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CARTILHA PRATICA ABUSIVA

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CURSO: Direito PERÍODO: 8º A 
DISCIPLINA: Direitos Difusos e Coletivos 
PROFESSORA: Patrícia Ximenes 
ALUNOS: Débora Albuquerque Duarte da Silva – Matrícula 17105025 
Francisco de Assis Castro Santana – Matricula 17105083 
Irani Lima de Andrade Alencar – Matricula 17105023 
Joel Ribeiro de Oliveira Sousa – Matrícula 17105096 
Jonh David Corrêa Silva Pessoa – Matricula 17105085 
Layane Noleto dos Santos – Matrícula 17105298 
Laisa Silva Barbos – Matricula 17105151 
Maria de Nazaré Cunha Alencar – Matrícula 17105306 
 
 
CARTILHA INFORMATIVA 
 
Cláusulas Abusivas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Plantão em foco. com.br diz 
 
NOVEMBRO/2020 
 
 
INTRODUÇÃO 
Antigamente não existia uma lei que protegesse as 
pessoas que comprassem um produto ou contratassem 
qualquer serviço. Se você comprasse um produto estragado, 
ficava por isso mesmo. Se o vendedor quisesse trocar, 
trocava, mas se não quisesse trocar, você ficava no prejuízo 
e não tinha a quem recorrer. 
Em março de 1991 entrou em vigor a Lei nº 
8.078/90, que é mais conhecida como Código de Defesa do 
Consumidor. Esta lei veio com toda a força para proteger as 
pessoas que fazem compras ou contratam algum serviço. 
O objetivo desta cartilha é informar de maneira 
simples especificamente sobre Cláusulas abusivas, para 
que os consumidores entendam o que são e como se 
defenderem caso, sintam se lesados. 
 
 
 
 
O contrato pode ser até bem explicado. Mas, ainda 
assim, é preciso ficar atento às cláusulas abusivas. 
 Saiba mais 
Você contratou um serviço. Mesmo depois de ter 
lido o contrato inteiro, tempos depois teve algum problema. 
Pode ser que tenha se deparado com alguma cláusula 
abusiva. 
Mas, afinal, o que é isso? É preciso compreender 
do que se trata, para que nem o consumidor seja 
prejudicado, nem as empresas cometam erros em contratos. 
 
“No CDC tem um artigo específico (artigo 51) que trata 
de cláusulas abusivas. 
 São aquelas que estão no contrato, mas que podem ser 
nulas porque colocam o consumidor numa situação de 
desvantagem. 
Como a lei parte do pressuposto que o consumidor é 
vulnerável, mesmo se ele leu o contrato, se a cláusula for 
abusiva, ela não pode ser exigida pela empresa. 
Para entender o artigo 51 do código de defesa do consumidor 
(CDC) é preciso primeiro compreender que em uma relação 
de consumo, em que estão presentes de um lado o 
consumidor e do outro o fornecedor, existem contratos 
denominados de adesão, em que este impõe regras e aquele 
as aceita. 
Sabendo disso, é fácil imaginar que vão existir abusos 
daquele que é o responsável por elaborar o respectivo 
contrato. 
Logo, a legislação, nesse caso o CDC, é o responsável por 
determinar regras para limitar os abusos cometidos nesses 
contratos. 
Confira abaixo o qu CDC - Lei nº 8.078 de 11 de Setembro de 1990 
Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. 
 
O caput do artigo 51 determina que são nulas as cláusulas 
contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços 
que se encaixem em qualquer das causas elencadas no incisos 
mencionados a seguir. 
Impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do 
fornecedor. 
 
O primeiro deles faz referência a impossibilidade da existência de cláusula que limite ou exonere a 
responsabilidade do fornecedor. Isso se dá pelo fato das normas de defesa do consumidor serem 
de ordem pública e interesse social. 
 
Logo, uma vez que colocado o produto ou serviço no mercado, caberá ao fornecedor a 
responsabilização por este. 
 
Subtraiam ao consumidor a opção do reembolso da 
quantia já paga, nos casos previstos no CDC 
Uma vez previsto na lei consumerista a possibilidade de 
reembolso ao consumidor, caberá ao fornecedor atender a 
essa exigência legal, ou seja, não poderá uma cláusula 
contratual subtrair determinação legal de reembolso. 
 
Um clássico exemplo é o que diz o artigo 49 do CDC, 
em que o direito ao arrependimento dá ao consumidor a 
opção de reembolso de compra efetuada dentro do prazo 
de 7 dias, desde que realizada fora do ambiente comercial. 
 
Cláusulas que transfiram responsabilidades a 
terceiros 
O inciso III determina que é estritamente proibido que 
o fornecedor isente-se da responsabilidade 
transmitindo-a a terceiros. 
 
Estabeleçam obrigações iníquas, abusivas, que coloquem 
o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam 
incompatíveis com a boa-fé ou a equidade 
A fim de cumprir o princípio da equidade, fica estritamente 
proibido que determinada cláusula contratual desestabilize 
essa relação entre consumidor e fornecedor, essa é a 
determinação imposta no inciso IV. 
 Fonte: Tinelliferrarini.com.br 
Estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo ao consumidor 
Percebe-se que a parte mais fragilizada em uma relação de consumo sempre será o consumidor. 
Desse modo, a lei determina a proteção do mesmo impedindo que o fornecedor estabeleça, através 
de uma cláusula específica, a inversão, ou a necessidade do consumidor de provar algo em juízo. 
 
Determinem a utilização compulsória da 
arbitragem 
De acordo com esse inciso, fica estritamente proibido 
a obrigação da imposição da arbitragem em contrato 
de consumo, sem a anuência e concordância das 
partes, salvo se realizado por duas pessoa jurídicas e 
ambas estejam de acordo com essa determinação. 
 
Fonte: Inss.net 
Imponham representante para concluir ou realizar outro negócio jurídico pelo consumidor 
Aqui, busca-se a proteção da vontade individual do consumidor. 
Logo, a imposição de determinada cláusula impondo que alguém conclua ou realize negócio por ele, 
pode acabar por viciar o negócio a ser realizado. 
 
Deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o contrato, embora obrigando o 
consumidor 
O direito de concluir ou não o contrato é do consumidor, uma vez que este será o responsável pelas 
obrigações impostas, não há que se falar na opção do fornecedor escolher a conclusão deste. 
 
 
 
Permitir ao fornecedor, direta ou indiretamente, 
variação do preço de maneira unilateral 
Aqui busca-se novamente o equilíbrio da relação de 
consumo, de modo que se proíbam cláusulas de variação de 
preços de maneira unilateral, pelo fornecedor, de modo que 
acabe resultando em prejuízo na relação. 
 
Autorização do contrato por parte do fornecedor, sem 
que igual direito seja conferido ao consumidor 
A todo instante a lei busca acabar com as desigualdades 
presentes nas relações entre fornecedor e consumidor e 
esse inciso representa bem essa vontade, uma vez que 
somente é possível cancelar contrato com o consentimento 
de ambas as partes. 
 
Obriguem o consumidor a ressarcir os custos de cobrança de sua obrigação, sem que igual 
direito lhe seja conferido contra o fornecedor 
Cláusulas contratuais que estipulem o ressarcimento para apenas um dos lados, gera um 
consequente desequilíbrio contratual, o que não é desejado e é combatido pelo CDC. 
 
Autorizem o fornecedor a modificar unilateralmente o conteúdo ou a qualidade do contrato, 
após a sua celebração 
Uma vez celebrado entre as partes, não cabe ao fornecedor a modificação do contrato de forma 
unilateral. Essa é a regra disposta no inciso XIII do CDC, evitando-se assim um possível 
desequilíbrio na relação entre as partes, após a celebração daquele. 
 
Infrinjam ou possibilitem a violação de normas 
ambientais 
Um meio ambiente equilibrado, assim como a 
defesa do consumidor, são direitos de todos os 
brasileiros. Dito isto, se determinada cláusula de 
um contrato estabelecer ou infringir de alguma 
forma o meio ambiente e a legislação ambiental 
imposta, essa cláusula não terá validade. 
 
XVI - possibilitem a renúncia do direito de 
indenizaçãopor benfeitorias necessárias. 
§ 1º Presume-se exagerada, entre outros casos, a 
vantagem que: 
I - ofende os princípios fundamentais do sistema 
jurídico a que pertence; 
II - restringe direitos ou obrigações fundamentais 
inerentes à natureza do contrato, de tal modo a 
ameaçar seu objeto ou equilíbrio contratual; 
III - se mostra excessivamente onerosa para o consumidor, considerando-se a natureza e conteúdo 
do contrato, o interesse das partes e outras circunstâncias peculiares ao caso. 
 
§ 2º A nulidade de uma cláusula contratual abusiva não invalida o contrato, exceto quando de 
sua ausência, apesar dos esforços de integração, decorrer ônus excessivo a qualquer das partes. 
§ 3° (Vetado). 
 
§ 4º É facultado a qualquer consumidor ou entidade que o represente requerer ao 
Ministério Público que ajuíze a competente ação para ser declarada a nulidade de cláusula 
contratual que contrarie o disposto neste código ou de qualquer forma não assegure o justo 
equilíbrio entre direitos e obrigações das partes 
 
 
 
Agradecimentos 
 
Muito Obrigada querido leitor, esperamos que sua experiência ao ler essa cartilha 
tenha sido esclarecedora, até uma próxima oportunidades, abraços!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
 
 
https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-98/clausulas-contratuais-abusivas-
nos-contratos-de-consumo/ 
Acesso em 09/11/2020. 
 
https://www.consumidormoderno.com.br/2016/04/07/clausulas-abusivas-
entenda-o-que-sao-e-como-se-defender/ 
Acesso em 09/11/2020. 
 
Imagens: 
https://www.google.com/search?q=clausulas+abusivas+&source=lnms&tbm=isch&
sa=X&ved=2ahUKEwikoM_UPXsAhXTLLkGHbovAtUQ_AUoAnoECAsQBA&biw=1280&bih
=841 
 
http://www.andradeemarcon.com.br/web/index.php/menunews/124-clausula-
abusiva-garante-a-consumidor-devolucao-de-valor-pago 
 
 
https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/direito-
facil/edicao-semanal/clausulas-abusivas-ao-consumidor-sao-nulas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-98/clausulas-contratuais-abusivas-nos-contratos-de-consumo/
https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-98/clausulas-contratuais-abusivas-nos-contratos-de-consumo/
https://www.consumidormoderno.com.br/2016/04/07/clausulas-abusivas-entenda-o-que-sao-e-como-se-defender/
https://www.consumidormoderno.com.br/2016/04/07/clausulas-abusivas-entenda-o-que-sao-e-como-se-defender/
https://www.google.com/search?q=clausulas+abusivas+&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwikoM_UPXsAhXTLLkGHbovAtUQ_AUoAnoECAsQBA&biw=1280&bih=841
https://www.google.com/search?q=clausulas+abusivas+&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwikoM_UPXsAhXTLLkGHbovAtUQ_AUoAnoECAsQBA&biw=1280&bih=841
https://www.google.com/search?q=clausulas+abusivas+&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwikoM_UPXsAhXTLLkGHbovAtUQ_AUoAnoECAsQBA&biw=1280&bih=841
http://www.andradeemarcon.com.br/web/index.php/menunews/124-clausula-abusiva-garante-a-consumidor-devolucao-de-valor-pago
http://www.andradeemarcon.com.br/web/index.php/menunews/124-clausula-abusiva-garante-a-consumidor-devolucao-de-valor-pago
https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/direito-facil/edicao-semanal/clausulas-abusivas-ao-consumidor-sao-nulas
https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/direito-facil/edicao-semanal/clausulas-abusivas-ao-consumidor-sao-nulas

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