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saúde da criança aula 5 A (1)

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SAÚDE DA CRIANÇA
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO
AULAS 1
A criança hospitalizada
Saúde da criança
Desnutrição 
anorexia Bulimia 
Saúde da criança e do adolescente 
Anorexia nervosa
A anorexia nervosa é entendida como inanição autoinduzida, resultando em marcante perda de peso.
Anorexia nervosa
Sintomas:
 - Um dos primeiros sintomas é a perda da noção de sua imagem corporal;
 -Preocupação excessiva com a alimentação;
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Anorexia nervosa
Sintomas:
-Sensação intensa de culpa e uma ansiedade desproporcional por eventualmente ter saído um pouco da dieta.
Menstruação irregular, ou não existente;
Nas adolescentes, os principais sinais da anorexia são o enfraquecimento, a perda de peso visível e a ausência de menstruação.
Fatores de alerta:
Peso corporal em 85% ou menos do nível normal;
Prática excessiva de actividades físicas, mesmo tendo um peso abaixo do normal;
Negação quando questionado sobre o distúrbio;
Em pessoas do sexo feminino, a ausência de menos três ou menos menstruações por ano. A anorexia pode causar sérios problemas no sistema reprodutor feminino.
Fatores de alerta:
Crescimento retardado ou até paragem do mesmo, com a resultante malformação do esqueleto (pernas, braços curtos em relação ao tronco);
Descalcificação dos dentes; 
Depressão profunda;
Tendências suicidas;
Obstipação grave;
Danos intestinais;
Tratamento
Os medicamentos mais recomendados são os anti-depressivos tricíclicos (têm o efeito de ganhar peso).
Os anti-depressivos estão a ser estudados, mas devem ser usados com cuidado uma vez que podem contribuir para a redução do apetite.
Tratamento
É bom realçar que os pacientes com anorexia têm o apetite normal, ou seja, sentem a mesma fome que qualquer pessoa, o problema é que apesar da fome se recusam a comer. 
psicoterapias
Bulimia nervosa
É um distúrbio alimentar, onde a pessoa ingere grande quantidade de alimentos e depois eliminam o excesso de calorias através de jejuns prolongados, vômitos auto-induzidos, laxantes, diuréticos ou na prática exagerada e obsessiva de exercícios físicos.
Bulimia nervosa
Sintomas:
Interrupção da menstruação.
Interesse exagerado por alimentos e desenvolvimento de estranhos rituais alimentares. 
Comer em segredo. 
Obsessão por exercício físico. 
Depressão. 
Ingestão compulsiva e exagerada de alimentos. 
Vômitos ou uso de drogas para indução de vômito, evacuação ou diurese. 
Alimentação excessiva sem nítido ganho de peso. 
Tratamento
Em ambos os casos o tratamento é um programa no qual participem o cliente e todos os membros da equipe interdisciplinar, como também deve incluir um contrato estruturado e assinado pelo cliente ao ser admitido na internação.
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Tratamento
Quando não mais representar risco de vida ao indivíduo, é instituído um programa de modificação do comportamento, sendo instituídas várias modalidades terapêuticas como as terapias individual, familiar, de grupo e medicamentosa.
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Tratamento
Tratamento psicofarmacológico, a base de antidepressivos, voltados para os sintomas associados a ansiedade e depressão.
Fatores de Alerta:
 
Arranjar desculpas para ir sempre ao banheiro depois das refeições;
Ter grandes variações de humor;
Apresentar um inchaço anormal à volta dos maxilares;
O peso apresentar oscilações normais;
 Comer frequentemente grandes quantidades de comida de forma compulsiva;
Utilizar com frequência e em excesso diuréticos e laxantes;
Inexplicável desaparecimento de comida em casa ou no local de residência.
Tratamento: 
 O tratamento para a bulimia envolve aconselhar o paciente a contactar um psicólogo ou outro profissional de saúde e às vezes aconselhá-lo a tomar anti-depressivos, que o pode ajudar a reduzir “episódios” de fingimento, o que vai ajudar o paciente a recuperar da Bulimia. O tratamento não requer permanência hospitalar, embora às vezes seja necessário, mas só em casos mais graves da Bulimia. 
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Tratamento: 
O seu tratamento requer semanas ou meses até se observarem resultados significativos.
Nem sempre um só tratamento chega para obter os resultados que quer, por isso em certos casos é necessário fazer-se mais que um tratamento.
Desnutrição na Infância
Formas Clínicas:
Desnutrição Grau III – Desnutrição Protéico-Calórica:
Kwashiorkor;
Marasmo;
Kwashiorkor-Marasmático
Desnutrição Proteico Energética
A DPE apresenta-se como uma variedade de síndromes clínicas, todas caracterizadas pela ingestão dietética inadequada de proteínas e calorias para alcançar as necessidades corporais. 
Desnutrição Proteico Energética
Do ponto de vista funcional, há dois compartimentos de proteínas regulados diferentemente no corpo: 
O compartimento somático, representado por proteínas dos músculos esqueléticos
Desnutrição Proteico Energética
O compartimento visceral, representado pelo armazenamento de proteínas nos órgãos viscerais, principalmente no fígado. 
O compartimento somático é afetado de maneira mais grave no marasmo, e o compartimento visceral, no kwashiorkor.
Desnutrição Protéico-Calórica
Kwashiorkor
Afeta crianças acima de 2 anos (principalmente 2 e 3 anos);
Carência mais protéica do que energética;
Tecido celular subcutâneo preservado;
Apatia mental;
Lesões de pele (seca, fria, áspera, sem brilho, eritema, descamação, fissuras lineares e flexurais);
Grande emagrecimento do tórax e de segmentos proximais e edema dos segmentos distais;
Desnutrição Protéico-Calórica
Kwashiorkor
Edema (principal achado);
Alterações dos cabelos: Finos, secos, quebradiços, “sinal da bandeira”(faixas de coloração clara e escura);
Unhas finas, quebradiças, sem brilho;
Mucosas: “Língua careca”, retração das gengivas, lábios rachados;
Hepatomegalia (esteatose hepática);
Hipoalbuminemia
Desnutrição Protéico-Calórica
Marasmo
Crianças menores de 1 ano (lactentes);
Deficiência de calorias e de proteínas;
Emagrecimento seco;
Fácies senil;
Perda do tecido celular subcutâneo e muscular;
Cabelos escassos e finos;
Ausência de lesões de pele;
Ausência de esteatose hepática;
Albumina geralmente normal. 
Desnutrição Protéico-Calórica
Kwashiorkor-Marasmático
Forma mista;
Crianças entre 1 e 2 anos;
Perda de tecido celular subcutâneo;
Edema de extremidades.
Desnutrição na Infância
O fígado no kwashiorkor, mas não no marasmo, está aumentado e gorduroso; cirrose sobreposta é rara.
No kwashiorkor (raramente no marasmo) o intestino delgado apresenta uma redução no índice mitótico nas criptas das glândulas, associada à atrofia muscular e perda de vilos e microvilos. Em tais casos, ocorre perda concomitante de enzimas do intestino delgado, manifestada com mais frequência como deficiência de dissacaridase. Logo, bebês com kwashiorkor inicialmente podem não reagir bem a dietas à base de leite. Com tratamento, as alterações na mucosa são reversíveis.
Desnutrição na Infância
A medula óssea tanto no kwashiorkor quanto no marasmo pode tornar-se hipoplásica, principalmente como resultado da redução no número de hemácias precursoras. 
O sangue periférico geralmente revela anemia leve a moderada, o que com frequência tem uma origem multifatorial; deficiências nutricionais de ferro, folato e proteínas, assim como os efeitos supressivos de infecção (anemia de doença crônica) podem contribuir. 
Dependendo do fator predominante, as hemácias podem ser microcíticas, normocíticas ou macrocíticas.
Desnutrição Protéico-Calórica
		Marasmo	Kwashiorko	Mista
	Edema	 Não	 Sim	Variável
	Dermatose	 Não	 Sim	Variável
	Alt. Cabelo	 Não	 Sim	Variável
	Hepatomegalia	 Não	 Sim	Variável
Desnutrição Protéico-Calórica
Tratamento (tratamento inicial-estabilização ):
Tratar hipoglicemia; 
Prevenir/tratar hipotermia;
Tratar desidratação, distúrbios hidroeletrolíticos e choque séptico;
Tratamento dietético;
Tratar possíveis infecções;
Correção de deficiências de micronutrientes;
Anemia muito grave (hematócrito <12%);
Estimular vínculo mãe-filho.
Epidemiologia:
- A OMS estima que 1/3 das crianças do mundo sofrem de desnutrição e que a metade de todas as mortes estárelacionada à desnutrição. 
- No Brasil, apesar da contínua redução da prevalência da desnutrição infantil e da taxa de mortalidade infantil, estes problemas continuam sendo prioridade na agenda do setor saúde. 
Etiologia:
INFECÇÕES
BAIXA INGESTÃO
POBREZA
DESNUTRIÇÃO
Fisiopatologia:
- A baixa ingestão calórica condiciona adaptações à desnutrição: diminuição da atividade física, estagnação do crescimento(peso e altura), depleção protéica e lipólise.
- Continuando o processo adaptativo, as anormalidades bioquímicas e manifestações clínicas começam a intensificar- se, podendo surgir as formas graves da desnutrição: Marasmo, Kwashiorkor e suas manifestações intermediárias. 
Classificação:
A desnutrição pode ser classificada quanto à intensidade (leve, moderada e grave), duração (aguda e crônica) e tipo (Marasmo, Kwashiorkor e manifestações intermediárias).
Marasmo:
- Dieta globalmente deficiente. Criança apresenta baixa atividade, atrofia muscular e subcutânea, baixa estatura, desaparecimento da bola de Bichat e emaciação glútea.
- Anemia, hipocalemia, hiponatremia, e diarréia podem estar presentes.
Kwashiorkor:
- “Doença do primeiro filho quando nasce o segundo”, em língua Ga de Gana.
- Apatia, não demonstra apetite, há déficit estatural, consumo da massa muscular, conservação do tecido gorduroso, dermatoses, hepatomegalia, esteatose, edema (baixa concentração de urina), diarréia.
Aspectos Psicossocioeconômicos 
da Desnutrição 
no Brasil
- Fraco vínculo mãe-filho/educação inadequada dos pais:
falta de higiene;
-uso excessivo de óleo;
-diluição incorreta do leite em pó;
-manipulação inadequada;
-uso incorreto de carboidratos;
-resistência ao aprendizado;
-técnicas incorretas;
-falta de interesse;
-rejeição materna;
-nível intelectual rebaixado.

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