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Estudo dirigido Técnicas Cirúrgicas PA Respondido

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ESTUDO DIRIGIDO - TÉCNICAS CIRÚRGICAS VETERINÁRIAS
PEQUENOS ANIMAIS
PROF GABRIELA RODRIGUES SAMPAIO
A Professora Gabriela gosta das questões bem respondidas, então escrevam tudo o que vocês lembrarem da matéria. Ela também gosta que escrevam com as palavras do material dela, portanto lembrem-se disso. 
Em VERMELHO estão marcadas algumas questões que achamos ser mais "importantes" saber. Mas é necessário ter o conhecimento de TODA a matéria.
Lembrem-se: Qualquer dúvida, procurem um dos monitores da disciplina para esclarecimento. Estamos sempre dispostos a ajudar !! 
PS: Como nos semestres passados eram aplicadas duas provas da parte de pequenos animais, montamos dois modelos de Estudo Dirigido com base nos dois estilos de prova. 
DICA: Descreva a técnica cirúrgica para todos os órgãos abordados em aula, na forma de tópicos. Saiba todos os padrões de sutura para musculatura, subcutâneo e pele, bem como as características e os tamanhos dos fios. Para cada órgão existe um padrão e um plano de sutura adequado, e também fios adequados, atente-se a isso. 
1. Classifique a cirurgia quanto:
a) ao campo de ação:
CIRURGIA GERAL: procedimentos cirúrgicos mais freqüentes, aqueles que não requerem materiais e/ou instrumentais especiais. Ex.: celiotomia, orquiectomia, ováriosalpingo-histerectomia (OSH)
	CIRURGIA ESPECIAL: procedimentos que necessitam de técnicas, materiais e/ou instrumentais específicos. Ex.: Cirurgias ortopédicas, oftálmicas, neurológicas, vasculares, plásticas (reconstrutivas ou estéticas).
b) ao porte (grau de dificuldade)
PEQUENO PORTE: procedimento cirúrgicos mais simples, geralmente restritos aos tecidos mais superficiais. Ex.: Remoção de papiloma cutâneo, extração dentária, biopsia de pele, drenagem de abscesso.
MÉDIO PORTE: cirurgias que necessitam de centro cirúrgico totalmente equipado. Em geral, ocorrem aberturas de cavidades e tem duração de poucas horas. São os tipos de cirurgia mais freqüentes. Ex.: Cesarianas, orquiectomias, OSH, cistotomia.
GRANDE PORTE: Cirurgias mais complicadas e demoradas. Exigem materiais e/ou instrumentais especiais devido à complexidade das estruturas anatômicas e/ou dificuldade de realização do procedimento. Ex.: cirurgias torácicas, cirurgias neurológicas, transplante de órgãos.
c) à presença de micro-organismos
ASSÉPTICA: cirurgias em que não há contaminação bacteriana ou há contaminação mínima. Observação e emprego de todos os critérios de combates aos microorganismos. Ex: Orquiectomia e OSH eletivas.
SÉPTICA (OU CONTAMINADA): Cirurgias realizadas em uma área onde há contaminação microbiana. É a presença do microorganismo patogênico na área cirúrgica, com presença de infecção ativa. Ex.: OSH em caso de piometra, drenagem de abscessos.
POTENCIALMENTE SÉPTICA: Procedimentos realizados em órgão que possuem uma flora microbiana normal, mas a ferida pode não se contaminar dependendo dos cuidados adotados. Ex.: enterotomia, cistotomia, gastrotomia. 
d) ao tempo da indicação até a realização da cirurgia
PROGRAMADA (NÃO-URGENTE): cirurgias eletivas ou que podem ser marcadas para data futura, sem comprometer o estado de saúde do paciente. Há tempo para cumprir todo o protocolo pré-operatório. Ex.: Descorna, OSH e orquiectomias eletivas.
URGENTE (RELATIVA URGÊNCIA): cirurgias que devem ser realizadas o mais breve possível, podendo-se aguardar algumas horas ou até alguns dias para sua execução. Pode-se melhorar o estado geral do paciente, diminuindo possíveis riscos. Ex.: correção de hérnia inguinal não encarcerada, maioria das fraturas.
EXTREMA URGÊNCIA (EMERGÊNCIA): cirurgias que devem ser realizadas de imediato, não há tempo para cumprir protocolos pré-operatórios. Paciente corre o risco de vir a óbito caso o procedimento seja retardado. Ex.: síndrome dilatação-torção-vólvulo gástrico, hérnias diafragmáticas, hemorragias internas.
e) ao risco de morte
CIRURGIA LEVE: procedimentos cirúrgicos que dificilmente colocam a vida do paciente em risco. Ex.: cauterização de pequenas feridas, retirada de papilomas cutâneos.
CIRURGIA MODERADA: procedimentos cirúrgicos que exigem maiores cuidados do que a cirurgia de risco leve. Ex.: Cistotomia, OSH.
CIRURGIA GRAVE: procedimentos cirúrgicos que colocam a vida do paciente em risco, pois comprometem suas funções vitais. Ex.: cirurgia cardíaca, cirurgias em paciente desestabilizado (não-hígido). 
f) às estruturas anatômicas envolvidas
SIMPLES (ELEMENTAR): cirurgias que envolvem uma porção mínima de tecido ou poucas estruturas anatômicas. Usa-se um número reduzido de instrumentais cirúrgicos. Ex.: extração dentária, remoção de papiloma cutâneo, drenagem de abscessos.
COMPLICADA (COMPOSTA, COMPLEXA OU COMBINADA): cirurgias que envolvem várias estruturas anatômicas, com técnicas especiais para cada uma. São procedimentos mais demorados. Ex.: hemorragia perineal, cirurgias ortopédicas, cirurgias neurológicas.
g) à existência de hemorragia
INCRUENTA (SECA): procedimentos cirúrgicos realizados com pouco ou quase nenhum sangramento. Situação pouco comum. Ex.: criocirurgia, extração de cristalino (cirurgia de catarata a laser), redução e estabilização de algumas fraturas.
CRUENTA (ÚMIDA): cirurgias nas quais há perda significativa de sangue. Os tecidos são muito vascularizados, são mais propícias à infecção, tem maior dificuldade de visualização do campo operatório. Ex.: mastectomia, maioria das cirurgias.
h) à técnica cirúrgica utilizada
REGRADA (CLÁSSICA): Cirurgias desenvolvidas seguindo-se um plano de ação pré-determinado: a técnica cirúrgica é executada em todos os seus passos, sem fugir da regra. Ex.: OSH e orquiectomias eletivas.
NÃO-REGRADA (“DE GÊNIO”): as manobras ou técnicas a serem empregadas vão sendo definidas durante o procedimento: a intervenção decorre sem que se possa programar um plano de ação. Ex.: celiotomias exploratórias, excisão de neoplasias infiltrativas.
i) à eficiência no tratamento cirúrgico ou prognóstico
RADICAL: a cirurgia é suficiente para tratar a afecção; a causa da afecção eliminada definitivamente e existe a certeza da resolução do problema. Ex.: orquiectomia devido a presença de sertolioma.
PALIATIVA: não é possível a cura completa do paciente e a cirurgia é realizada para oferecer sobrevida ou melhorar a qualidade de vida. Ex.: Amputação da cabeça e do colo femorais em um cão displásico.
j) à necessidade da cirurgia
NECESSÁRIA: a cirurgia é a única maneira de tratar uma determinada afecção. Pode ter sido instituído tratamento clínico inicialmente, mas a cirurgia é o tratamento definitivo. Ex.: cistotomia para retirada de cistólito, gastrotomia para retirada de corpo estranho.
DESNECESSÁRIA (CONVENIÊNCIA, ELETIVA OU ESTÉTICA): cirurgias geralmente realizadas por solicitação do proprietário: não são necessárias para manter a saúde do paciente. Ex.: OSH e orquiectomia eletivas, conchectomia, cordectomia, onicectomia e caudectomia (procedimentos proibidos – Resolução CFMV).
ESTÉTICA CORRETIVA OU PLÁSTICA (Após Resoluções n° 877 e n°1027 CFMV): cirurgias que beneficiam a estética de um animal portador de alguma alteração: melhoram a qualidade de vida do paciente, proporcionando maior conforto. Ex.: blefaroplastia (correção de entrópio e/ou ectrópio), perineoplastia (correção de laceração perineal após um parto distócico, caudectomia (correção de ferimento mutilante na cauda após briga, por exemplo).
UTILIDADE ZOOTÉCNICA (Após Resoluções n° 877 e n°1027 CFMV): possui fins reprodutivo. Realizada com intuito de faciitar o manejo e aumentar o valor do animal. Ex.: transferência de embriões, descorna, orquiectomia em espécies e/ou determinadas raças destinadas á produção de carne, realização de rufião.
2. Descreva o período pré, trans e pós-operatório e o tempo nobre da cirurgia.
PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO: Intervalo de tempo compreendido entre a indicação da cirurgia e o momento de sua realização. Tempo para realização de exames complementares, tempo para instituição de possíveis tratamentos.
PERÍODO TRANS-OPERATÓRIO: período referente á cirurgia propriamente dita. Dependendo do procedimento, podelevar de alguns minutos até várias horas.
PERÍODO PÓS-OPERATÓRIO: tempo compreendido entre o término da cirurgia e a plena recuperação clínica do paciente, relativa ás alterações determinadas pelo ato cirúrgico em si. Dividido em:
- Pós-operatório imediato: paciente removido da sala de cirurgia;
- Pós-operatório mediato: período que vai até a remoção dos pontos;
- Pós-operatório tardio: quando, após a retirada dos pontos, o paciente ainda precisa de acompanhamento, até que se possa dar alta.
TEMPO NOBRE DA CIRURGIA: momento da cirurgia que requer maior atenção do cirurgião e sua equipe (período mais delicado do procedimento). Ex.: OSH eletiva – ligadura dos pedículos vasculares (ovarianos), OSH devido à piometra – exteriorização do útero friável e repleto de pus.
3. Defina:
a) Assepsia: Conjunto de procedimentos/cuidados e técnica cirúrgica adequada empregados com o intuito de prevenir a infecção dos tecido durante a intervenção cirúrgica. 
b) Antissepsia: Processo que leva ao extermínio de microrganismos em tecidos vivos, como mãos e braços do cirurgião durante a escovação cirúrgica, e a pele do paciente durante a preparação cutânea, através de métodos químicos (desinfetantes). Não se obtém esterilização, pois a flora microbiana residente permanece na pele.
c) Esterilização: Processo pelo qual se faz a eliminação completa dos microrganismos, incluindo bactérias, vírus e esporos, sobre os objetos inanimados que entram em contato direto com o campo cirúrgico. Exemplos: rouparia cirúrgica, gaze, instrumental cirúrgico, luvas, materiais de curativo e de sutura. Métodos físicos ou químicos. Não existe esterilização parcial.
d) Desinfecção: Processo pelo qual se faz a destruição de grande parte dos microrganismos patogênicos presentes em objetos inanimados localizados no ambiente cirúrgico. Exemplos: mesa cirúrgica, equipamentos, bancos, janelas, pisos, paredes, macas, aparelho de anestesia inalatória, etc. Métodos físicos ou químicos. Não se obtém esterilização.
4. Descreva os cuidados necessários para uma assepsia adequada.
PRINCIPAIS PROCEDIMENTOS/CUIDADOS: 
· Entrar na sala de cirurgia devidamente paramentado
· Evitar movimentação desnecessária dos membros da equipe cirúrgica
· Aproximação de enfermeiros ou volantes deve fica a, pelo menos, 1 m de distância da mesa de instrumental cirúrgico, do campo operatório e dos membros da equipe cirúrgica 
· Evitar conversação na sala de cirurgia
· Pessoas doentes, com tosse ou espirro, não devem permanecer no interior da sala cirúrgica 
· As costas dos aventais cirúrgicos são consideradas contaminadas, assim como região axilar e abaixo da cintura 
· Luvas furadas durante o procedimento cirúrgico devem ser imediatamente trocadas
· Evitar hospitalização prolongada desnecessária do paciente
· Não realizar cirurgia com pacientes com algum tipo de infecção concomitante, caso seja possível
· Não realizar tricotomia com mais de duas horas antes do ato cirúrgico 
· Ter área de preparo pré-operatório separada da sala cirúrgica 
TÉCNICA CIRÚRGICA ADEQUADA: 
· Manipulação cuidadosa dos tecidos e no menor tempo cirúrgico possível 
· Empregar adequadamente a hemostasia
· Evitar suturas apertadas e excessivamente próximas
· Realização de justaposição anatômica dos tecidos 
· Em abordagem de órgãos ocos (contaminados), como estômago, proteger as áreas adjacentes de possíveis extravasamentos de conteúdo e, após a abordagem dessas estruturas, trocar todo o material contaminado por outros esterilizados para dar prosseguimento ao procedimento cirúrgico
· Não utilizar drenos contaminados
5. Quais são as técnicas de Diérese Cruentas em tecidos moles?
· INCISÃO: diérese propriamente dita: é o procedimento de diérese mais frequentemente utilizado; o tecido é incisado/seccionado com um instrumento cortante (bisturi e/ou tesoura); pode ser magistral (livre) ou sobre-sonda. Recomendações: lamina de bisturi deitada sobre o tecido, para evitar incisão em bisel; incisar apenas o tecido necessário, para reduzir trauma tecidual; realizar a incisão de uma só vez, para evitar bordas irregulares na ferida cirúrgica; em planos profundos é melhor fazer incisão com tesoura, para evitar incisar outros órgãos; a incisão deve ser praticada na mesma direção das fibras dos tecidos; a execução da incisão é facilitada quando o tecido é colocado sob tensão com o apoio dos dedos ou da mão do cirurgião.
· PUNÇÃO: expressão mínima de diérese, pois a solução de continuidade produzida é puntiforme: realizada com trocarte, agulha, cateter ou lamina de bisturi pontiaguda – para remover líquidos, gases ou outro material acumulado em órgãos ocos ou cavidades (rumenocentese, toracocentese, pericardiocentese); para aliviar a pressão dentro de uma região (cistocentese)
· PUNÇO-INCISÃO: inicialmente, realiza-se uma punção com um instrumento cortante e agudo (bisturi ou lanceta) e, em seguida, esse mesmo instrumento promove incisão, ampliando a abertura inicial. Indicações: drenagem de abcessos, drenagem de oto-hematoma.
· DILATAÇÃO: corresponde ao afastamento de tecidos previamente incisados: permite melhor visibilidade e manobras em planos profundos – utiliza afastadores, principalmente manuais (Farabeuf) e atoestáticos (Gosset)
· CURETAGEM: empregada principalmente para eliminar tecidos neoformados ou indesejáveis. Outras utilizações: para coleta de enxertos ósseos esponjosos; remoção de restos placentários aderidos ao endométrio; remoção de fibrina em casos de oto-hematomas graves; reativação cicatricial de ulceras cutâneas; superfícies articulares (osteocondroses); ativar cicatrização de parede abdominal após deiscência de pontos. É realizada com o emprego de instrumentos especiais: curetas – semelhante a colheres, diversas formas e tamanhos, contêm bordas cortantes 
· DESBRIDAMENTO: bridas são faixas de tecidos fibrosos, neoformados (tecido indesejáveis), ou resultantes de uma cicatrização inadequada: tecidos necrosados, tecidos que circundam tumores, principalmente os malignos. Desbridamento é o ato de remover/eliminar bridas, oferencendo/devolvendo melhor função as estruturas: tesouras, bisturis
· ESCARIFICAÇÃO: raspado superficial, de pouca profundidae (diferentemente da curetagem, que é mais profunda) – pode ser utilizada em ulceras superficiais, coleta de material para exame laboratorial (raspado de pele) – utiliza laminas de bisturi, ponta de agulha ou pequenas curetas
· EXÉRESE (remoção total ou parcial de um órgão ou estrutura) ou RESSECÇÃO (remoção parcial): ato cirúrgico no qual se elimina uma estrutura anatômica ou parte dela, indesejável para o organismo, seja por sua natureza ou condição na qual se encontra. Ex.: tumores, sacos herniários, cadeia mamaria, amputação de membros, remoção de órgãos inteiros ou suas porcoes (estômago, rim, pulmão, etc.)
· IMOBILIZAÇÃO: trata-se de promover cirurgicamente uma imobilização, geralmente permanente e irreversível, diferentemente da imobilização pela simples aplicação de bandagens ou talas
PLASTIA: designinava a cirurgias corretivas ou as de estética, agora refere apenas a cirurgias corretivas. Ex.: entrópio e ectrópio, caudectomia e conchectomia – devido a traumatismos profundos e/ou mutilantes, ou neoplasias
6. Quais são as técnicas de Diérese Incruentas em tecidos moles?
· ARRANCHAMENTO: o tecido é removido por meio de uma tração vigorosa e brusca – quando é realizado em vasos sanguíneos calibrosos, pode reverter o processo para diérese cruenta, não é de uso comum, mas pode ser empregado para remover nervos (neurorrexe) em cirurgias de amputação de membros
· DESCOLAMENTO (DIVULSÃO): procedimento no qual as fibras tissulares que se encontram unidas por um tecido conjuntivo são separadas sem que sejam incisadas, o que reduz a possibilidade de sangramentos e morte celular. É a manobra de diérese inoruenta de maior importância. Caracteriza-se pela abertura de uma via de acesso sem secção dos tecidos – os tecidos são separados com auxílio de instrumentos rombos (tesouras, pinças, hemostáticas, cabo do bisturi), ou com os próprios dedos do cirurgião. Tecidosnobres são respeitados; hemorragia mínima. 
· ESMAGAMENTO LINEAR: os vasos responsáveis pela irrigação de um determinado tecido são esmagados pela aplicação de algum instrumental (pinça de Burdizzo). Impede a passagem de sangue para o local e leva a morte celular (necrose); é aplicada nas castrações de ruminantes (procedendo-se à anestesia local prévia)
· SECÇÃO COM BISTURI ELÉTRICO: bisturi elétrico ou bisturi diatérmico é um equipamento que promove a diérese dos tecidos pela passagem de correntes elétricas de alta frequência e secciona os tecidos por coagulação. Vantagens: produzir mínima hemorragia – incisa os tecidos ao mesmo tempo em que cauteriza os vasos da região; o procedimento cirúrgico necessita de uma menor quantidade de ligaduras – reduz a quantidade de fios de sutura que permanecem no paciente; menor tempo cirúrgico. Desvantagens: gera calor e inflamação, com retardo da cicatrização – cicatrização só tem início após a absorção dos coágulos pelo organismo do paciente, tentar evitar o seu uso nas incisões de pele, pois o aumento da temperatura local causa necrose e dificulta a cicatrização (maior dor pós-operatória, maior suscetibilidade à infecção da ferida).
· INCISÃO COM RAIO LASER: o raio laser tem sido amplamente empregado nas cirurgias oftálmicas, especialmente na medicina: casos de catarata posterior e casos de descolamento de retina (precisão na incisão, produção de mínimo sangramento); na medicina veterinária seu uso ainda é limitado, principalmente devido ao alto custo
· CRIOCIRURGIA: indicações na medicina veterinária – afecções neoplásicas e inflamatórias que não tiveram boa resposta ou são difíceis de tratar por métodos cirúrgicos convencionais, lesões que se encontram em áreas cutâneas muito irrigadas, lesões em pacientes que não podem ser submetidos à anestesia geral
BÔNUS
DIÉRESES ÓSSEAS: existem alguns casos em que é necessário dividir um osso para modificar a direção de seu eixo longitudinal. Para esse procedimento, são necessários instrumentos ortopédicos específicos. Indicações: para correção de consolidação óssea defeituosa, em amputação de membros, na correção de malformações – displasia coxofemoral. Na correção de crescimento angulares dos membros – síndrome do rádio e ulna curvos. Em ressecção de estruturas osteoarticulares visando ao alivio da dor – excisão de cabeça e colo femorais. Na coleta de material ósseo para enxartia. 
7. Quais são as orientações para uma boa diérese?
- Realizar a incisão em um único movimento; 
- A extensão da diérese deve ser suficiente para permitir um fácil acesso e boa visualização do campo cirúrgico: não deve ser realizada incisões demasiadamente extensas sem necessidade; produzir bordas nítidas e sem irregularidades (cicatrização mais rápida e de melhor aparência estética);
- Determinar antecipadamente, caso seja possível, um plano de ação: evita a morte tecidual desnecessária e o maior traumatismo cirúrgico; 
- Diérese deve respeitar a anatomia da região e ser realizada plano a plano: não é recomendado seccionar todos os planos teciduais de uma só vez;
- Seccionar sem mudar a direção planejada: para evitar secções inúteis; ao atingir planos mais profundos, evitar a formação de espaço morto;
- Evitar o comprometimento de grandes vasos e nervos importante: necessário conhecer a anatomia regional; hidratar frequentemente os tecidos expostos: evitar ressecamento; 
- Manipular delicadamente todos os tecidos: promover redução do trauma tecidual, propiciar melhor cicatrização; 
- Sempre que possível acompanhar as linhas de tensão da pele: diérese feita no sentido dessas linhas ocorre menor contração nas bordas da ferida: facilitando sua aproximação, acelerando a cicatrização, apresentando melhor resultado estético.
8. Quais são os fatores que dificultam a hemostasia?
- Elevação da pressão sanguínea: acelera o fluxo de sangue circulante, determinando maiores perdas em situações de lesão vascular; 
- Esfregar a área a ser operada antes da cirurgia: uma ação mecânica irritativa sobre um região a ser operada trará vasodilatação;
- Inflamação local: processo inflamatório acarreta vasodilatação e neovascularização locais; 
- Despertar agitado da anestesia: paciente pode se traumatizar, ocasionando o retorno das hemorragias já controladas; 
- Movimentação da área hemorrágica durante e após a cirurgia: coágulos podem se desprender dos vasos e nova hemorragia pode surgir; 
- Alteração na elasticidade e contratilidade das paredes arteriais; lesão vascular direta e extensas: dependendo do diâmetro vascular provoca hemorragias difíceis de coibir; 
- Trombocitopenias; coagulopatias: são desordens dos fatores de coagulação. 
9. Quais são os métodos de hemostasia físicos temporários?
· Compressão circular 
· Garrote ou torniquete: normalmente usada na hemostasia preventiva de membros, mas pode ser empregada em qualquer parte da superfície corporal – é uma ligadura geralmente feita com material elástico e que deve ser aplicada acima do local que sofrera intervenção, para evitar hemorragias arteriais, e abaixo do local, para prevenir as hemorragias venosas, período máximo: 30 min. 
· Faixa de Esmarch: faixa elástica que deve ser aplicada desde a extremidade do membro em direção proximal e causa isquemia pela compressão circular progressiva: terminada sua aplicação, em sua extremidade proximal é aplicado um garrote com pressão suficiente para impedir a circulação, então retira a faixa, período máximo: 30 min., contraindicada em neoplasias ou infecções. 
· Posições hemostáticas: aquelas que promovem a elevação da área a ser operada, acima do nível do coração, diminuindo a pressão e o volume vasculares: essa posição pode ser facilmente obtida quando da existência de uma mesa cirúrgica com controle de inclinações 
· Compressão digital: 
· Direta: aplica-se a pressão digital sobre o vaso responsável pelo sangramento, até que se faça uma hemostasia definitiva: pressão uniforme e constante, pode utilizar gaze para fazer compressão sobre uma superfície capilar sangrania
· Indireta: aplicação de bandagens. Controla o ambiente de ferida, reduz o edema e a hemorragia, elimina espaço morto, imobiliza o tecido lesionado e minimiza a formação de cicatriz e a perda de trombos recentes – também proporciona conforto.
· Estrangulamento temporário de vasos calibrosos: utilizado em grandes artérias e veias para obstruir momentaneamente o fluxo de sangue: deve haver cuidado com a compressão exercida sobre o vaso, para que não haja danos ao endotélio vascular – fios de sutura, dedos de luva cirúrgica, equipos plásticos estéreis 
· Clampeamento vascular temporário: promove hemostasia transitória por pinçamento de vasos calibrosos. Causa pouco traumatismo as paredes dos vasos – clampes vasculares 
· Pinças hemostáticas: possuem frequente utilização em hemostasias temporárias. Apresentam a vantagem de não tomar necessário englobar tecidos que rodeiam o vaso – as pinças hemostáticas podem ser empregadas em um vaso para parar o sangramento até que o método definitivo possa ser utilizado – ligaduras. 
10. Quais são os métodos de hemostasia físicos definitivos?
· Pinças hemostáticas: possuem frequente utilização em hemostasias. Apresentam a vantagem de não tornar necessário englobar tecidos que rodeiam o vaso; anglotripsia: consiste em fazer a hemostasia pelo esmagamento linear das túnicas interna e média dos vasos – pinças aplicadas em pequenos vasos, emasculadores em orquiectomia de equinos; torção: consiste em pinçar o vaso e fazer a pinça girar sobre o seu próprio eixo, apenas para pequenos vasos
· Ligadura vascular: consiste na oclusão de um vaso pela aplicação de um fio constritor ao seu redor. Ligadura vascular simples: o vaso é ligado isoladamente; ligadura vascular em massa: além do vaso, engloba-se considerável quantidade de tecido circunjacente – pedículo ovariano
· Ligadura por transfixação: indicada principalmente para vasos de grande calibre e em grandes animais. O vaso isolado é pinçado e transpassado em seu parênquima pela agulha do fio de sutura que irá liga-lo;esse procedimento impede que o fio seja deslocado pelo fluxo do vaso
· Sutura vascular: oclusão do fluxo venoso para corrigir falhas em casos de ductos arteriovenosos indesejáveis ou para gerar inanição a tumores. Também é usada para mudar o fluxo sanguíneo intencionalmente em cirurgias cardíacas; método muito usado na medicina
· Clipes vasculares: clipes que podem ser usados para oclusao de vasos, sendo uteis quando o vaso é dificil de alcançar ou quando são múltiplos. Não são recomendados em vasos com mais de 11 mm de diâmetro, o vaso deve corresponder de 1/3 a 2/3 do tamanho do clipe – podem ser de material plástico ou metálicos 
· Oclusão endovascular: oclusão do fluxo venoso para corrigir falhas em casos de ductos arteriovenosos indesejáveis ou para gerar inanição a tumores. Também é usada para mudar o fluxo sanguíneo intencionalmente em cirurgias cardíacas, método muito utilizado na medicina
· Endoloop: instrumento tubular plástico utilizado para aplicação de ligaduras vasculares na cirurgia videolaparoscópia. Permite a ligadura intra-abdominal de pedículos vasculares.
· Lacre de náilon: material de baixo custo e passível de esterilização em autoclave. Deve ter um calibre que seja confortável, pois permanecera permanentemente nas cavidades corpóreas: portam-se como corpos estranhos e sua presença pode, ainda, gerar atritos entre as vísceras adjacentes, o que não é desejável
· Eletrocoagulação: bisturi elétrico ou bisturi diatérmico. Aproveitamento do calor que é produzido pela passagem da corrente elétrica de alta frequência por um corpo que oferece certa resistência e que causa a coagulação tecidual e a desnaturação de proteínas: controla hemorragias em artérias com calibre menor ou igual a 1 mm e veias com menor ou igual 2 mm, pode retardar o processo cicatricial e favorecer complicações sépticas 
· Termocauterização: cautério elétrico ou galvanocautério. Aplicação de calor que realiza a carbonização dos tecidos e ocasiona a hemostasia de pequenos vasos: está em desuso nos grandes centros cirúrgicos, mas é de baixo custo e fácil manuseio para cirurgia de grandes animais realizadas a campo, pode retardar o processo cicatricial e favorece complicações sépticas 
· Fotocoagulação: realizada por meio dos raios laser. Rompe hemácias, danificando as piaquetas e ativando a cascata demostatica com a consequente formação de trombos – procedimentos neurocirúrgicos humanos, procedimentos oftálmicos humanos.
· Frio: quando aplicado por, no mínimo, 5 minutos causa vasconstricao, diminuindo o fluxo de sangue e permitindo a agregação plaquetária e formação de trombo hemostático. Nitrogênio líquido é muito utilizado para esse procedimento – causa necrose de tumores sem sangramento
11. Quais são as normas para uma correta aposição tecidual?
PERFEITO ASSEPSIA: infecções cirúrgicas dificultam a cicatrização da ferida, pois: impedem a coagulação adequada das bordas, podem levar a deiscência (ferida que se abre espontaneamente depois de suturada)
PERFEITA HEMOSTASIA: presença de hematomas e coágulos no campo operatório afasta as bordas da ferida, além de servir como excelente meio de cultura. Em hemorragias intensas – recomenda-se remover a sutura, localizar e ligar o vaso que está originando o sangramento
ABOLIÇÃO DO ESPAÇO MORTO: espaço morto é toda área formada a partir do afastamento das bordas de um tecido após a sua diérese. Esse espaço precisa ser fechado para evitar o acumulo de sangue ou exsudato inflamatório, se não ocorrerá: dificuldade de aproximação das bordas da ferida, predisposição a infecção, retardamento do processo de cicatrização. 
BORDAS DA FERIDA LIMPAS E REGULARES: promover a diérese evitar incisão em bisel ou irregular, as quais dificultam a aproximação adequada das bordas da ferida. Feridas regulares têm melhor efeito estético e cicatrizam mais rapidamente – ferida de origem traumática com bordas irregulares = deve ser corrigida para se tornar regular, antes da sua aproximação. 
AUSÊNCIA DE CORPOS ESTRANHOS E TECIDOS NECROSADOS: corpos estranhos presentes na ferida cirúrgica podem levar a uma maior reação inflamatória e/ou infecção dos tecidos, por isso devem ser removidos antes da síntese. Pedações de fio de sutura, flapos de gazes, algodão, pelos, coágulos, instrumentos cirúrgicos
MATERIAL E TIPO DE SUTURA ADEQUADOS: os diferentes tecidos possuem particularidades que devem ser respeitadas no momento de escolher o fio e o padrão de sutura a serem empregados. A sutura deve manter sua força até que seja atingida a resistência máxima do local, que pode variar de acordo om o tecido.
TRAÇÃO MODERADA: os fios de sutura devem ser empregados de modo que apenas unam os tecidos do paciente, sem gerar tensão exagerada. A tensão exagerada causa: laceração do tecido, isquemia tecidual e necrose, posterior deiscência e/ou evisceração 
MANIPULAÇÃO DELICADA DOS TECIDOS: independentemente do tipo de sutura ou fio escolhido, é importante que o cirurgião e auxiliares se preocupe sempre cm a manipulação delicada dos tecidos. Evitar traumas adicionais, evitar isquemia tecidual
EVITAR EXCESSOS DE FIOS OU NÓS: o fio de sutura será reconhecido como um corpo estranho e, consequentemente, vai gerar reação inflamatória inevitável. Reduzindo a quantidade ou o diâmetro do fio (dentro do possível) – melhor recuperação do paciente, reposta inflamatória menos intensa 
EVITAR NÓ FROUXO OU CORREDIÇO: caso os tecidos não estejam adequadamente aproximados pelo fio de sutura, o processo de cicatrização pode não acontecer ou ficar retardado. Devido aos nós frouxos ou que desfazem
12. Sobre as suturas contínuas:
a) Quais suas vantagens?
Confecção mais rápida, fácil remoção, economia de fios, menos fio colocado no leito da ferida cirúrgica (reação inflamatória menos intensa), devido a coaptação das bordas da ferida (previne-se perdas de fluidos).
b) Quais suas desvantagens?
Caso o fio arrebente em um determinado local, toda a sutura se desmancha e é perdida.
c) Cite alguns tipos dessa sutura
Sutura continua simples (cerzidura); sutura festonada (ou de Reverdin); “U” horizontal continuo, sutura de Schimleden, sutura de Cushing, sutura de Lemberi
13. Sobre as suturas descontínuas:
a) Quais suas vantagens?
Permite que sejam retirados alguns pontos para promover a drenagem de secreções na ferida sem comprometer toda a sutura; é mantida a posição dos tecidos mesmo se um ponto romper; oferecem maior garantia de segurança quando é necessário aproximar bordas que estão sob grande tensão.
b) Quais suas desvantagens?
Execução mais lenta; grande quantidade de material utilizado (maior custo); grande quantidade de material mantido no paciente (maior reação inflamatória).
c) Cite alguns tipos dessa sutura.
Pontos simples separados (isolado); sutura de Wolff separada (ou “U” horizontal) – pode ser simples ou captonada; sutura de Donatti ou (“U” vertical) – pode ser simples, captonada ou encavilhada; sutura de Lembert separada; sutura de Swiftt; sutura tipo imbricação lateral (em jaquetão); sutura tipo Sultan (em “X”).
14. Quais as características do fio de sutura ideal?
Resistente a tensão em tempo uniforme, até que tenha cumprido sua função. Se não for absorvível deve-se encapsular sem reação inflamatória, tendo mínima rejeição pelo organismo. Fácil manuseio e com boa flexibilidade; não alérgico, não toxico, não corrosivo e não carcinogênico. Não favorecer o desenvolvimento de infecção e/ou fistulas. Possibilitar a realização de nós seguros. Causar mínima fricção e trauma ao penetrar nos tecidos. Não ter atrito para não traumatizar ou lacerar os tecidos. Ter elasticidade para acompanhar o edema ou distensão do tecido. Não ser capilar (capacidade de absorver liquido). Ser barato e de fácil disponibilidade. Facil de esterilizar e re-esterilizar (não é possível com fios absorvíveis).
O fio ideal é difícil de existir, portanto, deve-se escolher aquele que mais se aproxime do ideal para um determinado procedimento, situação e tecido a ser suturado
15. Caracterize os Fios Absorvíveis e dê 2 exemplos de sintéticos e naturais.
Sofremdegradação e rápida perda da resistência a tensão dentro de 60 dias, mas a absorção total varia de acordo com a composição do fio, podendo ocorrer em apenas 7 dias ou chegar a aproximadamente 180 dias. Não recomendadas para suturas internas. Podem ser naturais (categute, tanto o simples quanto o cromado) ou sintético (poliglactina 910, polidioxanona, poliglecaprone, poligliconato, ácido poliglicólico).
16. Caracterize os Fios Não absorvíveis e dê 2 exemplos de sintéticos e naturais.
Preservam a resistência a tensão por mais de 60 dias. Se deixados no organismo permanecem inalterados e são encapsulados, ficando indefinidamente na intimidade dos tecidos. São recomendados para suturas externas (que serão removidas posteriormente) e para tecidos sujeitos a movimentação excessivas. Podem ser naturais (aço inoxidável, titânio, seda, algodão, linho) ou sintético (náilon, polipropileno, poliéster, polietileno).
17. Desenhe o esquema da mesa cirúrgica
18. Cite 16 sufixos, seu significado, o nome de um procedimento com este sufixo e o significado deste procedimento.
	SUFIXO
	SIGNIFICADO
	PROCEDIMENTO
	SIGNIFICADO
	...centese
	Punção
	Toraco/Cisto/Pericardiocentese
	Punção do pericárdio
	...ectomia
	Remoção/extirpação
	Nefrectomia
	Retirada do rim
	...stasia
	Detenção/parada
	Hemostasia
	Detenção de sangramento
	...rrafia
	Sutura
	Toraco/Gatsro/Herinorrafia
	Sutura do anel inguinal
	...tripsia
	Quebra/esmagamento
	Angiotripsia
	Esmagamento da parede de um vaso
	...clasia
	Fratura
	Osteoclasia
	Fraturar um osso
	...plastia
	Reconstrução plástica
	Dermo/Perineo/Blefaroplastia
	Reconstrução palpebral
	...lise
	Liberação de aderências
	Pleurolise
	Liberar aderências da pleura
	...rexe
	Arrancamento
	Neurorrexe
	Arrancamento de um nervo
	...tomia
	Incisão
	Rumino/Toraco/Celiotomia
	Incisão do abdômen
	...stomia
	Abertura de cavidade
	Rumino/Entero/Uretrostomia
	Comunicação da uretra com o meio externo
	...dese
	Imobilização
	Artrodese
	Imobilização de articulação
	...scopia
	Visualização interna
	Bronco/Artro/Laparoscopia
	Visualização da cavidade abdominal
	...síntese
	União
	Osteossíntese
	União óssea
	...pexia
	Fixação
	Reto/Histeropexia
	Fixação do útero na parede abdominal
	...anastomose
	Fistulação entre dois órgãos
	Gastroenteroanastomose
	Comunicação entre estômago e intestino
19. Descreva as técnicas cirúrgicas:
a. Celiotomia
A celiotomia (celio = abdômen; tomia = incisão) é a abertura da cavidade abdominal pela linha média do abdômen. A incisão na pele deve ser retroumbilical (caudal à cicatriz umbilical), retilínea, sem esuniformidades e realizada com a ponta do bisturi na linha média da cavidade abdominal.
A celiotomia segue-se com a divulsão do subcutâneo com tesoura romba até que identifique a linha alba. Em animais obesos o bisturi pode ser usado até que se identifique a linha alba. Após a divulsão segue-se a tração da musculatura adjacente à linha Alba com a pinça Allis, a fim de afastar a linha alba dos órgãos internos para poder ser realizada uma punço-incisão segura na mesma. A punço-incisão na linha alba é feita delimitando a ponta do bisturi com os dedos e tracionando-a em direção à cavidade. Feita a punção, deve-se passar pela abertura incisionada uma tesoura romba-romba fechada a fim de localizar pontos de derência na parede abdominal, para então ampliar seguramente a incisão com a tesoura, se houver necessidade.
A partir deste ponto a cavidade abdominal está finalmente exposta e pode-se seguir a intervenção cirúrgica necessária ao paciente.
b. OSH
A ovariosalpingohisterectomia (salpingo = tubas uterinas; hister = útero; ectomia = remoção, extirpação) é a remoção do aparelho reprodutivo feminino composto pelos ovários, tubas uterinas e útero (colo e cornos), conhecida como castração ou OSH. Se trata do procedimento mais frequentemente feito na rotina veterinária cirúrgica.
O ovário está situado próximo ao rim (caudalmente). Caudalmente aos ovários encontram-se os cornos uterinos e o corpo uterino. Próximo ao hilo renal está o chamado pedículo ovariano, sustentado pelo ligamento suspensor ou suspensório. O pedículo é composto por artéria e veia ovariana e tecido adiposo. Unindo o ovário ao corno uterino (aonde começa a vascularização da parte uterina, portanto artérias e veias uterinas) tem-se tudo envolto pelo ligamento próprio.
Sustentando o conjunto todo existe outra rede, uma malha grande, chamada de ligamento largo ou mesométrio. Passando no meio do ligamento largo e paralelo ao corpo uterino encontram-se as artéria e veia uterinas. Saindo da altura do ligamento próprio, passando pelo mesmo caminho do ligamento largo existe outro ligamento em forma de fio, o ligamento redondo, que corre pelo meio de todo o ligamento largo e passando pelo anel inguinal (por onde saem artérias e veias pudendas externas, que irrigam as últimas mamas). Este ligamento redondo então passa pelo anel inguinal, adentra a parte do subcutâneo inguinal e se insere ao lado da vulva (ainda no subcutâneo). Portanto muitas vezes depois de algum trauma (atropelamento, acidente, qualquer injúria que cause impacto ou aumento de pressão abdominal muito grande) pacientes apresentam a hérnia inguinal, então vendo-se ao exame um aumento de conteúdo, que se trata das vísceras que passaram por esse anel inguinal e ficaram contidas no subcutâneo dessa região, mais precisamente na evaginação do peritônio que passa pelo anel inguinal, que se chama processo vaginal. As vísceras então saem da cavidade abdominal, passam pelo anel inguinal e entram nessa saculação do peritônio, ficando contidas no subcutâneo da região, conhecido vulgarmente por virilha. Por este motivo é muito comum que o conteúdo desta hérnia inguinal seja útero, pois já existe um ligamento anatômico que já passa naturalmente naquele ponto. É como se, com o aumento de pressão abdominal, o ligamento fizesse força pra puxar pra dentro do anel inguinal, fazendo com que as vísceras virem conteúdo de hérnia. Essa anatomia é muito mais preocupante nas fêmeas gestantes, que já têm pressão abdominal muito maior que o normal. Em acidentes é muito comum que o útero gestante seja tracionando pelo ligamento, virando conteúdo de hérnia, o que é extremamente grave, principalmente em relação a tratamento, pois os fetos ainda não estão na época de desenvolvimento e deve-se fazer cirurgia pra reduzir a hérnia, para evitar da cadela vir a óbito ou acabar tendo que realizar aborto do animal. As artérias ovariana e uterina se originam da aorta. As veias, tanto ovariana quanto uterina, têm destino para a veia ilíaca interna e depois cava.
A OSH apresenta duas técnicas cirúrgicas principais:
1) TÉCNICA DAS TRÊS PINÇAS TRADICIONAL: Posicionamento de três pinças hemostáticas no ligamento suspensor. Passa-se a chamá-las de pinças proximal (a mais distal do que será retirado), mediana e distal (a mais proximal do que será retirado). Incisiona-se entre a pinça mais distal (a que vai sair do animal) e a pinça mediana, ficando apenas a proximal e a mediana no paciente, bloqueando a vascularização apenas por motivo de segurança. Faz-se a ligadura entre a pinça mais proximal e o rim, fechando fortemente a estrutura. Faz-se a sobeigadura ao mesmo instante em que se retira pinça proximal, de modo que o nó fique em seu lugar. Só depois de feita a sobreligadura que se retira a pinça mediana (verificando cuidadosamente antes de soltar o pedículo se há hemorragia pela estrutura ligada).
2) TÉCNICA DAS TRÊS PINÇAS MODIFICADA: Usada em pacientes com pedículo ovariano muito curto (fêmeas obesas ou em pouco relaxamento anestésico). É uma técnica desenvolvida pra evitar acidentes. São posicionadas duas pinças no ligamento suspensório e a distal no ligamento próprio (pois a distal tem a função exclusiva de segurar sangramento). Em cadelas os ovários são mais presos do que nas gatas. A veia ovariana direita tem sua drenagem direto pra veia cava caudal, mas é próxima da cava caudal. Casos de pedículo curto ou que não dê distensibilidade necessária podem levar a uma obstrução muitoperto da cava
no momento do posicionamento da pinça, pinçando acidentalmente justamente a inserção da veia ovariana direita na cava caudal, podendo vir então uma hemorragia incontrolável na hora da incisão. Outro problema ainda maior é a veia ovariana esquerda, que drena primeiro para a renal esquerda e só depois da renal esquerda que parte para a cava caudal. O problema é que a veia ovariana esquerda é muito junta da renal esquerda. Forçar as três pinças pode lesionar a veia renal esquerda tanto na incisão quanto na ligadura, podendo obstruir a veia renal esquerda e causar estase renal. A técnica das três pinças modificadas foi criada pra evitar esses problemas, que infelizmente são muito documentados na literatura. Depois de fazer alguma dessas técnicas no pedículo, parte-se para a divulsão romba do ligamento largo, uma dissecação que permaneça o excesso desse ligamento no animal, que ajuda bastante na cicatrização do coto uterino. Segue-se com a mesma técnica no corpo uterino. Quando trata-se de paciente pequena ou nulíparas, o útero e os vasos uterinos encontram-se bem finos, não havendo necessidade de separar vasos adjacentes ao útero, podendo então no momento de pinçar as três pinças envolver tudo (tanto o útero quanto os vasos adjacentes a ele). A cérvix fica no animal, portanto as pinças ficam logo distais à cérvix. Faz-se a técnica das três pinças (lembrando que a distal é a mais perto do que está sendo retirado). A incisão continua sendo entre a mais distal e a mediana. Novamente duas pinças (proximal e mediana) ficam no paciente por segurança. Faz-se a ligadura (entre a mais pinça proximal e a cérvix) e a sobreligadura (quando o nó estiver pronto para ser fechado, retira-se a pinça proximal ao mesmo instante em que se fecha o nó). Feito isso a pinça mediana pode ser retirada, verificando sangramento e mobilidade fixa das ligaduras. Quando em fêmea maior ou em úteros mais calibrosos, a transfixação geralmente é necessária (perfura-se a parede do útero, transpassa-se a parede de um lado pro outro com o fio de sutura), envolvendo o corpo uterino pra fechar os nós (isso ajuda a não deslocar a ligadura). Devido ao perigo de extravasamento de pus na cavidade abdominal, em casos de piometra a transfixação nunca deve ser feita. Em fêmeas que já pariram, os vasos adjacentes ao útero são mais calibrosos e evidentes e por isso, com a pinça mosquito, afasta-se os vasos do útero e faz-se a ligadura deles separadamente do coto uterino, o que fornece ainda mais segurança. O fio utilizado é absorvível preferencialmente sintético. Quando se trata de pacientes com situação financeira limitada ou em campanhas de castração geralmente o fio utilizado é o categute cromado. Em felinos o calibre 2-0 funciona bem e em cadelas maiores (20kg para mais) pode ser usado até fio 0.
c. Orquiectomia
A orquiectomia (orqui = testículos; ectomia = remoção, extirpação) é a remoção dos testículos do paciente, procedimento também conhecido como castração de macho. Trata-se de um dos procedimentos mais frequentemente realizados na prática veterinária cirúrgica. Sabe-se que no canino encontra-se o pênis, o óstio prepucial, os testículos internos ao escroto e o espaço préescrotal, que é a área entre o osso peniano e o escroto, justamente aonde a incisão é feita (ou seja, cranial ao escroto). 
A primeira incisão é na pele, com a ponta do bisturi, feita em uma única direção, sem desuniformidades. Faz-se uma leve divulsão do subcutâneo com uma tesoura romba. Se trata de uma divulsão rápida e superficial no sentido da profundidade, apenas com a finalidade de liberar um pouco de tecido para a melhor localização da túnica vaginal deste testículo. Faz-se uma pressão no testículo, empurrando-o com dedo para que o mesmo apareça encoberto pela túnica vaginal no campo. Quando posicionado, incisa-se a túnica vaginal. Faz-se a incisão com o bisturi até adentrar no parênquima testicular, o qual everte. No que everte, esta túnica já se solta, entrando para a lateral do testículo, já sendo possível individualizar o testículo e podendo tracioná-lo. Essa túnica ficará no animal, pois ajuda a fibrosar o anel inguino-escrotal. A túnica solta na altura do ligamento da cauda do epidídimo (que é aonde fica presa). Neste momento o testículo está totalmente individualizado, porém ainda preso. A tração excessiva do cordão espermático predispõe à formação de hérnia inguino-escrotal, portanto não se deve tracioná-lo demasiadamente. Faz-se a técnica das três pinças no cordão espermático como um todo. Usa-se fio absorvível preferencialmente sintético. Em pacientes de menor porte o calibre 2-0 funciona bem. Em pacientes maiores pode ser usado até o 0. Faz-se isso pelos dois testículos na mesma incisão. Após isso aproxima-se o subcutâneo. Se trata de uma aproximação muito superficial com padrão cerzidura com fio absorvível, pois na região, abaixo do subcutâneo tem-se o corpo peniano, a uretra e, por cima, o músculo retrator do pênis. Se houver aprofundamento excessivo da aproximação, pode-se suturar acidentalmente esse músculo, fixando-o nesta sutura. O problema disto é que o cão quando urina tem uma tendência fisiológica de expor a glande peniana. Ao fixar o músculo retrator do pênis, na hora de urinar, não haverá exposição da glande, fazendo com que ele urine dentro do prepúcio, queimando a mucosa prepucial gravemente. A sutura da pele também é feita com fio não absorvível sintético assim como nas fêmeas.
O pênis do gato por sua vez já é pré-escrotal, então não há espaço pré-escrotal. Aqui, portanto, a incisão é escrotal, sobre a pele escrotal. Faz-se uma incisão sobre cada testículo paralela a rafe mediana. No gato quase não há subcutâneo, então antes da incisão de pele já se faz a pressão no testículo, pois com o bisturi, numa só incisão, já se secciona tudo e já se vê a túnica vaginal, fazendo o mesmo procedimento que o cão. 
Pode-se fazer uma única incisão escrotal na rafe mediana, com o mesmo procedimento, porém apenas em gatos magros, de testículo menor ou pouca pele escrotal, pois após a castração sempre fica um tecido mais edemaciado (devido à manipulação) e passando um tempo a área já se torna flácida de novo, ampando a área da incisão e abafando a região, dificultando demasiadamente a cicatrização. Faz-se apenas um ponto separado sem aproximação de subcutâneo. Este ponto na realidade serve apenas para não ficar uma ferida aberta, mas existem profissionais que realmente deixam a incisão sem sutura, sem complicações de pós-operatório. Isto, contudo, não é indicado em casos em que não se sabe como será o pós-operatório do paciente.
d. Cistotomia 
Cistotomia (cisto = vesícula urinária; tomia = incisão) é a incisão da vesícula urinaria. A rotina emprega esta técnica principalmente para o procedimento de remoção de cistólitos. Trata-se de um caso relativamente comum em animais de companhia.
Em posição ortostática (animal em estação) o aparelho urinário encontra-se desta forma:
Contudo, na mesa cirúrgica o animal encontra-se em decúbito dorsal, portanto deve-se imaginar:
Para acessar o interior da vesícula urinária deve-se fazer a retroflexão da bexiga, que simplesmente significa “dobrá-la” a fim de expor sua face dorsal ao cirurgião. A retroflexão tem a finalidade de posteriormente reduzir o contato entre o fio de sutura e a urina armazenada no órgão que a gravidade proporcionará. Com uma sutura na face ventral da bexiga, além de haver risco maior de possível extravasamento urinário, o constante contato favorece a formação de cálculo urinário (o fio de sutura, por ser um corpo estranho, juntamente com a urina depositada sobre ele são matrizes para nova formação de cálculo). A retroflexão é realizada com auxílio de compressas, pois se trata de um órgão que edemacia com facilidade, podendo formar pontos de aderência e interferindo acessos futuros. As retroflexões feitas com o uso de pinças Allis ou com pontos sero-musculares tracionando a bexiga não são indicados devido à friabilidade do órgão e a espessura da parede serem desfavoráveis. A bexigaé então forrada com compressas para evitar extravasamento de urina na cavidade abdominal.
*IMPORTANTE CONSIDERAÇÃO ANATÔMICA: Os ureteres desembocam na parede dorsal, entre o meio e a base da vesícula urinária, porém não apenas abrem e se inserem diretamente. Os ureteres passam pelas primeiras camadas da parede da vesícula, vêm caminhando pela parede vesical e só depois desembocam, formando uma tuneilização.
INCISÃO: A incisão de um órgão deve sempre que possível fugir da área de vascularização mais proeminente. A vascularização da bexiga por sua vez vem pelas laterais (os ramos que chegam da metade da bexiga e correm até o ápice vêm da artéria vesical cranial, a qual vem da artéria umbilical. Os ramos da metade da bexiga até o trígono vêm da artéria vesical caudal, a qual vem da artéria urogenital). Como não há como individualizar vasos o local de incisão de escolha é a linha média da face dorsal (linha pontilhada), para melhor fugir dessa vascularização. A incisão é feita com bisturi e ampliada com tesoura, sendo a ampliação de tamanho suficiente para remoção do cistólito. Como não houve individualização de vasos, se trata de uma incisão mais cruenta e, portanto, sangrará de qualquer forma durante todo o trans-operatório, porém menos do que se escolhido outro local de incisão. Deve-se procurar fazer a incisão o mais longe possível do local de entrada dos ureteres, portanto o mais perto possível do ápice, pois na hora da sutura por haver tração de tecido pode haver obstrução do local que os ureteres desembocam. Retira-se então o corpo estranho com cuidado para não lacerar as bordas da incisão.
SUTURA: O primeiro plano, por manter contato com a urina, será invaginante contaminante, devendo ser usado um tipo de sutura contínuo com fio absorvível sintético 3-0 (o categute não pode ser usado devido ao seu tempo rápido de absorção, que é acelerado mais ainda devido a presente contaminação bacteriana) sendo o padrão de sutura Schmieden o de escolha. Passa-se tintura de iodo a 2% exclusivamente sobre a incisão, sem deixar escorrer, a fim de controlar crescimento bacteriano enquanto se troca todo o material (troca-se luva, compressa, fio, tudo é trocado por instrumental novo estéril) para poder então suturar o segundo plano que pode ser o Cushing ou Lembert (invaginantes, porém não contaminantes, pois só vão abranger as camadas sero-muscular), que invaginam o primeiro plano e reforçam a sutura. Quando os dois planos são suturados um pedaço da parede invagina bastante. Se a tuneilização dos ureteres não for lembrada ou se a incisão for feita no lugar errado a inserção será obliterada quando o tecido invaginar, cessando o fluxo de urina. *Pacientes com alteração vesical podem apresentar parede bem espessa. Após a sutura da parede vesical, parte-se para a omentalização (ancoragem do omento na área da sutura com pontos na parede da bexiga apenas sero-musculares). A omentalização evitará possíveis aderências de outros órgãos na área da sutura, uma vez que animais predispostos a cálculos vesiculares podem vir a necessitar da mesma cirurgia no futuro. Após a cirurgia deve-se manter o animal sondado, pois a bexiga depois de manuseada entra em atonia por aproximadamente 3 dias.
e. Esplenectomia 
A esplenectomia (espleno = baço; ectomia = remoção/extirpação) é a remoção completa do baço. Trata-se de um procedimento bastante comum na rotina, especialmente em decorrência de neoplasias como hemangiossarcoma principalmente, hemangioma, carcinoma e linfoma, mas também em decorrência de torção ou trauma grave.
O baço é abordado através de uma incisão na linha média abdominal que se estende do xifoide até um ponto caudal ao umbigo (incisão pré-umbilical). Pode ser necessário estender a incisão para lesões grandes ou para permitir a exploração abdominal completa (incisão pré-retroumbilical). É importante lembrar que a exploração abdominal deve ser realizada em qualquer animal suspeito de apresentar neoplasia.
A vascularização esplênica chega a sua linha média em uma só concentração pela malha do omento. A
irrigação é proveniente da artéria esplênica, a qual vem da artéria celíaca, enquanto a drenagem é proveniente da veia esplênica, que segue para a veia porta, porém deve-se considerar muitas ramificações:
sanguíneo. Então para a esplenectomia os vasos que devem ser ligado são os pequenos ramos secundários (6) que estão adentrando o baço, mas nunca a vascularização principal (0).
20. Quais situações demandam a utilização da técnica das 3 pinças (modificada)?
Usada em pacientes com pedículo ovariano muito curto (fêmeas obesas ou em pouco relaxamento anestésico).
21.	Quais consequências podem advir da colocação das pinças muito apertadas no mesovário (pedículo ovariano)?
Pode ocorrer a laceração da estrutura prematuramente, podendo acarretar na perda do pedículo ovariano (veias e artéria ovarianas + ligamento suspensor) e hemorragia.
21. Quais estruturas fazem parte do cordão espermático?
Formado pela Artéria testicular, veias testiculares que formam o plexo pampiniforme ao redor da artéria, vasos linfáticos que acompanham as veias, feixes de tecido muscular liso ao redor dos vasos (antigo músculo cremáster interno) e pela camada visceral da túnica vaginal. Alguns autores, eventualmente tendem a incluir, além disso, a camada parietal e as estruturas situadas externamente (músculo cremaster externo e os vasos e nervo genitofemoral). (SISSON/GROSSMAN).

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