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Fluidos corporeos, sangue e hemostasia

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• Propriedades físico-químicas das soluções: 
60 a 70% da água – soluções aquosas; 
Função das soluções aquosas- filtração renal, manutenção do
 tamanho celular, geração do impulso nervoso e outras funções; 
 
• Terminologias: 
Solução – qualquer mistura homogênea (comumente em estado 
líquido); 
Solvente – substância cujo estado físico é preservado, quando 
uma solução é formada; 
Soluto – substância cujo estado físico é alterado; 
Solução por cento – concentração do soluto em gramas por 100 
mL da solução aquosa; 
Mol – peso em grama de 6x10#$ moléculas de uma substância; 
Molar e Molal – concentração de solutos em uma solução; 
Membrana semipermeável (seletivamente permeável) – 
passagem do solvente e não do soluto; 
Pressão osmótica – medida quantitativa da tendência da água para 
a osmose; (pressão necessária para evitar a difusão da água) 
Eletrólitos – materiais que dissolvem para fornecer uma solução 
condutora (íons). 
 
ü A água circula no sangue e se distribui para os fluidos corporais 
por difusão; 
ü A osmose faz com que a água saia do meio mais concentrado 
para o menos concentrado; 
 
 
 
 
 
ü Tônus das soluções – pressão osmótica efetiva 
ü No organismo – plasma é referência 
ü Solução isotônica – mesma pressão efetiva que o plasma 
ü Solução hipotônica – pressão efetiva menor 
ü Solução hipertônica – pressão osmótica efetiva maior 
 
• Água e eletrólitos: 
Água corpórea total (ACT) – soma da água contida entre 
os compartimentos intra e extracelular; 
2/3 da água – dentro das células; 
Líquidos extracelulares – líquido intravascular (plasma), 
líquido intersticial, líquido transcelular; 
Equilíbrio hídrico – quantidade de água constante no 
organismo. 
 
Sede = sensação gerada para reposição da ACT. 
Quem controla a sede? = hipotálamo. 
Quem controla excreção de água? = ADH controlado no 
hipotálamo / rins. 
 
ü Desidratação – perda de água e eletrólitos; 
ü Acima de 10% = desidratação grave; 
ü Existem espécies mais adaptadas a falta de água como camelos e 
asininos e espécies menos adaptadas como bovinos, felinos e 
suínos. 
 
 
 
 
Fluidos corpóreos, sangue e hemostasia 
• Eletrólitos dos fluidos corpóreos: 
 
 
 
 
 
 
 
• Composição e funções do sangue: 
Sangue – é o fluido que supre as células com nutrientes e 
oxigênio, remove seus resíduos e torna possível o 
transporte de hormônios produzidos pelo sistema 
endócrino e pelas células do sistema imunológico. 
 
Funções: 
Transporte – O2, minerais, alimentos, CO2, hormônios, 
enzimas e células sanguíneas; 
Regulação – tampões do sangue, sistema de coagulação e 
mecanismo de defesa contra infecções. 
 
Composição: 
Células sanguíneas, plasma e soro. 
ü Três classes de células sanguíneas – eritrócitos (hemácias), 
leucócitos (glóbulos brancos) e trombócitos (plaquetas) 
ü Plasma – amarelado e incolor; composto por água, albumina, 
globulinas e fibrinogênio 
ü Soro – semelhante ao plasma, exceto pela retirada dos fatores de 
coagulação e fibrinogênio 
 
• Eritrócitos: 
Células não nucleadas e imóveis; 
Discos bicôncavos circulares; 
Possuem a enzima Anidrase Carbônica; 
Variam em diâmetro e espessura de acordo com a 
espécie. 
 
Produção (eritropoiese): 
ü Saco vitelino (fetal), fígado, baço e linfonodos (desenvolvimento 
embrionário), medula óssea (adultos); 
ü Vitamina B12, ácido fólico e cobalto (ruminantes); 
ü Ferro cobalto e cobre = essenciais para a eritropoiese; 
ü Redução de O2 nos tecidos – eritropoietina (produzida nos rins); 
ü Células jovens = nucleadas e maiores. 
 
Composição: 
ü 62 a 72% de água, 35% de sólidos (95% de hemoglobina); 
ü Sódio (Na) = principal cátion extracelular; 
ü Potássio (K) = principal cátion dos eritrócitos; 
ü Hematócrito – porcentagem de volume total de sangue ocupada 
pelas hemácias (altera em caso de desidratação, asfixia e 
excitação). 
 
 Índices eritrocitários: 
VCM – volume corpuscular médio em fentolitros 10%&' 
HCM – hemoglobina corpuscular média em picogramas 10%&# 
CHCM – concentração de hemoglobina corpuscular média em 
g/dL 
 
ü Número – varia muito entre espécies, idade, sexo, estado 
nutricional, lactação, gestação e etc... 
Tempo de vida: 
Canino – 100 a 130 dias; 
Felino – 70 a 80 dias; 
Equino – 140 a 150 dias; 
Ruminantes – 125 a 150 dias; 
Frangos – 20 a 30 dias. 
 
ü Hemoglobina – proteína conjugada complexa contendo ferro; 
 Proteína = globina (histona) 
 Heme (cor vermelha) = composto metálico contendo um átomo de Fe 
ü Sintetizada no rubrícito até a perda do material nuclear; 
ü Oxiemoglobina – oxigenação da hemoglobina na passagem pelos 
capilares pulmonares; 
ü Carboemoglobina – ligação do CO2 a hemoglobina nos tecidos; 
ü Carboxiemoglobina – ligação da hemoglobina com monóxido de 
carbono; 
ü Metemoglobina – oxidação do ferro ferroso ao estado férrico. 
 
• Leucócitos: 
Exercem sua função principalmente nos tecidos; 
Reservatório marginal; 
Granulócitos – grânulos específicos em seu citoplasma 
(neutrófilos, eosinófilos ou basófilos); 
Agranulócitos – linfócitos e monócitos. 
 
ü Neutrófilos – apresentam atividade amebóide e são ativos na 
fagocitose; aparecem em grande quantidade nos locais de 
inflamação 
 
 Mobilização de neutrófilos: 
ü Produtos quimiotáticos são produzidos na região afetada; 
ü Essas substâncias aumentam a permeabilidade dos vasos e 
fornecem aderência aos neutrófilos (marginação); 
ü Neutrófilos escorregam pelas abertiras capilares (diapedese); 
ü Prosseguem para o ponto inflamatório por movimento amebóide; 
ü Começam a fagocitose; 
ü Eosinófilos – células grandes com inúmeros grânulos 
citoplasmáticos (aumentam grandemente em reações alérgicas, 
choque anafilático e em parasitoses); 
ü Basófilos – ocorrem em números muito baixos (são intimamente 
ligados aos mastócitos tissulares e agem nas reações de 
hipersensibilidade). 
 
Linfócitos: 
ü Relativamente numerosos no sangue; 
ü Ruminantes e suínos; 
ü Formados no tecido linfoide (linfonodos, placas de Peyer, baço, 
tonsilas e timo); 
ü Desempenham um papel muito importante na imunidade; 
ü Existem 2 tipos: B e T 
B: imunidade humoral (mediada pela produção de anticorpos) 
T: imunidade mediada por células (ativados em resposta a 
estimulação antigênica) 
ü Expansão clonal – imunidade e várias doenças. 
 
Monócitos: 
ü Se originam na medula óssea; 
ü Relativamente grandes com núcleo único; 
ü Quando deixam o sangue e são atraídos para os tecidos 
denominam-se macrófagos; 
ü Contagens leucocitárias – número de cada tipo de célula por 
microlitro de sangue; 
ü Desvio para esquerda – descreve o aumento de neutrófilos 
imaturos; 
ü Desvio para direita – maior maturidade das células; 
ü Vários fatores alteram a contagem leucocitária total 
Neutrófila = infecção bacteriana 
Neutropenia = doenças virais 
Linfocitose = neoplasias linfáticas 
 
 Tempo de vida: 
ü Granulócitos – em média 9 dias; 
ü Monócitos – 24 horas; 
ü Macrófagos – muitos meses; 
ü Linfócitos B – 2 a 4 dias; 
ü Linfócitos T – 100 a 200 dias; 
ü Linfócitos T e B de memória – anos. 
 
• Plaquetas: 
ü Pequenos corpúsculos arredondados ou em forma de bastão, 
incolores, no sangue circulante dos mamíferos 
ü Formadas no fígado, baço e medulas ósseas fetais 
ü Originam-se do megacariócito 
ü Extremamente numerosas no sangue circulante 
ü Tempo de sobrevivência curto (8 a 11 dias no sangue) 
ü Auxiliam na prevenção de hemorragia 
ü Representa de 55 a 70% do volume sanguíneo 
ü Composição complexa 
ü Proteínas plasmáticas (albumina, globulinas e fibrinogênio) 
 
• Funções das proteínas plasmáticas: 
ü Manter a pressão osmótica coloidal do sangue (reabsorção de 
fluidos nos capilares) 
ü Ajudar a manter a pressão sanguínea normal 
ü Influencia a estabilidade da suspensão de eritrócitos 
ü Ajuda a regular o equilíbrio acidobásico do sangue 
ü Transporte de substâncias ligadas a proteína plasmática 
 
Ø pH do sangue normal = levemente alcalino (7,4) 
 
• Volume sanguíneo (ml/kg do peso corpóreo): 
Felino = 65-75 
Canino= 85-90 
Bovino = 52-60 
Equino = (tração) 60-70 (corrida) 100-110 
Ovino = 60-65 
Caprino = 70-72 
Suíno = 35-45 
Frango = 65-70 
 
• Coagulação sanguínea e hemostasia: 
ü Sistema para evitar perda sanguínea por um vaso lesado 
ü Hemostasia – 3 compartimentos = endotélio vascular, plaquetas 
circulantes e proteínas plasmáticas 
ü Processo hemostático consiste em vários estágios: 
Espasmo vascular – vasoconstrição imediata em resposta ao 
trauma; 
Formação do coágulo plaquetário; 
Coagulação (formação do coágulo sanguíneo). 
 
Formação de coágulo placentário: 
ü Plaquetas não aderem umas com as outras nem com o 
revestimento endotelial dos vasos sanguíneos 
ü Com o dano endotelial (que expõe o colágeno): 
Com a ajuda do fator de von Willebrand (VWT) aderem ao 
colágeno; 
São estimuladas pela tromboxana 𝐴#; 
Colam nas fibras colágenas expostas e formam o tampão 
plaquetário; 
Liberam serotonina e ADP, que atraem outras plaquetas. 
ü O tampão plaquetário é limitado a área imediata ao trauma, pela 
PG𝐼# 
 
Coagulação: 
ü Uma série de reações onde o sangue é transformado de líquido 
em gel 
ü Coagulação segue uma via intrínseca e outra extrínseca 
ü Os três passos finais destas séries de reações são: 
Formação do ativador de protrombina; 
Protrombina convertida em trombina; 
Trombina catalisa a transformação de fibrinogênio em fibrina. 
 
Reparo e retração do coágulo: 
ü Retração – estabilização do coágulo por eliminação do soro da 
rede de fibrina 
ü Reparo: 
O fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGF) estimula a 
reconstrução da parede do vaso danificado; 
Os fibroblastos formam o tamponamento por tecido conjuntivo; 
O estímulo pelo fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), 
as células endoteliais se multiplicam e restabelecem a superfície do 
endotélio. 
 
Fatores que limitam a formação ou crescimento do coágulo: 
ü O crescimento excessivo do coágulo é prevenido por 2 
mecanismos homeostáticos: 
Ø Remoção local dos fatores da coagulação; 
Ø Inibição dos fatores da coagulação ativados. 
 
Inibição dos fatores da coagulação: 
ü A fibrina age como anticoagulante absorvendo trombina e 
prevenindo o efeito feedback positivo na coagulação, diminuindo 
a velocidade de produção do ativador de protrombina via fator V 
e a aceleração da via intrínseca por ativação de plaquetas 
ü Trombina não absorvida pela fibrina é inativada pela antitrombina 
III 
ü Heparina (outro anticoagulante) também inibe a atividade da 
trombina 
 
Fatores impedindo coágulos indesejáveis: 
ü Características estruturais e moleculares do endotélio vascular 
ü A adesividade plaquetária é impedida por: superfície lisa do 
endotélio, heparina e PG𝐼# secretadas pelo endotélio, vitamina E 
quinona (potente antiagulante) 
 
Desordens da hemostasia *condições tromboembólicas: 
Trombo – coágulo formado no interior de um vaso íntegro 
ü Pode bloquear a circulação, causando morte tissular 
ü Trombose coronária – trombo no interior dos vasos do coração 
Êmbolo – trombo flutuando livremente na corrente circulatória 
ü Embolia pulmonar – pode impedir a obtenção de oxigênio nos 
pulmões 
ü Embolia cerebral – pode causar lesão cerebral 
 
Prevenção de coagulação indesejável: 
ü Substâncias que podem ser utilizadas: 
Aspirina = antiprostaglandina que inibe a tromboxana 𝐴# 
Heparina = anticoagulante usado no pré e pós operatório 
Warfarina = usado em casos de fibrilação atrial 
• Desordens da hemostasia: 
ü Coagulação intravascular disseminada (CID): disseminação de 
coágulos em vasos intactos 
ü O sangue residual não pode coagular 
ü Ocorre bloqueio do fluxo sanguíneo 
ü Sangramento grave 
ü Mais comum: septicemia e transfusão de sangue incompatível 
 
Sangramentos: 
Trombocitopenia – diminuição do número de plaquetas: 
ü Petéquias (pequenas machas violáceas na pele), por hemorragia 
espontânea e disseminada 
ü Causada por destruição ou suspensão da medula óssea (e.g., 
malignidade, radiação) 
ü Plaquetas baixas ao hemograma 
ü Tratada com transfusão de sangue 
ü Ex.: doença do carrapato 
Incapacidade de sintetizar procoagulantes pelo fígado: 
ü As causas variam entre deficiência de vitamina K ate hepatites ou 
cirrose 
ü Incapacidade de absorver gorduras pode levar a deficiência da 
vitamina K (lipossolúvel) 
ü Doenças hepáticas podem impedir a produção de bile, 
indispensável para absorção de gorduras e vitamina K 
Hemofilias – distúrbios hemorrágicos hereditários causados por ausência 
de fatores de coagulação 
ü Hemofilia A – o tipo mais comum (83% de todos os casos) por 
deficiência do fator VIII 
ü Hemofilia B – por deficiência do fator IX 
ü Hemofilia C – tipo leve, por deficiência do fator XI 
 
 
• Sintomas: 
Sangramento prolongado e alterações articulares 
 
• Tratamento: 
Transfusões de sangue e injeção dos fatores deficientes

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