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LARISSA MENEZES – TÉC. CIRÚRGICAS E ANESTESIOLOGIA PRINCÍPIOS DE INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA INTRODUÇÃO Ato cirúrgico surgiu antes do instrumental cirúrgico Bisturis de pedras, dentes de animais e perdeneiros amolados Utilização de aço inoxidável Introdução da anestesia (1840) Adoção de técnica de antissepsia de Lister (1880) CLASSIFICAÇÃO De acordo com sua função ou uso principal: o Diérese (abertura dos planos): tesouras e bisturis o Preensão: pinças de preensão o Hemostasia: pinças hemostáticas o Exposição: afastadores o Especial: depende da especialidade e da cirurgia, é além do material básico o Síntese: porta agulhas INSTRUMENTAIS DE DIÉRESE BISTURI ➢ Incisão ou dissecções de estruturas ➢ Anatomia: cabo reto, extremidades mais estreita (colo) e acoplada a uma variedade de laminas ➢ Cabos 3 (lamina 10 a 15) e 4 (lamina 20 a 25) ➢ Encaixe e retirada das lâminas ➢ Lamina 11: pontiaguda, tirar pontos, drenagem de abscesso ➢ Lamina 15: cirurgias mais delicadas, precisão na incisão ➢ Laminas 21 e 22: cirurgias mais longas ➢ Para montar o bisturi é com o porta agulha, prendendo a lamina na parte não cortante. Pega obliquamente e observa a angulação TESOURAS ➢ Função principal de efetuar secção ou a divulsão de tecidos orgânicos, além de seccionar materiais cirúrgicos, como gaze, fios e etc ➢ Tamanho: longa e curta LARISSA MENEZES – TÉC. CIRÚRGICAS E ANESTESIOLOGIA ➢ Formato da ponta: pontiagudas, rombas ou mistas ➢ Curvatura: retas e curvas ➢ Tesoura de Metzembaum: reta ou curva, utilizada para diérese de tecidos orgânicos, menos traumática, extremidade distal mais delicada. Articulação mais distal ➢ Tesoura de Mayo: reto ou curva, secção de fios e outros materiais, mais traumática, extremidade distal mais grosseira. Articulação mais central ➢ Empunhadura de uma tesoura: introdução das falanges distais dos dedos anular e polegar nas argolas. O dedo indicador proporciona precisão do movimento e o dedo médio auxilia na estabilidade do instrumental a mão. NÃO INTRODUZIR O DEDO TODO! INSTRUMENTAIS DE PREENSÃO São basicamente constituídos pelas pinças de preensão, que destina a manipulação e a apreensão de órgãos, tecidos ou estruturas Pinça de Adson: atraumática, traumática e dente de rato Pinça anatômica: ranhuras finas e transversais, uso universal Instrumental auxiliar: empunhadas pela mão não dominante (tipo lápis), dedo indicador responsável pelo movimento de fechamento da pinça; médio e polegar para apoio. O primeiro e o segundo dedo sustentam e o segundo apoia, o quarto e o quinto dedo recolhe na palma da mão Auxilia dissecar tecido e suturar, prende o tecido que vai manipular LARISSA MENEZES – TÉC. CIRÚRGICAS E ANESTESIOLOGIA Bakaus ou de campo: serve pra prender qualquer coisa no campo. Preensão de instrumentos por cima do paciente ou do campo cirúrgico Posi: ginecologia, prende o colo uterino Faure: histerectomia, clampeamento das artérias uterinas Foerster: para vesícula, reta ou curva Pean: remover projetil de arma de fogo, antissepsia, corpo estranho Allis: gaze montada INSTRUMENTAIS DE HEMOSTASIA Kelly: ranhura em 2/3 Crile: toda extensão da parte interna tem ranhura no sentido transverso, é traumático Halstead (mosquito): é a crile pequena Mixter: ponta em ângulo reto. Qualquer estrutura que queira dissecar e passar uma fita LARISSA MENEZES – TÉC. CIRÚRGICAS E ANESTESIOLOGIA por trás; clampear vasos sanguíneos profundos Kocher: tem dentes, faz hemostasia definitiva, ela perfura e não pode soltar mais As curvas são feitas para pinçamento do vaso sanguineo As retas são feitas para reparo Elas permitem que fiquem seguras e prendam sem o médico está com a mão nelas INSTRUMENTAIS DE EXPOSIÇÃO Afastadores dinâmicos: exigem tração manual continua o Deaver: o Válvula maleável: da o formato que precisa Afastadores auto estáticos: mantem estruturas afastadas e estáveis LARISSA MENEZES – TÉC. CIRÚRGICAS E ANESTESIOLOGIA o Balfour: cirurgia pélvica, afastador suprapúbico com o de Gosset o Adson: Outros: OUTROS INSTRUMENTOS PINÇAS DE PREENSÃO ATRAUMÁTICA DE BABCOCK, COLLIN E DURVAL PORTA AGULHA DE HEGAR PORTA AGULHA DE MAYO-HEGAR PORTA AGULHA DE MATHIEU LARISSA MENEZES – TÉC. CIRÚRGICAS E ANESTESIOLOGIA INSTRUMENTOS DE PRECISÃO ➢ O cabo é dourado ARRUMAÇÃO DA MESA DE INSTRUMENTAÇÃO Arrumação básica em 6 áreas no sentido horário, quem é canhoto é no sentido anti- horário: o Porta agulha e bisturi mantem a extremidade voltada contraria ao instrumentador VIDEOLAPAROSCOPIA Vantagem: menos danos tecidual, recuperação mais rápida, menos agressiva Insufla gás carbônico para fazer pneumoperitonio transformando a cavidade virtual em real Precisa de anestesia geral LARISSA MENEZES – TÉC. CIRÚRGICAS E ANESTESIOLOGIA LARISSA MENEZES – TÉC. CIRÚRGICAS E ANESTESIOLOGIA VIAS DE ACESSO CIRÚRGICO CERVICOTOMIA EXPLORADORA INCISÕES SIMPLES ➢ Abertura da região cervical quando não sabe o que vai encontrar ➢ Usado nas emergências ou em tumores de carótidas e esvaziamentos cervicais ➢ Incisões obliqua desde a região mastoidea até a fúrcula esternal, pela borda anterior do musculo ECM ➢ Anatomia cervical: • A jugular externa e interna pode ser clampeada • A carótida interna só pode ser reparada, não pode ser ligada • Musculo omohioideo divide o triangulo do esvaziamento que deve ser feito acima dele • Nervo facial e seus ramos, quanto mais próximo do pavilhão auricular ou do tronco do nervo é pior • Glândulas parótidas INCISÕES COMBINADAS ➢ Esvaziamento cervical para câncer das cadeias linfáticas ➢ Acesso combinado para lesões de vasos subclávios CISTO TIREOGLOSSO TÉCNICA DE SISTRUNK ➢ Incisão ➢ Dissecação ➢ Ressecção da porção central do osso hioide LARISSA MENEZES – TÉC. CIRÚRGICAS E ANESTESIOLOGIA TIREOIDECTOMIA TOTAL INDICAÇÕES ➢ Patologia maligna ➢ Patologia benigna com múltiplos nodulos prejudicando o funcionamento TIPOS ➢ Parcial: nodulectomia/enucleação. Não é uma parte da glândula, é só o nodulo ➢ Subtotal: retira um lobo ➢ Total TÉCNICA CIRÚRGICA ➢ Incisão em colar de Kocher: meio caminho entre a cartilagem tireoide e fúrcula esternal ➢ Afasta os músculos lateralmente até chegar a glândula ➢ Pedículos vasculares: cuidado com o nervo laríngeo recorrente LARISSA MENEZES – TÉC. CIRÚRGICAS E ANESTESIOLOGIA TIREOIDECTOMIA PARCIAL OU SUBTOTAL NODULECTOMIA INCISÃO COMBINADA PARA BÓCIO MERGULHANTE COM ABERTURA DO ESTERNO ➢ É removido pela região cervical, mas precisa do acesso torácico TRAQUEOSTOMIA INDICAÇÕES ➢ Obstrução das vias aéreas altas ➢ Insuficiência respiratória prolongada ➢ Tempo preparatório de cirurgias ➢ Cirurgias de tireoide com lesão dos nervos laríngeos recorrentes TÉCNICA CIRÚRGICA ➢ Incisão em 2 dedos acima da fúrcula esternal de forma transversa ➢ Ligadura e secção da glândula tireoide ou afastamento inferior do istmo da tireoide ➢ Anéis traqueais visíveis para abertura (geralmente abre o segundo ou terceiro anel traqueal) ➢ Tipos: • Traqueotomia • Vertical • Horizontal • Em U • Diversas formas, o importante não é abrir em excesso nem pequeno demais LARISSA MENEZES – TÉC. CIRÚRGICAS E ANESTESIOLOGIA ➢ Introduza cânula de traqueostomia. Normalmente primeiro é a de plástico e depois troca para de metal ➢ Fixar ao redor do pescoço COMPLICAÇÕES ➢ Hematoma/hemorragia ➢ Infecção ➢ Descanulação ➢ Lesão esofágica ➢ Lesão dos nervos laríngeos recorrentes ➢ Estenose traqueal ➢ Obstrução do tubo ➢ Enfisema subcutâneo ➢ Pneumomediastino ➢ Pneumotórax TORACOTOMIA ANTEROLATERAL SIMPLES ➢ Unilateral ➢ Bilateral ➢ Toracotomia anterolateroposterior: ➢ Mediana: • Esternotomia: vertical, mediana, cerra o esterno ao meio. Faz sutura com fio de aço ao final • Linha aciforme para que os planos não fiquem no mesmo sentido, não tem sobreposição de planos seccionados COMBINADAS ➢ Combinações de laparotomia mediana com toracotomia mediana; toracotomia LARISSA MENEZES – TÉC. CIRÚRGICAS E ANESTESIOLOGIA anterolateral com laparotomia mediana; cervicotomia com toracotomia ➢ Todas as combinações são possíveis, depende do que vai tratar ➢ Toracolaparotomia: não secciona o diafragma ➢ Toracofrenolaparotomia: secciona o diafragma ➢ Lesão de fígado, diafragma ➢ Drenagem em selo d’agua para reproduzir a pressão negativa de dentro do tórax e permita expandir o pulmão, com aspiração contínua TORACOCENTESE INDICAÇÕES ➢ Diagnostica: citologia ➢ Terapêutica TÉCNICA ➢ Paciente sentado, palpa a ponta/ângulo de escapula (8 ou 9 EIP), na borda superior da costela inferior do espaço faz a punção ➢ Drena por gravidade, de forma lenta (reflexo vagal se for rápido) LAPAROTOMIA CONCEITO ➢ Sinônimo de celiotomia DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO ➢ Antiguidade ➢ Avança da anestesiologia (fechamento) ➢ Conhecimento de fisiologia/cicatrização VIDEOLAPAROSCOPIA ➢ Mini incisões ➢ Melhor recuperação pós-operatória LARISSA MENEZES – TÉC. CIRÚRGICAS E ANESTESIOLOGIA INDICAÇÕES ➢ Abordagem da cavidade abdominal para patologia intrabdominal ESCOLHA DA INCISÃO ➢ Depende do que vai ser tratado COMPLICAÇÕES ➢ Deiscência/evisceração ➢ Hérnias incisionais ➢ Infecção/abscesso de parede ➢ Prevenção da deiscência ANATOMIA DA PAREDE ABDOMINAL LARISSA MENEZES – TÉC. CIRÚRGICAS E ANESTESIOLOGIA ➢ Linha arqueada: área de fragilidade CLASSIFICAÇÃO LARISSA MENEZES – TÉC. CIRÚRGICAS E ANESTESIOLOGIA ➢ Supra-umbilical pararretal externa deve ser evitada pelo risco de ressecar o nervo TIPOS ➢ Toraco-laparotomias ➢ Toraco-freno-laparotomias ➢ Incisões combinadas COMPLICAÇÕES ➢ Hematomas ➢ Seromas ➢ Infecção de parede ➢ Hérnia incisional ➢ Aderências TÉCNICA VANTAGENS ➢ Menor trauma operatório ➢ Menos dor pós-operatória ➢ Deambulação e alimentação mais precoces LARISSA MENEZES – TÉC. CIRÚRGICAS E ANESTESIOLOGIA ➢ Menos complicações pulmonares, tromboembólicas e da ferida operatória ➢ Melhor resultado estético ➢ Redução do tempo de internação, custos hospitalares ➢ Retorno as atividades mais rápido
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