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Conceitos da prova pisicopatologia

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Matéria segundo bimestre Psicopatologia 
Professor Hamilton
As Emoções Básicas 
Segundo Eric Berne são cinco as emoções básicas do ser humano: Raiva, Raiva, Medo, Tristeza, Alegria e Afeto, dessa forma se compreende que ante um estímulo determinado estimulo do meio, nosso corpo reage de acordo com a circunstância e intensidade, desencadeando uma das cinco emoções básicas Desde a detonação da carga emocional até seu efeito corporal, podemos identificar três tempos da emoção:
· Sentir: É um processo intrapsíquico. Todo ser humano vem programado para sentir as cinco emoções básicas. É natural e normal que tanto o homem quanto à mulher sintam: Raiva, Medo, Tristeza, Alegria e Afeto. Embora alguns homens garantam que não sentem medo, isto é balela, pode até ser que o processo educacional tenha sido repressor do medo, aliás, veremos adiante que assim começam as emoções de disfarce: proibição de uma emoção autêntica e imposição para que você não sinta o que sente, e sinta o que o outro quer que você sinta.
· Expressar verbal: É traduzir a emoção por palavras. É humano, e até onde sabemos, somente os humanos têm a possibilidade de exprimir o que estão sentindo através das palavras, é o processo verbal, é o grande diferencial do homem para os demais animais: o poder da palavra. Sendo as palavras símbolos mentais, a expressão verbal é algo de extraordinário na vida humana: a palavra tem o poder de CURAR se expressam de modo adequado, como também podem FAZER ADOECER e até MATAR se expressar de modo inadequado. Há palavras que alegram e as que entristecem, assim como induzir ao medo, a raiva ou podem aclamar, algumas trazem dúvidas ou esperança, outras negam e outras afirmam determinados sentimentos. Enfim, as palavras têm substância e poder, representam o fio de ouro do pensamento, das crenças dos sentimentos.
· Atuar corporal: É a expressão corporal das emoções, ou seja, o modo como a emoção sentida ou verbalizada se exprime através da linguagem do corpo. Sabemos que a energia da emoção se espalha por todo o corpo, atingindo determinados setores, e que ao alcançar nossos músculos, as emoções produzem movimentos diversos: finalista e não finalistas, repentino ou calmamente, aproximativos ou separativos, espontâneas ou provocativas.
A tabela abaixo mostra a essência do que foi dito, correlacionando cada emoção aos fatores: Estímulos, Efeitos e Conseqüências:
	Estímulo (Causa)
	Efeito (Emoção)
	Conseqüência (Conduta)
	Obstáculo
	Raiva
	Agressão/Superação/Defesa
	Perigo
	Medo
	Fuga ou Luta
	Perda
	Tristeza
	Paralisação/Recuperação
	Conquista
	Alegria
	Aproximação
	Contato
	Afeto
	Conjugação
As emoções básicas e suas facetas:
· Raiva: Induz movimentos violentos de ataque ou de defesa, aumentando a força corporal, gera força e energia para superar obstáculos, todas as vezes que houver ameaça á sua vida, ou condição de vida a raiva se apresenta como defesa natural, uma espécie de força vital. Como não existe uma emoção chamada coragem, a raiva funciona como antídoto natural contra o medo.
Facetas: Agressivo, Crítico, Irado, Histérico, Invejoso, Rabugento, Decepcionado, Chocado, Exasperado, Frustrado, Arrogante, Ciumento, Agoniado, Hostil, Vingativo, Colérico, Sentido, Indignado, Chateado, Revoltado.
· Medo: O medo é um impulso, geralmente desqualificado pelos seres humanos. É muito comum nos referirmos ao medo como um impulso negativo, ou até mesmo como uma falha grave ou defeito nas pessoas. O medo nos ensina o respeito ao limite, precisa ser eliminado ou superado, quando ele é ou se torna patológico.
Facetas: Tímido, Apavorado, Medroso, Horrorizado, Desconfiado, Incrédulo, Envergonhado, Embaraçado, Afeito, Surpreso, Culpado, Ansioso, Prudente, Indeciso, Constrangido, Modesto.
· Tristeza: Leva a cessão dos movimentos. O medo e a tristeza levam a baixa estima, a tristeza é a negação da alegria. A alegria foi frustrada aparece uma raiva impotente e logo dará lugar a uma tristeza: tristeza por perda real ou condição de vida. O positivo é expressar a tristeza por palavras e gestos, entre em contato com o sentimento e permita-se chorar e ou recolher-se. Você precisa de um tempo para recuperar a energia e avaliar a extensão da perda e se redirecionar para outras emoções: passar a contatar como uma emoção autêntica subjacente e ir fundo nela. Longo período de tristeza leva a depressão, como já dissemos, baixa estima, baixa nos níveis de anticorpos, predispondo o ser a infecção com maior facilidade, é uma das mais perigosas a saúde quando muito prolongada. As modificações corporais provocadas pela tristeza são menos evidentes do que as das demais emoções.
Facetas: Triste, Desesperado, Desgostoso, Depressivo, Entediado, Solitário, Ferido, Desolado, Meditativo, Estafado, Retraído, Apiedado, Concentrado, Deprimido, Melancólico, Nostálgico.
· Alegria: É a emoção mais boicotada, a alegria expande o ego e contagia. A alegria é salutar, é desfrutar a vida com prazer e compartilhar com os amigos, parentes, entes queridos. Ter alegrias por suas vitórias, seus feitos e suas realizações é auto-estima. Os efeitos da alegria são impulsos fortalecedores da energia geral. Sendo a alegria uma emoção contagiante há tendência a aproximação física, toques, abraços afagos.
Facetas: Alegre, Contente, Confiante, Feliz, Satisfeito, Animado, Interessado, Deslumbrado, Otimista, Aliviado, Eufórico, Embriagado, Espirituoso, Numa Boa.
· Afeto: Emoção presente nos estados de amor, em seus diversos rótulos, amor maternal, paternal, filial, fraternal e romântico. O afeto expande a alma engrandecendo-a, correlaciona-se ao prazer, sexo e ao amor, induzindo-nos a uma aproximação física tão grande que permite ou traz proteção e reprodução.
Faceta: Amoroso, Apaixonado, Solidário, Malicioso, Deslumbrado, Vidrado, Saudoso, Encabulado, Indiferente, Curioso, Enternecido, Comovido, Esperançoso
Diagnóstico diferencial
Em medicina, diagnóstico diferencial é um método sistemático usado para identificar doenças. É feito, essencialmente, por processo de eliminação. Nem todo diagnóstico médico é diferencial O diagnóstico diferencial pode ser definido como uma hipótese formulada pelo médico - tendo como base a sintomatologia (sinais e sintomas) apresentada pelo paciente durante o exame clínico - segundo a qual ele restringe o seu diagnóstico a um grupo de possibilidades que, dadas as suas semelhanças com o quadro clínico em questão, não podem deixar de ser elencadas como provável. A partir do diagnóstico diferencial, o médico pode selecionar testes terapêuticos, ou ainda, exames complementares específicos a fim de se obter um diagnóstico final ou de certeza.
Transtorno de personalidade Borderline 
DSM5 - 301.83 / CID – 10 F60.3
O Transtorno de Personalidade Borderline é uma condição mental grave e complexa cujos sintomas instáveis e pungentes podem invadir o indivíduo de modo súbito, caótico, avassalador e desenfreado. Os critérios diagnósticos de Transtorno de Personalidade Borderline segundo o DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5ª Ed. 2013) compreendem um padrão de instabilidade das relações interpessoais, da autoimagem e dos afetos e de impulsividade acentuada que surge no começo da vida adulta e está presente em vários contextos. 
O termo Transtorno de Personalidade Borderline foi usado pela primeira vez em 1884 e desde então passou por diversos conceitos ao longo dos anos. Originalmente designava um grupo de pacientes que vivia no limite da sanidade (daí o termo limítrofe), ou seja, na fronteira (borda, borderline) entre a neurose e a psicose. Alguns autores da época usavam esse diagnóstico quando havia sintomas neuróticos graves. Foi só na década de 1980 que o diagnóstico da doença se tornou mais preciso. Até então, muitos médicos acreditavam, equivocadamente, que a personalidade de uma pessoa era imutável. 
A prevalência média do Transtorno de Personalidade Borderline na população é estimada em 1,6%, embora possa chegar a 5,9%. Essa prevalência é de aproximadamente 6% em contextos de atenção primária, de cerca de 10% entrepacientes de consultórios psiquiátricos e de ambulatórios de saúde mental e por volta de 20% em pacientes psiquiátricos internados. A prevalência do Transtorno de Personalidade Borderline pode diminuir nas faixas etárias mais altas (DSM-5). O Transtorno de Personalidade Borderline é diagnosticado principalmente em pessoas do sexo feminino. 
Causas 
As causas e ou fatores envolvidos no surgimento de Transtornos de Personalidade, como o Transtorno de Personalidade Borderline, são vários e abrangem desde a predisposição genética até experiências emocionais precoces e fatores ambientais, com destaque para as situações traumáticas e situações de abuso e negligência. Entenda melhor cada uma delas Fatores genéticos têm um papel importante. O Transtorno de Personalidade Borderline é cinco vezes mais frequente em parentes biológicos de 1º grau de pessoas com o transtorno do que na população em geral. É relevante a presença de pais borderlines (um ou ambos) na história clínica desses pacientes 
O Transtorno de Personalidade Borderline seria também a consequência de uma educação muito autoritária, onde pais rígidos sempre imporiam seus desejos. Com o tempo as tentativas de autoafirmação da criança sucumbiriam aos desejos dos pais e ela se habituaria a se submeter sempre aos pais, desenvolvendo dúvidas sobre a própria capacidade e vergonha pelos seus fracassos. Aos poucos a criança iria parando de tentar expressar as suas vontades podendo levar a falhas na clarificação psíquica de si e do outro. 
Sintomas 
Indivíduos com Transtorno de Personalidade Borderline se caracterizam especialmente por sofrerem grande instabilidade emocional, desregulação afetiva excessiva, sentimentos intensos e polarizados do tipo “tudo ótimo e tudo péssimo” ou “eu te adoro e eu te odeio”, angústia de abandono, percepção de invasão do self, entre outros, que não raro geram comportamentos impulsivos perigosos sendo comum a presença recorrente de atos autolesivos, tentativas de suicídio e sentimentos profundos de vazio e tédio. O início do transtorno pode ocorrer na adolescência ou na idade adulta e o uso dos recursos de saúde e saúde mental é expressivo nesses pacientes. 
Pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline são verdadeiros vulcões prontos a explodir a qualquer instante. Elas apresentam alterações súbitas e expressivas de humor e suas relações interpessoais são intensas e instáveis sendo muito difícil o convívio próximo com elas. Elas temem o abandono real ou temido, com frequência vivenciam sentimento crônico de vazio e reação pungente ao estresse, protagonizando sucessivas ameaças (ou tentativas) de suicídio e automutilação. O modus operandis desses pacientes traz um sofrimento enorme tanto para si próprios como para os que com eles convivem. Uma só palavra mal colocada, uma situação inesperada sem relevância ou uma leve frustração pode levar o borderline a um acesso de raiva e ódio que duram em média poucas horas. Outra característica importante é que o borderline nem sempre sabe lidar com o êxito. É comum que eles abandonem ou destruam seus alvos e metas justo quando a perspectiva de consegui-las é real e próxima. 
Veja abaixo os critérios do Manual de Diagnóstico e Estatístico de Distúrbios Mentais (DSM-V, na sigla inglesa) para que um paciente seja diagnosticado com Transtorno de Personalidade Borderline: 
· Esforços desesperados para evitar abandono real ou imaginário
· Padrão de relacionamentos interpessoais instáveis e intensos caracterizado pela alternância entre extremos de idealização e desvalorização
· Perturbação da identidade: instabilidade acentuada e persistente da autoimagem ou da percepção de si mesmo
· Impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente autodestrutivas (gastos, sexo, abuso de substância, direção irresponsável, compulsão alimentar)
· Recorrência de comportamento, gestos ou ameaças suicidas ou de comportamento automutilante
· Instabilidade afetiva devida a uma acentuada reatividade do humor (disforia episódica, irritabilidade ou ansiedade intensa com duração geralmente de poucas horas e apenas raramente de mais de alguns dias)
· Sentimentos crônicos de vazio
· Raiva intensa e inapropriada ou dificuldade em controlá-la (mostras frequentes de irritação, raiva constante, brigas físicas recorrentes)
· Ideação paranoide transitória associada a estresse ou sintomas dissociativos intensos. 
Diagnóstico 
O diagnóstico do Transtorno de Personalidade Borderline é baseado através de uma minuciosa avaliação psiquiátrica feita por profissional de saúde mental qualificado. Muitos profissionais envolvem o paciente no seu próprio diagnóstico na medida em que vão mostrando a ele os critérios diagnósticos e perguntando quais deles os definem plenamente. Este método ajuda o paciente a aceitar melhor o diagnóstico. Entretanto, há profissionais que preferem não dizer ao paciente o diagnóstico por conta do estigma e também porque antigamente o diagnóstico de Transtorno de Personalidade Borderline era tido como intratável. De modo geral, falar com o paciente sobre o diagnóstico é a conduta preferível para a maioria dos especialistas. Questões que precisam ser perguntadas são sobre ideações suicidas, atos autolesivos e pensamentos sobre machucar os outros. 
O diagnóstico é clínico, baseado no relato do paciente e nas observações do médico. É importante lembrar que hoje, o diagnóstico de TBP é feito pela presença de uma coleção de traços e não por um critério isolado. Assim, merece ser destacado no diagnóstico o esforço desesperado que o portador do transtorno faz para evitar o abandono real ou imaginário e a gravidade das alterações das relações interpessoais, na família, escola, trabalho e lazer e, posteriormente, também com os profissionais que se aproximam para oferecer tratamentos. Mas todo o cuidado é pouco. 
O psiquiatra que se baseia somente nos sintomas do DSM pode errar. É comum a confusão do Transtorno de Personalidade Borderline com o transtorno bipolar, por exemplo. E além do diagnóstico ser às vezes difícil, o psiquiatra precisa saber lidar com o paciente. Exame físico e testes de laboratório são recomendáveis para eliminar sintomas possíveis, como problemas de tireoide e abuso de substâncias. Exames de imagem são usados para afastar outras causas. 
Tratamento 
O tratamento inicial do Transtorno de Personalidade Borderline é a psicoterapia. Ela ajudará o paciente a controlar melhor seus impulsos e entender seu comportamento. Nesse caso, o tratamento foca principalmente as questões do suicídio e da automutilação, além do aprendizado de novas habilidades, como consciência, eficácia interpessoal, cooperação adaptativa nas decepções e crises e na correta identificação e regulação de reações emocionais. Mas é preciso fazer uma terapia específica: o terapeuta deve ser mais ativo, mais próximo, mais participante. O borderline é uma pessoa que sofre muito. Ele pode oscilar o humor e romper com as relações que poderiam dar certo. A impulsividade acaba estragando muito a vida profissional e social deles. Com o tratamento, é possível evitar muitos sofrimentos. 
Os atendimentos demandam muita energia do especialista, que têm que deixar sempre um canal aberto para o paciente, seja de dia ou de noite ou madrugada ou nos finais de semana e inclusive durante viagens e férias. O psiquiatra tem que estar à disposição 24 horas por dia. Muitos telefonemas são feitos por pacientes que estavam à beira de um suicídio ou se cortando. São situações que podem não esperar o dia amanhecer. Por isso é essencial que a família busque especialistas que tenham esse perfil e essa disponibilidade de tempo que o tratamento do portador de Transtorno de Personalidade Borderline exige mantendo-os por tempo indeterminado, caso a caso. Pode ser feita terapia familiar também, pois em geral a família tende ou a abandonar o paciente ou a se tornar superprotetora. Estudos em geral mostram que nenhuma medicação se mostra promissora para o sentimento de vazio crônico, perturbações de identidade e medo de abandono que a pessoa com Transtornode Personalidade Borderline sente. Mas eles podem agir em sintomas isolados. Por exemplo, podem ser usados antidepressivos para comorbidades como a depressão, ou estabilizadores de humor para problemas interpessoais e de raiva, além de antipsicóticos para a impulsividade. Normalmente o Transtorno de Personalidade Borderline demora a ser diagnosticado, sedo muitas vezes cinco ou dez anos até que seja descoberto. É muito importante que o diagnóstico seja feito o mais precocemente possível e que o tratamento seja logo iniciado. É extremamente importante que toda a família se trate, pois na grande maioria dos casos a dinâmica familiar se encontra dilapidada pelo sofrimento e por anos de busca por um diagnóstico correto. 
No início, o tratamento pode aliviar alguns sintomas, principalmente aqueles que mais perturbam as pessoas, porém se pensarmos em desenvolvimento da personalidade, o tratamento deverá ser de médio em longo prazo. O objetivo é ir além dos sintomas, buscando o desenvolvimento duradouro das capacidades psíquicas do paciente. Os tratamentos devem considerar cada caso em sua particularidade. Podem ser breves com duração de 20 sessões ou de longo prazo, de dois a três anos. Pesquisas atuais têm apontado que tratamentos de longo prazo produzem resultados mais duradouros no decorrer da vida. Sabidamente, o Transtorno de Personalidade Borderline é considerado um transtorno fronteiriço ou limítrofe entre uma modalidade “não normal” da personalidade de se relacionar com o mundo e um estado que pode ser considerado francamente patológico. Assim sendo, os pacientes com Transtorno de Personalidade Borderline deve ser considerados caso a caso. 
Transtorno bipolar
O transtorno bipolar é um problema em que as pessoas alternam entre períodos de muito bom humor e períodos de irritação ou depressão. As chamadas "oscilações de humor" entre a mania e a depressão podem ser muito rápidas e podem ocorrer com muita ou pouca freqüência. No transtorno Bipolar clássico sem tratamento cada fase dura, em geral, de três a seis meses, depois existe uma fase de normalidade que é variável e posteriormente uma fase de euforia que também pode durar de três a seis meses. Com tratamento adequado este período pode ser abreviado. 
Tipos de transtorno bipolar: 
De acordo com o DSM.IV e o CID-10, (manuais internacionais de classificação diagnóstica), o transtorno bipolar pode ser classificado nos seguintes tipos:
· Transtorno bipolar Tipo I: CID – F30.x/F31.x /DSM5 – 296.xx 
O portador do distúrbio apresenta períodos de mania, que duram, no mínimo, sete dias, e fases de humor deprimido, que se estendem de duas semanas a vários meses. Tanto na mania quanto na depressão, os sintomas são intensos e provocam profundas mudanças comportamentais e de conduta, que podem comprometer não só os relacionamentos familiares, afetivos e sociais, como também o desempenho profissional, a posição econômica e a segurança do paciente e das pessoas que com ele convivem. O quadro pode ser grave a ponto de exigir internação hospitalar por causa do risco aumentado de suicídios e da incidência de complicações psiquiátricas.
Prevalência: A prevalência em 12 meses estimada nos Estados Unidos foi de 0,6% para transtorno bipolar tipo I, como definido no DSM-IV. A prevalência em 12 meses do transtorno em 11 países variou de 0,0 a 0,6%. A razão da prevalência ao longo da vida entre indivíduos do sexo masculino e do sexo feminino é de aproximadamente 1,1:1.
· Transtorno bipolar Tipo II: CID – F31.8 - /DSM5 – 296.89
Há uma alternância entre os episódios de depressão e os de hipomania (estado mais leve de euforia, excitação, otimismo e, às vezes, de agressividade), sem prejuízo maior para o comportamento e as atividades do portador. 
Prevalência: A prevalência em 12 meses do transtorno bipolar tipo II, internacionalmente, é de 0,3%. Nos Estados Unidos, a prevalência em 12 meses é de 0,8%. A taxa de prevalência do transtorno bipolar tipo II pediátrico é difícil de estabelecer. No DSM-IV, transtornos bipolar tipo I, bipolar tipo II e bipolar sem outras especificações resultaram em uma taxa de prevalência combinada de 1,8% em amostras de comunidades nos Estados Unidos e fora do país, com taxas superiores (2,7% inclusive) em jovens com 12 anos de idade ou mais.
· Transtorno ciclotímico: CID F34.0 - /DSM5 – 301.13
É o quadro mais leve do transtorno bipolar, marcado por oscilações crônicas do humor, que podem ocorrer até no mesmo dia. O paciente alterna sintomas de hipomania e de depressão leve que, muitas vezes, são entendidos como próprios de um temperamento instável ou irresponsável. 
Prevalência: A prevalência ao longo da vida do transtorno ciclotímico é de 0,4 a 1%. A prevalência em clínicas de transtorno do humor pode variar de 3 a 5%. Na população em geral, o transtorno ciclotímico aparenta ser igualmente comum em ambos os sexos. Em ambientes clínicos, indivíduos do sexo feminino com o transtorno provavelmente buscam mais o atendimento em comparação com os do masculino.
· Transtorno bipolar não especificado ou misto: CID – F34.0 -/DSM5 – 301.13, /DSM5 – 296.80
Os sintomas sugerem o diagnóstico de transtorno bipolar, mas não são suficientes nem em número nem no tempo de duração para classificar a doença em um dos dois tipos anteriores.
Causas 
A causa exata do transtorno bipolar ainda é desconhecida, mas a ciência acredita que diversos fatores possam estar envolvidos nas oscilações de humor provocadas pela doença, como: 
· Peculiaridades biológicas: pessoas com transtorno bipolar parecem apresentar diferenças físicas em seus cérebros, o que pode levar os cientistas a descobrirem as causas exatas da doença
· Neurotransmissores: um desequilíbrio entre os neurotransmissores parece ser um importante fator nas causas do transtorno bipolar
· Hormônios: desequilíbrio hormonal também está entre as possíveis causas
· Hereditariedade: pessoas que tenham parentes com histórico de transtorno bipolar são mais suscetíveis à doença, o que leva muitos cientistas a acreditarem que a genética possa estar envolvida nas causas da doença
· Meio ambiente: fatores exógenos, como estresse, abuso sexual e outras experiências traumáticas (como a morte de algum ente querido), também podem estar relacionadas ao desenvolvimento do transtorno bipolar.
Fatores de risco 
Alguns fatores podem contribuir para o desenvolvimento de transtorno bipolar. Confira: 
· Histórico familiar da doença
· Estresse intenso
· Uso e abuso de drogas recreativas e/ou álcool
· Mudanças de vida e experiências traumáticas
· Ter entre 15 e 25 anos. 
Sintomas 
Os sintomas de transtorno bipolar depende do tipo exato da doença e costumam variar de pessoa para pessoa. Para alguns, os picos de depressão são os que causam os maiores problemas. Para outros, a preocupação é maior durante os picos de mania. Pode acontecer, também, de sintomas de depressão e hipomania acontecerem ao mesmo tempo. Confira os principais sinais do transtorno bipolar: 
Fase maníaca
· Distrairse facilmente
· Redução da necessidade de sono
· Capacidade de discernimento diminuída
· Pouco controle do temperamento
· Compulsão alimentar, beber demais e/ou uso excessivo de drogas
· Manter relações sexuais com muitos parceiros
· Gastos excessivos
· Hiperatividade
· Aumento de energia
· Pensamentos acelerados que se atropelam
· Fala em excesso
· Autoestima muito alta (ilusão sobre si mesmo ou habilidades)
· Grande envolvimento em atividades
· Grande agitação ou irritação.
A fase maníaca do transtorno bipolar pode durar dias e até mesmo meses. Os sintomas acima são mais comuns em pessoas que tem o tipo 1 da doença. No tipo 2, os sinais são similares, mas menos intensos. 
Fase depressiva
· Desânimo diário ou tristeza
· Dificuldade de se concentrar, de lembrar ou de tomar decisões
· Perda de peso e perda de apetite
· Comer excessivamente e ganho de peso
· Fadiga ou falta de energia
· Sentir-se inútil, sem esperança ou culpado
· Perda de interesse nas atividades que antes eram prazerosas
· Baixa autoestima
· Pensamentos sobre morte e suicídio
·Problemas para dormir ou excesso de sono
· Afastamento dos amigos ou das atividades que antes eram prazerosas.
O risco de tentativas de suicídio em pessoas com transtorno bipolar é grande. Os pacientes podem abusar do álcool ou de outras substâncias, piorando os sintomas. Em alguns casos, as duas fases se sobrepõem. Os sintomas maníacos e depressivos podem ocorrer juntos ou rapidamente um após o outro. Isso recebe o nome de estado misto. As oscilações de humor podem ocorrer também de acordo com a estação do ano, algumas pessoas, por exemplo, possuem picos de mania ou hipomania durante a primavera e o verão (estações mais quentes), e sintomas de depressão durante as estações mais frias, como o outono e o inverno. Para outras pessoas, acontece o oposto. 
Diagnóstico 
Quando há suspeita de transtorno bipolar, os médicos geralmente recomendam uma série de exames e testes, que poderão confirmar o diagnóstico por meio da eliminação de possíveis outras causas. Além disso, os exames poderão identificar possíveis complicações decorrentes da doença. O caminho para o diagnóstico geralmente começa com um exame físico e testes laboratoriais, com exames de urina e de sangue. Depois, o paciente é encaminhado para uma análise psicológica. O médico observará por algum tempo o padrão de comportamento do paciente, bem como suas possíveis alterações de humor. 
Se houver suspeita de que outras doenças possam estar causando os sintomas descritos pelo paciente, o médico deverá solicitar a realização de exames específicos, mas estes costumam depender de pessoa para pessoa. Uma conversa sobre o histórico médico do paciente e de sua família também podem ajudar a confirmar o diagnóstico. 
Tratamento 
O tratamento para transtorno bipolar costuma durar por muito tempo, até mesmo anos. Ele costuma ser feito por diversos especialistas de várias áreas – como psicólogos, psiquiatras e neurologistas. A equipe médica, primeiramente, tenta descobrir quais são os possíveis desencadeadores da alteração de humor. Também podem ser investigados os problemas médicos ou emocionais que influenciam no tratamento. 
Confira algumas formas comuns de tratamento do transtorno bipolar: 
· Hospitalização, caso o paciente tenha comportamento perigosos, que ameace a própria vida e a de outras pessoas
· Uso diário de medicamentos para controle das alterações de humor costuma ser uma prática bastante indicada no início do tratamento
· Quando os sintomas já estão controlados, o tratamento avança e o foco passa a ser manter as alterações de humor do paciente estáveis
· Se o caso do paciente for de dependência física ou psíquica de substâncias como álcool, drogas ou cigarro, o tratamento também deverá também reabilitar o paciente desses vícios.
Mas atenção: os períodos de depressão e mania voltam a ocorrer na maioria dos pacientes, mesmo sob tratamento. Os principais objetivos da terapia para transtorno bipolar são: 
· Evitar a alternância entre as fases
· Evitar a necessidade de hospitalização
· Ajudar o paciente a agir da melhor maneira possível entre os episódios
· Impedir comportamento autodestrutivo e suicídio
· Reduzir a gravidade e a frequência dos episódios 
A psicoterapia é uma outra parte vital do tratamento de transtorno bipolar. Neste sentido, vários tipos de terapia podem ser úteis. Estes incluem: 
· Terapia cognitiva comportamental
· Psicopedagogia
· Terapia familiar. 
Medicamentos
Medicamentos antipsicóticos e antiansiedade para problemas de humor costumam ser prescritos pelos médicos, bem como remédios antidepressivos. As pessoas com transtorno bipolar têm mais chance de apresentar episódios maníacos ou hipomaníacos se tomarem antidepressivos. Por essa razão, os antidepressivos só são receitados para as pessoas que também estão tomando um estabilizador de humor. 
Terapia eletroconvulsiva
A terapia eletroconvulsiva (TEC) pode ser usada para tratar a fase maníaca ou depressiva de um transtorno bipolar caso não haja resposta aos medicamentos. A TEC usa uma corrente elétrica para causar uma breve convulsão enquanto o paciente está anestesiado. A TEC é o tratamento mais eficaz no caso das depressões que não são amenizadas com medicamentos. 
Medicamentos para Transtorno bipolar 
Os medicamentos mais usados para tratar os sintomas de transtorno bipolar são: 
· 
· Aripiprazol
· Bromazepam
· Carbonato de Litio
· Clonazepam
· Carbolitium
· Clopam
· Depakote
· Lexotan
· Mirtazapina
· Olanzapina
· Risperidona
· Rivotril
· ZAP.
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula. 
Depressão 
A depressão é um distúrbio afetivo que acompanha a humanidade ao longo de sua história. No sentido patológico, entre os sintomas, há presença de tristeza, pessimismo, baixa autoestima, que aparecem com frequência e podem combinar-se entre si. É imprescindível o acompanhamento médico tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado. 
Causas 
A depressão é na realidade uma ampla família de doenças, por isso denominada Síndrome. Há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células. Outros processos que ocorrem dentro das células nervosas também estão envolvidos. Ao contrário do que normalmente se pensa, os fatores psicológicos e sociais, muitas vezes, são consequência e não causa da depressão. Vale ressaltar que o estresse pode precipitar a depressão em pessoas com predisposição, que provavelmente é genética. A prevalência (número de casos numa população) da depressão é estimada em 19%, o que significa que aproximadamente uma em cada cinco pessoas no mundo apresenta o problema em algum momento da vida. 
Sintomas 
São sintomas de depressão: 
· Humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade e angústia
· Desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas
· Diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis
· Desinteresse, falta de motivação e apatia
· Falta de vontade e indecisão
· Sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio
· Pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa autoestima, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, doença ou morte.
· A pessoa pode desejar morrer, planejar uma forma de morrer ou tentar suicídio
· Interpretação distorcida e negativa da realidade: tudo é visto sob a ótica depressiva, um tom "cinzento" para si, os outros e o seu mundo
· Dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento
· Diminuição do desempenho sexual (pode até manter atividade sexual, mas sem a conotação prazerosa habitual) e da libido
· Perda ou aumento do apetite e do peso
· Insônia (dificuldade de conciliar o sono, múltiplos despertares ou sensação de sono muito superficial), despertar matinal precoce (geralmente duas horas antes do horário habitual) ou, menos frequentemente, aumento do sono (dorme demais e mesmo assim fica com sono a maior parte do tempo)
· Dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos, como dores de barriga, má digestão, azia, diarreia, constipação, flatulência, tensão na nuca e nos ombros, dor de cabeça ou no corpo, sensação de corpo pesado ou de pressão no peito, entre outros.
Principais Tipos de depressão 
Quando pensamos na depressão, sempre imaginamos um quadro de grande tristeza, em que a pessoa busca apenas ficar reclusa. No entanto, se engana quem pensa que este quadro é único, existem diversos subtipos de depressão. "Os sintomas da depressão são praticamente os mesmos, independentemente de seus subtipos", ressaltao psiquiatra Mario Louzã, doutor em Medicina pela Universidade de Würzburg, Alemanha. O que muda são outras características, como sua duração e outros sinais que a acompanham. Saiba mais: 
Episódio depressivo: Um episódio depressivo costuma ser classificado como um período de tempo em que a pessoa apresenta uma alteração em seu comportamento. De acordo com o psiquiatra Diego Freitas Tavares, pesquisador do Programa de Transtornos Afetivos (GRUDA) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPQ-HC-FMUSP), uma pessoa passando por um episódio depressivo apresenta sintomas da síndrome depressiva, como: Humor deprimido, Falta de energia, Falta de iniciativa e vontade, Falta de prazer, Alteração do sono, Alteração do apetite, Lentificação do pensamento, Lentificação motora. Estes quadros tendem a ter uma duração mais curta, de até seis meses, sem uma intensificação dos sintomas. 
1. Transtorno depressivo maior: No entanto, se a pessoa começa a ter quadros depressivos recorrentes ou mantém os sintomas de depressão por mais de seis meses com uma intensificação do quadro, pode-se considerar que ela esteja passando por um transtorno depressivo maior. "Este quadro costuma iniciar-se mais tardiamente na vida, após os 30 anos de idade e responde melhor ao tratamento com medicamentos", pondera Tavares. Normalmente o transtorno depressivo maior é um quadro mais grave e também tem grande relação com a herança genética. Nele há uma mudança química no funcionamento do cérebro, que pode ser desencadeada por uma causa física ou emocional. ?Por isso é importante encontrar a causa central dela, para que o tratamento seja mais efetivo?, friza o psiquiatra Pérsio Ribeiro Gomes de Deus, diretor-técnico de saúde do Hospital Psiquiátrico da Água Funda (SP). 
2. Distimia: A distimia é um transtorno depressivo mais leve, porém persistente. "A pessoa consegue seguir sua vida, trabalhando e dando conta de suas atividade cotidianas, mas têm uma qualidade de vida ruim, sendo consideradas pessoas negativas a maior parte do tempo", comenta Gomes de Deus. Os sintomas principais deste quadro são o mau humor, a irritabilidade, pessimismo e o isolamento social. O quadro de distimia muitas vezes não é diagnosticado, pois é confundido com mau humor e com o jeito de ser da pessoa. No entanto, quando identificada, a distimia tem sim tratamento e costuma melhorar com medicação. 
3. O Transtorno Disruptivo da Desregulação do Humor: Esta categoria diagnóstica foi criada a partir do DSM 5 devido ao alto índice de diagnóstico de transtorno bipolar em crianças e adolescentes, e, que posteriormente, ao ingressarem na vida adulta, não se confirmavam. O transtorno disruptivo da desregulação do humor refere-se à crianças e adolescentes que apresentam irritabilidade persistente e episódios frequentes de descontrole comportamental EXTREMO. É acrescentado aos transtornos depressivos para crianças até 12 anos de idade. As crianças com esse padrão de sintomas tipicamente desenvolvem transtornos depressivos unipolares ou transtorno de ansiedade, em vez de transtornos bipolares, na fase adulta.
· Explosões de RAIVA recorrentes e graves manifestadas pela linguagem e/ou pelo comportamento (agressão física a pessoas ou propriedade) que são consideravelmente desproporcionais em intensidade ou duração à situação ou provocação;
· As explosões de raiva são inconsistentes com o nível de desenvolvimento;
· As explosões de raiva ocorrem em média 3 ou mais vezes por SEMANA;
· O humor entre as explosões de raiva é persistentemente irritável ou zangado na maior parte do dia, quase todos os dias, e é observável por outras pessoas;
· Todos os sintomas acima estão presentes por 12 meses ou mais. Durante esse tempo, a pessoa NÃO teve um período que durou 3 ou mais meses consecutivos SEM todos os sintomas;
· Estes sintomas estão presentes em pelo menos 2 de 3 ambientes (casa, escola, com amigos) e são GRAVES em pelo menos 1 deles;
· O diagnóstico NÃO deve ser feito pela 1ª vez antes dos 6 anos ou após os 18 anos de idade;
· Nunca houve um período distinto durando mais de 1 dia para um episódio maníaco ou hipomaníaco;
· Se a pessoa já experimentou um episódio maníaco ou hipomaníaco, o diagnóstico de transtorno disruptivo da desregulação do humor NÃO deve ser atribuído;
· Os comportamentos não ocorrem exclusivamente durante um transtorno de depressão maior e NÃO SÃO mais bem explicadas por outro transtorno mental;
· Os sintomas não são consequências dos efeitos psicológicos de uma substância ou de outra condição médica ou neurológica;
· O diagnóstico de transtorno disruptivo da desregulação do humor, não pode coexistir com o transtorno de oposição desafiante, transtorno explosivo intermitente ou transtorno bipolar. Embora possa coexistir com outros, incluindo transtorno depressivo maior, transtorno de déficit de atenção/hiperatividade, transtorno da conduta e transtorno por uso de substância.
Importante salientar que uma elevação do humor apropriada para o desenvolvimento, como a que ocorre no contexto de um evento altamente positivo ou de sua antecipação, não deve ser considerada como um sintoma de mania ou hipomania.
Outros tipos de depreção 
· Depressão atípica: Normalmente os quadros de depressão costumam ser melancólicos, em que o paciente apresenta principalmente tristeza e pensamentos de morte, desesperança e inutilidade. "No entanto, a depressão pode ser atípica quando há predomínio de falta de energia, cansaço, aumento excessivo de sono e o humor apático", enumera o psiquiatra Tavares. 
· Depressão sazonal: O maior exemplo de depressão sazonal são os episódios de tristeza relacionados ao inverno. "Este quadros são raros em locais como o Brasil, em que o sol aparece o ano todo, no entanto podem ocorrer devido à baixa exposição à luz solar que ocorre em locais de latitude mais elevada", contextualiza Louzã. Existem outros tipos de depressões sazonais, ligadas à épocas do ano. "As festas de final de ano são um período em que estas depressões ocorrem bastante, devido ao período de reflexão", considera Gomes de Deus. Fique atento com períodos de tristeza de desânimo que acontecem em períodos épocas específicas - sempre que está frio ou sempre próximo de uma data específica, por exemplo. 
· Depressão pós-parto: A depressão pós-parto é um tipo específico de depressão com causa definida: devido a queda dos níveis hormonais na gestação. "Durante a gravidez o corpo entra em um equilíbrio hormonal muito grande, e a queda abrupta dessas substâncias pode levar o corpo a se ressentir, reagindo com um quadro depressivo", considera Gomes de Deus. 
· Depressão psicótica: A depressão psicótica alia os sintomas de tristeza a outros menos típicos, como delírios e alucinações. "A pessoa tem ideias convictas de que está em ruína ou que o corpo está apodrecendo, por ter alucinações nas quais escuta vozes depreciativas ou vê vultos da morte vindo para levá-lo", exemplifica Tavares. Este é considerado um tipo de depressão grave, mas costuma ser raro. No entanto, qualquer pessoa pode desenvolvê-lo, e não só quem tem histórico de psicoses na família. 
Outros quadros ligados a depressão
· Depressão reativa: A depressão reativa é uma classificação não mais usada, mas são sintomas depressivos ligados a um acontecimento específico. Normalmente era tratada com psicoterapia em vez de medicamentos. ?Hoje sabemos que esse tipo de condição ou classificação é inadequado, visto que o fato de o paciente ter apresentado algum evento psicológico prévio não indica se a doença é cerebral ou psicológica e se necessita de tratamento medicamentoso ou não?, ressalta Diego Tavares
· Tensão pré-menstrual: A maioria das mulheres apresenta sintomas depressivos durante a TPM, e apesar desta fase não ser considerada uma depressão em si, é um quadro relacionado. ?Não constituem um episódio depressivo per si, pois são de curta duração e não chegam a ter a intensidade de um quadro depressivo?, considera Mario Louzã.
 Tratamento de Depressão 
Como se tratade uma família grande de “depressões” com múltiplas causalidades,; antes de se iniciar qualquer tratamento é necessário que seja feita uma investigação etiológica rigorosa. Após o levantamento das causas envolvidas pode-se fazer um planejamento terapêutico adequado. Existem diversas “ ferramentas “ terapêuticas, e a medicamentosa é uma das mais importantes. 
Existem mais de 30 antidepressivos disponíveis. Ao contrário do que alguns temem, essas medicações não são como drogas, que deixam a pessoa eufórica e provocam vício. A terapia é simples e, de modo geral, não incapacita ou entorpece o paciente. Alguns pacientes precisam de tratamento de manutenção ou preventivo, que pode levar anos ou a vida inteira, para evitar o aparecimento de novos episódios de depressão. A psicoterapia ajuda o paciente, mas não previne novos episódios, nem cura a depressão. A técnica auxilia na reestruturação psicológica do indivíduo, além de aumentar a sua compreensão sobre o processo de depressão e na resolução de conflitos, o que diminui o impacto provocado pelo estresse. 
Medicamentos para Depressão 
Os medicamentos mais usados para o tratamento de depressão são: 
· 
· Amitriptilina
· Ansitec
· Cinarzina
· Citalopram
· Clomipramina
· Clonazepam
· Daforin
· Donaren
· Escitalopram
· Exodus
· Fluoxetina
· Lexapro
· Lorax
· Lorazepam
· Mirtazapina
· Paroxetina
· Rivotril
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.

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