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NUTRIÇÃO NA ATIVIDADE FÍSICA – RESUMO
Conceitos
Atividade física: qualquer movimento corporal gerado por contração muscular e que resulte em gasto energético acima do basal.
Exercício: atividade física planejada, estruturada e repetitiva.
Esporte: atividade física/exercício regulamentado por uma Confederação.
Caloria: Medida de energia liberada a partir da “queima” (digestão) do alimento e que é então utilizada pelo corpo; unidade de calor usada na Nutrição.
Consumo recomendado de macronutrientes: 
Carboidratos: 50 a 70%
Proteínas: 10 a 18%
Lipídeos: 20 a 25%
Substratos Energéticos
Caloria pequena: é transformada em energia de trabalho; energia das reações químicas; energia química térmica mecânica
Caloria grande: Utilizada como unidade de energia alimentar.
Bioenergética:
1° lei da Termodinâmica - Lei da conservação de energia “Na natureza nada de cria, nada se perde, tudo se transforma”; se gasta menos do que consome = conservação de energia
2° lei da Termodinâmica – Grau de desordem
Entalpia: quantidade de calor num sistema; energia em forma de calor.
Reação exotérmica: libera calor (processos catabólicos = quebra)
 + = entropia
Reação endotérmica: absorve calor (processos anabólicos = síntese)
Energia Livre de Gibbs:
Energia Livre: trabalho mecânico
Metabolismo: conjunto de processos exergônicos e endergônicos (catabólicos e anabólicos)
Sistemas Energéticos
Geralmente um sistema se sobressai no treinamento; dependem do tipo, duração e intensidade do exercício.
Responsável pelo fornecimento de energia durante a transição do repouso para o exercício, de um nível menos intenso para um mais intenso.
Anaeróbico ATP-CP: sistema reversível.
· Não necessita de O2
· Exercícios de alta intensidade e curta duração (~10 seg.)
· Recuperação: 5 minutos 100%; 30seg 50%
· LPO, musculação, arremesso de peso, velocista, natação (tiro), cortada no vôlei, chute no futebol.
OBS: fonte de energia: CP (fosfocreatina); 
ATPase (enzima que quebra atp); 
Creatinoquinase (quebra de fosfocreatina – Ck)
Anaeróbio Lático glicólise anaeróbia:
· Utiliza o glicogênio
· Independe de O2
· Exercícios de alta intensidade e duração moderada (~40 – 180seg)
· Recuperação (glicogênio muscular): 24h – 100%
· Natação até 400m, corridas curtas no futebol.
Aeróbio: fosforilação oxidativa (respiração)
· Depende de O2
· Baixa/média intensidade e longa duração (+ de 5 minutos)
· Fontes de energia: glicose, ác. Graxos, aa (em casos de baixa glicose)
· Recuperação: 48h 100%
· Maratonista, natação, remo, ciclismo
Fisiologia do Exercício
É preciso alterar/adaptar para construir/progredir.
Princípios do treinamento: 
· Diferenças individuais: 
· Nem todos os indivíduos respondem de maneira semelhante a um mesmo estímulo de treinamento
· INDIVIDUALIDADE GENÉTICA.
· Sobrecarga:
· Aplicação de sobrecarga (progressiva) para melhor resposta ao treinamento.
· Para modificar o estímulo: mudar carga, repetições, descanso.
· Especificidade:
· Cada exercício desencadeia adaptações específicas e efeitos específicos.
· Ex: endurance – sobrecarga em músculos e melhora do desempenho e potência aeróbica
· Reversibilidade:
· Destreinamento; 1 a 2 semanas: redução da capacidade metabólica.
Objetivos do treinamento físico: 
ESTIMULAÇÃO DAS ADAPTAÇÕES BIOQUÍMICAS, ESTRUTURAISE FUNCIONAIS.
Estímulo ao sistema anaeróbio (atp-cp ou lático) explosão, consequências:
· Aumento de substratos anaeróbios (glicogênio, atp, PCr, creatina)
· Aumento de enzimas chave da fase anaeróbia do catabolismo da glicose
· Aumento da capacidade de tolerar lactato sanguíneo durante a explosão (Essa adaptação resulta provavelmente de maiores níveis de glicogênio e de enzimas glicolíticas e melhor motivação e tolerância à “dor” na atividade física cansativa)
Estímulo ao sistema aeróbio (respiratório), consequências:
· Aumento da capacidade de controle respiratório no musculo esquelético ( oxidação de oxigênio pela mitocôndria)
· Aumento das atividades enzimáticas aeróbias
· Aumento do metabolismo de gorduras e carboidratos
· Menor acúmulo de lactato (maior circulação sanguínea)
Treinamentos no geral:
· Sistema cardiovascular: Frequência cardíaca; Volume plasmático; Volume sistólico; Débito cardíaco; Pressão arterial; Hipertrofia cardíaca
OBS: 
Hipertrofia: aumento do volume celular e consequentemente adaptação do tecido à maior exigência de trabalho, podendo ser patológica ou fisiológica
Hiperplasia: Aumento do número de células e sobrecarga de trabalho, podendo ser patológica ou fisiológica (pode ocorrer concomitante com a hipertrofia)
Fisiológicas: sem fibrose, angiogênese (decorrente do treinamento)
A hipertrofia cardíaca moderada secundária ao crescimento longitudinal das células miocárdicas reflete uma adaptação ao treinamento fundamental e normal do músculo para uma carga de trabalho aumentada, independentemente da idade.143 Esse aumento de volume caracteriza-se pelo aumento de tamanho da cavidade ventricular esquerda (hipertrofia excêntrica) e pelo espessamento moderado de suas paredes (hipertrofia concêntrica).
O treinamento regular altera as propriedades contráteis das fibras do músculo cardíaco que incluem maior sensibilidade à ativação pelo Ca2+, mudanças na relação força-comprimento e maior produção de potência.
· Sistema esquelético: Hipertrofia muscular; Remodelagem das células musculares; Hiperplasia muscular; Fibras musculares; capilaridade
· Sistema Nervoso: ↑ eficiência nos padrões de recrutamento neural; ↑ estímulo dos motoneurônios; ↑ ativação do sistema nervoso central
· Sistema Endócrino: GH durante o exercício Estimula a lipólise; 
CATECOLAMINA durante o exercício Estimula o da taxa metabólica, da liberação de glicose e de ácidos graxos livres no sangue; 
GLUCAGON durante o exercício Estimula a glicogenólise hepática
INSULINA durante o exercício
CORTISOL durante o exercício Estimula a gliconeogênese
Células musculares: possuem células satélites (estão entre as fibras; reparam o musculo e aumentam de tamanho, por mecanismos de quimiotaxia e reparação)
1. Células satélites em latência
2. Miotrauma
3. Ativação e proliferação das CS
4. Quimiotaxia
5. Fusão das CS com a fibra lesionada
6. Regeneração muscular
7. Hipertrofia
OBS: miostatina regula a CS e a hipertrofia muscular 
Fibras Musculares 
Fibras Vermelhas: tipo I 
· São CONTRAÇÃO LENTA
· Aeróbia (oxidativas) e resistente à fadiga
· Auxiliam no exercício de resistência
· Baixa capacidade anaeróbia
· Velocidade de contração e concentração de miosina ATPase
· Mais enriquecidas de mitocôndrias, possuem maior capacidade de remoção do Lactato
· CORRIDA (Maratona), NATAÇÃO (longa distancia), TRIATLON
Fibras Brancas: Tipo II
· MAIOR velocidade de contração
· Anaeróbia e sem resistência à fadiga
· velocidade de contração e concentração de miosina ATPase
· BASQUETE, FUTEBOL, CORRIDA (100 metros rasos), HÓQUEI DE CAMPO.
Massa muscular depende de: 
· fatores ambientais
· influências endócrinas
· estado nutricional
· atividade física
· genética
· ativação do sistema nervoso
... Recapitulando:
1. Sair da homeostase
2. Contra-regulação com dilatação da amplitude da função
3. Formação de novas estruturas
4. Sobrecarga ampliação do campo da estabilidade
5. Reversibilidade da adaptação (na falta de estímulo)
Exercício Concorrente (anaeróbio x aeróbio):
Anaeróbio – força 
mTORC1 regula o metabolismo e homeostase, promove processos anabólicos (biogênese do ribossomo: tradução aumento da hipertrofia)
No treino de força é ativado (o Mtorc1) pelo BCAA, pelo fator mecânico ou fatores de crescimento;
Aeróbio – endurance
AMPK é estimulado por AMP (adenosina mono-fosfato), cálcio e NAD+;
AMPK aumenta a biogênese mitocondrial estímulo de vias oxidativas 
AMPK inibe Mtorc1, e consequentemente hipertrofia (concorrentes)
Avaliação Nutricional e Inquéritos dietéticos para atletas e esportistas
Atleta: forma “profissional”
Esportista: forma “não profissional”
AvaliaçãoNutricional:
· Avalia o estado nutricional (grau de atendimento das necessidades fisiológicas)
· Engloba o consumo alimentar, necessidade nutricional e biodisponibilidade.
Objetivos da avaliação:
1. Identificar se o indivíduo precisa de apoio nutricional mais intenso
2. Recuperar ou manter o estado nutricional
3. Identificar a dietoterapia a ser prescrita
4. Monitorar a eficácia dessa terapia
A partir dos objetivos gerais: identificar o desejo do paciente e problemas mais graves a serem focados.
Fatores que influenciam no estado nutricional: 
- Estado fisiológico (doenças, imunidade, etc)
- Genética/epigenética (bebida, fumo..)
- Doenças
- Consumo alimentar
- Atividade física
- Meio/clima
- Renda
- Região onde vive
- Cultura 
- Afetividade 
Fatores que aumentam o risco nutricional:
 anormalidades bioquímicas; padrão de consumo alimentar (ruim); condições clínicas; uso de medicamentos.
Desnutrição: 
Obs: atletas podem ter (atletas não são necessariamente saudáveis!!!)
· Reservas nutricionais em depleção e ingesta inadequada de nutrientes (problemas de digestão, absorção, disfunções...)
· Consequências: magreza, má cicatrização, osteoporose, doenças 
· Público mais vulnerável: lactentes, crianças, gestantes, pessoas de baixa renda, pessoas hospitalizadas
Excesso de nutrição: obesidade (aterosclerose, DCNT e etc) 
Métodos de Avaliação nutricional: 
· Métodos objetivos (diretos): antropometria, composição corporal Parâmetros bioquímicos, Consumo alimentar, pesagem hidrostática, DEXA. 
· Métodos subjetivos (indiretos): Exame físico (semiologia) e Avaliação global subjetiva (AGS), história clínica.
Componentes da Avaliação:
1. Avaliação clínico-nutricional: históricos de doenças pregressas ou atuais, familiares; queixas; objetivos; estado social; histórico dietético; histórico medicamentoso
2. Avaliação antropométrica: peso, altura, perimetria, pregas cutâneas
3. Avaliação bioquímica/solicitação de exames (verificar anemias, função hepática, renal, proteínas, urina)
4. Diagnóstico nutricional
5. Definição de objetivos com metas possíveis
6. Características da dieta
7. Calculo de macros
8. Cardápio
9. Hidratação
O exercício físico irá interferir nos cálculos da TMB e GET 
· Utilizar o método fatorial (METS) – planilha de atividades/treinamento 
Métodos de avaliação da Composição corporal 
Diretos: estudos em cadáveres
Indiretos: densitometria, absorciometria, imagem, condutância elétrica, antropometria
Densitometria: 
· Diferencia Massa magra (MG) de Massa Livre de Gordura (MLG)
· Por deslocamento de água (pesagem hidrostática) – princípio de Arquimedes
· Por pletismografia por deslocamento de ar (body pod)
Absorciometria: DEXA
· Analisa a densitometria óssea, mas também a composição corporal
· Técnica + cara, porém mais precisa
Imagem: 
· Trabalha com identificação de massa
· Analisa a gordura visceral
· Tomografia e ressonância (tem melhor imagem)
Condutância elétrica:
· Bioimpedância (necessita de preparação; pode ser de 2 polos ou de 4 polos)
· Grávidas, pessoas que possuem marca-passos não podem fazer
Antropometria: 
· Conjunto de técnicas de medição
· Peso, estatura, perimetria, pregas/dobras cutâneas
· Peso/massa corporal:
Atual (aferido na consulta); usual (referido pelo paciente); ideal (meta); ajustado (Peso corrigido para indivíduos em obesidade ou desnutrição)
OBS: peso ajustado fazer o cálculo de % de adequação antes.
· Estatura:
Aferida com estadiômetro em metros ou centímetros.
Erros possíveis: postura; deficiências físicas
Estimativa (acamados): altura do joelho; chanfradura
· IMC: 
· Perimetria:
· Circunferência do braço: fazer primeiramente o ponto médio entre o acrômio e o olecrano, com o braço em 90°. Depois contornar a fita no ponto médio, com o braço relaxado.
Adequação Circunferência do braço (CB); 
· Circunferência Muscular do Braço (CMB):
Avalia tecido muscular sem excluir a massa óssea; Necessita da dobra ou prega cutânea tricipital (PCT)
· Área Muscular do Braço Corrigida (AMBc): Avalia tecido muscular excluindo a massa óssea Necessita da dobra ou prega cutânea tricipital (PCT); 
 
· Área de Gordura do Braço Corrigida (AGB): representa a reserva de tec. adiposo
· Circunferência da coxa: 
Em pé, o paciente deve ficar com os pés ligeiramente separados e peso uniformemente distribuído. O profissional deve marcar o ponto médio femural e, a fita é posta em torno da coxa horizontalmente; coxa proximal e distal.
· Circunferência da panturrilha:
Posição sentada. Dobrar a perna esquerda formando 90º graus com o joelho. Manter a perna relaxada. Contornar a fita métrica no máximo diâmetro da panturrilha. Realizar a medida.
Ou
Em pé, o paciente deve ficar com os pés ligeiramente separados e peso uniformemente distribuído. Mensurar com a fita horizontal na circunferência máxima de panturrilha.
· Circunferência de cintura (CC):
Em pé, utilizando uma fita métrica inelástica e flexível que deverá circundar na região de maior contraste de perímetro ou a menor circunferência entre a última costela e a crista ilíaca, sem a presença de roupas. Essa medida não é indicada para pacientes obesos;
Avalia risco para doença cardiovascular (tabela)
· Circunferência do abdômen:
Em pé, utilizando uma fita métrica inelástica e flexível que deverá circundar na maior circunferência do abdômen, em geral sobre a cicatriz umbilical.
· Circunferência do quadril:
Em pé, com as pernas juntas e com roupa aderida ao corpo, mensurar o local de maior proeminência da região glútea; Profissional sentado com o paciente de lado, medir o maior perímetro;
Indicador ultrapassado de risco para o desenvolvimento de doenças;
Pregas/dobras cutâneas: 
Esperar 3 segundos para a leitura do adipômetro;
- Tricipital
- Bicipital
- Peitoral (medir até o mamilo e tirar a mediana em homens; em mulheres a mediana será 1/3 da perimetria)
- Axilar média (fazer uma reta, pegar o esterno e ver a intercessão; pegar a prega de forma diagonal ou reta)
- Subescapular
- Supra-ilíaca (acima da crista-ilíaca, prega diagonal)
- Supra-espinhal (entre a abdominal e a supra-ilíaca)
- Abdominal (2 dedos ao lado da cicatriz umbilical)
- Coxa (perna relaxada; fazer o ponto médio da perimetria da dobra da coxa até o início da patela)
- Panturrilha (na prática não é feito o ponto médio; pegar na maior protuberância, na parte interna da panturrilha; perna em 90°)

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