Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Controle de Constitucionalidade - Princípios da Inconstitucionalidade · Supremacia da Constituição: Hierarquia das normas, onde, localizada no topo temos a Constituição Federal e abaixo dela temos as normas infraconstitucionais, as quais, subordinadas à constituição. · Subordinação Formal: O processo legislativo par a elaboração de qualquer norma tem que partir da análise do que é previsto pela constituição. · Subordinação Material: O conteúdo das normas tem que estar em harmonia com a constituição. · Rigidez Constitucional: Toda vez que quiser alterar o texto da constituição, terá que ser feita uma outra norma mais rígida, técnica e complexa em relação às normas ordinárias. Ainda assim, a “nova norma” será subordinada à constituição. - Tal emenda só será constitucional se ela for feita respeitando todos limites propostos na constituição: Limites formais do processo, materiais ou de impossibilidade de suprimir as cláusulas pétreas, limites de estado, ou seja, a impossibilidade de alterar a constituição em alguns estados, dentre outros. · Neste caso, a norma subsequente não revogará a constituição, que por sua vez é o topo dos ordenamentos jurídicos. · No Brasil os procedimentos das Emendas Constitucionais servem para alterar a norma fundamental. - Bloco de constitucionalidade · Art. 3º - Todos os atos normativos devem estar em conformidade com a constituição. · Tais atos estão subordinados formal, procedimental e substancialmente ao parâmetro constitucional. · Qual o estalão normativo que deve controlar a conformidade dos atos normativos?Apenas olhar a constituição. I. Visão positivista: Considera-se apenas a constituição ou as leis de valor constitucional formal.Além das normas e princípios constantes das leis, também engloba os princípios reclamados pelo espírito ou pelos valores que informam a ordem constitucional. II. O parâmetro é a ordem constitucional global, não somente as normas e princípios escritos nas leis constitucionais, mas também os não escritos. Ex: “esta lei é inconstitucional pois viola o princípio da proporcionalidade” · Apesar do princípio da proporcionalidade não estar na constituição, ele faz parte de todos os princípios/valores globais que informam a constituição. - Inconstitucionalidade · Ocorrerá toda vez que uma norma ou um ato violar a constituição ou for contra ela. A inconstitucionalidade pode se dar por: · Omissão · Total; · Parcial. · Ação · Formal: Orgânica, propriamente dita, por violação, pressupostos objetivos. · Material: Conteúdo incompatível. · Inconstitucionalidade por omissão · Normas de eficácia plena e aplicabilidade imediata: não admitem restrição; · Normas de eficácia contida e aplicabilidade imediata: admitem restrição; · Normas de eficácia limitada e aplicabilidade mediata: é uma norma de eficácia e constitucional, quando há um comando do legislador e não uma recomendação. · Quando o legislador não torna essa norma efetiva ele está indo contra a constituição por omissão, por não ter feito nada. · Omissão total: quando nada é feito. Ex: Art. 7º/27 – direito dos trabalhadores urbanos e rurais da proteção em face da automação nos termos da lei. Tal proteção até hoje não foi criada, portanto, é uma inconstitucionalidade por omissão total. · Omissão parcial: quando somente parte do comando é atendido. Ex: Art. 7º/ VII – direito ao salário mínimo para subsistência em várias faces. O valor fixado para o salário mínimo não atende integralmente o que a lei estabeleceu. Desta forma, há um ato de inconstitucionalidade por omissão parcial. · Inconstitucionalidade por ação · Material: Também chamada de Substancial e ocorre quando o conteúdo da norma vai contra a constituição. Ex: A constituição diz que é permitida a reunião em locais públicos sem a necessidade de autorização, desde que seja pacífico e sem armas e com aviso prévio. Suponhamos que surja uma lei proibindo a reunião em espaços públicos, esta será completamente inconstitucional. · Formal: Diz respeito ao processo legislativo da norma, podendo ser: · Propriamente dita: por descumprimento de pressupostos constitucionais. Nesse caso eu tenho que pensar no processo legislativo previsto para cada espécie normativa. Se em algum momento houver a violação do processo previsto, esta lei é inconstitucional. · Orgânica: Quando quem produziu a norma não tinha competência constitucional suficiente para isso. (Art. 21º/22º/30º/25º)Não há hierarquia nesse caso! Ex: uma norma foi legislada pela união e o ente competente seria o Estado, essa norma é inconstitucional orgânica. (O órgão que produziu a norma não era constitucionalmente competente) · Por violação de pressupostos objetivos: Algumas espécies normativas que o constituinte estabeleceu algum pressuposto. Ex: Art. 62º - A medida provisória só pode ser feita em casos de relevância ou urgência, se não for um desses casos a medida passa a ser inconstitucional. Desta forma, a câmara e o senado antes de analisar o mérito da medida têm que observar o cumprimento dos pressupostos constitucionais. Ex: Art.18º/3/4 – Criação de estados e municípios: para tanto, necessito de uma aprovação por plebiscito da população dos estados e preciso da oitiva das assembleias legislativas.
Compartilhar