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Doença do refluxo gastroesofágico.

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Doença do refluxo gastroesofágico 
Refluxo fisiológico ocorre principalmente 
após a refeição e é diferente da doença do 
refluxo gastroesofágico. Na DRGE os 
sintomas são mais frequentes e com maior 
duração. 
Classificação 
➢ Refluxo ácido: é o mais comum. 
➢ Refluxo alcalino. 
➢ Refluxo por gás. 
Mecanismos que previnem e atenuam o 
refluxo 
1. Produção de saliva intacta 
2. Deglutição intacta 
3. Peristaltismo primários e 
secundário intacto 
4. Função esficteriano da junção 
esofagogástrica adequada 
5. Motilidade gástrica normal 
Mecanismos que induzem o refluxo ou 
promovem danos à mucosa pelo refluxo 
1. Xerostomia 
2. Deglutição comprometida 
3. Hipomotilidade 
4. Peristaltismo fragmentado 
5. Motilidade esofágica ineficaz 
6. Contratilidade ausente 
7. Função esficteriano da junção 
esofagogástrica inadequada 
8. Hérnia de hiato 
9. Gastroparesia 
10. Hipersecreção 
 
Fisiopatologia 
➢ Relaxamento transitório do 
esfíncter esofagiano inferior 
exacerbado: 
• Mais comum 
• Não associado à deglutição 
 
➢ Hipotonia do EEI 
➢ Hernia hiatal 
• Nem toda hérnia hiatal gera 
DRGE. 
 
➢ Acid Pocket 
• Bolsão ácido acima do bolo 
alimentar. 
 
➢ Gastroparesia 
• Lentificação da motilidade 
estomacal. 
• Diminuição do clearance. 
➢ Dismotilidade esofágica 
➢ O aumento do relaxamento 
transitória do EEI é o fator mais 
comum envolvido no 
desenvolvimento do DRGE. 
➢ Fatores de risco 
Obesidade: o maior fator de risco. 
Gestação: relacionado ao 
mecanismo hormonal. Cerca de 30-
50% das gestantes desenvolvem a 
DRGE. 
Medicações: bloqueadores do canal 
de cálcio, nitratos e antidepressivos 
Alimentos: cafeína, álcool, gordura, 
chocolate e hortelã. 
Tabagismo 
 
Quadro clínico 
➢ Sinais clássicos: 
• Pirose: queimação 
retroesternal ascendente. 
• Regurgitação. 
➢ Sinais atípicos: 
• Rouquidão. 
• Pigarro. 
• Globus faríngeo. 
• Dor torácica: diagnóstico 
diferencial com angina pectoris. 
 
Diagnóstico diferencial 
1. Acalásia: disfagia, perda 
ponderal importante e 
fatores de risco. 
2. Esofagite eosinofílica: 
impactação alimentar, 
disfagia, alterações 
endoscópicas e 
histológicas típicas. 
3. Divertículo esofágico: 
idosos, halitose e 
disfagia. 
4. Esofagite infecciosa: 
disfagia aguda. 
5. Eructações patológicas: 
deglutições seguidas de 
eliminação de ar. 
6. Síndrome da 
ruminação: fatores 
psicológicos, 
comportamental. 
7. Síndromes funcionais: 
sintomas refratários, 
exames normais e 
critérios específicos. 
Diagnóstico 
 
pHmetria de 24 horas: 
• Convencional: diagnostica 
apenas refluxo ácido. Índice de 
De Meester > 14,7. 
• Impedanciometria: diagnostica 
refluxo ácido e não ácido, 
pirose funcional e 
hipersensibilidade esofágica. 
Realizado através da análise do 
tempo de exposição ácida 
(TEA). 
TEA > 6% ou TEA entre 4 e 6% e 
mais de 80 episódios de refluxo 
em 24h; 
Endoscopia: 
• Indicada para graus avançados. 
Diagnostica esofagite grau C ou 
D (classificação de Los Angeles), 
hérnia hiatal, Barret e estenose 
péptica. 
Manometria: 
• Realiza diagnóstico diferencial. 
Exames complementares devem ser 
solicitados quando o paciente apresentar 
sintomas atípicos, sinais de alarme, 
refratariedade à terapia inicial ou fatores de 
risco para Barret (50 anos, sexo masculino, 
obesidade e sintomas prolongados). 
Classificação de Los Angeles 
• Grau A: erosões < 5mm não 
confluentes. 
• Grau B: erosões > 5mm não 
confluentes. 
• Grau C: erosões confluentes em 
< 75% da circunferência. 
• Grau D: erosões confluentes em 
>75% da circunferência. 
Hérnia hiatal 
• Tipo I: deslizamento. 
• Tipo II: fundo do estômago 
herniado. 
• Tipo III: misto. Fundo e 
estômago deslizam. 
• Tipo IV: envolvimento de outros 
órgãos. 
Esôfago de Barret 
• Prolongamentos digitiformes 
direcionados ao esôfago. 
Estenose péptica 
• Redução, fibrose e ulceração. 
• Relacionada a doença 
prolongada. 
Tratamento 
Não farmacológico: 
o Perda ponderal, visto 
que a obesidade é o 
principal fator de risco. 
o Elevação da cabeceira. 
o Medidas alimentares. 
o Reavaliar medicações 
em uso. 
Farmacológico: 
IBP’s: principal classe 
• Bloqueiam irreversivelmente 
na via final secretória. 
• Meia vida curta: 1,5 – 2 horas. 
• Tomar de 30-45 minutos antes 
das refeições. 
• Complicações: 
supercrescimento bacteriano, 
deficiência de vitamina B12 e 
magnésio. 
Omeprazol: 20-40mg (1-2 vezes por dia) 
Pantoprazol: 20-40mg (1-2 vezes por dia) 
Esomeprazol: 20-40mg (1-2 vezes por dia) 
Lansoprazol: 15-30mg (1-2 vezes por dia) 
Rabeprazol: 10-20mg (1-2 vezes por dia) 
Dexlansoprazol: 30-60mg (1 vez por dia) 
Bloqueadores de H2 
• Menos eficazes que os IBP’s. 
• Bloqueio reversível de uma via 
secretória. 
• Terapia adjunta. 
• Posologia: 2 vezes ao dia. 
Ranitidina: 75-150 mg (2x ao dia) 
Cimetidina: 200-400mg (2x ao dia) 
Famatidina: 10-20mg (2x ao dia) 
Nizatidina: 75-150mg (2x ao dia) 
 
Antiácidos 
• Terapia adjunta. 
• Alívio imediato 
• Curta duração. 
• útil em gestante e sintomas 
esporádicos. 
Procinéticos 
• Não usar rotineiramente. 
• Não utilizar como monoterapia. 
• Papel especial na gastroparesia.

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