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FISIOLOGIA DO CICLO MENSTRUAL E CLIMATÉRIO

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Bruna Altvater Saturnino XLII – 2021.1 -1 
 
19.03.21 
Fisiologia do ciclo menstrual e climatério 
FISIOLOGIA DO CICLO MENSTRUAL E 
CLIMATÉRIO 
• 1º dia do ciclo = 1º dia da menstruação – DUM (data da última 
menstruação) 
• Duração em média 28 dias (de 22 a 35 dias) 
• Duração do fluxo menstrual – média de 5 dias (2 a 8 dias) 
• Quantidade de fluxo menstrual é em média 80ml (50 a 100ml) 
• Menarca: primeira menstruação 
• Menstruação: descamação do endométrio após a regressão do 
corpo lúteo; não se tem menstruação quando toma 
anticoncepcional, é outro nome – sangramento de privação 
• Menacme: período da menarca até a menopausa 
 
Eixo hipotálamo-hipófise-ovários: 
• Hipotálamo: 
o Estrutura neural situada na base do cérebro 
o Múltiplas conexões com diferentes partes do cérebro – 
sistema límbico, tálamo e ponte 
o GnRh*, GHRH - crescimento, CRF -> ACTH, TRH -> TSH 
Sistema límbico, emagrecimento rápido, nervosismo, estresse 
podem influenciar o hipotálamo e atrasar a menstruação 
• Hipotálamo produz GnRh – secretado de forma pulsátil; 
FSH e LH secretado por adenoipofise; modulação por 
sistema supra hipotalâmico norepinefrina dopamina. 
Algumas medicações podem ter influencia nessa 
secreção, alguns tumores de hipotálamo/hipófise.. e isso 
interfere no ciclo menstrual. Existe amenorreia 
hipotalâmica em q a mulher n menstrua por uma 
alteração hipotalâmica q bloqueia o ciclo (muito 
exercício físico, anorexia) 
6 meses sem menstruar: está grávida? Não. Pesquisar causas 
hipofisárias, causa gonadal, pela dopamina, aumento de 
prolactina.. Tem muitos hormônios regindo esse ciclo que 
pode fazer com que esse ciclo não ocorra
 
Na imagem: pulsos de GnRh no ciclo menstrual. No meio: 
ovulação 
• Hipófise anterior produz GnRh: o GnRH chega no 
hipotálamo pela circulação porta-hipofisária; FSH, LH, 
TSH, ACTH, GH e prolactina 
• FSH e LH: 
o Foliculogênese, ovulação, regulação da produção de 
hormônios esteroides pelos ovários. O hipotálamo 
estimula a hipófise que produz FSH e LH que estimulam 
o ovário a produzir os hormônios ovarianos que vão p 
sangue e vão realizar feedback negativo de alça longa 
(hipotálamo) e de alça curta (hipófise). O ACO “para” o 
ciclo menstrual, pq ele tá sempre em feedback negativo 
pra hipófise e hipotálamo. 
o São glicoproteínas que se diferenciam pela subunidade 
beta 
o FSH 3 a 4h; LH 20 min; feedback negativo 
o Prolactina – anovulação, amenorreia, galactorreia 
o GnSAF – controle de resposta do LH ao GnRh, facilitando 
a plenitude do pico de LH 
 
CICLO FOLICULAR: 
Tudo simultaneamente. Ocorre situações no ovário, no endométrio e no 
folículo (dentro do ovário) 
• Ciclo ovariano: 
Alguns livros dividem em fase folicular e lútea e outros em folicular, 
ovulatória e lútea 
• Fase folicular: recrutramento do folículo dominante, 
quem faz isso é o FSH; FSH e estrogênio; 10 a 14 dias. 
No dia da menstruação, baixa progesterona e estrogênio, 
e ai estimula o hipotálamo e hipófise a voltarem a 
produzir o FSH. Aí produz FSH que recruta o folículo. 
Folículos são recrutados todo mês, aquele que ficar mais 
“robusto” vai ser o escolhido pra ovular. Só um ovula todo 
mês 
• Fase lútea: ovulação – menstruação; LH e progesterona; 
fixa – 14 dias, ela é fixa pq o corpo lúteo não dura mais 
que isso. 
Sempre dura 14 dias. Então pode ter de 24 dias de ciclo a 28 
dias, porque a fase folicular não é fixa. O que varia é a rapidez 
que o folículo fica maduro de mulher pra mulher 
Corpo lúteo produz progesterona e tem vida útil de 14 dias, 
quando ele regride, tem a queda da progesterona e aí a 
mulher menstrua. Caso a mulher engravide, o corpo lúteo 
continua vivo (pelo beta HcG) e aí é ele que vai cuidar da 
gravidez por 12 semanas, depois disso entra a placenta 
• Ciclo uterino: 
o Endométrio – proliferativo/secretor/menstrual 
o Endométrio – proliferativo/secretor 
Alguns livros dividem em fase proliferativa e secretora e 
outros em proliferativa, secretora e menstrual 
 
Classificação funcional dos ovários: 
• Folicular: produz estrogênio e inibina B – FSH estimula os folículos, 
aí tem o folículo escolhido, esse folículo vai produzir estrogênio e 
inibina B, que vai fazer feedback nele mesmo e vai fazer ele crescer 
ainda mais. Estrogenio faz o desenvolvimento folicular e 
endometrial e pico de LH (pico de estrogênio no meio do ciclo 
estimula pico de LH – ovula) 
Inibina B atua na fase folicular, estimulada por FSH 
• Corpo lúteo: produz progesterona e inibina A – progesterona faz 
manutenção do arcabouço endometrial e faz feedback negativo no 
hipotálamo (do tipo: para de mandar coisa, já estamos prontos pra 
receber o embrião. Se o embrião não vem aí ele morre) 
• Estroma: produz androgênios 
Menopausa: não tem mais folículo mas ainda tem estroma, então ela 
ainda produz um pouquinho de androgênio, então os ovários ainda são 
importantes mesmo que não menstrue mais 
Bruna Altvater Saturnino XLII – 2021.1 -2 
 
 
 
Células da teca e granulosa produz os hormônios que o FSH está 
estimulando (estrogênio e progesterona) 
Quando ele tá maduro (folículo antral) ele tem suas células já 
diferenciadas, tem corona radiata e um folículo maduro, que vai ser 
liberado na cavidade abdominal e a trompa vai buscar ele 
Folículo maduro = folículo de Graaf = folículo antral 
Se não tem ovulação, não tem progesterona, porque quem produz é o 
corpo lúteo 
 
 
Foliculogênese: 
 
Vários folículos são produzidos, mas apenas um sofre o processo de 
ovulação. Depois que é liberado é responsável pela produção de 
progesterona, e depois que o corpo lúteo regride, o que sobra é o 
albicans. 
*Teoria das duas células – duas gonadotrofinas:
 
2 células – teca, granulosa. 2 gonadotrofinas – LH, FSH 
 
 
Ovogênese: 
 
 
Na imagem tem uma coisa errada – só é óvulo depois que fecunda 
 
OVULAÇÃO: 
• Onda de FSH – FSH atua no folículo, 1 folículo é escolhido, ele é 
estimulado pelo FSH e prolifera as células a produzir estrogênio, 
que faz feedback negativo no FSH pra ele se acalmar um pouco. 
Esse estrogênio vai ter um pico sérico, porque tem muito, e aí vai 
ter pico de LH – ovulação!! 
o Prostaglandinas E e F – proteases 
o FSH e LH – ácido hialurônico 
o Prostaglandinas + LH – contrações musculares da 
parede folicular 
 
• Onda de LH 
o Retomada da meiose do oócito paralisado no 
diplóteno da prófase I 
o Início da elevação – 32 a 36h 
o Pico de 10 a 12h 
o OVULAÇÃO! 
o O pico da elevação ocorre por ação de 
prostaglandinas E e F – proteases; FSH e LH – ácido 
hialurônico; contrações musculares da parede 
folicular – dói!!! 
• Aumento da progesterona e estradiol – após a ovulação 
Bruna Altvater Saturnino XLII – 2021.1 -3 
 
 
 
Fase lútea: 
• Fixa – 14 dias 
• Folículo dominante – corpo lúteo 
• Aumento da vascularização local aumenta os níveis da 
progesterona 
• Aumento dos níveis de progesterona com pico máximo no 8º 
dia após a ovulação – maiores níveis de estrogênio, maior 
vascularização do endométrio 
Progesterona é o que aumenta a temperatura corporal. Por isso que na 
ovulação vai estar alta e nas grávidas também 
 
• Objetivo – preparar o endométrio para implantação 
• Endométrio – divisão morfofuncional: 
o Camada funcional: implantação do blastocisto; 
camada esponjosa e compacta 
o Camada basal: regeneração do endométrio; 
camada basal. Ajuda a regenerar para o próximo 
ciclo. 
 
Estrogênio prolifera o endométrio, por isso que não posso só dar 
estrogênio pra ela, porque senão vai proliferar tanto até virar um câncer. 
Progesterona controla essa proliferação do estrogênio. Quem não ovula 
não tem progesterona, mas tem estrogênio, por isso após a menopausa 
tem chance de câncer, aí dá progesterona pra controlar isso. É por isso 
que tem progesterona no anticoncepcional, reposição hormonal etc, pra 
proteger o endométrio 
 
 
 
Endométrio proliferativo: síntese de DNA e atividade mitótica intensa; 
aumento de célulasciliadas e microvilosas; número máximo de células 
endometriais – 8º ao 10º dia do ciclo; pico de estradiol; 2mm cresce até 
10mm 
 
Endométrio secretor: ação da progesterona; redução das mitoses e 
síntese de DNA; 7º dia após ovulação – edema progressivo; glândulas 
tortuosas e colabamentos dos vasos espiralados 
 
Endométrio menstrual: ruptura irregular do endométrio; espasmos 
vasculares – perda do tecido; produção de prostaglandinas; término – 
vasoconstrição prolongada, copaso tecidual, estase vascular e reparação 
induzida pela ação estrogênica 
 
 
 
 
 
 
:
 
Bruna Altvater Saturnino XLII – 2021.1 -4 
 
• Muco cervical: filância e cristalização; pós-ovulação – espesso, turvo 
e sem distensibilidade 
• Vagina: leucócitos ausentes – “limpo”; pós-ovulação – “sujo” 
• Mamas: 
o Fase proliferativa (grande número de mitoses) 
o Fase secretora (progesterona promove dilatação dos 
ductos mamários) 
o Fase pré-menstrual (aumento do volume mamário) 
 
 
Muco com filancia e cristalização 
Mesmo tomando anti a apoptose dos folículos continua, mesmo que você 
esteja deixando o ciclo ali paradinho 
 
CLIMATERIO 
• Climaterio – fase que envolve desde a perimenopausa, 
menopausa, pós menopausa. É desde que começa os sintomas 
• Perimenopausa – mais ou menos 5 anos da menopausa, 
diminuição de libido, irritabilidade 
• Menopausa – é a data da ultima menstruação da vida! É um 
marco! É um diagnóstico retrógrado – eu sei que é menopausa 
se ela tá há 1 ano sem menstruar, mas na prática a gente não 
espera tudo isso pra dizer que é menopausa 
• Senilidade – velhice, não tem mais sintomas de climatério. 
Período pós-menopausa. 
 
➔ Embrião 20 semanas: 7 milhões de células germinativas 
➔ Ao nascer: 266.000 a 472.000 folículos em cada ovário 
➔ Menarca: 500.000 em ambos 
➔ Durante a menacme: depleção de 1000 folículos/mês 
➔ Menopausa: menos de 100 folículos 
 
 
PERIMENOPAUSA 
• Alterações hormonais: 
• Elevação do FSH – aceleração da perda folicular, redução 
do número e qualidade dos ovócitos (isso ocorre porque 
você tá com poucos folículos e eles são velhos, de má 
qualidade) 
• Queda da inibina 
• LH não se altera porque o que está alterado é o folículo. 
A parte central está estável. 
• Estradiol levemente elevados 
• Progesterona normal (porque ela ainda ovula!) 
• Aumenta a resistência ao FSH → fase folicular longa → 
ciclos irregulares 
• Ausência de menstruação – 1000 folículos 
 
• 39 aos 51 anos – média de 46 anos – tem mulher que começa aos 
39 e outras mais tarde 
• Menopausa – 2 a 8 anos (média de 5 anos de distância da 
menopausa) 
• Irregularidade menstrual é o principal sintoma! Ciclos 
oligomenorreicos e ciclos anovulatórios 
 
• Ausência de crescimento folicular 
• Produção ovariana de estrogênio torna-se desprezível – níveis de 
estradiol e estrona são mantidos pela aromatização periférica dos 
androgênios 
• A produção de androgênio também diminui por queda da produção 
ovariana e da suprarrenal 
• Não há produção de progesterona 
• Gonadotrofinas elevadas, com pico hormonal de 1 a 3 anos após o 
último período menstrual – declínio gradual 
• Principal estrogênio – estrona 
o Conversão periférica de testosterona e androstenediona 
o Produzidos pelas adrenais e estroma ovariano 
o Tecido muscular, hepático, cerebral e adiposo 
• Estrona – estradiol (10 a 20pg/ml) 
• Diminuição do estrogênio aumenta a morbidade!!! 
 
 
 
• Diagnóstico retrógrado ou clínico – laboratorial – FSH>35 – 40ul/L 
+ amenorreia + sintomas 
 
• Alterações precoces: 
o Vasomotoras (fogachos de 75 a 85%, destas, 25% terão 
por mais de 1 ano e 5% por mais de 5 anos) – fogacho é 
um calor rápido, do tórax para cabeça, com taquicardia 
e quando passa dá sudorese 
o Fumo, sedentarismo, exercício extenuante, baixo nível 
sócio-econômico; diminuição da libido; alteração do 
humor 
 
• Alterações tardias: 
o Receptores de estrogênio – pele, vasos, coração, ossos, 
cérebro, mamas, útero, vagina, bexiga e uretra 
o Alterações atróficas: vagina (diminuição da espessura do 
epitélio vaginal, perda da elasticidade, perda do 
enrugamento, estreitamento do canal, redução das 
secreções, aumento do Ph), trato urinário (disúria, 
polaciúria, ITU de repetição, IUE), musculatura do 
assoalho pélvico e fáscia endopélvica também são 
afetadas 
o Sistema nervoso central: dificuldade de concentração, 
diminuição da cognição e perda da memória recente 
o Doença cardiovascular: o risco de doença coronariana é 
cerca de 3x maior nos homens quando comparado a 
mulheres em idade reprodutiva (pelas ações do 
estrogênio no aparelho cardiovascular) – proteção no 
desenvolvimento da ateroesclerose 
o Osteoporose: fatores de risco – biótipo magro, etilismo, 
tabagismo, ingesta excessiva de cafeína, baixa ingesta 
de cálcio e fósforo, HF, pequena estatura, sedentarismo, 
uso de drogas, neoplasias e doenças crônicas. 
▪ A deficiência de estrogênio acelera a 
perda óssea 
Bruna Altvater Saturnino XLII – 2021.1 -5 
 
▪ Estrogênio inibe o remodelamento 
ósseo e mantém a atividade 
osteoblástica e osteoclástica em 
equilíbrio 
▪ Pós menopausa a atividade 
osteoclástica predomina, 
 
O estrogênio deve ser dado na fase inicial, se dar depois que as placas já 
começaram a oxidar, ele vai piorar ainda mais

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