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OTORRINOLARINGOLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA LARINGITES Processos inflamatórios da mucosa laríngea. Classificação: o Aguda: Mais comum em crianças. Época que surge mais complicações. Benignas, sintomas típicos de IVAS. Duração média: 8 dias. Autolimitadas. Na maioria das vezes viral. Podem ser graves e por vezes até letais por insuficiência respiratória – especialmente na pediatria. Crianças: Dispneia. Adultos: Disfonia. o Crônica. Diferenças entre a laringe adulto e criança: o Anatômicas: Predomínio de fibras musculares tipo 2 (contração rápida) no RN, surgimento precoce de laringoespasmo (toda a região da suplaglote fecha completamente impedindo a passagem de ar para VAS – emergência), enquanto no adulto predominam fibras tipo 1 (contração lenta). o Criança: Epiglote desproporcionalmente maior que o restante da laringe, maior riqueza de tecido linfoide, tecido frouxo submucoso, facilita instalação de edema importante, causando maior repercussão em uma via aérea de tamanho tão reduzido. Avaliação: o Anamnese detalhada. o Laringoscopia: Rígida/flexível. o Ausculta pulmonar: Devido ao estreitamento da laringe- Estridores laríngeos (ruído inspiratório). o RX pescoço obstrução de via aérea. o Tomografia: Avaliar edema de partes moles adjacentes, comprometimento de cartilagens e adenopatia cervical. Em algumas situações ocorre abcesso cervical. Tipos: 1. Laringotraqueobronquite: Laringotraqueite, crupe viral). 2. Supraglotite: Epiglotite. 3. Laringite estridulosa: Crupe espasmódico ou falso crupe. 4. Laringotraqueíte bacteriana: Crupe membranoso, traqueite bacteriana e laringotraqueobronquite membranosa. LARINGOTRAQUEOBRONQUITE (CRUPE VIRAL) Condição inflamatória que compromete laringe, traqueia e brônquios. Crianças entre 6 meses e 3 anos: Ampla faixa etária. Diagnóstico diferencial de crianças com bronquiolite. Sexo masculino (2:1). Período de incubação: 2 a 6 dias. Maior incidência outono e inverno: Sujeição de aglomeração de pessoas. Local de ocorrência: Subglote, porque estreita rapidamente a VA do paciente, sendo os sintomas respiratórios mais importantes. Sintomas: o Início como IVAS: Congestão nasal e rinorréia. o Tosse rouca, intensa e persistente: Tosse de cachorro. o Disfonia. LARINGOESPASMO: Emergência – intubação orotraqueal. Diagnóstico diferencial de criança são os estridores laríngeos. A maioria dos ruídos são expiratórios. OTORRINOLARINGOLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA o Febre. o Estridor: Em crianças maiores que já falam. o Dispneia. Agente etiológico: o Paramixovírus (80% dos casos): Parainfluenza I (50 a 70%), II e III. Outros: o Adenovírus. o Varicela. o Rinovírus. o Coxsackie. o Herpes simples. o Enterovirus. o Influenza tipo A e B. Pode evoluir de uma crupe viral para laringotraqueobronquite contaminação secundária por bactéria: o Staphylococcus aureus. o Streptococcus pyogenes. Fungos: Raro – imunodeficiência. É a causa mais comum de estridor agudo na criança. Tirando a laringomalácea que é uma malformação. Diagnóstico: Achados clínicos. o RX simples: Sinal da torre da igreja – estreitamento na região subglótica e depois a VA normal. o Hemograma: Leucocitose sem desvio. Terapêutica: Leve- repouso, sintomáticos (Se dor- medica, se febre- medica), repouso vocal, inalação (solução salina para fluidificar bastante as secreções), expectorantes (não existe evidências que realmente serve). o Moderada: Criança que chega taquidispneica, porém orientada, consciente- Inalação com adrenalina (potente vasoconstrictor, então vai diminuir a congestão mucosa e melhorar a função respiratória). o Grave: Pacientes que estão evoluindo com queda do estado de consciência, confusão mental, taquidispneia importante- Internação hospitalar- corticosteroides, monitorização do paciente, estado neurológico, melhor momento para intubação. Melhor forma de fluidificar secreção é água. Na imagem: o 1 Laringoscopia normal: Pedaço da epiglote, bandas ventriculares, vestíbulo de morgagni, pregas vocais, cartilagens aritenóides, região posterior da laringe, prega interaritenoidea, prega ariepiglótica, cartilagem cricoidea, visão primeiros anéis traqueais. o 2 Laringoscopia crupe viral: Vermelho é a prega vocal do paciente, azul é o edema da cricoide. Dificuldade de intubação nesse paciente. Necessidade de antecipação dessa situação, intubar antes. Cartilagem cricoidea ainda faz parte da laringe e forma a região subglótica. A cartilagem cricoide é um anel completo e por isso ela é indistensível, então todo o edema nessa região é um edema mais importante, porque estreita mais rapidamente a VA do paciente. OTORRINOLARINGOLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA EPIGLOTITE (SUPRAGLOTITE) Inflamação aguda da supraglote, mais especificamente prega vestibular, face lingual de epiglote (bem maior na criança) e pregas ariepiglóticas. 2 a 7 anos. Agente etiológico: o Haemophilus influenzae tipo B. o Menos comum: Streptococcus penumoniae, Staphylococcus aureus, Pseudomonas, Neisseria, Klebsiella pneumoniae, Candida ou atem mesmo vírus. Causas não infecciosas: Trauma direto, agressão térmica, agentes cáusticos, inalação de fumaça, cocaína e crack. Quadro clínico: o Dor de garganta, odinofagia, disfagia, babacão intensa, desidratação, febre, letargia, dispneia ao deitar: Piora ao deitar porque quando deita a epiglote fica por cima da glote. Paciente assume a Posição de tripé – hiperextensão do pescoço, boca aberta, língua para frente para tentar trazer o conteúdo da laringe para cima e para frente para conseguir respirar melhor. o Sintomas tendem a piorar entre 4 a 8h (doença agressiva), levando a angústia respiratória, voz abafada (hot potato voice – HPV, como se tivesse batata quente na boca), estridor inspiratório tardio. Diagnóstico: Anamnese, inspeção de estruturas supraglóticas, pode ser feito com laringoscopia ou: o Rx pescoço lateral: Sinal do polegar. Na imagem: o B: Paciente já intubado. o Sinal de polegar: A espessura da epiglote. Como se tivesse um polegar fazendo “legal”. Tratamento: Manter VA pérvia. o Antibioticoterapia adequada: Ampicilina, cefalosporina de 2° geração (axetilcefuroxima) ou cefalosporina de 3° geração (ceftriaxona). Dexametasona e/ou corticoide inalatório: Em todos os casos é salvador. Pode ser oral, Normalmente começa a antibioticoterapia empírica direcionada para Haemophilus influenzae tipo B. Na oroscopia, não é necessário colocar a língua para fora, pois, o conteúdo da faringe vai vir todo para frente, atrapalhando a avaliação. Por exemplo, uma amigdala grau 1 ela pode virar grau 2 ou 3. Qualquer um desses atb tem injetável. Paciente internado pode começar com ampicilina e vai evoluindo se houver necessidade. Caso só tenha cefalosporina de 3°geração, usa, porém, o mais recomendado é começar do de menor espectro para o de maior, caso não haja outras complicações, se tiver pode de maior espectro. OTORRINOLARINGOLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA sistêmico e pode associar o inalatório como nebulização de pulmicort, bombinha de fluticasona (corticoide potente com baixa biodisponibilidade, então usa por muito tempo com segurança sem medo de efeito colateral). Porém, na urgência é necessário fazer um que tenha maior biodisponibilidade, que chegam mais rápido – dexametasona, metilprednisolona, hidrocortisona. LARINGITE ESTRIDULOS A (FALSO CRUPE) Quadro de dispneia súbita geralmente no meio da noite. Idade: 2 anos. Sexo masculino. Etiologia indefinida, alergiaassociada- mecanismos etiopatogênicos- viral, refluxo gastresofágico (favorece dispneia súbita), fatores psicológicos, deficiência de cálcio, vitamina D, adenoidite crônica (adenoide é um tecido linfoide que participa da proteção do organismo produzindo imunoglobulinas. Período funcionante entre 4 e 7 anos e produz bastante secreção retronasal e pode causar gotejamento posterior e causar sensação de falta de ar, tosse crônica). Normalmente não tem história prévia de infecção de VAS. Diagnóstico: o Anamnese: Instalação súbita dos sinais e sintomas. Pode ir embora de forma súbita e ter recorrência na mesma noite. o Laringoscopia: Congestão da mucosa. Tratamento: o Manter a criança em ambiente calmo e observação, umidificação do ar (inalação com soro fisiológico). o Em casos mais prolongados corticoides e anti- histamínicos podem ser utilizados. Geralmente é de forma empírica. LARINGOTRAQUEITE BAC TERIANA (CRUPE MEMBRANOSO) Agentes etiológicos: o Staphylococcus aureus. o Haemophilus influenzae. o Streptococcus do grupo A e M. o Moraxella catarrhalis. Crianças de 6 meses a 8 anos, média 5 anos. Quadro clínico: Semelhante ao crupe. o Associado a febre alta. Diferenciando da gripe viral. o Pneumonia e obstrução de VAS. Não responde ao tratamento do crupe convencional. Tratamento: o Intubação: Observar se é o momento da intubação. o Aspiração periódica. o Antibioticoterapia de amplo espectro por 10 a 14 dias: Cefalosporina de 3°geração (ceftriaxone e cefotaxima). LARINGITES CRÔNICAS Processo inflamatório que determina alteração irreversível da mucosa laríngea. Principais fatores patogênicos são os processos reativos e reparadores da laringe que podem persistir mesmo após a retirada do fator lesivo. Encontramos fibrose localizada, cicatrização e necrose tecidual. Quadro clínico: Sinais e sintomas de inflamação crônica da laringe são menos dramáticos que os da aguda. o Disfonia é a queixa mais comum, tosse, globus faríngeo (sensação de corpo estranho na garganta), dispneia e disfagia. o Acomete mais indivíduos adultos. Classificação: o Inespecíficas: Refluxo gastroesofágico, tabaco e fonotrauma. OTORRINOLARINGOLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA o Específicas: Por infecções fungos, bactérias, parasitas. A mais comum é a laringite tuberculosa. Laringite por refluxo Etiologia mais comum de laringite crônica em não fumantes – 35% da população acima de 40 anos. Quadro clínico: o Disfonia. o Expectoração mucocatarral. o Tosse. o Necessidade de clareamento laríngeo frequente. Diagnóstico laringoscopia: o Edema. o Hiperemia e espessamento interaritenoideo. o Ulceras de glote e supraglote. o Granulomas de processo vocal. o Laringoespasmo: É muito comum o adulto com DRGE acordar de madrugada sufocando, pode ser apneia porque DRGE pode causar Obs.: O controle da obesidade é o principal fator para o controle da apneia. o Estenose subglótica: Com o passar do tempo a sequência de lesões pode evoluir e precisar ser encaminhado para cirurgião torácico e precisar fazer dilatação da região subglótica. Obs.: Localizados bem na região posterior da laringe, no local das aritenoides e as pregas interaritenoideas. Na imagem: o 1: Edema na região interaritenoidea. o 2: Edema melhor visto durante a fonação. Formação de um pequeno granuloma de processo vocal da aritenoide. o 3: Granuloma mais aparente. o 4: Paquitermia – espessamento da mucosa da aritenoide e a mucosa da região interaritenoidea. Padrão ouro para diagnóstico: o Phmetria com 2 sensores: 1 no esfíncter inferior do esôfago e outro no esfíncter superior do esôfago. Prevenção e tratamento: o Reeducação alimentar. o MEV. o Tratamento medicamentoso: Inibidor de bomba 40 mg (dose dobrada), 12/12h, no mínimo 2 meses. Laringite por tabagismo: Uso prolongado ou exposição crônica leva a inflamação crônica por contato, hiperemia, edema e desidratação da mucosa laríngea – metaplasia epitélio. Tratamento: o Evitar o agente agressor. o Melhorar nível de hidratação sistêmica e local. o Evitar cafeína. GRANULOMA: Também vai está presente em situações de intubação prolongada, trauma pós cirúrgico, tuberculose laríngea. O paciente não precisa ter queixas gástricas para ter laringite por refluxo. Ele pode ter apenas sintomas atípicos da laringe por refluxo. DRGE leve: Tratamento pantoprazol 20mg em jejum. Na otorrino, sempre começa com pantoprazol 40mg de 12 em 12 h para tentar fazer cobrir o máximo possível o refluxo da noite e de madrugada que acontece por causa do decúbito dorsal. OTORRINOLARINGOLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA Na imagem: o 1: O branco representa áreas leucoplásicas. o 2: Lesões que podem ser úlceras. Áreas mais hiperemiadas = Áreas eritroplásicas. Obs.: Todas essas lesões da laringe são pré-malignas e precisam de biópsia para fazer acompanhamento ao longo dos anos para saber se não vai se transformar numa displasia. LESÕES BENIGNAS DA LARINGE Disfonias: o Funcionais: Excesso da função. Pessoa que fala muito. o Orgânicas: Lesão que justifique disfonia. Por exemplo, trauma de pescoço que evoluiu com paralisia de prega vocal. Tumor de lobo superior do pulmão que comprime mediastino e paralisou o nervo laríngeo inferior. Um cisto na prega vocal. o Organo-funcionais: Por exemplo, nódulo vocal que causa prejuízo na voz apenas quando fala muito. Nódulos de prega vocal (“calo” de prega vocal): 1. Grupo preferencial: Mulheres e profissionais da voz. A voz feminina para sem mais aguda precisa tracionar mais a prega vocal antero-posteriormente do que a masculina que trabalha mais relaxada. Essa tração aumenta o atrito. Obs.: A tração da prega vocal é feita pelo músculo cricrotireoideo. o Bilaterais. o Simétrica. o Aparência branca. o Firme. o Entre terço médio e anterior das pregas vocais: A localização é importante para diferenciar uma lesão da outra. 2. Epidemiologia: o Crianças (masculino). o Mulheres jovens. o Profissionais da voz. 3. Etiologia: o Abuso vocal. o Uso incorreto da voz. o Associados: IVAS, alergia, distúrbios da tireoide (principalmente o hipotireoidismo que o paciente pode evoluir com edema mixedematoso que pode comprometer as pregas vocais), RFL (refluxo faringolaríngeo). 4. História: o Disfonia intermitente que piora com abuso vocal: O que vai causar a disfonia é um espaço entre uma prega e outra. Se tem um ângulo muito pequeno, não vai ter a fenda pronunciada, então a qualidade vocal não fica alterada, porém em um resfriado que A laringe é dividida em dois terços anterior região fonatória e o terço posterior região respiratória = Todas as lesões que ocupem os dois terços anteriores das pregas vocais elas causam mais queixas fonatórias do que respiratórias. O terço posterior é chamado de região respiratória causando mais queixas respiratórias. Só se as lesões forem muito grandes ambas podem causar as duas queixas. Paciente com boa qualidade vocal é eufono e qualquer distúrbio na qualidade vocal, ele é portador de uma disfonia e não necessariamente a lesão é na laringe. A laringe é estrutura fonatória, mas para que a voz saia de forma harmônica e inteligível precisa de estruturas articulatória e estruturas de ressonância. A falta de 1 dente na boca já faz diferença na articulação da voz. Estruturas articulatórias: Faringe, mandíbula, assoalho de bola, língua, dentes, maxila. Estruturas de ressonância: Faringe, cavidades paranasais, nariz. Ou seja, doenças que afetem essas estruturas afetam a qualidade vocal e trazer para o paciente um tipo de disfonia. OTORRINOLARINGOLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO –MEDICINA vai ter edema de mucosa de via aérea, a prega vocal vai aumentar o edema, a cobertura do nódulo vai aumentar e a fenda vai ficar mais evidente e a qualidade vocal acaba mudando. o Episódios de afonia: Pode ser decorrente do abuso vocal. 5. Exames complementares: Laringoscopia. o Lesões abauladas, simétricas, bilaterais, entre o terço anterior e o terço médio da prega vocal. o Pode formar diversos tipos de fenda (espaço que se forma entre as pregas vocais). As mais comuns são fenda em ampulheta (para lesões maiores) ela abre para cima, se estreita no meio e abre para baixo ou fenda triangular posterior (para lesões pequenas). 6. Conduta: o Fonoterapia. o Tratar RFL, alergia ou qualquer outra patologia que interfira. o Crianças: Tendem a desaparecer. Sexo masculino é mais propenso a nódulos vocais. o Cirurgia: Nódulos fibróticos (a fonoterapia não conseguiu melhorar a qualidade vocal), manter bordas alinhadas (cuidado com a cicatriz, pode trocar uma lesão por outra). o Pós-operatório: AINES, ATB, IBP, repouso vocal, fono após 2 semanas. Pólipos: 1. Definição: o Geralmente únicos: Se diferenciando dos nódulos. o Lisa, gelatinosas e translúcida ou hemangiomatoso (envolvimento de vasos). o Borda livre do terço anterior. o Sésseis ou pediculados. 2. Epidemiologia: o Homens. o 30-50 anos. 3. Etiologia: o Fonotrauma o Tabagismo, alergia, doenças tireoidianas, RLF. 4. História: o Disfonia permanente de graus variáveis: Piora após abuso vocal (hemorragia). o Voz rouca ou soprosa: Soprosa porque vai formar uma fenda e vai ter escape de ar subglótico, voz mais cansada. 5. Exames complementares: LF (laringoscopia flexível), LR (laringoscopia rígida), estrobo (laringoestroboscopia): o Lesão polipoide: Terço anterior da prega vocal. o Sinais de RFL. 6. Conduta: o Fono pré-operatório: Os exercícios fonoterápicos diminuem a extensão do processo inflamatório. o Cirurgia: Sempre é cirúrgico. o Pós-operatório: AINES, ATB, IBP, repouso vocal, fono após 2 semanas. Edema de Reinke: 1. Definição: o Não é necessariamente uma lesão fonotraumática é mais lesão ocasionada pelo tabagismo o Edema crônico da CSLP- Camada superficial da lâmina própria (espaço de Reinke). o Translúcida, em geral simétrica. 2. Histologia: Laringoestroboscopia- É feita com luz estroboscópica que é a luz branca que dá sensação de lentificação do movimento, ou seja, quando incide essa luz na laringe dá para ver melhor a lesão. Ciclo laríngeo: É a quantidade de vezes que as pregas vocais se movimentam e isso está diretamente relacionado a frequência fundamental da voz. o Homem: O ciclo laríngeo é em torno de 150x/s. o Mulher: 250x/s e isso aumenta de acordo com a frequência da voz, se for mais aguda o ciclo tende a aumentar. OTORRINOLARINGOLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA o Espessamento da membrana timpânica e dilatação dos vasos da LP e edema do espaço de Reinke. o Queratose com atipia. Na imagem: o A medida que vai aprofundando em direção ao músculo tireoaritenoideo (músculo da prega vocal) essa lâmina própria vai ficando mais densa e aderida, aumentando a quantidade de fibras colágenas. A camada superficial é frouxa e favorece o aparecimento do edema de Reinke. É por causa de frouxidão da camada superficial que é necessário evitar muita manipulação durante o procedimento cirúrgico. o Na cirurgia: Aspira o edema, porém nunca completamente para poder manter a característica de frouxidão. Se aspirar tudo vai aderir a membrana basal à camada intermediária e isso vai alterar a vibração da prega vocal, trocando uma disfonia por outra. 3. Epidemiologia: o Mulheres tabagistas. 4. Etiologia: o Tabagismo. o Etilismo, abuso vocal, RLF, hipotireoidismo e envelhecimento. 5. História: o Disfonia permanente. o Obstrução glótica e dispneia: ER alto grau. o Voz grave e rouca. 6. Exames complementares: LR, LF, estrobo o Edema de PPVV de grau variável. o Associação com: Pólipos, sinais de RLF, áreas de leucoplasia. o Fonação inspiratória na laringoscopia: Edema com acúmulo de material no espaço de Reinke. o Leve, moderado e acentuado. 7. Conduta: o Leve: Clínico. o Moderado e severo: Clínico + cirúrgico. o Clínico: Afastar fatores irritativos (tabagismo e etilismo), ajustar dieta, tratar RFL, corticoide. o Cirurgia: Cuidado para não remover todo o espaço de Reinke para evitar a cola de fibrina. o Pós-operatório: AINES, ATB, IBP, repouso vocal, fono após 3 semanas. o Parar de fumar e beber, orientações sobre o RLF. Granuloma inespecíficos: 1. Definição: o Terço posterior. o Processo vocal da aritenóide. o Tamanho variável. o Mais comum em homens. o Pode ser lisa, tri ou multiloculada. o Unilateral. o Branca, amarelada ou avermelhada. 2. Etiologia: o Pós- intubação. o RFL. o Trauma: Processo cicatricial pós-cirúrgicos. o Tabagismos, álcool, alergias e processos infecciosos. Laringoscopia: Faz muitas manobras para avaliar a laringe – se ela no tempo certo, se baixa, se abre, se fecha. Uma delas é: o Fonação inspiratória: Pede para paciente agir como se tivesse levado um susto. Vai haver mobilização de toda prega vocal e consegue ver o edema. OTORRINOLARINGOLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 3. História: o Disfonia pouco frequente. o Sensação de corpo estranho: Globus faríngeo. o Dor e ardência cervical. o Dispneia: Lesões extensas. 4. Exames complementares: o Lesão granulomatosa. o Terço posterior. o Processo vocal das aritenóides. 5. Conduta: o Tratar RFL. o Corticoides inalatórios. o Fonoterapia: Sempre. o Cirurgia: Para remover granuloma quando as condutas clínicas não forem suficientes. o Toxina botulínica: Diminuir o atrito entre as pregas vocais e diminuir recorrência. Cistos: 1. Definição: o Acúmulo de queratina na LP e envolvidos por epitélio escamoso. o A imagem é de uma larigoestroboscopia. o Os cistos intracordais podem se desenvolver em várias regiões da prega vocal, então às vezes não tem a diferenciação clara se é um cisto ou nódulo. 2. Etiologia: o Controversa o Congênita: Células ectópicas na camada subepitelial. o Adquiridos: É a que mais interessa, adquirida por trauma vocal. 3. História: o Voz normal: Se for um cisto pequeno. o Voz rouca, áspera, bitonal: Como é unilateral ele faz peso em uma prega vocal e quando vão coaptar fazem de altura diferente, por isso que varia. 4. Exames complementares: o Lesão amarelo-esbranquiçado. o Terço médio, unilateral. o Reação contralateral (espessamento). 5. Tratamento: o Pequenos: Fonoterapia. o Maiores: Cirurgia. o Fonoterapia pós-operatória. PAPILOMA Neoplasia benigna da laringe – HPV. Contaminação no parto. Crescimento rápido, progressivo e redicivante. Maior incidência entre 1 e 3 anos de vida. Sintomas comuns: Rouquidão, disfonia e estridor. Apresentação: Lesões múltiplas confluentes em pregas vocais e comissura anterior. Potencial para malignização. Alto potencial de recidiva. Tratamento: Retirada manual, ablação com laser CO². O laser diminui a recidiva. Na imagem: o 1: Lesão localizada na borda livre do terço anterior da prega vocal. OTORRINOLARINGOLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA o 2: Prega vocal toda acometida, principalmente a comissura anterior. o 3: Comprometimento mais importante de prega vocal e região supra glótica.
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