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ANTIGUIDADE ORIENTAL

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ANTIGUIDADE ORIENTAL
EDUCAÇÃO TRADICIONALISTA
ANTIGUIDADE ORIENTAL: EDUCAÇÃO TRADICIONALISTA
Anteriormente, vimos que os povos primitivos vivem em tribos cujas relações sociais ainda permanecem igualitárias. Com o desenvolvimento da técnica e dos ofícios especializados, deu-se o incremento da agricultura, do pastoreio e do comércio de excedentes. A sociedade tornou-se mais complexa, pela rígida divisão de classes, pela religião organizada e pelo Estado centralizador. As primeiras civilizações, surgidas no norte da África e na Ásia (Oriente Próximo, Oriente Médio e Extremo Oriente), construíram aí as primeiras cidades, com seus templos, palácios e monumentos, além de terem inventado a escrita;
por serem sociedades de forte teor religioso —, o que há de comum em todas elas é o seu caráter estático ou de muito lenta mutação. 
Contexto histórico
A revolução neolítica e as primeiras civilizações
O processo de hominização passou por diversos períodos, até que por volta de 8 mil ou 10 mil anos atrás ocorreu o chamado Neolítico;
Há cerca de 5 mil anos teve início o que podemos chamar de civilização nas regiões banhadas por rios. Por isso, os historiadores a conheceram como civilizações fluviais (ou sociedades hidráulicas), uma vez que, nessas planícies incrustadas nos desertos, a terra se tornava fértil e o curso d’água favorecia o intercâmbio de mercadores. Assim surgiram a Mesopotâmia (às margens dos rios Tigre e Eufrates), o Egito (“uma dádiva do Nilo”), a Índia (rios Indo e Ganges) e a China (rios Yangtsé e Hoang-Ho).
Apesar das diferenças entre essas civilizações, todas impuseram governos despóticos de caráter teocrático, em que o poder absoluto do rei ou do imperador se sustentava na crença em sua origem divina
As civilizações orientais distinguiam-se tanto das comunidades tribais como das civilizações greco-romanas, a terra não pertencia a todos, como na tribo, nem a particulares, mas era propriedade do Estado.
Contexto histórico
A revolução neolítica e as primeiras civilizações
A administração burocrática do Estado controlava a produção agrícola, arrecadava impostos, recrutava mão de obra para a construção de grandes templos, túmulos, palácios, monumentos, diques, sistemas de irrigação; 
A maneira pela qual os povos das primeiras civilizações orientais se relacionavam para produzir sua subsistência é conhecida como modo de produção asiático;
Além dos mesopotâmios, egípcios, hindus e chineses, outros povos se sucederam nas regiões do Oriente Médio e do Oriente Próximo, ora ocupados com o pastoreio e levando vida nômade, ora dedicados ao comércio e à navegação. São eles, os hebreus, os medas, os persas e os fenícios, que constituíram civilizações florescentes no segundo e primeiro milênios a.C
Contexto histórico
CRONOLOGIA DAS PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES
(DATAS APROXIMADAS)
EGITO: desde o final do 4º milênio a.C. (segundo al guns, começo do 3º milênio); até o século IV d.C.
 MESOPOTÂMIA: desde o final do 4º milênio a.C. (sumérios e sucessão de vários povos) até o século VI d.C.
CHINA: 2750 a.c (2500?) (metade do 3º milênio a.C)
INDIA: primeira metade do 3º milênio a.C 
ISRAEL: os hebreus ocuparam Canaã em 1250 a.C (2º milênio, século XVIII a.C), até a dispersão no século I a.C
Como ler as datas
O chamado calendário gregoriano, que vigora até hoje, foi adotado no século VI da nossa era, por influência da cultura cristã, que definiu o nascimento de Cristo como marco divisório. A seguir, exemplos:
3450 a.C.: metade do 4º milênio a.C. ou século XXXV a.C.
2940 a.C.: 3º milênio a.C. ou século XXX a.C. 1710 a.C.: 2º milênio a.C. ou século XVIII a.C. 970 a.C.: 1º milênio a.C. ou século X a.C.
720 a.C.: 1º milênio a.C. ou século VIII a.C.
510 a.C.: metade do 1º milênio ou século VI a.C. 52 a.C.: 1º milênio ou século I a.C.
150 d.C.: ano 150 ou século II (fica subentendido “da nossa era”).
1543: ano de 1543 ou século XVI.
 
 
 
 
A invenção da escrita
Hoje usamos para a escrita o sistema fonético alfabético;
Costuma-se chamar de pictográfica a escrita que representa figuras, enquanto em um nível maior de abstração, a escrita ideográfica representa objetos e ideias. Escritas como os hieróglifos egípcios; os caracteres cuneiformes da Mesopotâmia e os ideogramas chineses são ideográficas, 
Já as escritas fonéticas decompõem as palavras em unidades sonoras;
Na Antiguidade oriental a invenção da escrita não se dissocia do aparecimento do Estado;
Provavelmente, desde 3500 a.C. os egípcios faziam inscrições em hieróglifos (literalmente, “escrita sagrada”). Essa escrita era no início pictográfica — representava figuras;
Na Mesopotâmia, a escrita cuneiforme (inscrições em forma de cunhas) também foi inicialmente pictográfica e depois ideográfica e fonética, quando o signo não mais indicava o objeto, mas o som (de sílabas).
a China manteve a escrita ideográfica até meados do século XX. 
A escrita, no entanto, difundiu-se muito mais no segundo milênio, por volta de 1500 a.C. (data incerta), quando os fenícios inventaram a escrita fonética alfabética;
Educação tradicionalista
Quando as sociedades se tornaram mais complexas, vimos que a divisão se instalou no seio delas;
Essas mudanças exigiram uma revolução na educação, que deixou de ser igualitária e difusa, portanto acessível a todos, como nas tribos;
Início do dualismo escolar;
Nas civilizações orientais não havia propriamente uma reflexão predominantemente pedagógica;
A princípio o conhecimento da escrita era bastante restrito, devido ao seu caráter sagrado e esotérico. 
Até as pesquisas atuais, as civilizações consideradas mais antigas são as do Egito e da Mesopotâmia. 
MÃO NA MASSA 
Leitura complementar 1.
A palavra, a escrita e o sujeito
A escrita não poderia reduzir-se à transcrição das línguas faladas. Marcas repetidas, representação de marcas de mãos ou pegadas, vestígios de passagem, marcas no corpo e pinturas corporais, estigmas de filiação, escarificações, inscrições, glifos, pictogramas, ideogramas, imagens estilizadas, desenhos, grafites, signos, algarismos, letras, a escrita simboliza a ausente presença do outro; ela representa a alteridade do sujeito, mostra a morte ao sujeito.
Nem por isso fala e escrita são consubstanciais. Se a fala está na origem da identidade de um sujeito singular como inscrito em um grupo que compartilha a mesma língua, por sua vez, a escrita é fundadora da identidade do sujeito universal ausente. Desde sua aparição, a escrita imprime um movimento — da mão, do corpo — paradoxal de descentramento e enraizamento do sujeito. Ela impõe sua indelével subjetividade e permite seu apagamento. Nesta passagem da fala para a escrita, qual é o ganho e/ou a perda de sentido e de liberdade?
Leitura complementar 1.
A palavra, a escrita e o sujeito
Em primeiro lugar, a escrita apresenta-se como uma captação do tempo no espaço da matéria, um desvio e uma transgressão do tempo. As pinturas corporais acompanham um acontecimento, uma festa ou um ritual sazonal; escandem um tempo curto e, à semelhança deste, são efêmeras. As pinturas corporais cadiuéu, caiapó ou carajá, confeccionadas para um período mais ou menos longo de um ritual, estabelecem vínculos com o mundo dos espíritos. A escrita é mediação entre os tempos e os espaços, no caso concreto, espaço humano/espaço sobrenatural. As escarificações vão além desse tempo curto; carregam a marca perene de uma cerimônia de iniciação e inscrevem na carne do sujeito uma passagem entre dois tempos: o da infância, que está deixando, para o tempo da idade adulta a que está chegando. Elas constituem — principalmente na África — um sinal de identidade da pessoa, já que podem designar, ao mesmo tempo, sua filiação étnica e sua localização geográfica. Pinturas corporais e escarificações estão relacionadas com o tempo da existência humana. As tabuletas de argila com inscrições cuneiformes falam, igualmente, desse tempo. Por constituírem, frequentemente, letras promissórias ou inventários comerciais, elas estão votadas a desaparecer, uma vez concluída a transação. Por sua vez, asinscrições nas estelas de pedra, mármore ou granito são destinadas à descendência. Motivos paleolíticos ou genealogias dinásticas, pela própria repetição do traçado em um suporte — sejam figuras de animais ou listas de antepassados —, indicam a vontade de representar diversos tempos: tempo de dança, do cotidiano, do sazonal, dos ciclos da vida humana, do infinito. Por si só, a busca de diferentes suportes da escrita mostra, com toda a evidência, que o ser humano coloca sua en genhosidade a serviço de seu desígnio em construir o tempo e conferir-lhe sentido. (…)
Leitura complementar 1.
A palavra, a escrita e o sujeito
Em segundo lugar, a escrita tem efeitos irreversíveis que a fala não consegue provocar. A escrita desloca, ao mesmo tempo, o autor e o leitor, enquanto sujeitos. Por um lado, o autor, permeado por seu escrito, é transformado por este porque tem necessidade de assumir o ato da escrita (…). Por outro, o leitor é transformado por tal ato; de fato, o que lhe é oferecido para ver e/ou ler leva-o a interrogar-se sobre sua própria apreensão ou leitura do mundo; ora, essa relação com o espaço-tempo da leitura já o deslocou em sua subjetividade. Não é verdade que Gide afirmava que o caráter próprio de um livro era levar o leitor para fora do lugar onde o havia encontrado?
Em terceiro lugar, a escrita cria uma memória adicional, exterior ao sujeito; serve de intermediário para a memória, mas, ao mesmo tempo, a congela. Enquanto a fala garante à memória sua plasticidade, sua reorganização possível ao saber das formulações, a escrita formaliza a memória, embora, ao mesmo tempo, a liberte.
Georges B. Kutukdjam, “A palavra, a escrita e o sujeito”, in Eduardo Portella (org.), Reflexões sobre os caminhos do livro. São Paulo, Unesco/ Moderna, 2003, p. 37-39.
Agora vamos responder no caderno as questões relativas a Leitura complementar 1.
Se fala e escrita não são da mesma natureza, qual a semelhança e a diferença entre elas?
O que significa dizer que a escrita se apresenta como “um desvio e uma transgressão do tempo”?
Em que medida podemos afirmar que a escrita acentua o caráter crítico do discurso?
Que relação podemos estabelecer entre invenção da escrita e civilização?
Ampliando os exemplos possíveis de “escrita”, citados pelo autor, discuta com seus colegas sobre quais seriam hoje as novas linguagens a que muitas pessoas não têm ainda direito ao acesso pela educação.

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