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Doença de alzheimer

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Ivina Marcella C. Santos 
	
 Doença de Alzheimer- parte 2
 
 
 
Quadro Clínico 
A	DA	se	inicia,	frequentemente,	após	os	60	anos	de	
idade,	apesar	de	raros	casos	descritos	em	pessoas	
com	até	30	anos	de	idade.	De	forma	simplificada,	a	
sintomatologia	da	demência	da	DA	pode	ser	descrita	
utilizando-se	um	modelo	de	3	estágios	de	Cummings	e	
Benson
Fase Inicial 
• É	caracterizada	por	sintomas	vagos	e	difusos,	
que	se	desenvolvem	insidiosamente.
• Dura		em	média,	de	2	a	3	anos 
• O	comprometimento	da	memória	é,	em	geral,	
o	sintoma	mais	proeminente	e	precoce,	
principalmente	de	memória	declarativa	
episódica. 
• Os	déficits	de	memória	de	evocação	nas	fases	
iniciais	dizem	respeito	principalmente	à	
dificuldade	para 
-	Recordar	datas;	
-	Compromissos;	
-	Nomes	familiares		
-	Fatos	recentes	
e	podem	vir	acompanhadas	de	anosgnosia	
(incapacidade	para	reconhecer	o	estado	de	
doença) 
Fase Intermediária 
• Duração	varia	entre	2	e	10	anos. 
• é	caracterizada	por	deterioração	mais	
acentuada	dos	déficits	de	memória	e	pelo	
aparecimento	de	sintomas	focais,	que	incluem	
afasia,	apraxia,	agnosia,	alterações	
visuoespaciais	e	visuoconstrutivas 
• Com	o	progredir	do	declínio	cognitivo,	a	
capacidade	de	aprendizado	fica	seriamente	
alterada,	e	a	memória	remota	é	também	
comprometida 
• Nessa	fase	também	podem	ocorrer	sintomas	
motores	extrapiramidais,	com	a	alteração	da	
postura	e	da	marcha. 
• Podem	ocorrer	sintomas	psicológicos	e	de	
comportamento	(BPSD)	como: 
-	Agitação;	
-	Perambulação;	
-	Agressividade;	
-	Os	questionamentos	repetidos;	
-	As	reações	catastróficas;		
-	Os	distúrbios	do	sono		
-	“síndrome	do	entardecer”		
Os	sintomas	“psicológicos”,	tais	como	
	-	Apatia	
-	Ansiedade	
-	Depressão	
-	Ideias	delirantes	
-	Alucinações	–	sobretudo	as	visuais	
-	Erros	de	identificação	(p.	ex.,	considerando	pessoas	
familiares	desconhecidas	e	viceversa)	
-Ideias	paranoides,	principalmente	persecutórias	(p.	
ex.,	acreditar	que	foi	roubado)	
Também	são	frequentes.	
Fase avançada 
• Com	duração	média	de	8	a	12	anos 
• todas	as	funções	cognitivas	estão	gravemente	
comprometidas,	havendo,	até	mesmo,	
dificuldades	para	reconhecer	faces	e	espaços	
familiares. 
• Devido	à	perda	total	da	capacidade	para	
realizar	atividades	da	vida	diária,	os	pacientes	
tornam-se	totalmente	dependentes. 
• 	As	alterações	de	linguagem	agravam-se	
progressivamente,	ficando	evidentes	as	
dificuldades	para	falar	sentenças	completas	e	
compreender	comandos	simples 
• Quando	há	redução	drástica	da	fluência,	os	
pacientes	passam	a	comunicar-se	somente	
por	meio	de	ecolalias,	sons	incompreensíveis		
até	alcançarem	o	mutismo. 
• Ficam	acamados,	com	incontinência	urinária	e	
fecal.	 
• A	morte	sobrevém,	em	geral,	como	
complicação	da	síndrome	de	imobilismo	em	
decorrência	de	septicemia	causada	por	
pneumonia,	infecção	urinária	e	úlceras	de	
pressão. 
 
 
 
 
Diagnóstico 
Para	o	estabelecimento	do	diagnóstico	da	DA,	o	
primeiro	passo	é	a	confirmação	da	demência	e	a	
realização	de	um	rastreamento	inicial	para	exclusão	
de	de	outras	causas	para	os	sintomas	presentes,	esse	
rastreamento	inclui;	
• 	avaliação	de	depressão		
• 	exames	de	laboratório	com	ênfase	especial	
na	função	da	tireoide	e	níveis	séricos	de	
vitamina	B12.		
	
Características Depressão Demência 
Duração	dos	sintomas	
até	a	primeira	
consulta 
Curta Longa 
Esforço	para	executar	
tarefas 
Pequeno Grande 
Queixas	de	perda	
cognitiva 
Enfatizadas Minimizadas 
Descrição	do	paciente	
de	sua	perda	cognitiva	
Detalhada Vaga 
Deterioração	da	
capacidade	para	
atividades	sociais 
Precoce	 Tardia 
Respostas	como	“não	
sei” 
Usuais Pouco	
usuais 
Respostas	como	
“quase	certo” 
Pouco	
usuais 
Usuais 
Características	clínicas	das	queixas	cognitivas	na	
depressão	e	na	demência.	
	
Assegurados	os	requisitos	mínimos	para	o	diagnóstico	
de	demência,	o	segundo	passo	é	identificar	os	déficits	
cognitivos	e	não	cognitivos	presentes	e	correlacioná-
los	às	características	clínicas	típicas	potencialmente	
associadas	à	DA,	ao	desempenho	na	avaliação	
cognitiva	e	aos	resultados	dos	exames	laboratoriais	e	
de	neuroimagem.	Com	isso,	busca-se	firmar	o	
diagnóstico	da	DA	provável,	considerando-se	a	
inexistência	de	alterações	patognomônicas	clínicas,	
laboratoriais	ou	radiológicas	da	DA	que	possibilitem	
firmar	em	vida	o	diagnóstico	definitivo	da	DA.		
 
Critérios para diagnóstico de doença de Alzheimer 
segundo NINCDS-ADRDA 
Provável 
• Demência	comprovada	por	meio	de	exame	
clínico	e	documenta	da	pelo	MEEM,	escala	de	
demência	de	Blessed	,ou	similar	,e	confirmada	
por	testes	neuropsicológicos 
• Déficits	cognitivos	evidentes	em	2	ou	mais	
áreas	de	cognição 
• Piora	progressiva	dos	déficits	de	memória	e	
demais	funções	cognitivas 
• Ausência	de	rebaixamento	de	consciência	 
• Início	dos	sintomas	entre	as	idades	de	40	e	90	
anos,	mais	frequentemente	após	os	65	anos	
de	idade 
• Ausência	de	doenças	sistêmicas	ou	cerebrais	
que	possam	explicar	os	déficits	observados	 
O diagnóstico de provável é reforçado por 
• Deteroiração	progressiva	das	funções	
cognitivas	(afasia,	apraxia,agnosia) 
• Comprometimento	das	atividades	
cotidianas,	alteração	do	padrão	
comportamental 
• História	fa,iliar	de	doenças	semelhantes	
na	família 
• Exame	do	líquido	cefalorraquidiano	por	
intermédio	de	punção	lombar	é	normal	 
• Alterações	inespecíficas	do	
eletroencefalograma	 
• Evidência	de	atrofia	cortical	progressiva	
na	tomografia	cerebral. 
São consistentes com o diagnóstico de 
“provável” 
• Associação	com	sintomas	depressivos,	
insônia,	incontinência,	delírios,	
alucinações,	reações	catastróficas,	
transtornos	sexuais,	perda	de	peso	e	
outras	anormalidades	neurológicas	(	
transtornos	de	marcha) 
• Imagens	tomográficas	cerebrais	normais	
para	a	idade	 
• Convulsões	em	casos	mais	avançados	 
Processo de investigação 
História 
É	importante	inquirir	sobre		
• 	relação	dos	medicamentos	em	uso,	prescritos	
ou	não; 
• 	condições	clínicas	associadas	–	
“comorbidades”	–; 
• hábitos	dietéticos,	história	de	alcoolismo	e	
intoxicações; 
• doenças	sistêmicas	e	neurológicas	prévias.	 
• A	história	familial	positiva	para	demências	 
• A	presença	dos	fatores	de	risco	para	doença	
cerebrovascular	devem	também	ser	
exploradas. 
Sempre	que	possível,	é	interessante	confrontar	as	
informações	obtidas	com	o	paciente	com	o	relato	
de	um	informante	confiável.	
	Deve-se	avaliar	a	magnitude	da	interferência	dos	
déficits	apresentados	nas	atividades	pessoais,	
sociais	e	ocupacionais	do	paciente.	Informações	
sobre	a	personalidade	prévia,	o	nível	educacional,	
os	passatempos	e	os	históricos	ocupacional	e	
social	podem	servir	não	somente	como	auxílio	
importante	para	o	diagnóstico,	mas	também	para	
estimar	o	impacto	da	doença	sobre	o	paciente	e	
para	facilitar	a	elaboração	do	plano	de	
reabilitação	mais	adequado.	
Exames físico e neurológico 
As	alterações	encontradas	nos	exames	físico	e	
neurológico	são	frequentemente	insuficientes	
para	o	diagnóstico	da	DA	
Por	isso,	é	fundamental	correlacionar	essas	
alterações	com	os	dados	clínicos	e	exames	
complementares.	
O	exame	neurológico,	em	geral,	é	normal,	exceto	
nas	fases	mais	avançadas	da	doença,	quando	
podem	ser	observados	sinais	extrapiramidais	
(rigidez,	alterações	posturais	e	da	marcha),	
mioclonias	e	reflexos	primitivos.	
	
Avaliação do estado mental 
A	avaliação	do	estado	mental	é	imprescindível	em	
todos	os	pacientes	com	suspeita	de	déficits	cognitivos,	
suscitada	a	partir	das	preocupações	do	paciente	ou	de	
familiares	ou	da	desconfiança	durante	a	consulta	
médica.	
O	Miniexame	do	Estado	Mental	(MEEM) 
ORIENTAÇÃO	TEMPORAL	(	ANO,DIA	DA	SEMANA,	DIA	
DO	MÊS)	
Espacial	-	onde	estamos	(CIDADE,	PAIS,	RUA,	ANDA)	
REGISTRO	
Dizer	três	palavras:	PENTE	RUA	AZUL	
Solicitar	ao	paciente	que	preste	atenção	pois	terá	que	
repetir	as	palavras	mais	tarde	
ATENÇÃO	E	CÁLCULO		
Peça	que	o	paciente	faça	subtrações	seriadas.	Se	errarna	primeira	ou	na	segunda	tentativa,	peça	para	
soletrar	
EVOCAÇÃO	
Perguntar	pelas	3	palavras	anteriores	(Pente,	rua,	
azul).	
LINGUAGEM	
Mostre	um	relógio	e	uma	caneta	e	peça	para	nomear.	
*Solicite	que	o	paciente	escreva	uma	frase	(um	
pensamento,	ideia	completa)	
VISUOESPACIAL	
Copiar	o	desenho	
	
	
Considerando-se	que	o	diagnóstico	de	demência	não	
pode	ser	baseado	exclusivamente	no	resultado	de	um	
único	teste,	como	o	MEEM	ou	qualquer	outro,	é	
aconselhável	a	realização	rotineira	de	testes	
complementares	para	aumentar	a	precisão	da	
avaliação	cognitiva	
O teste do relógio		
 dá	à	pessoa	que	está	sendo	testada	um	pedaço	de	
papel	com	um	círculo	pré-desenhado	e	pede	que	ele	
desenhe	os	números	no	relógio.	Ela	então	diz	a	ele	
para	desenhar	as	mãos	para	mostrar	um	horário	
específico.	Existem	várias	ocasiões	em	que	as	pessoas	
que	administram	esse	teste	podem	usar,	mas	muitas	
optam	por	10	minutos	após	as	11. 
Pontuação 
• Desenho do círculo correto: 1 ponto	
• 	 Números na posição correta: 1 ponto	
• 	 Incluiu todos os 12 números: 1 ponto.	
• 	 Os ponteiros estão na posição correta: 1 
ponto.	
O teste de fluência verbal 
O teste consiste em pedir para uma pessoa citar 
um número de coisas muito comuns, como 10 
nomes de animais. 
 
PSIUUU!!	Além	dos	testes	cognitivos,	existem	vários	
questionários	de	avaliação,	dirigidos	aos	familiares	e	
aos	cuidadores	confiáveis,	bastante	interessantes,	
pois	suas	aplicações	independem	da	consulta	médica	
e,	portanto,	não	prolongam	a	sua	duração

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