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Redes de Atenção à Saúde e a Coordenação do Cuidado

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Redes de Atenção à Saúde e 
a Coordenação do Cuidado 
 
-Conformação das redes de atenção; 
-Redes de Atenção em Saúde (RAS): linhas que se 
entrelaçam entre si de forma a buscar um objetivo 
(rede manuseada por um grupo de profissionais); 
 
Situação de Saúde no Brasil: 
Transição Demográfica e Epidemiológica 
-Conhecer a demografia é importante para criar a 
política de saúde; 
-Pirâmide etária na década de 60: país jovem e em 
crescimento – havia um predomínio em nascimentos, 
grande população jovem e poucos idosos; 
-Pirâmide etária em 2000: mudou, a base já não é tão 
alargada, há mais adultos, diminuição de nascimento 
– ou seja, o país já está mais envelhecido; 
-Pirâmide etária em 2010 – não é mais uma pirâmide, 
o formato é de gota/folha. A maior parte da 
população é de adultos jovens e a população de 
idosos aumentou muito (atualmente, a população 
idosa representa 14% da população total brasileira); 
-Projeções demonstram que a quantidade de idosos 
ainda aumentará, portanto, o Brasil está 
envelhecendo. A média de vida de um brasileiro, 
hoje, é de 73 anos; 
-Essas projeções são importantes para o 
planejamento do sistema de saúde – aumento da 
quantidade de doentes crônicos; 
 
 
 
-Com a transição demográfica o quadro de saúde 
também vai sofrer mudanças, gerando uma transição 
epidemiológica: a mudança do predomínio das 
mortes por doenças infecciosas por doenças crônicas; 
-Em países em desenvolvimento, como é o caso do 
Brasil, vai haver uma tripla carga de doença pelo 
acúmulo epidemiológico: 
 
Doenças Infecciosas + Violência Urbana + Doenças 
Crônicas 
 
-As doenças crônicas correspondem, hoje, a 74% das 
mortes no país; 
 
-Temos, ainda hoje, uma dificuldade em relação: 
 Gestantes sem pré-natal, sem vínculo para 
parto, gestante e bebê peregrinam e bebê 
sem acompanhamento; 
 Prontos socorros cheios e pacientes no chão 
(ausência de regulação de leitos, inexistência 
de classificação de risco adequada), e postos 
de saúde lotados; 
 Modelo de atenção onde atenção básica não 
é priorizada, UBS em espaços inadequados, 
ausência de estratégias para colocar ABS 
como ordenadora do cuidado; 
 Aumento do consumo de drogas – 
cracolândias; 
 Modelos de atenção que desconsideram ação 
intersetorial, ausência de serviços de saúde 
diferentes para diferentes necessidades; 
 
Há medidas que estão sendo colocadas em prática, 
mas demoram para serem estruturadas; 
*A grande dificuldade de atenção primária é achar 
médicos para trabalhar na UBS das periferias – não 
tem atendimento de forma adequada. 
 
Fragmentação dos Serviços de Saúde 
-Baixo desempenho: dificuldade de acesso, serviço de 
baixa qualidade técnica, uso ineficiente dos recursos, 
incremento dos custos de produção e baixa satisfação 
dos usuários; 
-Financiamento insuficiente: falta de recursos 
humanos qualificados; 
-Tripla carga de doença; 
-Envelhecimento populacional; 
 
Conceitos e Organização das RAS: 
Redes de Atenção à Saúde 
-São arranjos organizativos de ações e serviços de 
saúde, de diferentes densidades tecnológicas que 
integradas por meio de apoio técnico, logístico e de 
gestão, buscam garantir a integralidade na saúde; 
-Atenção integral e com acompanhamento ao 
paciente (longitudinalidade); 
-Seria o conjunto de programas que visa a melhoria 
da saúde; 
-Conjunto de mecanismos, instituições e ações 
objetivando a atenção integral; 
-É um conjunto de ações e cuidados que promovem a 
saúde da população; 
-As RAS são arranjos organizativos de ações e serviços 
de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que 
integradas por meio de sistemas de apoio técnico, 
logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade 
do cuidado; 
-O objetivo é prestar atenção integral à saúde; 
 
QUESTÃO 1 – Entre os princípios do SUS, garantidos 
na Constituição Federal (1988), o que a RAS busca 
garantir? R: As RAS visam a confirmação da 
integralidade; 
Formas de Organização 
-Dos sistemas fragmentados para as redes de atenção 
à saúde: 
 
-Hierarquização ou organização hierárquica: organiza 
nossa rede de saúde a partir da atenção básica, média 
complexidade e alta complexidade. Essa é uma forma 
de organização do sistema, mas não é uma 
organização do cuidado ou assistência – porque se 
torna verticalizada e ela deve ser horizontalizada (ou 
seja, todos os profissionais têm que ter o mesmo 
poder e responsabilidade); 
 Atenção básica: unidade básica de saúde; 
 Média complexidade: hospitais; 
 Alta complexidade: internação; 
 
-Organização poliárquica em rede: a atenção primária 
é o centro da rede e ao redor há os outros pontos de 
acesso. Esses elementos se comunicam entre si de 
forma horizontalizada; 
*OBS: apesar de ser poliárquico ela ainda tem 
hierarquização (organização do sistema); 
 
 
 
-O sistema fragmentado é organizado por 
componentes isolados – os pontos de acesso 
assistenciais ficam sozinhos sem trocar informações 
(sem referência e contra referência); 
-A rede de atenção à saúde possui 
continuidade/longitudinalidade da atenção. Vários 
profissionais cuidando do paciente de diversos 
pontos de acesso assistenciais; 
 
Características Principais das RAS 
-Poliárquica: formação de relações horizontais entre 
os pontos de atenção, tendo APS como centro de 
comunicação. Ela é organizada em fluxos constantes 
de integrações, em que não há relação de poder. Se 
complementam e não se sobrepõem (não há 
domínio); 
*NÃO É HIERÁRQUICA; 
-Responsabilização por atenção contínua e integral; 
-Compartilhamento de objetivos e compromissos 
com resultados sanitários e econômicos; 
-Cuidado multiprofissional e interdisciplinar; 
-Centralidade nas necessidades de saúde da 
população: montando a rede de acordo com as 
necessidades específicas da população; 
-Comunicação entre os pontos de atenção; 
-O objetivo é prestar a atenção integral ao sujeito; 
 
 
 
- A rede se constrói a partir da descoberta das 
necessidades e precisa de recurso para isso; 
-Organização tripartide – três gestões das esferas de 
governo municipal, estadual e federal; 
-Integração a partir a complementaridade – o que 
atenção primária não dá conta, usa os outros níveis 
de atenção para completar (de forma integrada e não 
desarticulada); 
-De acordo com o decreto 7508/11, a RAS é o 
conjunto de ações e serviços de saúde articulados em 
níveis de complexidade crescente, com a finalidade 
de garantir a integralidade da assistência à saúde, 
mediante referenciamento do usuário na rede 
regional e interestadual; 
-Níveis de complexidade crescente se refere a 
organização hierárquica/ atenção primária, 
secundaria, terciária; 
-Processo de construção e fortalecimento dos níveis 
de atenção, que deve se iniciar a partir da atenção 
primária; 
 
Regiões de Saúde 
-Art. 7: As Redes de Atenção à Saúde estarão 
compreendidas no âmbito de uma Região de Saúde, 
ou de várias delas, em consonância com diretrizes 
pactuadas nas Comissões Intergestores; 
-Parágrafo Único - os entes federativos definirão os 
seguintes elementos em relação às Regiões de Saúde: 
I- Seus limites geográficos; 
II- População usuária das ações e serviços; 
III- Rol de ações e serviços que serão ofertados; 
IV- Respectivas responsabilidades, critérios de 
acessibilidade e escala para conformação dos 
serviços. 
-A região de saúde é um espaço geográfico contínuo 
construído por aglomerado de municípios com a 
finalidade de integrar a organização, o planejamento 
e a execução de ações e serviços de saúde. É um 
agrupamento de municípios que garante a 
integralidade do cuidado (através do mapa de saúde). 
Quais serviços oferecidos em cada região e vai 
agrupando para garantir integralidade e 
longitudinalidade do cuidado. É referência para a 
transferência de recursos entre os entes federativos; 
-Dentro das regiões de sáude existem as 
macroregiões e dentro das macrorregiões existem as 
microrregiões; 
-Distritos em conjunto se organizam e utilizam os 
serviços de forma a que todas as pessoaspossam 
usufruir; 
-Todos os estados possuem divisões em regiões de 
saúde (macrorregiões); 
 
QUESTÃO 2 – Quantas são as macrorregiões de saúde 
da Bahia? R: 9. 
 
 
-Macrorregião possui um município sede/polo, que é 
responsável por ofertar as ações de alta 
complexidade. Se a pessoa precisar de um 
atendimento ela se desloca para o município polo; 
Entre municípios do mesmo estado e municípios de 
estados diferentes; 
-O município polo é um município dentro de uma 
macrorregião que corresponde a oferta de serviços 
de alta complexidade para os demais municípios 
(podem ter mais de um município polo em uma 
macrorregião); 
-Dentro de cada uma dessas regiões existe um 
município responsável por ofertar a assistência de 
alta complexidade? Não necessariamente um 
município, mas sempre existe o município sede/ polo; 
-Região de saúde: espaço geográfico delimitado 
mínimo para garantir a atenção básica e os outros 
níveis; 
-Macrorregiões: núcleos regionais que organizam as 
microrregiões; 
-Macrorregião é composta de microrregião que 
contem diferentes níveis de complexidade; 
-Macrorregião (agrupamento de municípios) é 
subdividida em microrregiões; 
-A ideia é que a pessoa se desloque o mínimo possível 
caso necessite –microrregião; 
-Dentro da microrregião deve ter todos os serviços 
que possam ser necessitados; 
*MACRORREGIÃO E MICRORREGIÃO SÃO REGIÕES DE 
SAÚDE; 
-Serviços Especiais de Acesso Aberto: serviço de 
saúde específico para o atendimento da pessoa que, 
em razão do agravo ou de situação laboral, necessita 
de atendimento especial. Acidente de trabalho vai 
para um local específico; 
 
RENASES 
-Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde; 
-Lista de todos os serviços ofertados pelo SUS; 
-Inclui ou exclui da lista a depender da necessidade da 
população; 
-Finalidade: tornar públicas as ações e serviços de 
saúde que o SUS oferece a população; 
-Atualização por inclusão, exclusão e alteração de 
ações e serviços de forma contínua e oportuna, 
devendo ser publicada a cada 2 anos (ex: bariátrica, 
cirurgia para mudança de sexo); 
-As RENASES listaram as ações e serviços da seguinte 
forma: 
 Atenção primaria; 
 Urgência e emergência; 
 Atenção psicicossocial; 
 Atenção ambulatorial especializada 
e hospitalar; 
 Vigilância em saúde; 
 
-Serviços se organizam através da atenção primária; 
 
-Atenção médica especializada e atenção hospitalar é 
sinônimo de atenção de média (envolve serviços de 
apoio de diagnóstico e terapia, tudo que envolve uma 
secção específica. Exemplo: quimioterapia, geriatria) 
e alta complexidade (envolve internamento); 
-A atenção primaria não tem especialista (os médicos 
precisam ser generalistas); 
 
RENAME 
-Relação de Medicamentos Essenciais; 
-Compreende a seleção e a padronização de 
medicamentos no âmbito do SUS; 
-Medicamentos essenciais são aqueles definidos pelo 
sus para garantir o acesso do usuário ao tratamento 
medicamentoso; 
-A RENAME é estruturada do seguinte modo: 
 Medicamentos do componente básico; 
 Medicamento do componente estratégico 
vacinas; 
 Medicamentos componentes especializados: 
antibióticos de alto espectro; 
 Insumos farmacêuticos; 
 Medicamento do uso hospitalar; 
-Atualizada a cada 2 anos; 
 
REDES TEMÁTICAS PRIORIZADAS COM PACTUAÇÃO 
TRIPARTITE 
-Rede Cegonha (acompanhamento da mãe e bebê); 
-Rede de Atenção às Urgências e Emergências (SAMU 
e UPAs); 
-Rede de Atenção Psicossocial (priorizando o 
enfrentamento de álcool, crack e outras drogas); 
-Rede de Atenção às Doenças Crônicas: iniciando pelo 
enfrentamento do câncer de mama e do câncer de 
colo de útero; 
-Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência; 
 
 
 
FUNÇÕES DA ATENÇÃO BÁSICA NA RAS (PNAB) 
-Ser base: mais elevado grau de descentralização e 
capilaridade e participação da AB no cuidado sempre 
necessária; 
-Ser resolutiva: identificar riscos, necessidades e 
demandas de saúde e intervenções clínica e 
sanitariamente efetivas; 
-Coordenar o cuidado: elaborar, acompanhar e gerir 
PTS/ acompanhar e organizar o fluxo dos usuários; 
-Ordenar as redes: reconhecer as necessidades de 
saúde da população; 
 
REDE DE ATENÇÃO ÀS DOENÇAS CRÔNICAS 
-Consideram-se doenças crônicas as doenças que 
apresentam início gradual, com duração longa ou 
incerta, que, em geral, apresentam múltiplas causas e 
cujo tratamento envolva mudanças de estilo de vida, 
em um processo de cuidado contínuo que, 
usualmente, não leva à cura; 
-São divididas em eixos temáticos prioritários, dentro 
dos quais serão desenvolvidas as linhas de cuidado: 
doenças crônicas cardiovasculares, diabetes, 
obesidade, doenças respiratórias crônicas e câncer 
(de mama e colo de útero); 
-Pontos de atenção e suas funções na rede de 
atenção às doenças crônicas: 
 Atenção básica à saúde – ordenadora da rede 
e coordenadora do cuidado; 
 Atenção ambulatorial especializada e 
atenção hospitalar – atenção complementar; 
 Sistemas logísticos – permitir as condições 
necessárias para articular RAS. Engloba toda 
a parte estrutural, de logística que o SUS 
“toma conta”. Vão desde o acesso a veículos 
e transportes para que o paciente seja levado 
ao hospital necessário, até a regulação 
(sistema que abrange todo o estado da Bahia 
– SUS, responsável por consolidar todos os 
leitos/disponibilidade que exista nos 
hospitais). Inclui a rede de armazenamento 
de vacinas, por exemplo; 
-REGULAÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO: ordena e regula 
às vagas disponíveis no SUS (público ou conveniado); 
*LEITOS PARA INTERNAMENTO E CIRURGIA; 
-Coordenação do cuidado: acolhimento, atenção 
centrada na pessoa e na família, cuidado 
continuado/atenção programada, atenção 
multiprofissional, projeto terapêutico singular – PTS, 
regulação da rede de atenção, apoio matricial, 
acompanhamento não presencial, “atendimento 
coletivo”, autocuidado, linhas de cuidado e diretrizes 
clínicas, estratificação de risco e educação 
permanente; 
 
Nível 1: promoção da saúde, engloba a população 
geral como determinação social de saúde 
intermediário (ex.: saneamento); 
Nível 2: prevenção e intervenção das condições 
crônicas, engloba a população com fatores de risco 
ligados ao comportamento de vida com 
determinantes de saúde próximas e necessidade de 
autocuidado e atenção profissional; 
Nível 3: gestão da condição de saúde, subpopulação 
com condição crônica simples ou fator de risco 
biopsicológico; 
Nível 4: gestão da condição de saúde, subpopulação 
com condição complexa; 
Nível 5: gestão de caso, subpopulação com condição 
crônica muito complexa; 
Obs.: dos níveis 3 ao 5 os determinantes são sociais 
individuais com condição de saúde e ou fator de risco 
biopsicologica estabelecido; 
 
 
 
 
 
DENTRO DE UMA REGIÃO DE SAÚDE:

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