIA E/OU ENERGIA AO LONGO DE UM ECOSSISTEMA.
Extraído de: http://filipedebarros.wordpress.com
A tabela abaixo apresenta as diversas 
pirâmides ecológicas usuais atualmente:
http://filipedebarros.wordpress.com
26
• Ciências do Ambiente
TABELA 01. PIRÂMIDES ECOLÓGICAS E SUAS APLICAÇÕES PRINCIPAIS.
Tipo de 
pirâmide Característica Exemplo
Pirâmide de 
números
Representa a quantidade 
de indivíduos em cada nível 
trófico da cadeia alimentar 
proporcionalmente à quantidade 
necessária para a dieta de cada 
um desses.
 
Pirâmide de 
números 
invertida
Quando o produtor é uma planta 
de grande porte, o gráfico de 
números tem a sua base reduzida, 
sendo denominada “pirâmide 
invertida”.
A pirâmide também pode ser 
invertida quando envolve 
parasitas, pois neste caso os 
últimos níveis tróficos mais 
numerosos.
Pirâmide de 
biomassa
A pirâmide de biomassa considera 
a massa corpórea (biomassa) e não 
o número de cada nível trófico da 
cadeia alimentar. Sua conformação 
se assemelha à pirâmide de 
números: os produtores terão a 
maior biomassa e constituem a 
base da pirâmide, decrescendo a 
biomassa nos níveis superiores.
Pirâmide de 
energia
Neste tipo de pirâmide é possível 
representar a energia que é 
captada pelos produtores a partir 
do sol e sua dissipaçãoao longo 
das cadeias alimentares sob a 
forma de calor. Assim, retrata, para 
cada nível trófico, a quantidade 
de energia acumulada, em uma 
determinada área ou volume, em 
um intervalo de tempo. 
 
Adaptado de: www.sobiologia.com.br
http://www.sobiologia.com.br
27
• Ciências do Ambiente
Relações Ecológicas 
2.7
As populações e comunidades de 
seres vivos mantêm no ambiente diversas 
relações, de troca, de competição, de 
auto-ajuda, de interação, etc. Estes laços 
presentes em qualquer ecossistema e 
são chamados em ecologia de “relações 
ecológicas” ou “interações ecológicas”, 
podendo ser positivas para todos os 
envolvidos ou mesmo para apenas uma 
das partes, sem causar prejuízos à outra, 
configurando as relações harmônicas. 
Já àquelas relações que ao ocorrer 
resultam no prejuízo de pelo menos uma 
espécie, enquanto outra obtém vantagens, 
chamamos relações desarmônicas. Este 
conjunto de relações pode ainda ser 
classificado como intraespecíficas quando 
ocorrem dentro de uma mesma população, 
ou seja, somente entre indivíduos de 
mesma espécie ou interespecíficas 
quando as relações se dão entre indivíduos 
de espécies diferentes numa comunidade.
2.7.1 Relações intraespecíficas 
harmônicas
• Colônia
FIGURA 06. COLÔNIA FIXA DE CNIDÁRIOS E CARAVELA, UMA COLÔNIA MÓVEL.
Extraído de: https://www.amnh.org/es/exhibitions/cuba/arrecifes-de-coral
Conjunto de organismos da mesma 
espécie, organizados de modo que pode ou 
não haver divisão do trabalho. Na colônia 
os organismos estão unidos fisicamente, 
dando a impressão de ser um grande 
organismo. Existem colônias fixas como os 
corais e colônias móveis como as caravelas. 
As colônias podem ainda ser 
classificadas como: Homotípicas – sem 
diferenciação entre os indivíduos, e sem 
divisão de funções. Ex: colônia de bactérias; 
Heterotípicas – com diferenciação entre os 
indivíduos e com divisão de trabalho. Ex: 
caravela-do-mar, corais.
https://www.amnh.org/es/exhibitions/cuba/arrecifes-de-coral
28
• Ciências do Ambiente
• Sociedade
FIGURA 07. SOCIEDADE DE ABELHAS.
Extraído de: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=31010
Consistem na reunião de grandes 
grupos de indivíduos, na qual existe um 
elevado grau de hierarquia e divisão 
de trabalho. Nela os integrantes 
são extremamente organizados e 
desempenham funções diferenciadas, 
porém não estão ligados fisicamente. Ex: 
abelhas, cupins, formigas, lobos, etc. 
• Reuniões
FIGURA 08. REUNIÃO DE ZEBRAS COM INTUITO DE PROTEÇÃO CONTRA 
PREDADORES NA SAVANA AFRICANA.
Extraído de: https://thumbs.dreamstime.com/b/animais-selvagens-africanos-zebra-reuni%C3%A3o-da-%C3%A9gua-29684962.jpg
Reuniões são agrupamentos 
temporários de indivíduos em função de um 
determinado estímulo, como autoproteção, 
migração, busca de alimento, entre outros. 
Passado o distúrbio ou terminada a 
migração as reuniões podem ser desfeitas e 
cada indivíduo pode ter vida independente. 
Ex: aves migratórias, reunião de insetos ao 
redor de uma lâmpada. 
2.7.2 Relações intraespecíficas 
desarmônicas
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=31010
https://thumbs.dreamstime.com/b/animais-selvagens-africanos-zebra-reuni%C3%A3o-da-%C3%A9gua-29684962.jpg
29
• Ciências do Ambiente
• Canibalismo 
FIGURA 09. CANIBALISMO ENTRE LOUVA-A-DEUS.
Extraído de: https://sites.google.com/site/desvendandoasrelacoes/_/rsrc/1468912208807/2-objetivos/louva-a-deus-450x334.
jpg?height=236&width=320
Ocorre quando um indivíduo se 
alimenta de outro da mesma espécie. Esse 
comportamento social tem por função 
reduzir a competição entre os indivíduos da 
população por causa da falta de recursos, 
abrigos e locais de reprodução no meio 
ambiente. Ex: viúva negra, Louva-Deus. 
• Competição intraespecífica
FIGURA 10. COMPETIÇÃO POR TERRITÓRIO ENTRE MACHOS DOMINANTES.
Extraído de: http://escolakids.uol.com.br/public/images/legenda/d35ced276105d5e2171a6ddc7f3d851f.jpg
Competição entre indivíduos da mesma 
espécie que resulta do conflito no uso de 
um determinado recurso, como espaço para 
viver, alimento ou mesmo parceiros sexuais. 
A competição gera um “custo” em termos de 
energia para os indivíduos envolvidos.
2.7.3 Relações interespecíficas 
harmônicas
https://sites.google.com/site/desvendandoasrelacoes/_/rsrc/1468912208807/2-objetivos/louva-a-deus-450x334.jpg?height=236&width=320
https://sites.google.com/site/desvendandoasrelacoes/_/rsrc/1468912208807/2-objetivos/louva-a-deus-450x334.jpg?height=236&width=320
http://escolakids.uol.com.br/public/images/legenda/d35ced276105d5e2171a6ddc7f3d851f.jpg
30
• Ciências do Ambiente
• Mutualismo ou Simbiose
FIGURA 11. MUTUALISMO ENTRE RAÍZES DE PLANTAS E FUNGOS E ENTRE 
CUPINS E O PROTOZOÁRIO TRICONINFA.
Extraído de: https://2.bp.blogspot.com/-r6QPzoklWUU/WB7C61INRnI/AAAAAAAABOw/zLPlsAzTodIiy4TgVGnycAn_e86pDaZCQCLcB/s1600/
protozoario%2Bcupim.jpg
É uma interação entre duas espécies 
com benefício para ambas, onde os 
parceiros geralmente suprem recursos 
complementares. A maioria das relações 
de mutualismo evoluiu para uma relação 
de interdependência tão íntima que 
alguns parceiros já não mais sobreviveriam 
isolados.
• Protocooperação
FIGURA 12. EXEMPLOS DE PROTOCOOPERAÇÃO.
Extraído de: SEED- PR, portal dia-a-dia educação.
Associação em que ambas as espécies 
se beneficiam sem haver relação de 
dependência entre elas. Por exemplo, os 
pássaros que promovem a dispersão das 
plantas e os insetos que procuram o néctar 
das flores e contribuem na polinização. Há 
também os casos do caranguejo ermitão e 
anêmonas do mar e do caranguejo paguro 
com conchas abandonadas de moluscos.
http://bp.blogspot.com/-r6QPzoklWUU/WB7C61INRnI/AAAAAAAABOw/zLPlsAzTodIiy4TgVGnycAn_e86pDaZCQCLcB/s1600/protozoario%2Bcupim.jpg
http://bp.blogspot.com/-r6QPzoklWUU/WB7C61INRnI/AAAAAAAABOw/zLPlsAzTodIiy4TgVGnycAn_e86pDaZCQCLcB/s1600/protozoario%2Bcupim.jpg31
• Ciências do Ambiente
• Comensalismo
FIGURA 13. EXEMPLOS DE COMENSALISMO.
Extraído de: SEED- PR, portal dia-a-dia educação.
Ocorre quando um organismo 
se alimenta dos restos de alimentos 
deixados por outro organismo. É uma 
relação unilateral, isto é, nela somente 
um dos participantes tem benefícios, 
a outra espécie tem papel neutro. O 
processo acaba sendo indiferente para 
um dos participantes. Ex: rêmoras que se 
alimentam dos restos de tubarões e hienas 
que se beneficiam das carcaças deixadas 
pelos leões após os mesmos se fartarem. 
• Inquilinismo
FIGURA 14. CRACAS INQUILINAS EM CASCO DE TARTARUGA.
Bromélias epífitas. Extraído de: https://allyouneedisbiology.files.wordpress.com/2016/10/imagen33.jpg
Ocorre quando um organismo procura 
abrigo no corpo de outro organismo, sem 
dele retirar recursos. A relação é indiferente 
para o hospedeiro e positiva para o 
inquilino, que geralmente ganha abrigo e 
proteção, por vezes até otimiza a captura 
de alimento, como é o caso das cracas que 
se estabelecem no casco das tartarugas. 
Quando nadam as tartarugas forçam a 
passagem de água pelas cracas, que são 
animais filtradores, favorecendo a captura 
de plâncton.
O epifitismo é um caso especial de 
inquilinismo, praticado por orquídeas e 
bromélias que se apoiam sobre árvores sem 
delas retirar insumos.
https://allyouneedisbiology.files.wordpress.com/2016/10/imagen33.jpg
32
• Ciências do Ambiente
• Foresia
FIGURA 15. CARRAPICHOS E PICÕES COM ESTRUTURAS PARA ADERIR AOS 
PELOS DE MAMÍFEROS.
Extraído de: Science Photo Library
Ocorre quando um organismo é 
transportado por outro. A foresia acontece 
quando o carrapicho e picão que se 
prendem em pêlos de animais ou em 
roupas de humanos e são transportados 
por longas distâncias até se desprenderem 
e ali germinarem. É uma estratégia que 
contribui para a dispersão dessas espécies.
2.7.4 Relações interespecíficas 
desarmônicas
• Predatismo
FIGURA 16. PREDADORES.
Extraído de: http://brasilescola.uol.com.br/upload/e/leozebra.jpg
Ocorre quando um organismo captura 
e mata outro organismo para se alimentar. 
Os predadores capturam os indivíduos e os 
consomem, dessa forma retirando-os da 
população de presa e ganhando nutrição 
para sustentar a sua própria reprodução. 
Via de regra, predadores são animais que 
estão no topo das cadeias alimentares. 
Dentre os exemplos típicos de predadores 
podemos citar os leões e outros felinos de 
grande porte, as aves de rapina, aracnídeos, 
serpentes, tubarões, etc.
http://brasilescola.uol.com.br/upload/e/leozebra.jpg
33
• Ciências do Ambiente
• Parasitismo
FIGURA 17. PARASITAS.
Extraído de: https://imgur.com/gallery/Qhqow
Um parasita consome partes do 
organismo de uma presa viva ou hospedeiro. 
Conforme descrevem Odum e Barrett (2007), 
eles se anexam (ectoparasitas) ou invadem 
(endoparasitas) o corpo dos hospedeiros e 
se alimentam dos seus tecidos, sangue ou 
alimento parcialmente digerido em seus 
intestinos. Ainda de acordo com autores, os 
parasitas que causam sintomas de doenças 
são chamados patógenos.
O parasita não tem a intenção de matar 
seu hospedeiro, pois se isso acontecer 
cessam os seus recursos e a vida do parasita 
finda junto a do hospedeiro. Existem 
parasitas dentro de todos os reinos de seres 
vivos, causando os mais diversos prejuízos 
ambientais e econômicos. Por outro lado, 
alguns parasitam atuam no sentido de 
controlar algumas populações de animais e 
plantas, evitando o superpovoamento em 
alguns ecossistemas.
• Amensalismo
FIGURA 18. MARÉ VERMELHA.
Amensalismo em Eucaliptus. Extraído de: http://www.sobiologia.com.br/figuras/Reinos/mare_vermelha.gif https://photos.travelblog.org/
Photos/72600/296586/f/2540715-Eucalyptus-forest-1.jpg
https://imgur.com/gallery/Qhqow
http://www.sobiologia.com.br/figuras/Reinos/mare_vermelha.gif
https://photos.travelblog.org/Photos/72600/296586/f/2540715-Eucalyptus-forest-1.jpg
https://photos.travelblog.org/Photos/72600/296586/f/2540715-Eucalyptus-forest-1.jpg
34
• Ciências do Ambiente
No amensalismo, uma espécie produz 
substâncias que são tóxicas inibindo o 
crescimento ou a sobrevivência de outra. 
Existem inúmeros casos de 
amensalismo ou antibiose na natureza, 
a começar por espécies de plantas que 
inibem o desenvolvimento de outras 
espécies ao seu redor. A maré vermelha é 
outro caso de amensalismo em que algas 
pirrófitas ou dinoflagelados liberam toxinas 
na água, que causando mortandade de 
peixes e outros organismos aquáticos. O 
fungo Penicílium produz substâncias que 
inibem o crescimento de diversas espécies 
de bactérias. 
• Competição interespecífica
FIGURA 19. COMPETIÇÃO POR RECURSOS NUMA FLORESTA TROPICAL ÚMIDA.
Extraído de: https://cdn.thinglink.me/api/image/647647659586224128/1240/10/scaletowidth
Quando duas ou mais espécies 
diferentes competem pelos mesmos 
recursos, num ecossistema. Numa floresta 
plantas, animais e microrganismos 
competem por recursos diversos que podem 
ser luminosidade, alimento ou hábitat. 
• Herbivoria
FIGURA 20. PANDA, UM ANIMAL HERBÍVORO
Extraído de: https://www.haikudeck.com/joanna-alejo-uncategorized-presentation-eiVPvJsLj1
https://cdn.thinglink.me/api/image/647647659586224128/1240/10/scaletowidth
https://www.haikudeck.com/joanna-alejo-uncategorized-presentation-eiVPvJsLj1
35
• Ciências do Ambiente
Nesta relação os animais herbívoros 
ingerem partes da planta viva ou organismos 
vegetais inteiros para seu alimento e 
nutrição. A planta então sofre prejuízo 
enquanto o animal obtém vantagem. 
SUGESTÃO
LEITURA COMPLEMENTAR
Monitoramento da resistência de populações de carrapatos Riphicephalus (Boophilus) 
microplus a carrapaticidas em bovinos nas bacias leiteiras do Estado de Mato Grosso do 
Sul.
Disponível em:
h t t p : / / c l o u d . c n p g c . e m b r a p a . b r / c o n t r o l e - d o - c a r r a p a t o - m s /
f i l e s / 2 0 1 1 / 1 1 / 0 6 A n a K a r l a - M o n i to ra m e nto - d a - re s i s t % C 3 % A A n c i a - d e -
popula%C3%A7%C3%B5es-de-carrapatos-Riphicephalus.pdf
 
O texto “Monitoramento da resistência 
de populações de carrapatos Riphicephalus 
(Boophilus) microplus a carrapaticidas em 
bovinos nas bacias leiteiras do Estado de 
Mato Grosso do Sul” é um relato comum da 
rotina do médico veterinário e que nos traz 
diversos conceitos estudados em ecologia 
de populações e comunidades. Durante 
a leitura do mesmo você irá encontrar 
implícito no texto os conceitos de:
• Parasitismo
• Amensalismo ou antibiose
• Ecologia de populações 
• Cadeia alimentar; consumidor 
primário e secundário.
• Magnificação trófica
• Adaptação e organismos resistentes
http://cloud.cnpgc.embrapa.br/controle-do-carrapato-ms/files/2011/11/06AnaKarla-Monitoramento-da-resist%C3%AAncia-de-popula%C3%A7%C3%B5es-de-carrapatos-Riphicephalus.pdf
http://cloud.cnpgc.embrapa.br/controle-do-carrapato-ms/files/2011/11/06AnaKarla-Monitoramento-da-resist%C3%AAncia-de-popula%C3%A7%C3%B5es-de-carrapatos-Riphicephalus.pdf
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36
• Ciências do Ambiente
Perfil Empreendedor
MÓDULO 3
Objetivo Específico
Reconhecer a diversidade biológica existente no Brasil através do conhecimento 
das peculiaridades e regionalidades de cada bioma brasileiro.
Sistema de Informação 
Geográfica - SIG
Noções de Floricultura: Substrato 
e Conservação Pós Colheita de 
Plantas Ornamentais
Recria de NovilhasConhecer DadosGeográficos Espaciais
A Infraestrutura
Urbana
Biossegurança e Precauções Padrão 
para os Profissionais de Saúde
Características próprias 
das Espécies
 Raças Híbridas de Galinhas 
para Criações Comerciais e 
Alternativas no Brasil 
Estatuto da Terra e a
Estrutura Fundiária
Ecologia de Ecossistemas: 
Biomas do Brasil
37
• Ciências do Ambiente
Introdução
O que são Biomas 
3.1
3.2
O planeta é constituído por uma 
infinidade de formas do relevo, climas, solos 
e espécies diferentes.Essas diferenças 
são expressas nos diferentes biomas 
existentes em toda a superfície terrestre, 
desde as regiões árticas, passando pelas 
florestas tropicais até os mais inóspitos 
desertos. No Brasil, essas variações 
das condições ambientais também são 
refletidas e expressas em diferentes 
paisagens, que reúnem características 
únicas e impressionante diversidade de 
espécies. Considerando essa diversidade, 
neste módulo, iremos conhecer mais 
profundamente as principais características 
dos grandes biomas brasileiros.
Biomas são formações ecológicas 
ou tipos de ecossistemas facilmente 
reconhecidos, com ênfase nas diferenças 
geográficas e biológicas subjacentes à 
extraordinária diversidade de vida no nosso 
planeta. São ecossistemas diversos que 
possuem certo nível de homogeneidade 
que os assemelha. 
FIGURA 01. BIOMAS MUNDIAIS.
Fonte: http://varinia.es/blog/2008/02/07/diferencias-entre-ecosistema-y-bioma/ .
http://varinia.es/blog/2008/02/07/diferencias-entre-ecosistema-y-bioma/
38
• Ciências do Ambiente
Geralmente as plantas se prestam ao 
papel de diferenciador de ecossistemas 
terrestres, facilitando seu reconhecimento 
e diferenciação, logo permitem a distinção 
de biomas diversos, pois a vegetação 
compõe a matriz da paisagem. Já nos 
ecossistemas aquáticos o diferencial está 
no reconhecimento dos atributos físicos 
do ambiente, já que o componente vegetal 
costuma ser microscópico ou estar em 
profundidade.
Bioma é o termo usado para um grande 
sistema regional caracterizado por um 
tipo principal de vegetação ou outro 
aspecto identificador da paisagem 
(Odum e Barrett, 2007).
 A tabela a seguir apresenta os 
principais biomas presentes no planeta:
TABELA 01. PRINCIPAIS BIOMAS EXISTENTES, ECOSSISTEMAS MARINHO E 
TIPOS DE HÁBITAT.
Fonte: Odum e Barrett, 2007.
39
• Ciências do Ambiente
O mapa de Biomas do Brasil (IBGE, 
2004) coloca que a definição de um bioma 
está condicionada à:
• Um conjunto de tipos vegetacionais, 
identificável em escala regional, 
possuidor de fauna e flora características.
• Determinadas condições físicas 
predominantes compartilhadas, 
como clima, geologia, geomorfologia, 
pedologia e história natural.
• Diversidade biológica particular.
Sendo assim, o IBGE (2004) conceitua 
bioma como sendo “um conjunto de 
vida (vegetal e animal) constituído pelo 
agrupamento de tipos de vegetação 
contíguos e identificáveis em escala 
regional, com condições geoclimáticas 
similares e história compartilhada 
de mudanças, o que resulta em uma 
diversidade biológica própria”.
 Visto o Brasil ser um país rico 
em biodiversidade, abriga diferentes 
biomas, com características peculiares a 
cada um. Veremos adiante as principais 
características de cada um deles.
Biomas Brasileiros 
3.3
FIGURA 02. BIOMAS BRASILEIROS.
Fonte IBGE, 2004.
40
• Ciências do Ambiente
O Brasil possui seis grandes biomas 
continentais: Amazônia, Cerrado, Caatinga, 
Mata Atlântica, Pantanal e Pampa.
A tabela abaixo apresenta as 
dimensões e proporções de cada bioma, em 
nosso país:
TABELA 02. DIMENSÕES DE CADA BIOMA BRASILEIRO.
Fonte: IBGE, 2004.
a. Amazônia
FIGURA 03. FLORESTA AMAZÔNICA.
Fonte: Greenpeace; Shutterstock.
O bioma amazônico é o maior 
bioma brasileiro, ocupando cerca de 
49% do território nacional, possui 
aproximadamente 4,2 milhões de 
quilômetros quadrados, (IBGE, 2004). Por 
sua extensão e imponência, é um bioma 
reconhecido mundialmente, não só pela 
sua dimensão territorial como pela sua 
expressiva biodiversidade.
Abrigando cerca de 53 ecossistemas 
distintos, o bioma Amazônia possui mais de 
45.000 espécies e vertebrados (SAYRE et 
al., 2008).
De acordo com o Serviço Florestal 
Brasileiro (SFB, 2010) e com IBGE (2004) 
as formações vegetais características da 
Amazônia são:
• Floresta Ombrófila Densa – 
predominância de árvores altas e no estrato 
arbustivo há indivíduos jovens. Ocorrem 
praticamente em todas as planícies que 
acompanham o Rio Amazonas e seus 
grandes afluentes, onde suas variações 
são a mata de várzea, que sofre inundações 
periódicas e a mata de igapó que se encontra 
permanentemente inundada.
41
• Ciências do Ambiente
• Floresta Ombrófila Aberta – 
apresenta menor densidade de indivíduos, 
com quatro elementos característicos: 
palmeiras, bambus, cipós e sororocas.
• Floresta Estacional Sem decidual – 
ligada à transição climática de úmido à seco.
• Floresta Estacional Decidual – 
ocorrência ligada a Neossolos Litólicos, ou 
seja, solos rasos e pedregosos, oriundos da 
recém decomposição da rocha exposta.
Há também outras formações 
vegetais no bioma, como as savanas, 
campinaranas, formações pioneiras e 
refúgios vegetacionais, possuindo diversas 
espécies endêmicas características.
 Espécie endêmica é o termo adotado 
para uma espécie que tem ocorrência 
restrita a uma região específica, 
como um ecossistema ou uma bacia 
hidrográfica, por exemplo. O mico-leão-
dourado é uma espécie endêmica da 
Mata Atlântica, com distribuição nos 
Estados do Rio de Janeiro e Espírito 
Santo, do mesmo modo, o cacto-bolinha 
é uma espécie endêmica dos Campos 
Gerais do Paraná.
 
O clima na região é predominantemente 
quente e úmido e a fisionomia é florestal, 
sendo caracteristicamente uma floresta 
tropical. A diversidade biológica é resultado 
da interação entre as condições climáticas 
e geomorfológicas locais. A temperatura 
média varia em torno de 25ºC, com chuvas 
torrenciais bem distribuídas ao longo do 
ano (IBGE, 2004). 
Apresentando topografia variada, com 
planícies como a que abriga a maior bacia 
hidrográfica do Planeta, a Bacia Amazônica, 
também apresenta depressões e elevações 
como o pico da Neblina, que é o ponto mais 
alto do Brasil, com 3.014 m (BRASIL, 1979).
Considerando o aspecto social, a região 
Amazônia abriga inúmeras etnias indígenas 
e populações tradicionais, além de diversas 
comunidades extrativistas que vivem 
da exploração sustentável da floresta. Já 
considerando o aspecto sócio-econômico, 
a região é amplamente explorada por 
madeireiros e pecuaristas, o que vem 
ameaçando a grandiosidade do bioma, 
uma vez que a exploração desenfreada dos 
seus recursos naturais pode levar ao seu 
escasseamento.
3.3.1. Cerrado
FIGURA 04. CERRADO.
Extraído de www.soscerrado.com
http://www.soscerrado.com
42
• Ciências do Ambiente
 O Bioma Cerrado é o segundo maior 
bioma brasileiro. Localizado na região 
central do Brasil, estende-se desde o 
Pantanal Mato-grossense até a faixa 
litorânea maranhense, fazendo divisa com 
o bioma amazônico, a Caatinga e com a Mata 
Atlântica.
Sua existência está condicionada a 
ocorrência sazonal de fogo, o que caracteriza 
sua fitofisionomia, com árvores de casca 
grossa e trocos tortuosos (Maack, 1948). 
Além disso, colaboram para sua ocorrência 
o clima seco da região, além dos solos e da 
geologia. Existem apenas duas estações, 
uma seca e outra chuvosa. O relevo por sua 
vez, exibe feições diversas, destacando-se 
os planaltos, as depressões e as planícies, 
constituindo extensas chapadas, com 
escalas redes de drenagem (IBGE, 2004).
 Assim como a Amazônia, também é 
detentor de extensa biodiversidade, sendo 
considerado um dos hotspots mundiais de 
biodiversidade (MMA, 2007).
 Ribeiro e Walter (1998) apud Serviço 
Florestal Brasileiro (2010), colocam que o 
Cerrado se caracteriza como uma formação 
do tipo savana tropical, com destacada 
sazonalidade, apresentando fisionomias 
que englobam formações florestais, 
savânicas e campestres. Os mesmos 
autores colocam ainda que:
Em sentido fisionômico, 
floresta representa áreas com 
predominância de espécies 
arbóreas, onde há formação 
de dossel, contínuo ou 
descontínuo. O termo savana 
refere-se a áreas com árvores 
e arbustos espalhados sobre 
um estrato graminoso, sem a 
formação de dossel contínuo. 
Já o termo campo designa áreas 
com predomínio de espécies 
herbáceas e algumas arbustivas, 
faltando árvores na paisagem. 
A mata de galeria caracteriza-
se pela vegetação florestal que 
acompanha osrios de pequeno 
porte e córregos dos planaltos 
do Brasil Central, formando 
corredores.
 Considerando as informações acima 
o IBGE (2004) classifica o Cerrado em três 
principais tipologias vegetais:
• Cerradão ou Savana Florestada;
• Savana (Savana Parque e Savana 
Arborizada, Floresta de Galeria, Vereda);
• Floresta Estacional (decidual e 
semidecidual).
43
• Ciências do Ambiente
São formações florestais do Cerrado caracterizadas pelos solos hidromórficos 
(encharcados), podem apresentar grupamentos de buritis (Mauritia flexuosa), uma 
palmeira típica, em meio a agrupamentos de espécies arbustivo-herbáceas e espécies 
campestres, com gramíneas e ervas diversas. Recebem este nome por serem caminho 
para a fauna. São comumente encontradas no estado de Minas Gerais, Bahia e na 
Região Centro-Oeste. A legislação ambiental de alguns estados como Minas Gerais 
dá tratamento especial à esta forma formação, considerando-as áreas de proteção 
permanente com entorno protetivo de 80 metros aos seus redores.
Veredas 
Fonte: Revista Ciência Hoje
Adaptado de IBGE (2004).
 A região possui em seus domínios 
importantes bacias hidrográficas, com as 
dos rios Araguaia, Tocantins, Xingu, Tapajós, 
Paraguai e São Francisco, sendo que 
algumas das quais abriga integralmente.
Dentre as principais ameaças ao bioma 
está a expansão das fronteiras agrícolas, 
principalmente na cultura da soja, pois 
para o aumento das áreas agricultáveis 
é necessário desmatar grandes áreas 
naturais de Cerrado, extinguindo assim com 
diversas espécies nativas da região.
3.3.2 Caatinga
44
• Ciências do Ambiente
FIGURA 05. BIODIVERSIDADE DA CAATINGA.
Extraído de: http://www.acaatinga.org.br
A Caatinga é um mosaico de arbustos 
espinhosos e florestas sazonalmente 
secas, que cobre a maior parte dos estados 
da região Nordeste e a parte nordeste 
do estado de Minas Gerais, no vale do 
Jequitinhonha (LEAL; SILVA; LANCHER JR, 
2005 apud SFB, 2010). Sendo o único bioma 
exclusivamente brasileiro, ocupa uma área 
aproximada de 844.453 km2.
Os contrastes fisionômicos podem 
ser verificados nas estações de chuva e 
seca, nesta a caatinga está com arvoredos 
sem folhas, a paisagem é cinzenta e 
predominam os espinhos, noutra o verde 
surge na rebrota das folhas e flores 
começam a surgir. No período das chuvas, 
cujo índice pluviométrico varia entre 300 e 
800 milímetros anualmente (WWF-BRASIL, 
2001). Contudo a região pode passar alguns 
anos na ausência da estação chuvosa, 
ocasionando miséria e fome na região.
Devido ao clima semiárido e solo raso 
e pedregoso, embora relativamente fértil, o 
bioma é rico em recursos genéticos dada a 
sua biodiversidade, que apesar de bastante 
específica é elevada.
FIGURA 06. PLANTA XILOPODÍFERA NA CAATINGA. MANDACARU.
Plantas especializadas no armazenamento de água. Fonte: Embrapa; Kido Aranha.
A Caatinga apresenta três estratos: 
arbóreo (8 a 12 metros), arbustivo (2 a 5 
metros) e o herbáceo (abaixo de 2 metros), 
(WWF-BRASIL, 2001). A vegetação possui 
adaptações ao clima específico, como folhas 
reduzidas, ausentes ou transformadas 
em espinhos para reduzir a transpiração. 
Algumas plantas armazenam água em 
suas raízes (xilopódios principalmente) ou 
mesmo em seus caules, como é o caso do 
mandacaru, planta típica da região.
http://www.acaatinga.org.br
45
• Ciências do Ambiente
Estendendo-se desde o litoral 
nordeste do país, passando pelo sudeste 
até o Rio Grande do Sul, a Mata Atlântica 
é um bioma bastante singular. Explorado 
desde período colonial, estima-se que 
atualmente restem apenas cerca de 7% da 
sua formação original (WWF, 2011), pois 
na sua extensão encontram-se os maiores 
assentamentos urbanos, áreas industriais 
e sistemas produtivos do país. Pode-se 
afirmar que hoje, o Bioma Mata Atlântica 
constitui um dos mais descaracterizados 
biomas brasileiros (IBGE, 2004).
As principais ameaças à esses bioma 
são a pecuária desordenada e a salinização 
dos solos ocasionada por técnicas 
inapropriadas de irrigação dos solos na 
região.
3.3.3. Mata Atlântica
FIGURA 07. MATA ATLÂNTICA, ASPECTO GERAL DA FLORESTA ATLÂNTICA E 
ESPÉCIES CARACTERÍSTICAS DO BIOMA.
Imagens extraídas de: http://www.rbma.org.br
FIGURA 08. COMPARATIVO ENTRE A ÁREA DE VEGETAÇÃO NATIVA ORIGINAL DA 
MATA ATLÂNTICA E A ÁREA REMANESCENTE.
Extraído de: planetabiologia.com.br
http://www.rbma.org.br
http://planetabiologia.com.br
46
• Ciências do Ambiente
 Ao todo, são aproximadamente 
1.200.000 km², ou cerca de 15% do 
território nacional, englobando 17 estados 
brasileiros, atingindo até o Paraguai e a 
Argentina (IBGE, 2004).
A vegetação remanescente abriga 
ainda grande biodiversidade, assumindo 
papel prioritário nas ações dos órgãos 
ambientais federais e estaduais para sua 
conservação.
As formações do bioma (IBGE, 2004; 
SFB, 2010, SOS Mata Atlântica, 2011) são 
as florestas:
• Ombrófila Densa (Floresta Atlântica)
• Ombrófila Mista (Floresta com 
Araucária): 
• Estacional Semidecidual
• Estacional decidual 
• Ecossistemas associados como 
manguezais, restingas, brejos 
interioranos, estepes, savanas, campos 
de altitude e ilhas costeiras e oceânicas. 
A fauna é exuberante, possuindo 
exemplares amplamente conhecido no Brasil 
e no mundo, como o mico-leão-dourado, a 
onça pintada, o jacaré-de-papo-amarelo, 
o papagaio-da-cara-roxa, entre muitas 
outras. O número de endemismos com 
relação às espécies animais impressiona, 
conforme a ONG SOS Mata Atlântica, estima-
se que das 1711 espécies de vertebrados 
que vivem ali, 700 são endêmicas, sendo 
55 espécies de mamíferos, 188 de aves, 60 
de répteis, 90 de anfíbios e 133 de peixes. 
Além disso, inúmeras novas espécies vêm 
sendo identificadas a cada ano na região.
Assim como a biodiversidade a 
hidrografia também impressiona, no Bioma 
estão inseridas sete importantes bacias 
hidrográficas brasileiras, integralmente ou 
grandes trechos delas, como é o caso das 
bacias dos Rios São Francisco, Paraíba do 
Sul, Doce, Tietê, Ribeira e Paraná. 
Dentre as populações tradicionais 
que habitam o bioma, podemos citar 
quilombolas, caiçaras, algumas tribos 
indígenas além de alguns assentamentos 
de faxinalenses no Paraná. 
A exploração da Mata Atlântica 
iniciada desde os tempos coloniais com 
a exploração de pau-brasil infelizmente 
vem sendo continuada ao longo dos anos 
de muitas maneiras. Dentre os principais 
fatores que atualmente colaboram para 
a diminuição das áreas naturais do bioma 
são a expansão urbana desregulada, a 
exploração mineral, a poluição em todos 
os seus aspectos (recursos hídricos, do 
solo e do ar), a expansão industrial e as 
atividades agropecuárias sem regulação, 
que acarretam na redução das áreas 
remanescentes de floresta. Programas de 
planejamento regional (urbano e rural), 
assim como estratégias apropriadas 
de gestão ambiental acarretariam na 
diminuição dos impactos causados, não só 
a este como aos demais biomas brasileiros.
47
• Ciências do Ambiente
FIGURA 09. DIVERSIDADE DE ESPÉCIES E DE HÁBITATS DA MATA ATLÂNTICA.
Fonte: http://www.pantanalecoturismo.tur.br
PRINCIPAIS FITOTÍPIAS DO BIOMA 
MATA ATLÂNTICA
Floresta Ombrófila Densa 
A fisionomia da Floresta Ombrófila 
Densa é marcada pelas copas altas, 
que formam uma cobertura fechada, 
conhecida como dossel. Apresenta-se 
compartimentada em diferentes estratos, 
garantindo a existência de vários nichos, 
sob o dossel (camada superior de uma 
floresta), o que sustenta a diversidade 
de sua fauna. Estende-se do Ceará ao Rio 
Grande do Sul, localizada principalmente 
nas encostas da Serra do Mar, da Serra 
Geral e em ilhas situadas no litoral entre os 
estados do Paraná e do Rio de Janeiro.
Floresta Ombrófila Mista
Também conhecida como Floresta com 
Araucária (Araucaria angustifolia), uma 
vez que o Pinheiro-do-Paraná é a espécie 
marcante desse ecossistema e se impõe 
na paisagem, podendo atingir 50 metros 
de altura. A Mata com Araucária encontra-
se ligada ao clima frio, condicionado pela 
altitude. Ela ocorre na região sule em áreas 
altas do sudeste do Brasil, abrangendo 
pequena porção do nordeste argentino. A 
Mata com Araucária não é homogênea, pois 
abaixo das copas dos pinheiros encontram-
se outras espécies vegetais, como a canela-
sassafrás (Ocotea pretiosa) – também 
em perigo de extinção, e o Pinheiro 
Bravo (Podocarpus lambertii). Devido ao 
desmatamento, a Mata com Araucária 
diminuiu muito. Sua área de distribuição 
atinge menos de 5% da superfície 
originalmente ocupada, que no Brasil era de 
196 mil km², em uma faixa contínua do Rio 
Grande do Sul ao Paraná e, esparsamente, 
em locais altos, como a Serra da Mantiqueira 
entre São Paulo, Minas Gerais e Rio de 
Janeiro.
Floresta Ombrófila Aberta
Como o próprio nome indica, a 
vegetação é mais aberta, sem a presença 
http://www.pantanalecoturismo.tur.br
48
• Ciências do Ambiente
de árvores que fechem as copas no alto. 
As árvores são mais espaçadas e o estrato 
arbustivo é pouco denso. São também 
conhecidas como áreas de transição. 
Ocorre, geralmente, em regiões onde o 
clima apresenta um período de dois e, 
no máximo, quatro meses secos, com 
temperaturas médias entre 22 e 25ºC. Esse 
tipo de formação florestal é encontrado, por 
exemplo, nos estados da Bahia, do Espírito 
Santo e de Alagoas.
Floresta Estacional Semidecidual
Também é conhecida como Mata de 
Interior. Remanescentes esparsos deste 
tipo de formação ocorrem no Planalto 
brasileiro, nos estados de São Paulo, 
Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, 
Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Nos 
estados do Sul, ela é freqüentemente 
associada à Floresta Ombrófila Mista. 
Alguns encraves também são encontrados 
no nordeste do país. As características 
da Floresta Estacional Semidecidual são 
fortemente determinadas pelo seu fator de 
continentalidade. A mudança climática faz 
com que de 20% a 50% das árvores percam 
suas folhas na época seca. Essa é uma das 
formações mais ameaçadas dentro do bioma 
Mata atlântica. O que restou encontra-se 
confinado a fragmentos pequenos e médios 
e muito distantes uns dos outros, a maioria 
em Unidades de Conservação.
Floresta Estacional Decidual
A vegetação decidual caracteriza-se 
por duas estações bem demarcadas: uma 
chuvosa, seguida de longo período seco. A 
sazonalidade, aqui, é mais marcante do que 
no caso da Floresta Semidecidual. Mais de 
50% das árvores perdem as folhas na época 
de seca. Poucos remanescentes sobrevivem 
em regiões da Bahia, de Minas Gerais, do 
Espírito Santo, de São Paulo e do Rio de 
Janeiro. Essa formação se encontra ainda 
mais ameaçada do que a semidecidual.
Campos de Altitude
Localizados em regiões de planalto, 
como nos Parques Nacionais de Itatiaia 
(RJ, SP e MG) e do Alto Caparaó (ES) e nos 
Parques Nacionais de Aparados da Serra e 
da Serra Geral (RS e SC, respectivamente), 
os Campos de Altitude dispõem de uma 
formação predominantemente herbácea. 
As características do solo propiciam a 
formação de manchas de matas arbustivas. 
Marcados pela presença de vento, nevoeiro 
e chuva, os Campos apresentam elevado 
índice de endemismo, principalmente entre 
as plantas.
Mangues
Localizam-se próximos à foz dos rios, 
onde formam uma série de canais menores, 
que são inundados pelas marés, sendo o 
solo constituído de lama. A alta salinidade e 
a baixa oxigenação fazem com que poucas 
espécies vegetais os suportem – em média 
três ou quatro –, porém, abrigam muitas 
espécies de peixes, moluscos e crustáceos. 
Os mangues produzem grande quantidade 
de matéria orgânica, que, através das 
marés, é transportada para outras áreas. 
Funcionam como filtro biológico, sendo um 
aparador do mar e um elo deste com a terra 
firme. São fundamentais na regulação de 
outros ambientes adjacentes; por isso, são 
considerados "berçários da vida".
49
• Ciências do Ambiente
Restinga
Formação vegetal que ocorre ao longo 
de praias, cordões arenosos e planícies 
costeiras. Próxima ao mar e em região de 
dunas, onde o solo é pobre em nutrientes 
e o vento é forte e constante, a vegetação 
é, principalmente, herbácea e rala, com 
folhas duras e pequenas com a freqüente 
presença de áreas alagadas. À medida que 
se adentra o continente, a vegetação vai 
se adensando com arbustos e pequenas 
árvores e formando matas com mais de 15 
m de altura.
Extraído de RMA – Rede de ONGS da Mata Atlântica. Disponível em: 
http://www.rma.org.br
3.3.4. Pantanal 
FIGURA 10. PANTANAL.
Fonte: http://www.pantanalecoturismo.tur.br
Localizado na região Centro-Oeste do 
Brasil, o Bioma Pantanal abrange parte dos 
estados de Mato Grosso e Mato Grosso de 
Sul, numa região de planície pertencente 
è bacia do Alto Rio Paraguai. Sendo 
considerada a maior área úmida continental 
do planeta, sofre inundações anuais que 
imprimem consideráveis modificações na 
dinâmica do meio físico, biótico e social 
local (IBGE, 2004). A vegetação e a fauna 
encontram-se extremamente adaptadas 
à situação de encharcamento, havendo 
na região grande diversidade de espécies 
com especializações para sobrevivência no 
ambiente em que vivem.
O site Portal Pantanal (2001) aponta 
que a região “apresenta grande diversidade 
de espécies de plantas superiores, como 
árvores e arbustos (1.647 espécies) e alta 
diversidade de fauna: 263 espécies de 
peixes, 122 espécies de mamíferos, 93 
espécies de répteis, 1.132 espécies de 
borboletas e 656 espécies de aves”.
 Dentre as formações florestais 
principais (IBGE, 2004) destacam-se:
• Predominantemente Savana;
• Savana estépica;
• Floresta Estacional Semidecidual;
• Floresta Estacional Decidual.
Assim como a Mata Atlântica, o bioma 
do Pantanal foi reconhecido pela UNESCO 
em 2000 como Reserva da Biosfera. 
Essas reservas são instrumentos de 
gestão e manejo sustentável integrados, 
visando sempre a conservação de suas 
características originais. 
http://www.rma.org.br
http://www.pantanalecoturismo.tur.br
50
• Ciências do Ambiente
O Pantanal atrai cerca de 700 mil 
turistas por ano, 65% dos quais são 
pescadores (PORTAL PANTANAL, 2011). 
Tal atividade pode acarretar em sérios 
impactos ambientais na região se não for 
conduzida de maneira adequada, visando a 
sustentabilidade.
FIGURA 11. O PANTANAL É UM DOS POUCOS BIOMAS DO BRASIL QUE CONSEGUE 
CONCILIAR AS ATIVIDADES ECONÔMICAS, COMO A CRIAÇÃO DE GADO, COM A 
PRESERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE.
Fonte: WWF-Brasil e http://www.ruralcentro.com.br
 
A base da economia regional é a 
pecuária de corte extensiva, que se bem 
manejada, consegue se desenvolver em 
harmonia com as características do Bioma. 
Contudo grandes áreas circundantes do 
Pantanal tiveram a cobertura original 
substituída por lavouras e pastagens, o que 
vem acarretando no assoreamento dos rios 
e superfícies rebaixadas (IBGE, 2004).
3.3.5. Pampa
 
FIGURA 12. ASPECTO GERAL DA PAMPA.
Fotos: Miriam Prochnow; Scheridon.
http://www.ruralcentro.com.br
51
• Ciências do Ambiente
Também conhecido como campos 
sulinos, o Bioma Pampa está localizado na 
região Sul do Brasil, mais especificamente na 
porção Meridional do estado do Rio Grande 
do Sul. Ocupando 63% do território gaúcho 
e também está presente em territórios da 
Argentina e Uruguai (IBF, 2011).
A região é acometida por frequentes 
frentes polares e temperaturas negativas no 
inverno, caracterizando geada constante, 
principalmente na região do Planalto da 
Campanha Gaúcha (IBGE, 2004). O relevo é 
suave-ondulado. 
É constituído predominantemente 
por formações campestres, nas quais 
predominam variadas espécies de 
gramíneas e ervas diversas. 
O Instituto Brasileiro de Florestas 
(2011) aponta que “à primeira vista, a 
vegetação campestre mostra uma aparente 
uniformidade, apresentando nos topos mais 
planos um tapete herbáceo baixo, de 60 cm 
a 1 m de altura, ralo e pobre em espécies 
que se torna mais denso e rico nas encostas, 
predominando gramíneas, compostas e 
leguminosas”. As formações florestais 
são pouco expressivas, restringindo-se 
basicamente à vegetação aluvial (ao longo 
dos rios) apresenta inúmeras espécies 
arbóreas.Atualmente, este bioma sofre forte 
pressão sobre seus ecossistemas, com 
introdução de espécies forrageiras e com a 
atividade pecuária (IBF, 2010).
Ecótono ou Áreas de Transição
3.4
Também chamado de ecótone, é uma 
região de transição entre dois ecossistemas, 
comunidades ou até mesmo biomas 
distintos. A transição entre dois ambientes 
geralmente se dá de maneira gradual, na 
qual elementos dos ecossistemas de modo 
sutil invadem-se mutuamente, havendo 
assim uma mistura de espécies destes dois 
ambientes na região ecotonal. 
FIGURA 13. ECÓTONOS DE TRANSIÇÃO GRADUAL.
Fotos: Sarah Charlier Sarubo.
52
• Ciências do Ambiente
Por haver uma mistura de espécies, 
regiões ecotonais geralmente costumar 
ser ricas em biodiversidade, pois possuem 
elementos de ambos ambientes. Contudo 
podem também haver espécies endêmicas, 
ou seja, exclusivas daquele ambiente 
ecotonal e que não se encontram em 
nenhum dos ecossistemas da transição 
especificamente. 
Alguns ecótonos exibem transições 
abruptas quando as diferenças físicas que 
os separam os ecossistemas são muito 
marcantes, como por exemplo a transição 
entre ambientes terrestre e aquáticos ou 
encostas.
FIGURA 14. ECÓTONOS DE TRANSIÇÃO ABRUPTA.
Fotos: http://ecotonos.es/noticias/local/item/180-tipos-de-sustratos-en-las-playas-y-su-flora-y-fauna-asociada.html
SUGESTÃO
LEITURA COMPLEMENTAR
A Mata Atlântica”, um resumo histórico dos processos de uso, ocupação e degradação 
do bioma no nosso País.
Disponível em:
http://www.rbma.org.br/anuario/mata_01_sintese.asp
Fundamentos de Ecologia - Capitulo 10. Ecologia regional: principais tipos de 
Ecossistemas e Biomas.
Livro disponível para empréstimo na biblioteca do Cescage.
http://ecotonos.es/noticias/local/item/180-tipos-de-sustratos-en-las-playas-y-su-flora-y-fauna-asociada.html
http://www.rbma.org.br/anuario/mata_01_sintese.asp
53
• Ciências do Ambiente
Sucesso e Insucesso no processo 
Empreendedor de Negócios
MÓDULO 4
Objetivo Específico
Reconhecer os principais ecossistemas paranaenses, assim como a relação entre os 
sistemas produtivos dos Campos Gerais e a conservação regional.
Arquitetura de um SIGNoções de Floricultura: Doenças e Pragas de Plantas OrnamentaisReprodução
Utilização
Dados Vetoriais
Abastecimento de
Água Urbano
Os Procedimentos que Devem 
ser Realizados na Ocorrência de 
Acidente de Trabalho
Condições Essenciais para 
Criação das Espécies
Cruzamentos para a formação 
de híbridos e índices 
zootécnicos na produção avícola 
Extensão Rural e o 
Desenvolvimento Rural
Ecossistemas Paranaenses e 
Sistemas Produtivos Regionais
54
• Ciências do Ambiente
Introdução
Ecossistemas Paranaenses 
4.1
4.2
O Estado do Paraná, com apenas 2,5% 
da superfície brasileira, detém em seu 
território a grande maioria das principais 
unidades fitogeográficas que ocorre no 
país. Sendo reconhecido com um dos 
maiores produtores de grãos do País, o 
Paraná destaca-se pela expressividade na 
produção agropecuária, que é reconhecida 
tanto no Brasil como internacionalmente. 
Contudo para que ocorresse o 
desenvolvimento das grandes cidades, das 
lavouras e das pastagens as áreas naturais 
perderam o seu lugar, restando atualmente 
apenas uma pequena parcela vegetação 
nativa com relação às formações vegetais 
originais do Estado. Veremos adiante os 
principais ecossistemas paranaenses e com 
destaque para a região dos Campos Gerais, 
os principais sistemas produtivos regionais 
e como estes interferem no meio ambiente 
natural.
O estado do Paraná encontra-
se inserido no Bioma Mata Atlântica, 
reconhecido internacionalmente como um 
dos hotspot mundiais para a conservação 
da biodiversidade. Não obstante o Paraná 
apresenta rica biodiversidade com uma 
variedade de ecossistemas regionais 
diferenciados.
Roderjan et al. (2002) apontam que 
originalmente 83% de sua superfície eram 
cobertos por florestas. Os 17% restantes 
eram ocupados por formações não-florestais 
(campos e cerrados), completados por 
vegetação pioneira de influência marinha 
(restingas), fluviomarinha (mangues) e 
flúvio-lacustre (várzeas), e pela vegetação 
herbácea do alto das montanhas (campos 
de altitude e vegetação rupestre).
55
• Ciências do Ambiente
Dependendo da localização geográfica, 
geomorfologia e situação climática, têm-se 
diferentes ecossistemas com flora e fauna 
característicos de cada região, constituindo 
cinco grandes unidades fitogeográficas: 
Floresta Ombrófila Densa (floresta 
atlântica, Floresta Ombrófila Mista (floresta 
com Araucária), Estepe Gramíneo-Lenhosa 
(campos nativos), Savanas (cerrado) e 
Floresta Estacional Semi-Decidual.
FIGURA01. DISTRIBUIÇÃO DAS UNIDADES FITOGEOGRÁFICAS MAIS 
REPRESENTATIVAS DO ESTADO DO PARANÁ
Fonte: Maack, 1950, modificado por Roderjan et al.,2002
4.2.1. Floresta Ombrófila Densa
FIGURA 02. FLORESTA OMBRÓFILA DENSA (FORMAÇÃO MONTANA E RESTINGA, 
RESPECTIVAMENTE
Fotos: Dennis Julian Chyla
56
• Ciências do Ambiente
Também conhecida como Floresta 
Atlântica, distribui-se à Leste do Estado 
do Paraná ocupando a região da planície 
litorânea e a Serra do mar. Com altitude 
máxima de 1887 m, é influenciada 
diretamente pelas massas de ar quentes e 
úmidas do oceano Atlântico e pelas chuvas 
relativamente intensas e bem distribuídas 
ao longo do ano (Roderjan et al., 2002). 
Os mesmos autores apontam ainda que 
se estima que a flora arbórea da Floresta 
Ombrófila Densa seja representada por 
mais de 700 espécies, sendo a maioria 
exclusiva, não ocorrendo em outras 
unidades vegetacionais.
Campos e Silveira Filho (2010) 
colocam que a Floresta Atlântica possui 
uma combinação de fatores associados que 
resultam na sua elevada biodiversidade e 
grande beleza paisagística. A combinação 
dos fatores altitudinais, altas taxas de 
precipitação e temperatura elevada, 
somadas à composição dos solos e à 
configuração do relevo resultam numa 
composição complexa da flora, com árvores 
frondosas como a embaúba, o palmito e 
as canelas, arbustos como o xaxim, ervas 
diversas e inúmeras epífitas (bromélias 
e orquídeas) e lianas (cipós). Associada à 
vegetação surge uma fauna complexa, com 
mamíferos, répteis, peixes e uma infinidade 
de anfíbios e aves altamente adaptados ao 
regime da floresta.
As principais fitotípias da Floresta 
Ombrófila Densa, conforme Roderjan et al. 
(2002) são:
• Floresta Ombrófila Densa Aluvial: 
localizada próxima aos rios, riachos 
e córregos, margeando-os e deles 
sofrendo influência, podendo haver 
ocorrência de vegetação de mangue.
• Floresta Ombrófila Densa de Terras 
Baixas: constituindo a vegetação 
de restinga e vegetação fixadora de 
dunas, situadas entre o nível do mar e 
aproximadamente 20 metros de altitude.
• Floresta Ombrófila Densa 
Submontana: Compreende as formações 
florestais que ocupam a planície litorânea 
e o início das encostas da Serra do Mar, 
situadas entre aproximadamente 20 e 
600m de altitude em relação ao nível do 
mar.
• Floresta Ombrófila Densa Montana: 
Compreende as formações florestais 
que ocupam a porção intermediária das 
encostas da Serra do Mar situadas entre 
600 e 1200m de altitude em relação ao 
nível do mar.
• Floresta Ombrófila Densa 
Altomontana: Localizada nas porções de 
maior altitude da Serra do Mar, em média 
acima de 1.200 m em relação ao nível do 
mar, confrontando com as formações 
campestres e rupestres do alto das serras 
(Refúgios Vegetacionais). Formada por 
uma vegetação mais simples, com poucas 
espécies de árvores de porte reduzido 
(3 a 7 metros de altura), em função das 
condições do clima e solo raso, que são 
mais restritivas ao desenvolvimento 
das árvores, com baixas temperaturas, 
ventos fortes e constantes, elevada 
nebulosidade e solos progressivamente 
mais rasos e de menor fertilidade.
Dentre as principais pressões 
antrópicas sofridas pela Floresta Atlântica 
pode-se citar: a mineração ilegal, extração 
57
• Ciências do Ambiente
irregular do palmito-jussara (Euterpe 
edulis) que se encontra em vias de extinção, 
a introdução de espécies

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