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Pulpite Aguda e Pulpite Crônica - Características da Dor - Odonto Resumos #17 Pulpite - Generalidades. Como iremos ver neste artigo, as Pulpites podem ou não estar associadas a dor A Pulpite é uma inflamação da polpa dental, que ocorre devido a uma agressão sobre o tecido pulpar. Perante a essa agressão, a polpa pode reagir de diversas formas, que variam desde um leve depósito de dentina até alterações inflamatórias e degenerativas. Esta reação irá depender diretamente da a intensidade, do tempo, da frequência do agente irritante, da condição prévia do tecido pulpar e da falta de resolutividade em atendimentos anteriores. Como a inflamação da polpa não é algo que o dentista consegue observar a olho nu, o diagnóstico é feito principalmente a partir de uma análise das características da dor (obtidas na anamnese), do exame radiográfico e dos testes de vitalidade, percussão e mobilidade. Com as informações obtidas no exame clínico e nos exames complementares, o dentista pode classificar a Pulpite e, assim, escolher a melhor forma de tratamento para o paciente. No entanto, isto não é tarefa simples, pois as Pulpites possuem várias manifestações e podem ser classificadas de diversas maneiras. Neste artigo, exclusivo para os meus seguidores do PASSEI DIRETO, nós iremos discutir as principais características das Pulpites mais encontradas no dia-a-dia do cirurgião dentista e que consequentemente são as mais cobradas* nas provas de concurso público de odontologia. *As condições discutidas neste texto estão marcadas em negrito logo abaixo. Pulpite - Classificação. De acordo as características histopatológicas da polpa perante a inflamação, as Pulpites podem ser classificadas de três formas: Classificação I. Hiperemia Pulpar Pulpite Aguda (Serosa, Purulenta) Pulpite Crônica (Ulcerada, Hiperplásica) Necrose Pulpar Classificação II. Pulpite Fechada (Hiperemia Pulpar, Pulpite Infiltrativa, Pulpite Abscedada) Pulpite Aberta (Pulpite Ulcerosa Traumática, Pulpite Ulcerosa Não Traumática, Pulpite hiperplásica) Necrose Pulpar Classificação III – Mais Utilizada. Pulpite Aguda (Reversível, em Transição, Irreversível) Pulpite Crônica (Ulcerada, Hiperplásica) Necrose Pulpar Já de acordo com as características clínicas, as Pulpites podem ser divididas em: Pulpagia Hiper-Reativa Pulpite Sintomática Pulpite Assintomática Necrose Pulpar Apesar de a classificação histopatológica estar individualizada em relação a classificação clínica, as duas podem descrever a mesma situação, que é apresentada com diferentes nomes. Por exemplo, uma Pulpagia Hiper-Reativa é a mesma coisa que uma Pulpite Aguda Reversível, enquanto uma Pulpite Sintomática é equivalente a uma Pulpite Aguda Irreversível, o que muda é apenas a classificação que está sendo utilizada. Pulpagia Hiper-Reativa e Pulpite Aguda Reversível. A cárie de dentina é o principal fator causador da Pulpagia Hiper-Reativa e da Pulpite Aguda Reversível Como descrito acima, ambas se manifestam da mesma maneira e a diferença de nomenclatura destas condições é útil para fins didáticos. Diante disto, é importante ter em mente que estas Pulpites ocorrem principalmente devido a um estímulo dentinário (como uma cárie de dentina), que causa uma irritação pulpar inicial, a qual se manifesta a partir de uma dor provocada, localizada, de intensidade leve a intensa e que possui curta duração (cessa rápido após remoção do estímulo). O tratamento para a Pulpagia Hiper-Reativa e a Pulpite Aguda Reversível envolve simplesmente a remoção do estímulo causador da dor, visto que a polpa ainda tem capacidade de recuperação. Em situações onde a agressão ao tecido pulpar é de baixa intensidade, a inflamação pode cronificar e a Pulpite pode evoluir para uma Pulpite Assintomática (ou Crônica). Pulpite Sintomática, Pulpite de Irreversibilidade Duvidosa e Pulpite Aguda Irreversível. Em casos de Pulpite Aguda Irreversível, o paciente sente uma dor intensa e difusa, que pode se espalhar para locais como cabeça e/ou pescoço A Pulpite Sintomática pode ser equivalente tanto a Pulpite de Reversibilidade Duvidosa, quanto a Pulpite Aguda Irreversível. O que vai definir isto, é o estágio da inflamação pulpar. Por exemplo, a Pulpite Sintomática inicial, é equivalente a Pulpite de Reversibilidade Duvidosa, onde a polpa está perdendo a capacidade de reparo e está quase chegando em um processo irreversível. Estas condições se manifestam a partir de uma dor provocada, localizada, mas que persiste um longo tempo após remoção do estímulo que está causando a dor. Já a Pulpite Sintomática avançada, é equivalente a Pulpite Aguda Irreversível. Nestes casos a polpa perdeu a sua capacidade de recuperação e o tratamento conservador não é mais uma opção, o que torna o esvaziamento do dente (Pulpectomia) e o tratamento de canal os melhores métodos de manejo. Nos casos de uma inflamação irreversível da polpa, o paciente relata uma dor intensa, difusa, espontânea, contínua e que demora para cessar após remoção do estímulo. Pulpite Assintomática, Pulpite Crônica Ulcerativa e Pulpite Crônica Hiperplásica. Pulpite Crônica Hiperplásica. Repare no alto grau de destruição coronal e ampla exposição pulpar. A Pulpite Assintomática, pode ser equivalente a Pulpite Crônica Ulcerativa e a Pulpite Crônica Hiperplásica. Todas as pulpites descritas acima são caracterizadas pela presença de uma inflamação crônica no tecido pulpar, associada à presença de uma câmara pulpar aberta, o que gera uma via de drenagem e, portanto, resulta na ausência de sintomas. Assim, é bastante comum nestes casos, o dentista receber um paciente sem dor ou com dor leve ao mastigar, com o dente aberto, com acúmulo de alimentos e de difícil higienização, o que resulta em mau cheiro. Inicialmente, com o estímulo de leve intensidade, a Pulpite Assintomática se manifesta a partir de uma ulceração que recobre o tecido pulpar, o que caracteriza a Pulpite Crônica Ulcerativa. Como descrito acima, esta condição pode se apresentar a partir de uma ausência de dor ou de uma dor leve ao mastigar. O tecido ulcerado sangra facilmente ao ser estimulado. Caso a Pulpite Crônica Ulcerativa não seja tratada, ela pode evoluir para a Pulpite Crônica Hiperplásica, onde o tecido pulpar sofre uma hiperplasia para fora da câmara, como mecanismo de defesa. Esta hiperplasia é conhecida como Pólipo Pulpar, o qual também sangra facilmente ao ser estimulado e pode se apresentar com uma dor leve ou ausência de dor. O tratamento para estas Pulpites envolve o esvaziamento do dente e o tratamento de canal, caso o dentista observe que o dente ainda possui condições de ser restaurado. __ Bom, por hoje era isso! Espero que este artigo seja valioso nos seus estudos para provas da graduação ou de concurso público de odontologia. Qualquer dúvida em relação ao assunto que você tiver, é só me enviar no Passei Direto, a maior rede de estudos do Brasil, onde você pode me seguir para ter acesso a mais conteúdos como este! Abraços, André Martins - Arriba Dentista
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