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Introdução a cariologia

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@isanogueira 
23/04/2021 
CARIOLOGIA 
Introdução a cariologia 
Porque estudar cariologia? 
A cárie está muito presente em toda as 
populações, a sua taxa de incidência varia entre 
as populações. 
Com o aumento da idade os sinais e sintomas se 
acumulam – perda dentaria. 
A maioria das restaurações dentarias são feitas 
por conta das lesões da carie. 
História 
Antigamente as pessoas extraiam o dente para 
não sentir mais dor; na era da dor a maioria dos 
pacientes eram desdentados, diante disso víamos 
muito o uso de próteses. 
Era da restauração – começo do surgimento dos 
materiais dentários, antigamente acreditava que 
a restauração tinha “vida infinita”, pois substituía 
os tecidos lesados e preveniria a instalação de 
novas lesões. Os tratamentos costumavam ser 
iguais para diferentes tipos de pacientes. A 
sobrevida das restaurações depende do material 
restaurador, do profissional e principalmente do 
paciente. 
Na década de 70 aconteceu uma mudança no 
enfoque dos tratamentos, as pessoas começaram 
a estudar mais, conhecer novas técnicas; houve 
uma contribuição da histologia, bioquímica, 
microbiologia, patologia, etc., e teve uma 
redefinição da doença cárie. 
Na era da promoção de saúde começaram a 
compreender um indivíduo como um todo, 
entenderam os fatores envolvidos na progressão 
da doença e buscaram um tratamento preventivo 
não invasivo. 
Cárie dentária – o microecossistema bacteriano 
do biofilme dental apresenta uma série de 
características fisiológicas: 
As bactérias vão produzir um ph ácido por conta 
dos nutrientes que elas recebem através dos 
alimentos, no caso da cárie é o açúcar e sacarose. 
Consequentemente vai acontecer uma queda do 
ph, essa queda é o principal fator pela perda de 
minerais no tecido dental que pode formar uma 
lesão cariosa. 
Na superfície bucal todos os dias vai ter perda e 
ganho mineral por conta dos nutrientes, o que 
não pode acontecer é a perda mineral ser maior 
que o ganho, esse processo tem que estar 
equilibrado. 
Como acontece a perda mineral? Com o consumo 
de açúcar, principalmente da sacarose, ou seja, se 
tem um aumento no consumo de carboidratos 
fermentáveis, consequentemente vai ter um 
aumento na produção de ácidos e os eventos de 
desmineralização vai ser maior. Se esse processo 
for se acumulando pode ocorrer a lesão cariosa. 
@isanogueira 
23/04/2021 
CARIOLOGIA 
O termo “cárie dentária” é usado para descrever 
os resultados (sinais e sintomas) de uma 
dissolução química da superfície dentaria 
causado por eventos metabólicos que ocorrem 
no biofilme. 
 
Quando podemos considerar que um 
paciente apresenta a doença cárie? 
Só quando conseguimos ver clinicamente, 
quando vemos a lesão de mancha branca no 
esmalte. 
 
Antigamente a cárie era considerada uma doença 
multifatorial, hoje em dia consideramos que é 
uma doença de biofilme açúcar dependente da 
sacarose. 
Controle 
o Deve incluir estratégia múltipla 
direcionada no nível individual, da família 
e da população. Sempre que possível, tais 
estratégia devem abordar fatores de 
riscos comuns a doença cárie. 
o Consumo racional de açúcar. 
Biofilme e cárie dentária 
 é o fator biológico indispensável para a formação 
da lesão de cárie. As lesões de cárie só ocorrem 
em áreas nas quais o biofilme encontra-se 
estagnado. 
Tem uma localização preferencial, como: 
superfície oclusal, interproximal e margem 
gengival. É mais fácil acumular nessas regiões por 
conta dos sulcos de desenvolvimento, onde é 
difícil de escovar com mais precisão. 
 
Embora a presença do biofilme seja necessária 
ele não é um fator causal suficiente para que a 
carie ocorra, pois falta o açúcar. 
Na presença frequente de carboidratos 
fermentáveis, consequentemente vai haver uma 
produção de ácidos pelas bactérias, essas 
bactérias vão se adaptar e selecionar os micro-
organismos acidogênicos. 
Acidogênico – são aqueles que produzem ácidos. 
@isanogueira 
23/04/2021 
CARIOLOGIA 
Acidúricos – são aqueles que vivem em meio 
ácido. 
Características da cárie: 
Inicialmente, ocorre a lesão de mancha branca no 
esmalte, ela fica rugosa e opaca, é clinicamente 
visível. É uma lesão de cárie não cavitada 
(furada) ativa. 
Caso o paciente continue a comer muito açúcar e 
não cuidar, a camada do esmalte vai quebrar e 
formar uma cavidade. Ela vai se tornar uma lesão 
de cárie cavitada (furada) ativa. 
 
Esse processo pode progredir mais ainda e atingir 
a dentina, que se mostra amolecida, com aspecto 
úmido e geralmente com coloração amarelada. 
Ela vai ser uma lesão cavitada em dentina. 
 
Além do esmalte e da dentina, as lesões cariosas 
também podem se formar na raiz, isso acontece 
quando o paciente tem uma resseção gengival, 
chamamos de cárie radicular. 
 
As lesões de carie podem ser: 
 Lesão de cárie primaria – lesões que se 
estabelecem no dente hígido pela primeira vez. 
Lesão de carie secundaria: lesão que se 
desenvolve uma segunda vez depois do 
tratamento. 
Para inativar/controlar essas lesões: 
Controle de biofilme (melhorar nos hábitos de 
higiene oral) ou modificação de hábitos 
alimentares (adoção de uma dieta com consumo 
moderado de carboidratos). Isso faz com que 
tenha um controle e equilíbrio da perda e do 
ganho mineral. 
Obs: é possível sim controlar uma perda mineral 
quando a lesão está enorme. Chamamos isso de 
lesões inativa, ou seja, não conseguimos reverter 
o que foi perdido, mas conseguimos 
inativar/paralisar a lesão (paralisa com cuidados 
higiênicos e uma alimentação sem muito açúcar).

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