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APS SAÚDE DA MULHER NA GESTAÇÃO

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UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP 
FISIOTERAPIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA: 
SAÚDE DA MULHER NA GESTAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2020 
 
 
ALESSANDRA PEREIRA SALVIANO RA D395DJ5 
JULIANA ALONZO BARROSO PEREZ RA D825585 
MÁRCIA NUNES FERNANDES RA T5940D4 
MICHELLE RODRIGUES GONÇALVES RA T6455G9 
MÓNICA ALEXANDRA DE S. FRIAS RA C5569C8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISONADA: 
SAÚDE DA MULHER NA GESTAÇÃO 
 
Orientadora: Profª. Me. Andrea De 
Macedo Soares Porchat 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2020 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................. 3 
2 PLANEJAMENTO DA GESTAÇÃO................................................. 4 
3 ACOMPANHAMENTO PRÉ-NATAL................................................ 7 
3.1 Tipos De Partos..............................................................................11 
4 ALIMENTAÇÃO DA GESTANTE....................................................14 
5 ATIVIDADE FÍSICA NA GESTAÇÃO ............................................19 
6 COMPLICAÇÕES NA GESTAÇÃO ...............................................22 
7 DIREITOS DA GESTANTE ............................................................26 
7.1 Direitos Trabalhistas..................................................................... 27 
7.2 Direitos Nos Serviços De Saúde.................................................. 28 
8 CONCLUSÃO................................................................................. 
Erro! Indicador não definido. 
9 REFERÊNCIAS.............................................................................. 
Erro! Indicador não definido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 1 INTRODUÇÃO 
 
 
 
Gestação, um momento tão importante na vida da mulher onde esta passará 
por diversas mudanças sejam elas físicas, emocionais, mentais. Por isso, a 
importância de assistência, orientação, informação e esclarecimento durante a 
gravidez. Assim, o objetivo deste trabalho é demonstrar como a mulher pode passar 
por esta fase da melhor forma possível com qualidade de vida, bem estar e segurança. 
 Portanto, o trabalho está dividido em capítulos que abordam como manter a 
saúde da mulher e do bebê durante toda a gestação. Assim,o primeiro capítulo aborda 
a importância de se planejar a gravidez, já que alguns cuidados com a mulher 
começam antes mesmo da gestação. O segundo capítulo trata de todo o 
acompanhamento pré-natal com as consultas e exames indispensáveis nesse 
momento e alguns tipos de parto que existem. Já os terceiro e quarto capítulos 
expõem a relevância de uma alimentação adequada bem como de atividades físicas 
afim de uma gestação o mais saudável possível. O quinto capítulo expõe as possíveis 
complicações que possam ocorrer durante a gravidez. E por último, o sexto capítulo 
mostra quais os direitos que a mulher tem na sua gravidez e nos primeiros meses 
após o nascimento do seu filho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
2 PLANEJAMENTO DA GESTAÇÃO 
 
 
O planejamento da gestação começa de acordo com a base cultural, referindo-
se a valores morais, à idade, a condições financeiras. 
Em geral, na realidade brasileira o planejamento é o menos requerido, devido 
aos estupros com maior incidência em comunidades, às vezes aos abortos 
espontâneos, gravidez por acidente, famílias sem rendas e, com isso, criando 
dificuldades para construir uma estrutura familiar, tendo efeito colateral em crianças, 
que começam a enxergar a cultura e valores, sendo mães e pais precocemente, ainda 
sendo menores de idade, na sua adolescência. Anticoncepção, saúde reprodutiva, 
atenção primária à saúde, enfermagem, mesmo recebendo auxílio do SUS, as 
mulheres continuam leigas perante o assunto de prevenção e seus métodos. 
Portanto, famílias bem estruturadas podem começar o planejamento após o 
casamento, ou quem está em um relacionamento estável adquirindo o desejo de ser 
pais, mesmo quando não há possibilidades optam pela fecundação. Com base em 
uma pesquisa de 2016 o gráfico demonstra se o planejamento da gestação é ou não 
uma realidade: 
 
5 
 
De qualquer forma, a gravidez planejada é sempre a melhor forma de passar 
por uma gravidez tranquila e saudável. Consultar um médico ginecologista e informar 
que pretende engravidar e avisando-o caso tenha diabetes, pressão alta, epilepsia, 
depressão ou qualquer outra doença crônica pré-existente para que ele faça uma 
adaptação nos medicamentos usados, não escondendo nenhuma doença do médico. 
O ginecologista dará algumas orientações e recomendações que devem ser seguidas 
como fazer exames pré-concepcionais. Estes exames são o tipo sanguíneo e fator 
Rh, tanto da mulher quanto do seu companheiro afim de detectar incompatibilidade 
sanguínea entre a mulher e o homem, que poderá prejudicar uma futura segunda 
gravidez. Sorologia de doenças sexualmente transmissíveis como a Hepatite B, 
Hepatite C, Sífilis, HIV, tanto da mulher quanto do homem. Sorologia de toxoplasmose, 
rubéola, citomegalovírus e herpes (TORCH) doenças que podem causar má-formação 
fetal. O hemograma completo afim de avaliar a saúde completa da mulher e para 
diagnosticar distúrbios como anemia, doenças autoimunes e leucemia, e glicemia de 
jejum, que irá detectar a existência de diabetes. Exame de urina e fezes para avaliar 
se há infecções ou parasitas que prejudiquem a gravidez. E um papanicolau com 
pesquisa para o HPV, para monitorar a saúde do útero. 
O médico fará a recomendação de tomar ácido fólico (vitamina B9), que deverá 
ser tomado pelo menos três meses antes de engravidar e três meses durante a 
gravidez para prevenir problemas no desenvolvimento do cérebro do feto. 
E a importância de ter a caderneta de vacinação em dia, em especial as vacinas 
como tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), influenza (gripe), tríplice bacteriana 
(difteria, tétano e coqueluche), hepatite B e A, varicela (catapora). É imprescindível 
que as vacinas sejam tomadas pelo menos três meses antes da gravidez, já que 
durante a gravidez algumas delas como a tríplice viral e a varicela são contraindicadas 
pois podem levar a mulher a desenvolver essas mesmas doenças. 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
3 ACOMPANHAMENTO PRÉ-NATAL 
 
 
 Assim que se descobre a gravidez, deve-se dar início imediato ao pré-natal, 
buscando um médido obstetra para acompanhar toda a gravidez atarvés de consultas 
e exames. O Ministério da Saúde aconselha que sejam realizadas pelo menos seis 
consultas sendo uma no primeiro trimestre, duas no segundo trimestre e três no 
terceiro trimestre, sendo o ideal uma consulta por mês, no oitavo mês duas consultas 
e no nono e últimos meses uma consulta por semana. 
 Durante as consultas o médico avaliará a grávida aferindo a pressão, o seu 
peso, o seu estado nutricional e se deve ser feito suplementação alimentar como por 
exemplo o ácido fólico que auxilia no desenvolvimento cerebral do feto, auscultará os 
batimentos cardíacos do feto, palpação abdominal para medir a altura do útero e 
verificar a posição e o tamanho do bebê, avaliará as pernas para observar possíveis 
varizes ou edemas (inchaços), fará exame ginecológicos no início e final da gravidez 
como o papanicolau e será feita todo planejamento e preparação para o parto. 
 Serão pedidos vários exames tais como: exame de sangue, devendo ser 
efetuado várias vezes até findar as semanas gestacionais ou a cada fim de cada 
trimestre; exame de urina e exame das fezes; dosar hormônios e anticorpos da 
tireoide; exames de sorologia de doenças sexualmente transmissíveis para detectar 
possíveis infecções(como sífilis, HIV, hepatites A, B e C); verificar se a gestante não 
tem anemia; dosar os níveis de açúcar no sangue; exame sorológico de TORCH para 
definir se a paciente tem doenças como toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e 
herpes. É feita uma pesquisa de trombofilias congênitas, essencial para prevenir o 
trabalho de parto prematuro e alertar para doenças hipertensivas da gestação, como 
pré-eclâmpsia, help síndrome, que podem causar óbito fetal; infecção urinaria, 
identificando proteínas na urina, consequentemente tendo sequência de uma pré-
eclâmpsia, tendo utilidade em acompanhamento para gestantes diabéticas. 
Também poderão ser pedidos exames complementares conforme a evolução 
da gravidez e da saúde da mãe e do bebê. Exames como a biópsia do vilo corial, 
procedimento que consiste na análise de uma amostra da placenta, coletada por uma 
agulha, que é inserida através do abdômen da gestante, é um exame que apresenta 
um risco pequeno de provocar aborto. Amniocentese, Na 13ª semana semelhante à 
biópsia do vilo corial, que também objetiva a constatação de anormalidades genéticas 
8 
 
no feto, a amostra analisada é do líquido amniótico, que envolve o bebê, existe o 
perigo de causar um aborto. Fibronectina fetal, entre a 18ª a 24ª semana, uma análise 
da secreção vaginal para avaliar a chance de nascimento prematuro, realizada em 
mulheres de alto risco para parto prematuro, como as que tiveram problema na 
gestação ou apresentam o encurtamento do colo uterino. Triagem de diabetes 
gestacional ou teste de tolerância oral a glicose de diabetes gestacional, exame 
executado nas 24ª e 28ª semanas de gestação, onde a gestante bebe um copo de 
glicose e depois é submetida a algumas coletas de sangue para análise, para 
descobrir se a existência de diabetes, podendo ter antecipação do parto, exigindo 
cuidados especiais. A ecocardiografia fetal, exame executado por volta da 28ª 
semana, com um aparelho de ultrassonografia, observa-se detalhadamente o 
funcionamento do coração do bebê, exame mais adotado pelos médicos como uma 
rotina, dentro do pré-natal, mesmo para pacientes de baixo risco, obstetras ainda o 
requisitam apenas para situações específicas, em que a probabilidade de anomalias 
cardíacas no feto é maior, tem casos que ocorrem se a mãe tem alguma malformação 
congênita do coração ou quando é constatada uma alteração cromossômica no feto. 
O perfil biofísico fetal, realizado após a 28ª semanas gestacional, realizado por um 
aparelho de ultrassom, esse exame é solicitado quando existe a suspeita do 
desenvolvimento do bebê estar comprometido, indicando gestações de alto risco, ele 
avalia movimentos respiratórios, movimentos dos membros, tônus muscular, 
reatividade da frequência cardíaca e volume do líquido amniótico. Triagem de 
estreptococo beta-hemolítico, exame executado nas 34ª e 37ª semanas, em um 
laboratório, tirando uma amostra de secreção vaginal e outra do reto, para 
identificação de uma bactéria estreptococo do grupo B, que pode ser passada para o 
bebê durante o nascimento e provocar até a morte do feto, tendo como tratamento 
antibióticos no dia do parto. 
As ultrassonografias que são bastante importantes para avaliar a idade 
gestacional e o desenvolvimento do feto. A ultrassonografia transvaginal, exame 
executado na 5ª e na 8ª semana gestacional, que avaliará se o feto está dentro do 
útero, a idade gestacional calculando o tempo de gravidez e a possível data do parto, 
serão visualizados o embrião e o saco gestacional, podendo ouvir os batimentos 
cardíacos do embrião. Ultrassonografia da transluscência nucal, exame executado 
entre a 11ª e a 14ª semanas de gestação, identificando casos de anomalias como a 
síndrome Down, ou ausência do osso nasal significando alteração cromossômica. No 
9 
 
terceiro semestre a ultrassonografia acompanhará o tamanho, o peso, a posição fetal, 
avaliará a maturidade da placenta e a quantidade de líquido amniótico. Esta 
ultrassonografia pode ser realizada com tecnologia Doppler, um recurso que facilita a 
detecção de problemas na gestação, número de ultrassonografias no último trimestre 
de gravidez depende das necessidades de cada paciente e da conduta particular do 
médico, portanto, esse exame poderá ocorrer mais de uma vez. A ultrassonografia 
transvaginal, a partir da 12ª semana, quando a gestação tem alto risco de 
prematuridade, como no caso de gêmeos, tem como finalidade checar as condições 
do colo do útero, se houver probabilidade de ele se romper, o que pode levar ao parto 
prematuro, o médico avalia a possibilidade de realizar uma cerclagem uterina (cirurgia 
que costura o colo do útero para reforçar seu fechamento). E por último a 
ultrassonografia morfológica, exame executado entre a 20ª e 22ª semana de 
gestação, para medir o feto, o peso, e analisar os órgãos já formados, se o aparelho 
for de tecnologia 3D ou 4D haverá a possibilidade de visualização facial. 
Durante o pré-natal é também importante fazer um acompanhamento com um 
dentista já a gestante sofre com inúmeras alterações hormonais que interferem 
diretamente na saúde da gestante e do bebê. Essas alterações deixarão a boca ao 
surgimento de doenças bucais, como infecções nas gengivas e cáries. 
 
 
10 
 
 
11 
 
 
 
 
3.1 TIPOS DE PARTOS 
 
 
É no pré-natal também que a mulher dever dialogar com o seu obstetra para 
ele a oriente sobre o parto. Existem vários tipos de partos, a escolha deverá levar em 
conta o desejo da mulher para que esta sinta-se confortável e segura, mas também 
levará em conta a saúde da mulher e as decorrências que ocorrerão durante o parto. 
 Alguns dos partos mais conhecidos e utilizados são o parto normal, este tipo de 
parto também é chamado de parto vaginal, é o mais conhecido e popular e ocorre 
entre a 37º e a 42º semana de gravidez. Pode ser feito por todas as grávidas, inicia-
se com as contrações que começam a ficar cada vez mais frequentes e doloridas. 
Lembrando que neste parto podem ser usadas anestesias como a peridural, na 
lombar, ou a raquidiana, na medula. 
O parto natural, que é exatamente igual ao normal com a exceção de que não 
há qualquer tipo de intervenção médica como a anestesia, a menos que esta seja 
necessária. 
12 
 
Parto Humanizado, podendo ser aplicado a qualquer tipo de parto, mas onde a 
vontade da mulher prevalece e é respeitada, ou seja, todo o tipo de intervenção deve 
ser autorizada pela gestante. 
O parto cesárea, que é o mais realizado no Brasil, trata-se de uma intervenção 
cirurgia onde é feito um corte no abdômen da mulher para a retirada do bebê. A 
cesárea é usada quando o parto normal coloca em risco a vida da gestante e do bebê, 
ou até em casos em que a mulher prefere não sentir as dores do parto. 
Outro tipo de parto é o Leboyer, um médico francês que criou este tipo de parto 
na década de 1970, é conhecido como o “parto sem violência” que proporciona um 
ambiente acolhedor e calmo para a gestante e o bebê e onde o cordão umbilical só 
será cortado após parar de pulsar. 
Parto na água, que tem se popularizado nas últimas décadas, feito dentro de 
água morna que promove uma maior irrigação sanguínea levando ao relaxamento e 
diminuindo as dores das contrações e acelerando o processo do parto. 
O parto na posição de cócoras, é uma postura que respeita o processo 
fisiológico do nascimento, pois a musculatura da pelve e do abdômen relaxam e com 
a gravidade atua sendo um parto muito mais rápido do que os demais. 
Além disso, há o parto com o auxílio do fórceps que é um instrumento que 
auxilia a saída do bebê, já foi muito utilizado mas hoje em dia é usado apenas em 
partos de risco, onde a gestante já não tem mais força e o bebê apresenta sinais de 
sofrimento. 
E, por último, o parto pélvico que ocorre quando o bebê nasce na posição 
sentada pois não está na posição encaixada de cabeça para baixo. Este parto pode 
ser realizado em segurançase houver todas as condições necessárias de seguridade 
para a gestante e para o bebê, já que é um parto que necessita de um obstetra 
experiente e seguro. Mas em casos onde o bebê é muito grande, prematuro, ou 
quando o estado de saúde da mãe está débil o melhor é recorres a uma cesárea. 
 
 
 
13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 4 ALIMENTAÇÃO DA GESTANTE 
 
 
Uma nutrição adequada depende de uma alimentação balanceada, equilibrada. 
Hábitos como comer devagar, ter um cardápio variado distribuído em várias refeições 
(5-6) ao dia, que inclua nutrientes de todos os grupos alimentares, evitando consumo 
excessivo gorduras saturadas, gorduras trans, sal e açúcar, priorizando alimentos não 
industrializados, são algumas das recomendações para uma boa nutrição para todos. 
O organismo da gestante requer cuidado ainda maior e atenção pois passa por 
uma série de adaptações fisiológicas desde o início, o que exige uma alimentação que 
garanta a saúde de mãe e filho, com o bom crescimento e desenvolvimento do bebê. 
Além de assegurar reservas necessárias para o parto, pós-parto e para a 
amamentação. O ganho de peso adequado durante a gestação, portanto, deve ser 
suficiente para tal. Dietas para a perda de peso durante a gravidez também são 
desaconselhadas, seja qual for o Índice de Massa Corporal (IMC) antes de engravidar. 
O Institute of Medicine (IOM) recomenda faixas de ganho de peso durante a 
gestação, como mostra a tabela abaixo 
 
 
15 
 
 Ganho de peso segundo o Ministério da Saúde 
 
 
 
 
 
 IMC (índice de massa corporal)= Peso (kg) ÷ Altura2 (m) 
 
 
 
 
16 
 
 
 
 
A pirâmide alimentar abaixo representa uma alimentação balanceada e variada. 
Recomenda a ingestão de todos os grupos alimentares - com ênfase em ácido fólico, 
ferro e vitaminas do complexo B, adequada para a gestante, com o objetivo de 
fornecer os nutrientes necessários ao feto e à mãe, até a amamentação. 
 
 
17 
 
As adaptações, demandas fisiológicas dessa fase trazem aspectos nutricionais 
importantes na gravidez e amamentação. Necessidades energéticas: enquanto uma 
mulher não grávida saudável e com atividade física moderada precisa de 
aproximadamente 25 a 30 Kcal por quilo de peso por dia para suprir suas 
necessidades energéticas diárias, a grávida precisa de 30 a 35 Kcal/kg/dia durante a 
gravidez, um acréscimo em torno de 300 Kcal ao dia. 
Necessidades proteicas: uma mulher adulta, saudável não grávida necessita 
de aproximadamente 0,8 gramas de proteína por quilo de peso por dia, sendo ⅓ de 
origem animal e ⅔ de origem vegetal (proteínas de leguminosas e cereais). Apesar 
das recomendações de ingesta de proteínas variarem bastante na literatura, 
tendências mais recentes recomendam que as mulheres grávidas tenham um 
consumo de 1,1 g/kg/dia, nas mesmas proporções, ⅔ de origem vegetal e ⅓ de origem 
animal. 
 Com relação às necessidades de ferro, mulheres não grávidas tem uma ingesta 
de ferro sugerida de 3mg/dia. Por toda demanda fisiológica e metabólica, nas 
mulheres grávidas a necessidade diária de ferro aumenta de 3 mg/dia para 4 mg/dia. 
No entanto, mesmo com dietas equilibradas, com consumo de carnes, observa-se que 
nos últimos anos há um aumento na ocorrência de anemia em gestantes. Por isso, 
atualmente recomenda-se a suplementação com ferro a qualquer suspeita de 
deficiência na gravidez e na lactação. 
 Como profilaxia de anemia, a Organização Mundial da Saúde recomenda uma 
rotina com sulfato ferroso para gestantes e lactantes, tanto em países em 
desenvolvimento como nos desenvolvidos. O consumo do ferro deve ser associado a 
alimentos facilitadores de sua absorção, que contenham ácido ascórbico (vitamina C- 
frutas, sucos, alguns tubérculos, legumes, folhas verdes). 
 Evitar associar o consumo de ferro a alimentos dificultadores de sua absorção, 
como cereais, leguminosas, nozes, café, cacau, fenólicos (taninos), outros. Quanto à 
necessidade de água, vitaminas e sais minerais, se a dieta da gestante é equilibrada, 
com uma gestação normal, não há razão para alterações dietéticas nem 
suplementações de vitaminas ou minerais. A ingestão de água na amamentação, 
contudo, deve ser observada pelo risco de desidratação da lactante. 
 Apesar da necessidade de ácido fólico duplicar na gestação, sua deficiência é 
pouco comum pois está presente em vários alimentos. Sua deficiência é mais 
frequente em gestantes subnutridas ou naquelas com algum problema paralelo. Em 
18 
 
uma gravidez normal e com dieta adequada a suplementação de ácido fólico não é 
necessária, mas é recomendada para prevenção de problemas como de fechamento 
do tubo neural. Para sua eficácia, a suplementação deve ser iniciada 30 dias antes da 
concepção. 
 A necessidade de vitamina D pode dobrar na gravidez. A principal fonte de 
absorção dessa vitamina é a pele através da exposição ao sol. Estudos americanos 
alertam para o aumento na deficiência de vitamina D no mundo, e sugerem revisão 
das doses recomendadas durante a gravidez e amamentação. 
Portanto, o monitoramento nutricional nesse período é fundamental para 
manter o equilíbrio fisiológico e eventuais abordagens terapêuticas. 
 Em 7 de Novembro de 2016, a Organização Mundial da Saúde incluiu novas 
diretrizes com recomendações e cuidados para as gestantes. Entre as novas 
recomendações estão: novo modelo de cuidado pré-natal com pelo menos 8 consultas 
médicas para assegurar os cuidados, apoio e informações à gestante, com foco 
em um estilo de vida saudável, assim como na detecção e prevenção de doenças, 
diminuindo também o risco de mortalidade perinatal. 
 Orientação sobre nutrição, alimentação saudável e prática de atividades físicas 
durante a gravidez. Suplementação diária de ácido fólico e ferro para prevenir anemia 
nas gestantes, bebê com baixo peso, nascimento prematuro. Aos profissionais da 
saúde é orientado que sempre questionem às grávidas- e o quanto antes, se elas 
fazem ou já fizeram uso de álcool e outras substâncias. 
 Portanto, orientar a gestante sobre nutrição, alimentação ideal, quais vitaminas 
e sais minerais tomar durante a gravidez é fundamental para que os bebês se 
desenvolvam e se mantenham saudáveis na gestação e além dela - OMS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
5 ATIVIDADE FÍSICA NA GESTAÇÃO 
 
 
O aumento dos índices de sedentarismo nos dias de hoje é preocupação 
mundial. 
Com o objetivo de diminuir o risco de doenças cardiovasculares, diabetes, 
vários tipos de câncer, transtornos psicológicos, e também para o controle de peso, a 
Organização Mundial da Saúde recomenda uma prática de 150 minutos de atividade 
física de intensidade moderada por semana ou 75 minutos de alta intensidade por 
semana, para os adultos entre 18 e 64 anos. Apesar das recomendações, grande 
parte da população mundial não pratica atividade física de maneira adequada. O 
mesmo ocorre entre as gestantes, com uma prevalência ainda menor do que mulheres 
adultas não grávidas. 
Em uma gestação saudável, sem intercorrências e que a mulher já praticava 
exercícios, de maneira geral não há porquê parar. Orientada por profissionais da 
saúde a evitar esforço físico em excesso, entre outros cuidados pertinentes à gravidez. 
A recomendação da OMS para mulheres grávidas é de 30 minutos de exercícios 
contínuos moderados diariamente. A Federação Brasileira de Ginecologia e 
Obstetrícia corrobora com a OMS e desaconselha a prática de exercício físico em 
casos onde haja riscos à saúde da mãe e do bebê, como o aborto. Mulheres 
sedentárias que se descobrem grávidas devem evitar fazer exercícios físicos nos três 
primeiros meses, quando o embrião está em formação e demanda um cuidado maior. 
Os exercícios físicosdurante a gestação ajudam no aumento ou manutenção 
do tônus, força e resistência muscular, além da prevenção de diabetes gestacional, 
de dores na região lombar, prisão de ventre, inchaço, cansaço, melhoram o sono, o 
humor, a postura e ajudam a mulher a relaxar, aliviando desconfortos das mudanças 
no organismo nesse período, como aumento de peso, alterações circulatórias e 
respiratórias. Além de ajudar na recuperação física pós parto. 
Porém, sua prática deve ser feita de maneira a não atrapalhar o processo de 
gestação. Para isso é sempre importante avaliação e liberação médica, acompanhada 
de uma prescrição individualizada e acompanhamento de um profissional habilitado, 
que vai avaliar seu histórico, habilidades e nível de condicionamento físico, 
determinando os exercícios e o nível de intensidade. 
20 
 
A prática de atividade física deve ser encaixada na rotina diária da gestante. 
Respeitar as preferências da mulher para que ela mantenha a regularidade. 
Lembrando que grávidas que eram sedentárias podem praticar atividade física, 
porém após o 3º mês de gestação, iniciando em intensidade leve a moderada com 
aumento gradual. 
É importante que estejam atentas a alguns sinais durante os exercícios, como 
dores, falta de ar, palpitação, sudorese em excesso. Exercícios de alto impacto, com 
risco de quedas e traumas no abdome devem ser evitados. 
Preferencialmente exercícios de baixo impacto, onde a intensidade seja mais 
fácil de quantificar e aumentar gradativamente: aeróbicos como caminhada, bicicleta 
ergométrica, hidroginástica. Também a própria musculação, pilates, alongamentos, 
yoga, tai chi chuan, outros, combinando movimento com a respiração e sempre 
orientado individualmente e adequando exercícios e intensidade às alterações do 
organismo no decorrer da gravidez. Por exemplo a hidroginástica vai se tornando mais 
indicada conforme o aumento do volume abdominal, aliviando o peso. 
Com relação às atividades físicas pós-parto, as indicações variam em cada 
caso e dependerá do tipo de parto. Estando a mulher fisicamente saudável e 
recuperada, em partos normais, após 1 mês já podem iniciar caminhadas. Se 
cesariana após 45 dias. Gradativamente introduzir outras atividades como 
musculação. 
Sempre com orientação especializada, acompanhamento profissional e 
liberação médica. 
21 
 
 
 
22 
 
 
 
 6 COMPLICAÇÕES NA GESTAÇÃO 
 
 
Durante a gestação as mulheres podem apresentar diversas complicações que 
podem ser leves, moderadas ou graves e em casos mais extremos fatais para mãe e 
bebê. 
Por isso, é imprescindível um planejamento gestacional e um acompanhamento 
pré-natal eficiente e contínuo. 
Neste estudo vamos citar algumas possíveis complicações que ocorrem 
durante a gravidez e o que essas complicações podem causar. 
Primeiramente devemos identificar o que é um fator de risco. Considera-se fator 
de risco toda característica ou circunstância que está intimamente ligada com um 
aumento da probabilidade de um acontecimento de um evento. 
Nas gestações podem-se apresentar diversos fatores de risco, hoje vamos 
discorrer sobre alguns. 
Patologias maternas pré-existentes 
Particularidades físicas e sociais 
Idade 
23 
 
Intercorrências em gestações anteriores 
Intercorrências que são desenvolvidas durante a gestação 
Intercorrências que acontecem durante o trabalho de parto e o parto. 
Quando a mãe tem patologias preexistentes é necessário um planejamento e 
acompanhamento mais de perto desta gravidez, pois os riscos de complicações 
aumentam consideravelmente. 
A hipertensão arterial é uma doença onde a pressão do sangue contra as 
artérias é muito grande, é considerada como hipertensão arterial uma PA sistólica 
acima 140 mmHg ou PA diastólica acima de 90 mmHg com intervalos menor que 24 
horas. 
A hipertensão arterial na gestação pode causar complicações muito sérias 
podendo levar a óbito mãe e feto. 
Das complicações mais comuns desta condição estão a restrição do 
crescimento fetal e a pré-eclâmpsia. 
A restrição do crescimento fetal se dá pela diminuição do fluxo de sangue entre 
o útero e a placenta, o que pode ocasionar o não desenvolvimento das células, a 
hipoglicemia, hipóxia e faz com que esse feto não se desenvolva corretamente. 
Na pré-eclâmpsia acontece o agravamento da hipertensão arterial e o 
aparecimento da proteinúria após vinte semanas de gestação, edema nos membros 
inferiores, e se o quadro não for interrompido imediatamente com as medicações 
adequadas ou com o parto em situações mais extremas, o quadro pode evoluir para 
síndrome HELLP ou eclâmpsia propriamente dita o que pode levar a sofrimento fetal 
e até a morte da mãe e feto. 
Na síndrome HELLP a gestante além do aumento da pressão arterial apresenta 
outras alterações e sintomas que são eles: hemólise, elevação das enzimas 
hepáticas, baixa contagem de plaquetas, dores epigástricas fortes, náuseas, dores de 
cabeça sendo que a única forma de reverter a síndrome HELLP é com o parto. 
Na eclâmpsia a gestante convulsiona e ocorre a diminuição de fluxo de sangue 
para o cérebro o que pode causar lesões neurológicas, insuficiência renal ou do fígado 
e líquido nos pulmões, a única forma de reverter a eclâmpsia é com o parto. 
Nessas duas complicações da pré-eclampsia o bebê nasce prematuro o que 
aumenta os riscos de hemorragias ventriculares, complicações respiratórias, 
distúrbios sensoriais, cognitivos, motores entre outros. 
24 
 
Outra complicação que pode acontecer é o diabetes gestacional, que pode 
ocorrer devido a problemas hormonais e metabólicos na gestação e pelo consumo 
excessivo de carboidratos e açúcar. Os sintomas incluem: Visão turva ou borrada, 
muita sede, coceira nas partes íntimas e aumento de volume miccional. O aumento 
da glicose no sangue pode causar distúrbios visuais e renais, e o feto no geral nasce 
acima do peso e com órgãos como coração e fígado maiores, o que pode causar 
distúrbios circulatórios devido a exigência de fluxo sanguíneo para órgãos com 
tamanho muito maiores para aquela faixa etária. 
As particularidades físicas e sociais também implicam como risco para a 
gestação, pois para uma gravidez saudável é necessário que a mãe tenha uma 
gestação tranquila, um pré-natal bem assistido por um obstetra, ter todas suas 
necessidades nutricionais atendidas, para que não ocorra partos prematuros, abortos 
espontâneos, anemia ferropriva que é a falta de ferro devido baixo consumo de 
alimentos ricos nessa vitamina ou má absorção de ferro pelo intestino. Os sintomas 
incluem: cansaço, fraqueza, dores de cabeça, palidez. 
A idade é um outro fator de risco muito elevado, pois devido a idade materna, 
todas as intercorrências citadas acima e outras como deslocamento de placenta e 
aborto espontâneo podem aparecer, então caso a gravidez acima dos 35 anos seja 
uma realidade se faz imprescindível um acompanhamento pré-natal muito detalhado 
com mais consultas e exames. 
Intercorrências em gestações anteriores também é um fator de risco para uma 
nova gestação, hipertensão arterial gestacional, diabetes gestacional, prematuridade, 
pré-eclampsia, porém não é um impedimento para uma nova gestação, apenas um 
alerta para que o pré-natal seja bem desenhado, detalhado e acompanhado de perto 
por uma equipe multidisciplinar. 
Toxoplasmose é uma infecção causada por um parasita chamado toxoplasma 
gondii, pode ser transmitido pelas fezes de animais domésticos como cães e gatos 
que tiveram contato com o parasita e, também é o mais comum de acontecer a 
contaminação por alimentos que tiveram contato com o mesmo. 
E por fim, também de extrema importância as complicações durante e no pós-
parto. 
Vamos falar de algumas complicações durante e no pós-parto que são elas: 
Embolia de líquido amniótico, que se trata de uma complicação rara onde um 
pouco de líquido amniótico vai para a corrente sanguínea da mãe e pode causar 
25complicações como desconforto respiratório, hipotensão, sangramento excessivo e 
tem alto risco de morte materna, pode se iniciar durante ou até 30 minutos após o 
trabalho de parto. 
Distócia de ombro, que é quando após a saída da cabeça da criança o ombro 
do feto não passa, isso pode causar hipóxia no bebê e causar injúrias neurológicas 
graves. 
Trabalho de parto pré-termo que acontece antes da 37 semana, pode trazer 
complicações para o bebê como: pulmões imaturos, baixa temperatura corporal, 
dificuldade em ganhar peso, alimentação difícil, pois o bebê ainda não tem os reflexos 
de sobrevivência bem desenvolvidos. 
Trabalho de parto prolongado onde a dilatação e a descida fetal é muito 
lentificada durante a fase ativa do trabalho de parto. Quando feito o diagnóstico, é 
necessário a indução com ocitocina ou cesária para aliviar o sofrimento materno e 
possível sofrimento fetal. 
Prolapso do cordão umbilical, é quando o cordão umbilical fica em posição 
anormal e impede o fluxo sanguíneo adequado para o feto, dentro dos protocolos 
médicos é considerado como uma emergência obstétrica. A não resolução imediata 
desta condição pode causar hipoxemia e hipercapnia, devido ao comprometimento 
das trocas de gases, as sequelas podem ser catastróficas e irreversíveis como 
paralisia cerebral, que pode comprometer tanto a parte motora, neurológica e 
cognitiva do bebê. 
Ruptura uterina é o rompimento dos músculos da parede uterina que pode 
ocorrer no decorrer na gravidez ou no parto. Trata-se de uma complicação rara, porém 
muito grave se não identificada imediatamente. Os sintomas são: dor hipogástrica, 
hemorragia vaginal ou abdominal, parada do trabalho de parto e choque hipovolêmico. 
Neste estudo falamos a respeito das complicações que podem acontecer no 
período gestacional e no pós-parto, das mais comuns até as mais raras, porém 
nenhuma das intercorrências acima é um impeditivo absoluto para uma gravidez, 
somente informamos que caso a mulher tenha algum desses fatores de risco, sua 
gestação deve ser muito bem planejada, acompanhada de perto por equipe 
multidisciplinar para que os fatores de risco fiquem apenas no papel e não se tornem 
realidade, somente tratando e afastando os fatores de risco é que se pode obter o 
sucesso na empreitada da maternidade. 
26 
 
 7 DIREITOS DA GESTANTE 
 
 
A gravidez é um momento único, onde a mulher passa por transformações 
físicas, psicológicas e emocionais. Descobrir-se grávida faz com que a mulher 
passe por uma reviravolta em sua vida. 
A fragilidade desse momento fez com que o Direito criasse regras, leis 
que resguardassem a mãe e o pai, oferecendo segurança e zelando pela 
instituição da família. 
Desde o início da gestação, a mulher encontra amparo legal. 
Através da Lei nº 9.263 de 1996, foi determinado que o SUS deve garantir 
programas de atenção integral à saúde em todas as fases, com assistência à 
concepção e à contracepção, assim como acompanhamento e realização de 
exames pré-natal, assistência para um parto seguro, pós-parto e ao neonato; 
direito à licença maternidade e à amamentação de seu bebê. 
O Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) 
recomendam o parto normal e devem disponibilizar os recursos necessários. 
É determinado pela Lei 11.634 de 2007, que a gestante conheça e se 
vincule previamente à maternidade em que será atendida. 
Atendimento prioritário em hospitais, bancos, empresas e órgãos públicos 
lhe é assegurado pela Lei 10.048. Assentos prioritários para mulheres grávidas 
e com criança de colo em todos os transportes públicos. 
O Ministério da Saúde também instituiu em 1º de Junho de 2000 (Portaria 
569) o Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento, que determina 
que a gestante tenha atendimento de qualidade, com no mínimo 6 consultas no 
pré-natal, o acolhimento digno nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). 
Em 2005 foi criada a Lei do Acompanhante (11.108), que dá a parturiente 
o direito a escolher um acompanhante durante o trabalho de parto e pós-parto. 
Para a grávida estudante, a Lei 6.202/1975 lhe garante o direito de se 
ausentar das aulas por 120 dias, fazer suas atividades escolares em casa e 
remarcar exames finais até o 8º mês de gestação: Decreto-Lei nº1.044, de 1969. 
O período de afastamento da estudante será determinado pelo médico e 
garantido através de atestado apresentado na escola. 
 
27 
 
7.1 Direitos Trabalhistas 
 
É conferido à grávida direito à garantia de emprego até 5 meses do pós-
parto. 
Não é permitido ao empregador exigir das mulheres grávidas 
comprovação atestando a gravidez, nem para admissão ou manutenção do 
emprego, sendo crime discriminatório (Lei 9.029/1995). 
Em caso de risco a sua saúde ou a do bebê - comprovado com atestado, 
a gestante tem o direito de ser transferida de setor ou de função. 
A falta ao trabalho por consulta médica, a gestante deve receber uma 
“declaração de comparecimento” para apresentar à chefia, abonando sua falta. 
Licença-maternidade de 120 dias para a mãe e 5 dias para o pai do bebê 
é garantida pela CLT, com manutenção do emprego e de seu salário. Nesse 
sentido, a Lei 11.770 de 2008, permite que empresas privadas adiram ao 
programa “Empresa Cidadã”, ampliando em mais 60 dias a licença maternidade. 
Em casos de adoção, a licença-maternidade também é de 120 dias, 
conferindo por esse prazo, salário-maternidade a quem adotar criança de até 12 
anos. 
Assim como é garantido pela Lei 12.010/2009 o direito a atendimento 
psicossocial caso a mãe entregue o bebê para adoção. 
Servidoras públicas tem direito a 180 dias de licença maternidade. 
As empresas também devem oferecer creches, ou auxílio-creche às 
mães. 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda aleitamento materno 
até o 6º mês do bebê. Às mães que retornarem ao trabalho antes desse período, 
tem garantido pelo artigo 396 da CLT, 2 intervalos de meia hora cada um para a 
amamentação. 
Esse mesmo direito à amamentação por no mínimo 6 meses também é 
assegurado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) às mães 
presidiárias. Os presídios femininos, portanto, devem ter berçários. 
Mães portadoras de HIV ou HTLV que não devem amamentar tem o 
direito a receber leite em pó gratuitamente pelo SUS, até o 6º mês de vida do 
bebê. 
 
28 
 
7.2 Direitos Nos Serviços De Saúde 
 
Gestante e bebê têm prioridade, sempre com direito à vaga. A mãe deve 
ser atendida na unidade de saúde que precisar, com garantia a transporte seguro 
e gratuito se necessária a transferência de unidade. 
A grávida tem o direito de aguardar atendimento em lugar confortável, 
sentada, com água e banheiros limpos à disposição. Ser atendida com respeito, 
sem discriminação de raça, gênero, idade, religião, condição social e chamada 
pelo nome que determinar, assim como saber o nome de quem vai lhe prestar 
atendimento. 
Em casos de violência na gravidez, seja física, psicológica, sexual, por 
quem quer que seja cometida, duas centrais telefônicas estão a disposição: 
Central de Atendimento à Mulher ligando 180 e o Disque Saúde, no 136, as quais 
recebem denúncias e oferecem ajuda gratuita. 
Caso seja adolescente, o ECA confere à grávida o direito a sigilo, à 
privacidade, autonomia em seus atendimentos, assim como acesso à 
informações e orientações à saúde sexual, reprodutiva e gestacional. 
 
29 
 
8 CONCLUSÃO 
 
 
 A gravidez é um período significativo na vida de uma mulher, dessa forma 
deve ser vivido plenamente da melhor maneira possível para que a gestante e o 
seu bebê disponham de bem estar. Daí a relevância de um acompanhamento 
pré natal onde o médico avaliará a evolução e a saúde da grávida e de seu bebê, 
de práticas físicas, de uma alimentação rica e variada, de acesso à informação 
e esclarecimento para a grávida sobre todo esse período, sobre os partos e 
sobre os seus direitos. 
Assim, através deste trabalho demostrou-secomo é necessário e possível 
proporcionar uma gravidez saudável seja fisicamente, emocionalmente, 
psicologicamente trazendo benefícios à grávida e ao bebê. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
 
9 REFERÊNCIAS 
 
 
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SCIENTIFIC ELECTRONIC LIBRARY ONLINE. Qualidade de vida 
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natal. Disponível em <https://www.scielo.br>. Acesso em: 11 de nov. 
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