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Teoria Geral do Direito Comercial

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Curso Preparatório para Delegado Federal- LFG- 2011.1 
Módulo: Direito Comercial- Prof. Alexandre Gialluca 1 
 
ACESSE: http://materiaisparaconcursos.blogspot.com/ 
 
 
Teoria Geral do Direito Comercial 
1. Código Comercial de 1850......................................................................................................................................... 5 
2. Código Civil de 2002 .................................................................................................................................................... 5 
2.1 Empresário ........................................................................................................................................................................ 5 
2.2 Não se considera empresário (Art. 966, Par. Único CC) ............................................................................... 7 
2.3 Requisitos para ser empresário individual – Art. 972 CC............................................................................. 7 
2.4 Empresário Casado ........................................................................................................................................................ 8 
c) Realização de balanços ....................................................................................................................................................... 10 
3. Estabelecimento Empresarial (art. 1142 ao 1149) ..................................................................................... 11 
3.1 Conceito ........................................................................................................................................................................... 11 
3.2 Natureza jurídica......................................................................................................................................................... 12 
3.3 Trespasse e seus efeitos ............................................................................................................................................. 12 
3.4 Concorrência .................................................................................................................................................................. 12 
3.5 Responsabilidade do adquirente e do alienante por dívidas anteriores ............................................ 12 
3.6 Sub-rogação dos contratos ..................................................................................................................................... 13 
3.7 Aviamento ....................................................................................................................................................................... 14 
4. Nome Empresarial/ Nome Comercial ............................................................................................................... 14 
4.1 Conceito ............................................................................................................................................................................ 14 
4.2 Espécies de nome empresarial- Art. 1.155 CC ................................................................................................. 14 
4.3 Composição e aplicação do nome empresarial .............................................................................................. 14 
4.4 Nome empresarial x Marca ..................................................................................................................................... 16 
4.5 Nome empresarial x Título de estabelecimento ............................................................................................ 16 
4.6 Proteção ao nome empresarial ............................................................................................................................. 16 
4.7 Princípios do nome empresarial. Art. 34 da Lei 8934/94 ......................................................................... 16 
4.8 Características do nome empresarial ................................................................................................................ 17 
Sociedades ...................................................................................................................... 17 
1. Sociedades não personificadas e Sociedades personificadas .................................................................. 17 
1.1 Sociedade não personificadas ................................................................................................................................ 17 
2. Quadro Geral das Sociedades Personificadas (Análise do objeto) ........................................................ 19 
3. Registro das Sociedades Personificadas ........................................................................................................... 20 
3.1 Sociedade Empresária ............................................................................................................................................... 20 
3.2 Sociedade Simples ....................................................................................................................................................... 20 
4. Sociedades Contratuais ........................................................................................................................................... 20 
4.1 Constituição das sociedades contratuais .......................................................................................................... 20 
4.2 Tipos de sociedades contratuais ........................................................................................................................... 21 
4.2.1 Sociedade em Nome Coletivo- Art. 1039 CC ....................................................................................................... 21 
4.2.2 Sociedade em Comandita Simples- Art. 1045 CC .............................................................................................. 21 
4.2.3 Sociedade Simples .......................................................................................................................................................... 22 
4.2.3.1 Constituição ............................................................................................................................................................. 22 
4.2.3.2 Sócios .......................................................................................................................................................................... 22 
4.2.3.3 Administrador da Sociedade ............................................................................................................................ 24 
4.2.4 Sociedade limitada ......................................................................................................................................................... 24 
4.2.4.1 Legislação aplicável .............................................................................................................................................. 24 
4.2.4.2 Responsabilidade do Sócio. Art. 1052 CC ................................................................................................... 24 
4.2.4.3Cotas Sociais ............................................................................................................................................................. 25 
4.2.4.4 Deliberações Sociais ............................................................................................................................................. 27 
4.2.4.5 Administrador da Sociedade Limitada ........................................................................................................ 27 
4.2.4.6 Conselho Fiscal ....................................................................................................................................................... 28 
4.2.4.7 Aumento e Redução do Capital Social ..........................................................................................................28 
4.2.4.8 Exclusão extrajudicial do sócio na Sociedade limitada ........................................................................ 28 
5. Sociedade Institucional ............................................................................................................................................ 28 
5.1 Sociedade anônima – Lei 6.404/76 ..................................................................................................................... 29 
5.1.2 Conceito............................................................................................................................................................................... 29 
5.1.2 Características de uma Sociedade Anônima ....................................................................................................... 29 
5.1.3 Espécies de Sociedade Anônima- Art. 4 da Lei 6.404/76 .............................................................................. 29 
Título de crédito .............................................................................................................. 36 
1. Legislação aplicável ................................................................................................................................................... 36 
2. Classificação dos Títulos de crédito .................................................................................................................... 36 
2.1 Quanto ao modelo ....................................................................................................................................................... 36 
2.2 Quanto as hipóteses de emissão ............................................................................................................................ 36 
2.3 Quanto a estrutura ..................................................................................................................................................... 36 
2.4 Quanto a sua circulação ........................................................................................................................................... 36 
3. Títulos em espécie ..................................................................................................................................................... 37 
3.1 Letra de Câmbio ........................................................................................................................................................... 37 
3.1.1 Conceito............................................................................................................................................................................... 37 
3.1.2 Saque .................................................................................................................................................................................... 37 
3.1.3 Aceite .................................................................................................................................................................................... 37 
3.1.4 Endosso ............................................................................................................................................................................... 37 
3.1.5 Endosso em preto e endosso em branco .............................................................................................................. 38 
3.1.6 Endosso parcial ................................................................................................................................................................ 38 
3.1.7 Endosso impróprio......................................................................................................................................................... 38 
3.1.8 Espécies de vencimento de uma letra de câmbio ............................................................................................. 38 
3.1.9 Aval ................................................................................................................................................................................. 38 
3.1.9.1 Conceito ........................................................................................................................................................................... 38 
3.1.9.2 Aval em preto ou em branco .................................................................................................................................. 38 
3.1.9.3 Diferenças entre aval e fiança ................................................................................................................................ 38 
3.2 Nota Promissória ......................................................................................................................................................... 39 
3.2.1 Conceito............................................................................................................................................................................... 39 
3.2.2 Endosso ............................................................................................................................................................................... 39 
3.2.3 Aval ........................................................................................................................................................................................ 39 
3.2.4 Vencimento ........................................................................................................................................................................ 39 
3.2.5 Aceite .................................................................................................................................................................................... 39 
3.2.6 Causa Debênture ............................................................................................................................................................. 39 
3.3 Cheque ............................................................................................................................................................................... 39 
3.3.1 Conceito............................................................................................................................................................................... 39 
3.3.2 Aceite .................................................................................................................................................................................... 40 
3.3.3 Endosso ............................................................................................................................................................................... 40 
3.3.4 Aval ........................................................................................................................................................................................ 40 
3.3.5 Pagamento ......................................................................................................................................................................... 40 
3.3.6 Devolução indevida ........................................................................................................................................................ 40 
3.4 Duplicata ......................................................................................................................................................................... 40 
3.4.1 Conceito............................................................................................................................................................................... 40 
3.4.2 Aceite .................................................................................................................................................................................... 40 
3.4.3 Hipóteses legais que permitem a recusado aceite .......................................................................................... 41 
3.4.4 Endosso ............................................................................................................................................................................... 41 
3.4.5 Aval ........................................................................................................................................................................................ 41 
3.4.6 Protesto ............................................................................................................................................................................... 41 
3.4.7 Possibilidade de execução de duplicata sem aceite ......................................................................................... 41 
Falência e Recuperação Judicial ....................................................................................... 41 
1. Falência .......................................................................................................................................................................... 41 
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2. Pressupostos da Falência ........................................................................................................................................ 42 
2.1 Condição de empresário ou sociedade empresária ..................................................................................... 42 
2.2 Estado de Insolvência ................................................................................................................................................ 42 
2.3 Declaração Judicial de Falência ............................................................................................................................ 42 
3. Insolvência .................................................................................................................................................................... 42 
4. Legitimidade ativa ..................................................................................................................................................... 42 
5. Legitimidade Passiva ................................................................................................................................................ 43 
6. Excluídos do processo falimentar ....................................................................................................................... 43 
7. Juízo competente ........................................................................................................................................................ 43 
8. Petição Inicial ............................................................................................................................................................... 43 
9. Defesa do Requerido ................................................................................................................................................. 43 
9.1 Contestação .................................................................................................................................................................... 43 
9.2 Depósito Elisivo............................................................................................................................................................. 43 
9.3 Pedir recuperação judicial ...................................................................................................................................... 44 
10. Sentença ...................................................................................................................................................................... 44 
11. Recursos ...................................................................................................................................................................... 44 
12. Sentença Declaratória ............................................................................................................................................ 44 
12.1 Natureza Jurídica ...................................................................................................................................................... 44 
12.2 Requisitos da sentença condenatória .............................................................................................................. 44 
12. 3 Efeitos em relação ao falido ................................................................................................................................ 45 
12. 4 Efeitos em relação aos credores ........................................................................................................................ 45 
13. Arrecadação e realização do ativo .................................................................................................................... 46 
14. Pagamento dos credores ...................................................................................................................................... 46 
14.1 Ordem de pagamento .............................................................................................................................................. 46 
14.2 Ordem de classificação dos créditos ................................................................................................................. 46 
15. Sentença de Encerramento ................................................................................................................................. 47 
16. Reabilitação do empresário ................................................................................................................................ 47 
Recuperação Judicial ....................................................................................................... 47 
1. Conceito.......................................................................................................................................................................... 47 
2. Finalidade ...................................................................................................................................................................... 48 
3. Requisitos da Recuperação Judicial .................................................................................................................... 48 
4. Créditos Sujeitos aos efeitos da recuperação judicial ................................................................................. 48 
5. Processamento da Recuperação Judicial .......................................................................................................... 49 
5.1 Petição Inicial ................................................................................................................................................................ 49 
5.2 Despacho do processamento .................................................................................................................................. 49 
5.3 Edital ................................................................................................................................................................................. 49 
5.4 Plano de recuperação Judicial ............................................................................................................................... 49 
5.5 Habilitação de crédito ............................................................................................................................................... 49 
5.6 Objeção ............................................................................................................................................................................. 49 
5.7 Plano aprovado............................................................................................................................................................ 50 
5.8 Assembleia Geral de credores ................................................................................................................................ 50 
5.9 Decisão Concessiva ...................................................................................................................................................... 50 
Recuperação Judicial Especial .......................................................................................... 50 
Contratos Empresariais .................................................................................................... 51 
1. Contrato de Franquia ................................................................................................................................................ 51 
1.1 Conceito ............................................................................................................................................................................ 51 
1.2 Circular de oferta de franquia ............................................................................................................................... 51 
1.3 Contrato ........................................................................................................................................................................... 51 
2. Contrato de Leasing ou arrendamento mercantil ........................................................................................ 51 
2.1 Conceito ............................................................................................................................................................................ 51 
2.2 Espécies de Leasing ..................................................................................................................................................... 52 
2.2.1 Leasing Financeiro ......................................................................................................................................................... 52 
2.2.2 Leasing Operacional ...................................................................................................................................................... 52 
2.2.3 Leasing Back ou leasing de retorno ........................................................................................................................ 52 
Continuação do Direito Societário ................................................................................... 53 
1. Reorganização Societária ........................................................................................................................................ 53 
1.1 Transformação ............................................................................................................................................................. 53 
1.2 Fusão ................................................................................................................................................................................. 53 
1.3 Incorporação ................................................................................................................................................................. 53 
1.4 Cisão ................................................................................................................................................................................... 53 
2. Sociedades Coligadas ................................................................................................................................................ 53 
2.1 Sociedade Filiada ......................................................................................................................................................... 53 
2.2 Sociedade de simples participação ...................................................................................................................... 53 
2.3 Sociedade controladora ............................................................................................................................................ 53 
 
 
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Aula 01- 27/01/2011 
 
1. Código Comercial de 1850 
Parte I: Do comércio em geral 
Parte II: Do comércio marítimo 
Parte III: Das quebras Dec. Lei 7661/1945 Lei 11.101/2005 
 
Comerciante: Pessoa física 
Sociedade comercial: Pessoa jurídica 
Atos de comércio: regulamento 737/1850. 
 
 Código Comercial de 1850: Teoria dos atos de comércio: É uma teoria francesa; 
o Código Comercial ao adotar esta teoria definia comerciante e sociedade comercial; 
comerciante, na época, era a pessoa física e a sociedade comercial era a pessoa jurídica; 
para que uma pessoa física fosse considerada comerciante era necessário: a 
habitualidade, a finalidade lucrativa e a exploração das atividades mercantis, 
enumeradas no regulamento 737/1850, por exemplo, compra e venda de bens móveis, 
seguros, frete marítimo, atividade bancária (atos de comércio). Assim sendo, quem não 
fosse considerada sociedade comercial, era considerada uma sociedade civil. Uma 
sociedade civil não pode realizar concordata. Esse era um problema do Código da época. 
 Assim, sempre que alguém explorava atividade econômica que o direito 
considera ato de comércio (mercancia), submetia-se às obrigações do Código Comercial. 
Todavia, na lista dos atos de comércio não se encontravam algumas atividades 
econômicas que, com o tempo, passaram a ganhar importância equivalente às de 
comércio, banco, seguro e indústria. 
 
2. Código Civil de 2002 
Teoria da empresa 
 
Com a teoria da empresa, alarga-se o âmbito de incidência do Direito Comercial, 
passando-se as atividades de prestação de serviços e ligadas à terra a se submeterem às 
mesmas normas aplicáveis às comerciais, bancárias, securitárias e industriais. 
 
ART. 2045 CC 
 
Art. 2.045. Revogam-se a Lei n
o
 3.071, de 1
o
 de janeiro de 1916 - Código Civil e a Parte Primeira do Código 
Comercial, Lei n
o
 556, de 25 de junho de 1850. 
 
Apenas a parte PRIMEIRA do Código Comercial foi revogada. A parte II: Do comércio 
marítimo ainda está em vigor. 
2.1 Empresário 
(Art. 966 CC) 
 
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a 
produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
 
Empresário  Individual (Pessoa física) 
  Coletivo (Pessoa Jurídica)- Sociedade empresária 
 
O empresário individual tem CNPJ para ter o mesmo tratamento tributário da sociedade 
empresaria. 
 
Cabe despersonalização de personalidade jurídica para empresário individual? NÃO. 
Empresário individual não tem personalidade jurídica. 
 
Conceito de Empresário: Profissionalmente e Habitualmente. 
 Exerce atividade econômica Finalidade: LUCRO! 
Atividade ORGANIZADA! 
 Para a produção ou circulação de Bens ou Serviços. 
 
Aspectos do Profissionalismo: - Empresário é aquele que HABITUALMENTE exerce 
aquela atividade. 
 - Pessoalidade. O requisito da pessoalidade explica por 
que não é o empregado considerado empresário. Enquanto que a este último, na 
condição de profissional, exerce a atividade empresarial pessoalmente, os empregados, 
quando produzem ou circulam bens ou serviços, fazem-no em nome do empregador. 
- Monopólio das informações. O empresário detém o 
monopólio das informações sobre o produto ou serviço objeto de sua empresa. Como 
empresário é um profissional, as informações sobre os bens ou serviços que oferece ao 
mercado costumam ser de seu inteiro conhecimento. 
 
Organização é a reunião dequatro fatores de produção: 
a)Mão de obra 
b)Matéria-prima 
c)Capital 
d) Tecnologia 
 
Fábio Ulhoa Coelho diz que na ausência de um dos fatores de produção não se tem mais 
organização, por isso não se tem mais empresário. 
 
Ex. Ausência de mão de obra, essa atividade não possui organização empresarial. 
 
HABITUALIDADE- FINALIDADE LUCRATIVA- ORGANIZAÇÃO. 
 
Há doutrina que entende que na ausência de mão de obra com atividade informatizada 
há sim organização empresarial. Ex: Lavanderia automatizada. 
 
Obs. Bens virtuais: Não há dúvida, na caracterização de empresário, de que o comércio 
eletrônico, em todas as suas várias manifestações, é atividade empresarial. 
 
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2.2 Não se considera empresário (Art. 966, Par. Único CC) 
Art. 966. Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza 
científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da 
profissão constituir elemento de empresa. 
 Quem exerce profissão intelectual de natureza científica(médico, advogado, 
contador), literária (escritor, jornalista) ou artística (Desenhador, cantor). Estamos 
diante do Profissional liberal. 
Ainda que tenha a ajuda de auxiliares ou colaboradores continua não sendo 
empresário, SALVO se o exercício da profissão constituir ELEMENTO DA EMPRESA. 
Clínica Médica= Cafeteria, Médicos, UTI, etc. Agora, os médicos são ELEMENTO DA 
EMPRESA. 
OBS 1. EMPRESA: Atividade econômica organizada para a produção ou circulação de 
bens e serviços. 
TITULARES DA EMPRESA: Quem explora a atividade econômica: empresário individual 
ou sociedade empresária. 
 
ESTABELECIMENTO EMRESARIAL 
 
Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por 
empresário, ou por sociedade empresária. 
 
OBS 2. O sócio de sociedade empresária, a princípio não é empresário. 
OBS 3. Pessoa jurídica explora atividade empresária: Sociedade empresária. 
 Todas as demais pessoas: Sociedade simples. 
2.3 Requisitos para ser empresário individual – Art. 972 CC 
 
Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não 
forem legalmente impedidos. 
 
Dois requisitos: - Pleno gozo da capacidade civil 
- Não ter impedimento legal 
 
MENOR. Se emancipado, pode ser empresário individual. Se não está enquadrado nas 
hipóteses de emancipação, não pode ser iniciar a atividade econômica de empresa. 
 
ART. 974 CC. Incapaz pode CONTINUAR a empresa exercida por seus pais ou pelo autor 
da herança. 
DOIS REQUISITOS: Devidamente assistido ou representado 
 Autorização Judicial 
 
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes 
exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança. § 1
o
 Nos casos deste artigo, precederá 
autorização judicial, após exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em 
continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do 
menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros. § 2
o
 Não ficam sujeitos ao resultado da 
empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo 
daquela, devendo tais fatos constar do alvará que conceder a autorização. 
 
2.4 Empresário Casado 
 
Art. 1647 CC: Se aplica ao imóvel do casal. 
 
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648
1
, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto 
no regime da separação absoluta: I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis; II - pleitear, como autor ou 
réu, acerca desses bens ou direitos; III - prestar fiança ou aval; IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de 
bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação. Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas 
aos filhos quando casarem ou estabelecerem economia separada. 
 
Art. 978 CC: Pode alienar imóveis que integrem o patrimônio da empresa, sem 
necessidade de outorga do cônjuge, não importa o regime de bens. 
 
Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, 
alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real. 
 
1.1 Obrigações do empresário 
 
a) Registro antes de iniciar a atividade. Art. 967 CC. Registro é feito na junta 
comercial. 
 
Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, 
antes do início de sua atividade. 
 
SINREM= Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis 
 DNRC= Departamento Nacional Registro de Comércio. Federal. Órgão 
normativo e fiscalizador. No âmbito técnico está subordinado ao DNRC. 
 Junta Comercial. Subordinada administrativamente ao Estado. Órgão 
executor. 
 
STF: MS contra ato contrário ao presidente da junta comercial é competência da Justiça 
Federal. 
 
EMPRESÁRIO RURAL. EXCEÇÃO AO REGISTRO OBRIGATÓRIO. ART. 971 CC. É 
facultativo o registro do empresário rural. 
Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades 
de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da 
respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a 
registro. 
O empresário rural faz registro se quiser. Mas só terá tratamento do direito empresário 
se fizer o registro na junta comercial. Se não fizer, não é considerado empresário. Logo, o 
empresário rural tem o registro constitutivo. Só vai ser empresário se tiver registro na 
junta comercial. (Enunciado 202 do Conselho da Justiça Federal). 
 
1
 Art. 1.648. Cabe ao juiz, nos casos do artigo antecedente, suprir a outorga, quando um dos cônjuges a denegue 
sem motivo justo, ou lhe seja impossível concedê-la. 
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EMPRESÁRIO COMUM. Registro é mera condição de regularidade. 
Consequências da ausência de registro: - Não poderá pedir a falência de um 3˚; 
 - Não pode pedir recuperação judicial; 
 - Não pode participar de licitação. 
 
 b) Escrituração dos livros comerciais 
 
 Livro Obrigatório comum: Art. 1180 CC. Livro Diário. O livro diário pode ser 
substituído por fichas, no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica. 
Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário, que pode ser substituído por 
fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica. 
 Princípio da escrituração dos livros comerciais. Princípio da SIGILOSIDADE. Art. 
1.190 CC. 
Art. 1.190. Ressalvados os casos previstos em lei, nenhuma autoridade, juiz ou tribunal, sob qualquer pretexto, 
poderá fazer ou ordenar diligência para verificar se o empresário ou a sociedade empresária observam, ou não, 
em seus livros e fichas, as formalidades prescritas em lei. 
Exceções a Sigilosidade: - Exibição parcial: admitida em qualquer ação judicial. 
 - Exibição total:  Em caso de sucessão; 
  Sociedade; 
 Administração ou gestão à conta de outrem; 
 Em caso de falência. 
- A sigilosidade não se aplica às autoridades fazendárias no 
exercício da fiscalização de pagamentos de imposto. 
 
Art. 1.191. O juizsó poderá autorizar a exibição integral dos livros e papéis de escrituração quando necessária 
para resolver questões relativas a sucessão, comunhão ou sociedade, administração ou gestão à conta de outrem, 
ou em caso de falência. § 1
o
 O juiz ou tribunal que conhecer de medida cautelar ou de ação pode, a requerimento 
ou de ofício, ordenar que os livros de qualquer das partes, ou de ambas, sejam examinados na presença do 
empresário ou da sociedade empresária a que pertencerem, ou de pessoas por estes nomeadas, para deles se 
extrair o que interessar à questão. § 2
o
 Achando-se os livros em outra jurisdição, nela se fará o exame, perante o 
respectivo juiz. 
 
Art. 1.193. As restrições estabelecidas neste Capítulo ao exame da escrituração, em parte ou por inteiro, não se 
aplicam às autoridades fazendárias, no exercício da fiscalização do pagamento de impostos, nos termos estritos 
das respectivas leis especiais. 
 
Consequências da ausência de escrituração: Se o empresário tiver a sentença de 
decretação de falência, ou decisão concessiva de recuperação judicial ou sentença de 
homologação de recuperação extrajudicial terá cometido crime falimentar. O crime 
falimentar é deixar de escriturar. 
 
 Lei n˚ 11.101/2005. Art. 178. Deixar de elaborar, escriturar ou autenticar, antes ou depois da sentença que 
decretar a falência, conceder a recuperação judicial ou homologar o plano de recuperação extrajudicial, os 
documentos de escrituração contábil obrigatórios: Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa, se o fato 
não constitui crime mais grave. 
 
Haverá confissão ficta se a parte não apresentar os livros? Segundo o art. 1192 CC, sim, 
mas essa presunção será relativa. 
 
Art. 1.192. Recusada a apresentação dos livros, nos casos do artigo antecedente, serão apreendidos 
judicialmente e, no do seu § 1
o
, ter-se-á como verdadeiro o alegado pela parte contrária para se provar pelos 
livros. Parágrafo único. A confissão resultante da recusa pode ser elidida por prova documental em contrário. 
 
DISPENSA DE ESCRITURAÇÃO. 
 
Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, 
mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação 
respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico. § 1
o
 Salvo o disposto no 
art. 1.180, o número e a espécie de livros ficam a critério dos interessados. § 2
o
 É dispensado das exigências 
deste artigo o pequeno empresário a que se refere o art. 970. 
 
Segundo o art. 1179, CC, o pequeno empresário está dispensado da apresentação do 
livro. Quem é o pequeno empresário? 
 
A Lei Complementar 123/06, em seu art. 68 define quem é o pequeno empresário. 
Art. 3º da LC 123/06. Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de 
pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei nº 
10.406, de 10 de janeiro de 2002, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro 
Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: I - no caso das microempresas, o empresário, a pessoa 
jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00 
(duzentos e quarenta mil reais); II - no caso das empresas de pequeno porte, o empresário, a pessoa jurídica, ou a 
ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil 
reais) e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais). 
 
ME ou EPP  Empresário individual 
  Sociedade empresaria 
  Sociedade simples 
 
Microempresa- ME- Receita bruta Anual até R$ 240.000,00. (Igual ou inferior) 
Empresa de Pequeno Porte- EPP- Receita Bruta Anual superior a R$ 240.000,00 e valor 
igual ou inferior a R$ 2.400.000,00. 
 
Art. 68 da LC 123/06. Considera-se pequeno empresário, para efeito de aplicação do disposto nos arts. 970 e 
1.179 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, o empresário individual caracterizado como microempresa na 
forma desta Lei Complementar que aufira receita bruta anual de até R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais). 
 
Logo, microempresário é aquele que é empresário individual, caracterizado como 
micro empresa, e tem receita de até R$36.000,00. 
 
OBS: A micro-empresa e a empresa de pequeno porte, com exceção da empresa 
individual com receita bruta anual de até R$ 36.000 (trinta e seis mil reais), estão 
dispensadas de ter o livro diário, sendo necessário o livro caixa. Quando o juiz decreta a 
falência do empresário, segundo o art. 104 da lei de falências, é necessária a 
apresentação de seus livros obrigatórios, sob pena de crime de desobediência. 
c) Realização de balanços 
 
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Há dois tipos de balanços no Código Civil: i) patrimonial: que vai apurar os ativos e 
passivos, art. 1188, CC2; ii) resultado econômico: que vai apurar os lucros ou as perdas, 
art. 1189, CC3. 
OBS. Art. 1194 CC. Segundo este artigo, “O empresário e a sociedade empresária são 
obrigados a conservar em boa guarda toda a escrituração, correspondência e mais papéis 
concernentes à sua atividade, enquanto não ocorrer prescrição ou decadência no tocante 
aos atos neles consignados.”. 
 
3. Estabelecimento Empresarial (art. 1142 ao 1149
4
) 
3.1 Conceito 
 
Segundo o art. 1142, CC, “Considera-se estabelecimento todo o complexo de bens 
organizado, para o exercício da empresa, por empresário, ou sociedade empresária.”. 
 
Estabelecimento empresarial é a mesma coisa que estabelecimento comercial, fundo de 
comércio e azienda. 
 
Trata-se de bens: i) corpóreos ou materiais, por exemplo, móveis, utensílios, 
mercadorias, imóvel, automóvel; ii) incorpóreos ou imateriais, por exemplo, ponto 
comercial, patente, marca. 
 
 
2
 Art. 1.188. O balanço patrimonial deverá exprimir, com fidelidade e clareza, a situação real da empresa e, 
atendidas as peculiaridades desta, bem como as disposições das leis especiais, indicará, distintamente, o ativo e o 
passivo. Parágrafo único. Lei especial disporá sobre as informações que acompanharão o balanço patrimonial, 
em caso de sociedades coligadas. 
3
 Art. 1.189. O balanço de resultado econômico, ou demonstração da conta de lucros e perdas, acompanhará o 
balanço patrimonial e dele constarão crédito e débito, na forma da lei especial. 
4 Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por 
empresário, ou por sociedade empresária. 
Art. 1.143. Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, translativos ou 
constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza. 
Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só 
produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade 
empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial. 
Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação do 
estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou 
tácito, em trinta dias a partir de sua notificação. 
Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, 
desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo deum ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento. 
Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao 
adquirente, nos cinco anos subsequentes à transferência. Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto 
do estabelecimento, a proibição prevista neste artigo persistirá durante o prazo do contrato. 
Art. 1.148. Salvo disposição em contrário, a transferência importa a sub-rogação do adquirente nos contratos 
estipulados para exploração do estabelecimento, se não tiverem caráter pessoal, podendo os terceiros rescindir o 
contrato em noventa dias a contar da publicação da transferência, se ocorrer justa causa, ressalvada, neste caso, a 
responsabilidade do alienante. 
Art. 1.149. A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido produzirá efeito em relação aos 
respectivos devedores, desde o momento da publicação da transferência, mas o devedor ficará exonerado se de 
boa-fé pagar ao cedente. 
O imóvel é elemento integrante do estabelecimento; o estabelecimento é indispensável 
para exercício da atividade empresarial. Estabelecimento é conjunto de bens 
diretamente utilizados na atividade empresarial. 
3.2 Natureza jurídica 
 
Estabelecimento comercial é sujeito de direito? Não. Sujeito de direito é o empresário, se 
pessoa física, ou a sociedade empresária, se pessoa jurídica. Estabelecimento é objeto de 
direito, art. 1143, CC. 
 
Art. 1.143. Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, translativos ou 
constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza. 
 
Se o estabelecimento é um conjunto de bens organizados, então é uma universalidade de 
fato, pois é decorrente da vontade do empresário. Universalidade de direito é aquela 
decorrente da vontade da lei, por exemplo, a herança e a massa falida. 
3.3 Trespasse e seus efeitos 
 O estabelecimento pode ser vendido (alienado). Ao ocorrer isso, o empresário 
deve fazer um contrato de trespasse. Resumindo, trespasse é o nome que se dá ao 
contrato de compra e venda de estabelecimento comercial. O contrato de trespasse 
só produzirá efeitos depois de averbado na Junta Comercial e publicado na imprensa 
oficial, art. 1144, CC. Deve ser lembrado que isso não é condição de validade do contrato; 
é somente para produzir efeitos entre terceiros. 
 
O efeito de trespasse é a transferência da titularidade do estabelecimento comercial. 
 
Trespasse é diferente de cessão de cotas. 
 
Na cessão de cotas não ocorrerá a transferência da titularidade do estabelecimento, mas 
sim a modificação do quadro social. 
3.4 Concorrência 
 O alienante pode fazer concorrência após o contrato de trespasse? Depende do 
contrato. E se o contrato de trespasse for omisso? Não. Cláusula de não estabelecimento 
implícita. Em caso de omissão do contrato, a lei em fala em cinco anos subsequentes de 
não concorrência. Mas ATENÇÃO, a lei impede a concorrência, mas NÃO que a pessoa 
continue a exercer a atividade empresarial. 
 
Art. 1147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao 
adquirente, nos cinco anos subsequentes à transferência. 
 
 
Aula 02 – 01/02/2011 
3.5 Responsabilidade do adquirente e do alienante por dívidas anteriores 
 
Responde o adquirente, desde que a dívida esteja regularmente contabilizada. 
 
Responde o alienante, de forma SOLIDÁRIA. Regra do art. 1.146 CC, prazo de 01 ano, 
conta-se a partir da dívida. 
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Dívida- Vencida: Contar um ano da data da publicação. 
  Vincenda: Conta-se da data do vencimento. 
 
Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, 
desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de 
um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento. 
 
Dívida trabalhista tem regra própria- Art. 10 e 448 do CLT 
 
CLT, Art. 10 - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus 
empregados. 
 
 CLT, Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de 
trabalho dos respectivos empregados. 
 
Dívida tributária- Art. 133 CTN 
 
CTN, Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo 
de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a 
mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou 
estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato: 
 I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade; 
 II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a 
contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão. 
 § 1
o
 O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial: (Parágrafo incluído 
pela Lcp nº 118, de 2005) 
 I – em processo de falência; (Inciso incluído pela Lcp nº 118, de 2005) 
 II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial.(Inciso incluído pela Lcp nº 
118, de 2005) 
 § 2
o
 Não se aplica o disposto no § 1
o
 deste artigo quando o adquirente for: (Parágrafo incluído pela Lcp nº 
118, de 2005) 
 I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor falido ou em 
recuperação judicial;(Inciso incluído pela Lcp nº 118, de 2005) 
 II – parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto) grau, consanguíneo ou afim, do devedor falido ou 
em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou (Inciso incluído pela Lcp nº 118, de 2005) 
 III – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de fraudar a 
sucessão tributária.(Inciso incluído pela Lcp nº 118, de 2005) 
 § 3
o
 Em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade produtiva 
isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo de falência pelo prazo de 1 (um) ano, contado da 
data de alienação, somente podendo ser utilizado para o pagamento de créditos extraconcursais ou de créditos 
que preferem ao tributário. (Parágrafo incluído pela Lcp nº 118, de 2005) 
3.6 Sub-rogação dos contratos 
 
Art. 1.148. Salvo disposição em contrário, a transferência importa a sub-rogação do adquirente nos contratos 
estipulados para exploração do estabelecimento, se não tiverem caráter pessoal, podendo os terceiros rescindir o 
contrato em noventa dias a contar da publicação da transferência, se ocorrer justa causa, ressalvada, neste caso, a 
responsabilidade do alienante. 
 
Automaticamente, todos os contratos de fornecimento serão sub-rogados para a figura 
do adquirente. 
A regra do art. 1148 NÃO SE APLICA PARA OS CONTRATOS DE LOCAÇÃO. Enunciado 
234 do Conselho da Justiça Federal. O locador terá que dá a anuência. 
 
Lei 8.245/91- Lei de locações. Art. 13 
 
Art. 13. A cessão da locação, a sublocação e o empréstimo do imóvel, total ou parcialmente, dependem do 
consentimento prévio e escrito do locador. § 1º Não se presume o consentimento pela simples demora do locador 
em manifestar formalmente a sua oposição. § 2º Desde que notificado por escrito pelo locatário, de ocorrência de 
uma dashipóteses deste artigo, o locador terá o prazo de trinta dias para manifestar formalmente a sua oposição. 
 
3.7 Aviamento 
 Potencial de lucratividade do estabelecimento. A articulação dos bens que 
compõe o estabelecimento na exploração de uma atividade econômica agregou-lhes um 
valor que o mercado reconhece e denomina aviamento. 
Quando você compra um restaurante que tem potencial de lucratividade, muito 
reconhecido em revistas, etc. Você não compra só o estabelecimento, só o conjunto de 
bens, você compra também o aviamento- o potencial de lucro que aquele restaurante 
possui. 
4. Nome Empresarial/ Nome Comercial 
4.1 Conceito 
 Nome empresarial é o elemento de identificação do empresário ou da sociedade 
empresária. 
4.2 Espécies de nome empresarial- Art. 1.155 CC 
 
Art. 1.155. Considera-se nome empresarial a firma ou a denominação adotada, de conformidade com este 
Capítulo, para o exercício de empresa. Parágrafo único. Equipara-se ao nome empresarial, para os efeitos da 
proteção da lei, a denominação das sociedades simples, associações e fundações. 
 
- Firma  Individual (Empresário Individual) 
  Social/ Razão Social 
 
-Denominação Sociedades 
 
4.3 Composição e aplicação do nome empresarial 
 
Composição da Firma Individual – Art. 1.156 CC 
Art. 1.156. O empresário opera sob firma constituída por seu nome, completo ou abreviado, aditando-lhe, se 
quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero de atividade. 
Nome civil do empresário (completo ou abreviado) 
Ex. André Barros 
 A. Barros + Designação mais precisa de sua pessoa ou do gênero da atividade 
 A. B. de Carvalho 
 
 
 FACULTATIVO! 
Ex. André Barros, O gigante. 
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Composição da Firma Social/Razão Social 
 
Nome dos Sócios 
Rogério Sanches e Renato Brasileiro 
R. Sanches e R. Brasileiro 
R. Sanches e cia. (Quando cia estive no fim, a sociedade possui outros sócios além do 
Rogério) 
 
MAS, se “CIA“ estiver no ínicio/ meio do nome empresarial, então a sociedade é uma 
SOCIEDADE ANÔNIMA. S.A. 
 
Ex. CIA Brasileira de Distribuição. 
 Porto Seguro Cia de Seguros. 
 
Preciso colocar o ramo da atividade na firma social? NÃO. É facultativo. 
Composição da Denominação 
 
Tem na sua composição frases, palavras, expressões, termos, etc. 
 
Ex. Pingo de ouro, Secos e Molhados, Radar. 
 
A denominação é OBRIGATÓRIO o ramo de atividade. 
 
SOCIEDADE- Quando usar firma social ou denominação? 
 
REGRA GERAL PARA FIRMA SOCIAL. Só se aplica para Sociedade que possui sócio com 
responsabilidade ilimitada. 
Ex. Sociedade em nome coletivo- Todos os sócios tem responsabilidade ilimitada. Logo, 
é firma Social. 
 
REGRA GERAL PARA DENOMINAÇÃO. Sempre que a sociedade possuir sócios com 
responsabilidade limitada. 
Ex. Sociedade Anônima (Só tem denominação) e Sociedade Limitada. 
 
EXCEÇÕES: A) Sociedade em Comandita por Ações. Pode ter tanto firma social, como 
denominação. 
 B) Sociedade Limitada. Pela regra geral só poderia ter denominação. Mas o 
art. 1.158 do CC dá há possibilidade de ter firma social. 
 
Art. 1.158. Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação, integradas pela palavra final "limitada" ou a 
sua abreviatura. § 1
o
 A firma será composta com o nome de um ou mais sócios, desde que pessoas físicas, de 
modo indicativo da relação social. § 2
o
 A denominação deve designar o objeto da sociedade, sendo permitido 
nela figurar o nome de um ou mais sócios. § 3
o
 A omissão da palavra "limitada" determina a responsabilidade 
solidária e ilimitada dos administradores que assim empregarem a firma ou a denominação da sociedade. 
 
OBS: EXCEPCIONALMENTE se admite nome civil de sócio na denominação como forma 
de homenagem/honraria para o sócio que contribuiu com o sucesso da sociedade. 
 
Ex. Empório Santa Terezinha LTDA- Denominação

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